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📉 EUA divulgam dados de inflação abaixo do esperado – Pressão sobre o dólar e suporte ao ouro Nesta terça-feira (13), os dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA referentes ao mês de abril vieram abaixo das expectativas do mercado. 📊 Resultados do IPC – Abril 2025: Indicador Anterior Previsão Atual Impacto no USD IPC mensal (MoM) -0,1% 0,3% 0,2% Negativo IPC núcleo (Core CPI – MoM) 0,1% 0,3% 0,2% Negativo IPC anual (YoY) 2,4% 2,4% 2,3% Negativo 🔍 Análise Técnica e Fundamentalista: Os dados sinalizam desaceleração inflacionária e reforçam a expectativa de que o Federal Reserve poderá cortar juros mais cedo, especialmente diante da piora nas contas externas e redução no ímpeto inflacionário. Esse cenário: Pressiona o dólar (USD) para baixo Favorece ativos sensíveis a juros, como commodities, ações de tecnologia e criptomoedas 🧠 O que esperar e impacto no mercado: Dólar (USD): Deve manter viés de fraqueza no curto prazo, diante da menor pressão inflacionária e piora estrutural da balança comercial. Ouro (XAU/USD): Pode retomar tendência de alta após correção técnica, especialmente se a inflação continuar em queda e os riscos geopolíticos persistirem. Federal Reserve: Aumenta a pressão para início do ciclo de afrouxamento monetário ainda no verão americano (junho/julho). 📌 Conclusão: o mercado reforça expectativas de corte de juros. Ambiente favorável ao ouro, ativos de risco e venda tática no dólar.
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CPI EUA, o que esperar? Resumo Técnico do Mercado de Ouro – 13 de Maio de 2025
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🟡 Resumo Técnico do Mercado de Ouro – 13 de Maio de 2025 ✍️ Análise do analista Igor Pereira – Membro Wall Street NYSE 📍 ExpertFX School – Conteúdo Exclusivo 1. 🧭 Menor Busca por Ativos de Refúgio Temporária O apetite por risco voltou aos mercados globais após o acordo provisório entre EUA e China, que suspende aumentos tarifários por 90 dias. Esse movimento reduziu a demanda por ativos de proteção como o ouro, embora riscos geopolíticos relevantes ainda permaneçam no radar, como inflação, taxa de juros, política monetária, guerra, exportações/importações e principalmente as compras de Bancos Centrais que são gatilhos potenciais de reversão. 2. 📊 CPI dos EUA em Foco – Pressão sobre o Ouro Investidores aguardam com cautela os dados de inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos hoje ás 09h30m no Horário de Brasília. ➡️ Um resultado acima do esperado pode fortalecer o dólar (USD) e gerar pressão adicional sobre o ouro no curto prazo, por aumentar as expectativas de manutenção dos juros elevados pelo Fed. ➡️ Já um resultado abaixo do esperado, pode fazer com que o ouro volte a testar resistências acima. 3. 📉 Monitoramento Técnico – Volatilidade em Alta O ouro está sendo negociado próximo a suportes técnicos críticos, como $3.214.80 (D1), uma quebra deste nível pode levar o metal a visitar $3.18x. Analistas alertam para risco de novas quedas caso o otimismo nos mercados acionários persista. ➡️ Resistências permanecem firmes; uma quebra acima de $3.351 (D1) uma quebra deste nível pode renovar o viés de alta para máximas. 4. 🌍 Tensões Geopolíticas Ainda Presentes Incidentes contínuos na Europa Oriental e na fronteira entre Índia e Paquistão continuam a alimentar riscos geopolíticos latentes. ➡️ Um agravamento nesses focos de tensão pode reativar a demanda por ouro como hedge de risco sistêmico. 5. 📈 Perspectiva de Longo Prazo Ainda Altista Apesar da correção recente, analistas como Goldman, mantêm projeções de alta acima de US$ 3.700/oz até o fim de 2025, impulsionados por: Instabilidade macroeconômica global Déficits gêmeos nos EUA Demanda persistente de bancos centrais por ouro físico ✅ Conclusão Estratégica 🔒 "Mantenha disciplina. Negocie o cenário, não o ruído." O ouro permanece como ativo-chave em cenários de incerteza estrutural. No curto prazo, a volatilidade deve continuar elevada, mas o suporte institucional e macroeconômico segue intacto. 📌 Oportunidade de reposicionamento tático em áreas de suporte para quem visa o médio/longo prazo.-
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📈🇺🇸 Goldman Sachs eleva projeção de crescimento dos EUA, reduz chance de recessão e revisa alta para o S&P 500 após acordo EUA-China Data: 13 de maio de 2025 Fonte: Goldman Sachs Economics Research Comentário e análise técnica: Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE 📌 Resumo do relatório O Goldman Sachs divulgou um novo relatório nesta segunda-feira (12), em que eleva a projeção de crescimento dos EUA para 1% no 4º trimestre de 2025, ao mesmo tempo em que reduz a probabilidade de recessão nos próximos 12 meses para 35%, diante da trégua tarifária anunciada entre os EUA e a China. Além disso, o banco reverte sua recente posição baixista sobre o índice S&P 500 e revisa para cima suas projeções de retorno para o benchmark norte-americano. 📊 Principais pontos: A administração Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas retaliatórias, substituindo a expectativa de um aumento de +54 p.p. por +30 p.p. para os EUA e +15 p.p. para a China. O efeito disso reduz a expectativa de tarifa efetiva para +13 p.p., com possíveis isenções em setores como farmacêutico e semicondutores. Como reflexo da trégua e do alívio nas condições financeiras: PIB projetado para Q4/2025 foi revisto de 0,5% para 1% Risco de recessão em 12 meses foi reduzido de 45% para 35% 📈 Revisão das Projeções para o S&P 500 Novo alvo para 3 meses: 5.900 pontos (+1%) Novo alvo para 12 meses: 6.500 pontos (+11%) (Projeções anteriores: 5.700 e 6.200 pontos, respectivamente) 🔍 Impacto nos mercados financeiros Ações (S&P 500): Projeções mais altas devem impulsionar fluxos para renda variável e ETFs indexados. A narrativa de "pouso suave" ganha tração novamente. Renda fixa: Perspectiva de menor risco de recessão pode reduzir apostas em cortes agressivos, mas ainda há espaço para flexibilização moderada em julho. Dólar americano (USD): Alívio nas tensões tarifárias e redução do risco sistêmico sustentam o dólar no curto prazo, mas fluxo asiático e diversificação de reservas podem pressionar a moeda no médio prazo. Ouro e Criptoativos: Alívio no risco pode gerar realização de lucros no curto prazo, mas fundamentos estruturais (compra de ouro pela China, expansão do BTC como reserva) permanecem sólidos. Emergentes: Reprecificação do risco global melhora o apetite por risco, beneficiando moedas e ativos emergentes. 🧠 Opinião do analista Igor Pereira:
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Igor Pereira: Último Rali Antes da Maior Recessão Desde 2008
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📊 Igor Pereira: Último Rali Antes da Maior Recessão Desde 2008 Análise Premium de Igor Pereira – Membro Wall Street NYSE | ExpertFX School Resumo executivo sobre perspectivas de dados técnicos atuais, para qualquer futura atualização mantenha conectado a ExpertFX School. Maio de 2025 – O mundo se aproxima de um ponto crítico. O ciclo de alta que impulsiona os mercados atualmente deve atingir seu clímax entre junho e julho, com ativos de risco — como ações, criptoativos e metais preciosos — se beneficiando de cortes de juros, liquidez abundante e alívio geopolítico. No entanto, este será um rali de curta duração: a maior recessão global desde 2008 se aproxima rapidamente, com impacto severo a partir do 4º trimestre de 2025 e ao longo de 2026. 🔍 Resumo Executivo: O que está por vir? Bitcoin (BTC) deve alcançar nova máxima histórica entre US$ 106–108 mil novas máxima histórica prevista para junho/julho. Fed deve cortar juros em julho, antecipando movimento de afrouxamento monetário. Acordo comercial temporário entre EUA e China poderá impulsionar ativos no curto prazo. Topo cíclico esperado para (jun–ago), com realização de lucros recomendada. Recessão severa esperada a partir de outubro de 2025, com impacto sistêmico global. 📈 1. Bitcoin rumo à máxima histórica (US$ 106–108 mil) O Bitcoin se aproxima rapidamente de seu topo cíclico, apoiado por: Crescimento da liquidez global (M2), especialmente em economias G7; Entradas institucionais via ETFs spot, com destaque para BlackRock e Fidelity; Pressão de compra de grandes players como MicroStrategy (MSTR); Indicadores on-chain apontando esgotamento de oferta e forte retenção por holders. A estrutura técnica sugere rompimento da resistência histórica em breve, com alvo primário entre US$ 106 mil e US$ 108 mil antes de correções mais profundas. 🛃 2. Tarifas comerciais já precificadas O impacto da política tarifária de Donald Trump já foi absorvido pelos mercados. A expectativa agora gira em torno de: Um possível acordo temporário entre EUA e China até jun/julho. Redução pontual das tensões comerciais; Retomada do apetite por risco em mercados emergentes e commodities. Esse alívio deve ser breve, mas suficiente para impulsionar ativos em junho e julho. ☀️ 3. Auge do rali de ativos de risco Entre junho e agosto, a conjunção de três fatores deve impulsionar os mercados: Expectativa de corte de juros pelo Fed em julho; Liquidez crescente e reprecificação da curva de juros; Alívio geopolítico e comercial temporário. Ações, criptomoedas, ouro e moedas de emergentes devem se beneficiar nesse ambiente, com fluxo especulativo intenso e aumento da alavancagem institucional. 🏦 4. Corte do Fed como gatilho final de euforia Diante da queda dos PMIs, aumento do desemprego e risco de estagflação, o Fed será forçado a iniciar cortes de juros. Esse movimento tende a: Estimular a economia de curto prazo; Inflar ativos de risco; Impulsionar criptoativos e big techs, especialmente Nasdaq. 🚀 5. Nova máxima do Bitcoin As condições técnicas e fundamentais convergem para um topo histórico do BTC em julho, superando a marca dos US$ 105.000. Esse pico pode ser impulsionado por: Otimismo com política monetária; Sazonalidade positiva; Euforia especulativa. ⚠️ 6. Topo cíclico do mercado: atenção à virada A partir de setembro, os fundamentos começam a se deteriorar: Pressões fiscais e déficits crescentes; Desaceleração global sincronizada; Quebra de expectativa com política comercial e monetária. A euforia cederá lugar à aversão ao risco, e os mercados entrarão em modo defensivo. 📉 7. Recessão severa entre Q4 2025 e 2026 A virada do ciclo será marcada por: Desemprego crescente e queda do consumo; Estagflação nos EUA e Europa; Endividamento público insustentável; Crises fiscais em emergentes; Forte correção nos preços de ativos globais. O cenário remete diretamente ao colapso pós-2008, mas com agravantes estruturais como a fragilidade fiscal de países desenvolvidos e risco sistêmico em derivativos. 🧠 Opinião do analista Igor Pereira – Membro Wall Street NYSE 📌 Recomendações Estratégicas – ExpertFX School Realização parcial de lucros de agora até agosto, principalmente em cripto, ações e commodities. Hedging com ouro, dólar e ativos defensivos a partir do 3º trimestre. Posicionamento conservador e aumento de caixa visando a recessão entre Q4 2025 e 2026. Conteúdo produzido por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro e Membro da Wall Street NYSE.-
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Igor Pereira começou a seguir EURCAD 4H e BTCUSD 1H
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Autoridade do Fed destaca impactos de tarifas sobre crescimento e inflação dos EUA Dublin – 12 de maio de 2025. Em discurso realizado no Banco Central da Irlanda, uma autoridade do Federal Reserve abordou os riscos crescentes para a economia dos EUA decorrentes das recentes mudanças na política comercial norte-americana. O evento, que reuniu economistas da NABE (National Association for Business Economics), também destacou o papel da tecnologia e da produtividade na atual conjuntura macroeconômica. Crescimento desacelera após antecipação de importações O PIB dos EUA registrou contração de -0,3% no primeiro trimestre de 2025, após uma alta de 2,5% em 2024. Contudo, esse recuo parece inflado pela antecipação de importações — em especial de bens tarifados — antes da aplicação efetiva das novas tarifas comerciais. O crescimento das compras privadas finais (PDFP), excluindo estoques e comércio exterior, avançou 3%, refletindo ainda esse movimento de antecipação (front-loading). Segundo o Beige Book, há relatos de enfraquecimento na demanda por serviços e hesitação empresarial em investir, sinalizando riscos de desaceleração mais intensa à frente. Mercado de trabalho ainda resiliente, mas com sinais de alerta O setor de trabalho continua estável: os EUA criaram 177 mil empregos em abril, com taxa de desemprego em 4,2%. Contudo, indicadores prospectivos já apontam deterioração: o índice JOLTS mostra queda nas vagas disponíveis e a proporção de empregos vagos por desempregado caiu para 1,0, abaixo da média pré-pandemia (1,2). Inflação persiste acima da meta e tarifas devem elevar preços A inflação PCE subiu 2,3% em 12 meses até março, enquanto o núcleo PCE — que exclui alimentos e energia — alcançou 2,6%. A inflação de serviços (ex-habitação) segue elevada, em 3,4%. As tarifas atuais, significativamente maiores que a média das últimas décadas, atuam como um choque negativo de oferta, elevando custos e reduzindo a atividade. Segundo pesquisa do Fed de Dallas, 55% das empresas planejam repassar o custo das tarifas aos consumidores — 64% pretendem fazê-lo em até três meses. Impactos esperados: crescimento menor, inflação maior e queda na produtividade A autoridade do Fed alertou que tarifas sobre bens intermediários, como aço e alumínio, afetam toda a cadeia produtiva e pressionam preços generalizados. A resposta empresarial tende a ser reduzir investimentos e buscar insumos menos eficientes, com perda potencial de produtividade e desaceleração do crescimento de longo prazo. “Com preços mais altos e renda real em queda, espera-se menor consumo, retração na atividade e aumento das pressões inflacionárias. Além disso, incertezas regulatórias já estão postergando decisões de investimento e contratação”, afirmou o analista Igor Pereira, membro da Wall Street NYSE. Incerteza como fator agravante O aumento da incerteza econômica também foi enfatizado: o VIX e os índices de incerteza de política econômica atingiram máximas históricas. A palavra “incerteza” foi destaque no último Beige Book, sugerindo que empresas e consumidores estão cautelosos — elevando poupança preventiva e adiando gastos e investimentos. O que esperar dos mercados? Dólar (USD): pode manter força relativa, mas sob risco de correção se os impactos da política tarifária enfraquecerem o crescimento. Ouro (XAU/USD): tende a se beneficiar como ativo de proteção diante do aumento da inflação e incertezas políticas. Renda variável: expectativa de lucros pressionada por custos mais altos e menor demanda. Mercado de trabalho: pode perder tração nos próximos trimestres, com queda nas vagas e moderação salarial. Análise de Igor Pereira – Membro WallStreet NYSE “A atual política comercial norte-americana representa um divisor de águas para a economia dos EUA. Com tarifas elevadas e incerteza prolongada, o cenário tende a se tornar inflacionário e recessivo. A resposta do Federal Reserve dependerá da persistência desses efeitos, mas o risco de estagflação começa a ganhar espaço no horizonte.”
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EUA e China anunciam trégua tarifária por 90 dias: impacto direto nos mercados globais Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | WallStreet NYSE Em um movimento surpreendente e coordenado, Estados Unidos e China anunciaram nesta segunda-feira, 12 de maio de 2025, reduções significativas nas tarifas bilaterais por um período inicial de 90 dias, com objetivo declarado de reequilibrar as relações comerciais e evitar uma escalada nas tensões econômicas globais. Detalhes do acordo: redução tarifária mútua China reduzirá tarifas sobre produtos dos EUA de 125% para apenas 10%. EUA reduzirão tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, sendo 10% a alíquota base e 20% aplicável em reciprocidade. As reduções entram em vigor a partir de 14 de maio. Segundo o comunicado conjunto, um novo Mecanismo de Discussão Comercial será criado para debater desequilíbrios, facilitar negociações e conter conflitos futuros. A medida, segundo o conselheiro econômico Bessent, visa impedir nova escalada entre as duas maiores economias do mundo, mantendo o comércio bilateral como pilar da estabilidade financeira global. O que esperar a partir deste acordo? 1. Reação imediata nos mercados financeiros Bolsa americana (S&P 500, Nasdaq): tendência de alta no curto prazo, com possível rotação para setores exportadores e industriais. Índice Hang Seng e mercados asiáticos: provável valorização diante da sinalização de alívio comercial. Ouro (XAU/USD): possível correção técnica no curtíssimo prazo, mas fundamentos de longo prazo seguem altistas diante da instabilidade geopolítica global. 2. Dólar e moedas emergentes O dólar poderá enfraquecer levemente frente a moedas asiáticas e de exportadores de commodities, caso o apetite por risco aumente. O yuan pode se fortalecer com a retomada de fluxos comerciais. 3. Impacto sobre inflação e cadeias globais A redução de tarifas tende a aliviar pressões inflacionárias nos EUA, especialmente em setores que dependem de bens intermediários chineses. Cadeias produtivas globais, duramente afetadas por tarifas anteriores, podem ser parcialmente restabelecidas, com reflexos positivos sobre logística e preços finais ao consumidor. Análise do especialista Conclusão e visão estratégica Apesar de ser temporária, essa trégua abre espaço para alívio macroeconômico global, especialmente em meio a incertezas envolvendo crescimento, inflação e fluxos de capitais. A atenção agora se volta para a eficácia do novo mecanismo de diálogo comercial e se ele será suficiente para sustentar a estabilidade nos próximos trimestres.
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OURO SE TORNA ATIVO DE NÍVEL 1 (TIER 1) SOB BASEL III E PODE CHEGAR A US$ 6.000: O QUE ESPERAR AGORA? Por Igor Pereira – Analista de Mercado | Membro WallStreet NYSE Análise PREMIUM - ExpertFX School Após décadas sendo tratado como um ativo "alternativo", o ouro acaba de alcançar reconhecimento regulatório oficial como um ativo estratégico de primeira linha. A partir de 1º de julho de 2025, o ouro físico será oficialmente classificado como ativo de alta qualidade (HQLA Tier 1) sob as normas de Basileia III, podendo ser contabilizado a 100% do seu valor de mercado como capital de base pelos bancos dos EUA. Este é um divisor de águas no sistema financeiro global — e um claro indicativo de que o ouro voltou ao centro do sistema monetário mundial. Basel III e a nova era do ouro Até agora, o ouro era considerado um ativo Tier 3, com apenas 50% do seu valor reconhecido nos balanços bancários. Com a mudança, ele passa a ser tratado no mesmo patamar de dólares, Treasuries e reservas bancárias, tornando-se oficialmente um ativo monetário central. Esse reconhecimento já havia começado a tomar forma com a reclassificação do ouro em 2019 na Europa, mas agora se estende ao coração do sistema financeiro norte-americano. Os bancos centrais já sabiam De acordo com o World Gold Council, os bancos centrais compraram 244 toneladas de ouro apenas no primeiro trimestre de 2025 — um aumento de 24% sobre a média dos últimos cinco anos. Além disso, 30% das autoridades monetárias globais afirmaram que aumentarão suas reservas em ouro nos próximos 12 meses, maior número já registrado. Essa tendência começou logo após a crise de 2008 e ganhou força após a política monetária ultraexpansionista da década de 2020. O motivo? Proteção contra a desvalorização cambial, riscos geopolíticos e o crescimento explosivo das dívidas soberanas. O investidor varejo finalmente acordou A pesquisa mais recente da Gallup mostra que quase 25% dos americanos agora veem o ouro como o melhor investimento de longo prazo, ultrapassando ações (16%). Apenas o setor imobiliário ainda aparece à frente. Esse dado indica uma mudança de percepção estrutural, onde o investidor médio começa a reconhecer o valor do ouro como reserva de valor em tempos de incerteza. Projeções: US$ 6.000 no médio a longo prazo Com a implementação das tarifas comerciais de Donald Trump, o aumento das tensões geopolíticas e a demanda crescente por parte dos bancos centrais, o cenário para o ouro é extremamente construtivo. Nova projeção: Essa visão está alinhada à recente estimativa do JPMorgan, que também vê o metal chegando a US$ 6.000 até 2029 caso apenas 0,5% dos ativos norte-americanos detidos por estrangeiros sejam redirecionados para o ouro físico. O paradoxo dos mineradores Apesar da forte alta do ouro, o ETF VanEck Gold Miners (GDX) vem registrando saídas de capital constantes. Isso mostra o ceticismo do mercado com relação à lucratividade operacional das mineradoras, que enfrentam: Inflação de custos Escassez de mão de obra qualificada Riscos políticos e regulatórios Porém, historicamente, as ações de mineradoras tendem a reagir com força após a consolidação dos preços do ouro em patamares elevados. O investidor atento pode se antecipar à rotação institucional. Como posicionar seu portfólio Minha recomendação profissional continua clara: 10% de exposição ao ouro em portfólios diversificados 5% em ouro físico (barras, moedas, joias) 5% em mineradoras, ETFs ou fundos setoriais Lembre-se de rebalancear sua carteira periodicamente, especialmente após períodos de alta acentuada. Considerações finais O reconhecimento do ouro como Tier 1 sob Basel III valida o que muitos já sabiam: ouro é dinheiro. E é o tipo de dinheiro que você quer possuir quando o sistema está sob pressão. Mesmo que o Ouro tenha retrações técnicas acima de $2.900, se os maiores bancos centrais do mundo estão comprando ouro — por que você ainda não está?
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JPMorgan projeta ouro a US$ 6.000 até 2029 com leve fuga de ativos dos EUA
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JPMorgan projeta ouro a US$ 6.000 até 2029 com leve fuga de ativos dos EUA Por Igor Pereira – Analista de Mercado | Membro WallStreet NYSE Especialista em metais preciosos e fluxo institucional global O banco JPMorgan surpreendeu o mercado neste domingo com uma projeção ousada: o ouro (XAU/USD) pode atingir US$ 6.000 por onça até 2029, uma alta de 80% em relação aos níveis atuais de US$ 3.300. O gatilho seria uma reallocação mínima de apenas 0,5% dos ativos norte-americanos detidos por estrangeiros para o metal precioso. O que diz o JPMorgan Em nota enviada a investidores, os estrategistas do banco explicam que: A valorização do ouro está sendo impulsionada por um ambiente macroeconômico volátil, agravado pela guerra comercial em curso liderada por Donald Trump; A confiança global nos ativos dos EUA está em declínio, o que abre espaço para diversificação em ativos não soberanos; Um deslocamento de apenas 0,5% das alocações estrangeiras de ativos americanos para o ouro geraria um retorno composto de 18% ao ano, levando o preço a US$ 6.000 até o fim da década. Impactos no mercado financeiro A estimativa do JPMorgan reforça um cenário de mudança estrutural nos fluxos globais de capital. As implicações são amplas: Comportamento dos Bancos Centrais: tende a intensificar compras de ouro como reserva estratégica; Mercados emergentes: podem se beneficiar da alta do ouro via balança comercial e fortalecimento de moedas vinculadas a commodities; Dólar americano (DXY): pressão negativa adicional, especialmente se houver perda de status como ativo de confiança global; Mercado de Treasuries dos EUA: possível aumento nos yields caso o capital estrangeiro migre para o ouro, pressionando a dívida pública. Opinião do analista Igor Pereira "A estimativa de US$ 6.000 por onça é ousada, mas plausível dentro de um contexto em que a confiança global nos ativos norte-americanos está sendo desafiada. A guerra comercial, o aumento da dívida dos EUA e o risco sistêmico dos Treasuries estão abrindo caminho para o ouro assumir um papel central como alternativa sólida e fora do radar de sanções geopolíticas. Se a China, por exemplo, deslocar parte de suas reservas cambiais do dólar para ouro, o movimento poderá ser explosivo." O que esperar nos próximos meses Com base nas declarações do JPMorgan e no ambiente geopolítico atual, o investidor deve observar: Movimento de bancos centrais (especialmente PBoC e Rússia); Posição líquida dos fundos em ouro na Comex; Fluxos de ETFs (SPDR Gold Shares e outros); Divergência crescente entre ouro físico e contratos futuros.-
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Alerta do Goldman Sachs: mercado de ações pode cair até 20% com risco crescente de recessão nos EUA Por Igor Pereira, Membro WallStreet NYSE Analista de Mercado da ExpertFX School O banco de investimentos Goldman Sachs emitiu um alerta contundente aos investidores: o mercado de ações dos Estados Unidos pode sofrer uma queda de até 20%, caso os sinais de recessão econômica se intensifiquem. O gatilho para esse cenário negativo, segundo o banco, está diretamente relacionado à desaceleração do consumo, dados fracos do mercado de trabalho e aperto nas condições de crédito. Ponto central do alerta Segundo relatório divulgado no dia 9 de maio de 2025, o Goldman Sachs considera que: A economia dos EUA enfrenta riscos estruturais, com impacto direto na lucratividade corporativa; A probabilidade de recessão subiu significativamente no segundo trimestre; O mercado ainda não precificou totalmente esse cenário de deterioração, o que pode gerar correções abruptas. O que esperar do mercado? Diante da projeção de uma possível correção de dois dígitos nos principais índices americanos, o cenário pode se desenvolver da seguinte forma: S&P 500: pode retornar aos níveis de suporte em torno de 3.800–4.000 pontos, caso a recessão se confirme; Nasdaq: empresas de tecnologia com múltiplos esticados podem liderar as perdas; VIX (índice de volatilidade): deve explodir acima de 30, sinalizando fuga de risco; Commodities como ouro (XAU/USD): tendem a se valorizar como proteção sistêmica contra choques de mercado; Dólar americano (USD): pode ganhar força frente às moedas emergentes, com fluxo para ativos de segurança. Opinião do analista Igor Pereira "Estamos diante de uma janela de vulnerabilidade sistêmica. Se os próximos indicadores – como payroll, PMI e dados de inflação – confirmarem desaceleração, o mercado acionário pode viver um novo episódio de desvalorização semelhante a 2020. O investidor institucional já começou a recalibrar posições em antecipação ao risco de recessão. O ouro, nesse contexto, volta a ganhar protagonismo como porto seguro, enquanto as ações mais sensíveis ao ciclo devem ser penalizadas." A recomendação, segundo o analista, é adotar postura de hedge estratégico, protegendo portfólios e evitando exposição desnecessária em setores de alto beta.
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EUA e China chegam a acordo comercial: Casa Branca confirma progresso e promete anúncio formal Por Igor Pereira, Membro WallStreet NYSE Analista de Mercado da ExpertFX School A Casa Branca confirmou neste domingo (11) que houve progresso significativo nas negociações comerciais com a China, após dois dias de reuniões intensas em Washington. Segundo comunicado oficial, os detalhes do novo acordo serão divulgados formalmente amanhã, em briefing agendado com autoridades do Departamento de Comércio e do Escritório do Representante de Comércio dos EUA. O que se sabe até agora? ✅ Acordo foi fechado em tempo recorde, sugerindo que os entraves não eram tão profundos quanto se previa; ✅ O foco principal das negociações foi a redução do déficit comercial americano, atualmente em US$ 1,2 trilhão; ✅ O presidente Trump já havia declarado emergência nacional e imposto tarifas como parte do plano de pressão; ✅ Segundo a Casa Branca, o acordo representa um grande passo em direção à resolução de longo prazo da crise comercial com Pequim. Impactos esperados nos mercados A expectativa em torno do anúncio oficial poderá gerar fortes movimentos no mercado financeiro global já a partir da abertura da semana: Ouro (XAU/USD): pode sofrer correção de curto prazo se o mercado interpretar o acordo como descompressão do risco geopolítico; Dólar americano (USD): tende a se valorizar frente a moedas emergentes, com apoio na narrativa de recuperação comercial; Commodities metálicas: reagem de forma mista, dependendo do conteúdo do acordo sobre alumínio, aço e minerais estratégicos; Bolsa americana (S&P500 / Nasdaq): pode buscar novos topos históricos caso o acordo seja favorável ao setor tecnológico. Opinião do analista Igor Pereira "A assinatura desse acordo não é apenas simbólica — ela reflete uma nova fase da estratégia comercial americana, onde Washington abandona a diplomacia lenta e aposta em ações executivas rápidas para pressionar adversários econômicos. A rapidez das tratativas indica que houve concessões mútuas, provavelmente envolvendo limites a exportações tecnológicas chinesas e maior acesso dos EUA a setores protegidos da economia chinesa." Contudo, o mercado ainda deve reagir com cautela até que os detalhes completos sejam revelados, pois o histórico de promessas comerciais entre EUA e China já mostrou que declarações otimistas podem não se sustentar na prática.
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EUA e China firmam novo acordo comercial em meio à "emergência nacional" declarada por Trump Por Igor Pereira, Membro WallStreet NYSE Analista de Mercado da ExpertFX School O representante de Comércio dos Estados Unidos, embaixador Jamieson Greer, confirmou nesse Domingo (11) que um novo acordo foi firmado com a China, como parte dos esforços do governo Trump para conter o gigantesco déficit comercial de US$ 1,2 trilhão enfrentado pelos EUA. A declaração ocorre em meio a um ambiente de crescente tensão geoeconômica e à intensificação das políticas de tarifas e nacionalização de cadeias produtivas adotadas pela Casa Branca. Segundo Greer, "o acordo que firmamos com nossos parceiros chineses nos ajudará a avançar na resolução dessa emergência nacional", referindo-se ao próprio reconhecimento oficial do déficit como uma crise econômica de interesse nacional, o que tem fundamentado a imposição de tarifas e restrições comerciais severas. O que esperar a partir deste acordo? Embora os detalhes técnicos ainda não tenham sido divulgados, o tom da declaração indica que o acordo está relacionado à tentativa de Washington conter desequilíbrios comerciais, com foco na redução do volume de importações chinesas e no estímulo à produção doméstica americana. Espera-se que o pacto aborde temas como: Cotas de importação de semicondutores e metais estratégicos; Restrições ao acesso chinês a infraestrutura e tecnologia americana; Regras para investimentos bilaterais e controles sobre propriedade intelectual. Impacto no mercado financeiro O anúncio ocorre em um contexto de: Enrijecimento da postura chinesa, que ameaça cortar totalmente o fornecimento de minerais estratégicos aos EUA; Elevação das tensões no Oriente Médio, com Donald Trump a caminho da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos para discutir petróleo, comércio e acordos nucleares; Ajustes na política monetária americana, com o Federal Reserve ainda em ciclo de aperto quantitativo (QT), apesar de desaceleração do ritmo. Com isso, os mercados devem reagir com alta volatilidade nos seguintes ativos: Dólar americano (USD): pode se fortalecer no curto prazo por percepção de proteção econômica; Ouro (XAU/USD): tende a subir diante de incertezas comerciais e risco de escalada com a China; Índices de ações globais: podem apresentar correção de curto prazo, especialmente em setores ligados à tecnologia e à manufatura global. Opinião do analista Igor Pereira A iniciativa de Trump revela a tentativa dos EUA de reconstruir uma política comercial ofensiva, baseada em acordos pontuais e no uso da retórica de emergência nacional como justificativa para reformas estruturais. Isso marca um retorno à doutrina protecionista, mas com nuances mais estratégicas: não se trata apenas de balança comercial, mas de competição pela supremacia em setores de alto valor agregado, como semicondutores, inteligência artificial e defesa. O risco para os mercados está na reação da China, que já deu sinais claros de endurecimento ao proibir exportações de minerais estratégicos e ameaçar países intermediários, como a Coreia do Sul. Isso pode dar início a uma nova etapa da guerra comercial, com impactos duradouros sobre a inflação global e as cadeias produtivas de tecnologia.
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CHINA INTENSIFICA BLOQUEIO A MINERAIS ESTRATÉGICOS DOS EUA: EXPORTAÇÕES PROIBIDAS, ROTA VIA TERCEIROS FECHADA Análise do impacto geopolítico e macroeconômico global – por Igor Pereira, Membro WallStreet NYSE Resumo do cenário A China endureceu drasticamente sua política de controle sobre minerais estratégicos, bloqueando totalmente: Vendas diretas aos Estados Unidos; Exportações indiretas via países intermediários (com advertências explícitas à Coreia do Sul); Rotas ilegais de contrabando, com ações recentes da alfândega da China e de Hong Kong desmantelando esquemas clandestinos. O movimento mostra uma mudança clara de postura geopolítica de contenção para represália ativa frente à guerra tecnológica e comercial com Washington. Quais minerais estão em jogo? A medida deve atingir principalmente: Terras raras (Rare Earths) – essenciais para chips, baterias, armamentos e veículos elétricos; Grafite processado – vital para anodos de baterias de lítio; Gálio e germânio – usados em semicondutores e tecnologia militar; Lítio e antimônio – críticos para armazenagem de energia e aplicações estratégicas. Impacto nos EUA e no mercado global 1. Indústria de Defesa e Tecnologia A segurança nacional dos EUA é diretamente impactada, pois muitas aplicações militares e aeroespaciais dependem desses minerais. Setores de inteligência artificial, veículos elétricos e chips de última geração devem enfrentar gargalos sérios. ➡ Ações de empresas como Lockheed Martin, Raytheon, Tesla e Nvidia podem reagir com volatilidade nos próximos dias. 2. Cadeia de suprimentos e inflação O bloqueio pressiona empresas americanas a buscar fornecedores alternativos (Austrália, Canadá, Brasil), a custos significativamente mais altos. A interrupção na oferta pode gerar inflação industrial e travar produções em setores críticos. ➡ Índices de preços ao produtor (PPI) nos EUA podem subir, afetando decisões futuras do Fed. 3. Tensões geopolíticas e risco sistêmico A medida aumenta o risco de retaliações comerciais americanas, inclusive com restrições adicionais à Huawei, SMIC e à exportação de tecnologia para a China. Pode-se acelerar uma fragmentação definitiva da cadeia global de suprimentos, levando a dois blocos econômicos distintos: Ocidente x China e aliados. ➡ Mercados emergentes podem se beneficiar como alternativa na mineração, mas enfrentam desafios logísticos e políticos. O que esperar nos mercados? Commodities críticas ligadas à transição energética devem subir (grafite, cobalto, lítio, terras raras). O setor de ETFs ligados a mineração estratégica (ex: REMX) pode ganhar tração. Empresas ocidentais com dependência da China devem enfrentar pressão nos lucros e reprecificação de risco. Pressão geopolítica sobre o dólar, ouro e metais preciosos como ativos de proteção. Análise final de Igor Pereira A decisão chinesa representa uma escalada ativa na guerra econômica global. O corte direto e indireto de minerais estratégicos mostra que Pequim está disposta a suportar custos internos para enfraquecer setores vitais dos EUA. Este movimento terá repercussões estruturais nos mercados de commodities, tecnologia e na política externa americana nos próximos meses.
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Trump mira Oriente Médio com foco estratégico em petróleo, comércio e programas nucleares: o que esperar dos mercados Análise geopolítica e implicações no cenário macroeconômico global Por Igor Pereira, Membro Wall Street NYSE – ExpertFX School Resumo do movimento O presidente dos EUA, Donald Trump, desembarcará no Golfo Pérsico em 13 de maio para uma visita oficial que abrange Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos. A missão vem em meio a tensões regionais e busca consolidar acordos estratégicos em petróleo, comércio, defesa e tecnologia nuclear. Na pauta estão: Negociações de cessar-fogo entre Israel e Gaza; Revisão de tarifas sobre alumínio e aço; Acordos bilaterais de investimento; Exploração de acordos nucleares civis e industriais; Exportação de semicondutores e parcerias tecnológicas avançadas. Impactos esperados no mercado financeiro 1. Petróleo (WTI / Brent): A visita de Trump tende a elevar a sensibilidade do mercado de petróleo, especialmente se envolver anúncios de cooperação com a Arábia Saudita para estabilização de preços ou revisão da produção. ➡ Expectativa: volatilidade de curto prazo com viés altista caso haja riscos à oferta ou anúncios de sanções adicionais ao Irã. 2. Metais Industriais (Alumínio, Aço): A possível remoção das tarifas de 10% sobre alumínio e aço poderá: Reduzir custos para importadores dos EUA; Aumentar as exportações do Golfo para os EUA; Estimular o consumo industrial e melhorar margens de lucro em setores dependentes desses metais. ➡ Impacto positivo para ações de setores automotivo, construção e manufatura. 3. Geopolítica e risco regional: O envolvimento direto dos EUA em negociações no Oriente Médio pode: Reduzir temporariamente o risco geopolítico se houver avanços diplomáticos com Israel e Palestina; Aumentar a tensão se surgirem fricções com Irã ou facções contrárias à presença americana. ➡ Monitorar CDS soberanos da região, contratos de petróleo e swaps cambiais ligados a moedas do Golfo. 4. Parcerias tecnológicas e nucleares: Caso Trump avance em cooperação nuclear civil ou em exportações de semicondutores para o Golfo, o movimento pode: Abrir mercados estratégicos para empresas americanas; Indicar alinhamento político duradouro com os países do CCG (Conselho de Cooperação do Golfo); Incomodar China e Rússia em uma disputa por influência tecnológica. ➡ Expectativa de valorização em ações dos setores de defesa, tecnologia e energia nuclear. Considerações estratégicas O Oriente Médio segue como peça central nos planos de Trump para uma nova arquitetura de comércio global, menos dependente da China. A reaproximação com países árabes ricos em recursos naturais poderá ser usada como contraponto à instabilidade dos BRICS. A política energética dos EUA pode passar a contar com alianças diretas com produtores estratégicos, deslocando o foco da OPEP tradicional. Conclusão do analista Esta visita representa um ponto de inflexão geopolítico e econômico, com potenciais reverberações para o dólar, os preços do petróleo, o setor de defesa e os fluxos de capital para o Golfo. Investidores devem se preparar para volatilidade nas commodities, ajustes em ETFs expostos à região e mudanças nos spreads de risco soberano.
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FED reduz balanço patrimonial para menor nível desde abril de 2020: o que esperar para o mercado? Análise técnica e implicações no cenário macroeconômico global Por Igor Pereira, Membro Wall Street NYSE – ExpertFX School Resumo técnico O Federal Reserve reduziu seu balanço patrimonial em US$ 17 bilhões no último mês, atingindo US$ 6,7 trilhões, o menor patamar desde abril de 2020. Desde o início do processo de Quantitative Tightening (QT) em abril de 2022, a autoridade monetária norte-americana já enxugou US$ 2,3 trilhões, ou 25% do total acumulado pós-crise de 2020. Atualmente, o Fed mantém US$ 4,2 trilhões em Treasuries e US$ 2,2 trilhões em MBS (Mortgage-Backed Securities). O que está acontecendo de fato? Apesar de algumas publicações nas redes sugerirem que o Fed teria voltado ao Quantitative Easing (QE), a realidade é que a autoridade continua executando QT. A aparente "compra" de ativos diz respeito apenas a reinvestimentos – ou seja, quando um título vence, o Fed reaplica parte do valor recebido para manter o ritmo de redução dentro dos limites definidos. Em março, o banco central dos EUA reduziu o ritmo de QT: De US$ 60 bi/mês para US$ 40 bi/mês no total; Limite mensal de maturação de Treasuries caiu de US$ 25 bi para US$ 5 bi; Runoff de MBS permanece em até US$ 35 bi/mês. Portanto, o processo segue contracionista, com a contração líquida do balanço ainda ativa. A recompra parcial apenas evita que o ajuste ocorra de maneira desorganizada ou abrupta. Impacto no mercado financeiro 1. Títulos do Tesouro (Treasuries): Com o Fed reduzindo sua exposição, a pressão vendedora aumenta, o que tende a elevar os yields dos Treasuries, principalmente os de longo prazo. Isso impacta o custo de capital global, incluindo financiamentos e hipotecas. 2. Dólar (USD): A política de QT costuma ser positiva para o dólar, já que reduz liquidez em circulação e eleva os juros de mercado. Contudo, o impacto real depende da percepção de risco e da resposta dos bancos centrais estrangeiros. 3. Ouro (XAU/USD): Reduções no balanço e alta dos juros reais tendem a pressionar o ouro no curto prazo. Porém, com queda da confiança nos Treasuries por parte de grandes compradores (China, Rússia), a demanda por ouro físico como reserva estratégica cresce, o que suaviza a pressão negativa. 4. Ações: O QT tende a ser negativo para o mercado acionário, pois reduz liquidez sistêmica e afeta o valuation de ativos sensíveis à taxa de desconto, como tecnologia e growth. O que esperar daqui pra frente? QT mais lento, porém contínuo. A diminuição do ritmo mostra prudência, mas não significa reversão. Possível pausa ou inversão em caso de recessão ou disfunção no mercado de Treasuries. Crescimento da demanda por ativos reais (ouro, commodities, infraestrutura) como resposta à erosão da confiança no dólar e no sistema financeiro ocidental. Aumento da volatilidade em renda fixa, especialmente diante da divergência entre políticas fiscais expansionistas e postura monetária restritiva. Conclusão A redução contínua do balanço do Fed é um sinal claro de que a autoridade está comprometida com a normalização da política monetária. Ainda que de forma gradual, essa medida retira liquidez dos mercados e reforça um cenário de aperto financeiro global, o que exige atenção redobrada de traders e investidores. Neste contexto, ativos como ouro e commodities ganham relevância como alternativas estratégicas de preservação de capital, enquanto a exposição a Treasuries passa a ser analisada com mais cautela por investidores institucionais.
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Diversificação de Reservas: O Ouro (XAU/USD) Ganha Protagonismo
um tópico no fórum postou Igor Pereira Sentimento de Mercado
🔎 Diversificação de Reservas: O Ouro Ganha Protagonismo Um dos principais motores da recente alta do ouro é a diversificação das reservas dos bancos centrais. Instituições ao redor do mundo estão reduzindo a exposição aos Treasuries dos EUA e aumentando suas posições em ouro — agora reconhecido pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS) como um ativo de reserva Tier 1. A China é o caso mais emblemático: desde 2018, o país cortou pela metade sua exposição a títulos do Tesouro norte-americano, enquanto aumenta seu estoque de ouro de forma constante — grande parte de forma “off-book”, segundo analistas como Jan Nieuwenhuijs. No entanto, o ouro ainda representa apenas 5% das reservas totais da China, sugerindo grande potencial de alta. 🧭 Estratégia Chinesa: Independência Monetária a Longo Prazo Mais do que um hedge, a estratégia de ouro da China é um plano de autonomia financeira soberana. O metal precioso confere: Alavancagem geopolítica com parceiros comerciais; Blindagem contra sanções e volatilidade do dólar; Base monetária sólida para acordos bilaterais e regionais sem o USD. A meta? Um sistema financeiro mais equilibrado, menos dependente da hegemonia americana. 🌏 Leste compra ouro enquanto o Ocidente dorme Enquanto a demanda física nos EUA recuou no último trimestre, a Ásia e a Europa lideram a corrida pelo ouro. Exemplo simbólico: a Casa da Moeda de Viena registrou filas de compradores — reflexo da memória histórica e da busca por segurança tangível. No Ocidente, o movimento começa a ganhar força. Bancos como Morgan Stanley e Goldman Sachs já recomendam ouro para carteiras de clientes de alta renda. 🛠️ Nova geração de investidores em ouro Apps como Glint e programas de acumulação mensal estão democratizando o acesso ao ouro. O estereótipo do “gold bug” excêntrico dá lugar ao investidor pragmático e estratégico. A entrada via propriedade fracionada e digital está derrubando barreiras de entrada. 📉 A lenta e irreversível desdolarização O USD segue dominante, mas sua supremacia está em erosão. Com a dívida americana em US$ 37 trilhões e a redução da exposição dos maiores credores (como a China), até mesmo quedas marginais na demanda global por dólares podem ter efeitos sistêmicos profundos. 🛡️ Casos reais: Rússia e Polônia usaram o ouro como escudo A Rússia resistiu a sanções com apoio de suas reservas em ouro. A Polônia, por sua vez, aumentou agressivamente seu estoque, chamando-o de “seguro contra incêndios econômicos”. O ouro está sendo redescoberto como instrumento de soberania financeira nacional. ⚙️ E a prata? Embora a prata tenha ficado para trás, analistas veem forte potencial de valorização. Combinando função industrial e monetária, ela tende a se beneficiar do ciclo de infraestrutura e energia limpa. A projeção de médio prazo é de US$ 45 a US$ 50/oz em até dois anos. 📌 Comentário do analista Igor Pereira: 📊 Impacto no mercado financeiro: Ouro (XAU/USD): Suporte estrutural reforçado. Forte entrada de players institucionais. Tese de alta intacta com expansão global da demanda monetária. Dólar (USD): Pressão gradual de desvalorização. Risco de saída contínua de reservas globais. Crescente dificuldade de financiamento da dívida via Treasuries. Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE -
🇨🇳 China Autoriza Uso de Dólares para Importar Ouro — Marco Histórico na Desdolarização Global Decisão fortalece o ouro como pilar estratégico de reservas e acelera a fragmentação da ordem monetária global dominada pelo dólar. Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE 🧭 Contexto Geopolítico e Econômico Em mais um sinal claro de ruptura com o sistema financeiro baseado no dólar, o governo chinês autorizou formalmente os bancos nacionais a utilizarem moedas estrangeiras — com destaque para o dólar americano — no financiamento de importações de ouro. A medida ocorre em um cenário de tensão crescente nas relações comerciais entre China e Estados Unidos, somada à desconfiança estrutural de Pequim quanto à estabilidade e segurança dos ativos denominados em dólares, como os Treasuries. 🎯 O Que Isso Representa ✔️ Conversão estratégica de reservas: A China passa a priorizar a conversão de reservas em moeda americana para ativos reais e tangíveis — como o ouro físico — reforçando a tese da desdolarização global. ✔️ Blindagem econômica: O ouro é amplamente utilizado por bancos centrais como proteção (hedge) contra sanções econômicas, tarifas comerciais e desvalorização cambial, servindo como alicerce de segurança financeira nacional. ✔️ Estímulo à liquidez interna de ouro: O movimento favorece a ampliação da liquidez e dinamização do mercado doméstico chinês de metais preciosos, reforçando o papel do ouro como instrumento de estabilidade e confiança institucional. 📊 Impactos no Mercado Financeiro Global ✴️ Ouro (XAU/USD) Alta estrutural sustentada: A medida cria uma base de suporte sólida para o preço do ouro no mercado internacional. Tese de valorização de longo prazo: Caso o ritmo de compras por bancos centrais se mantenha, o ouro pode superar US$ 3.300, com projeções técnicas entre US$ 3.700 e US$ 4.000. 💵 Dólar (USD) Pressão de venda sistêmica: A conversão gradual de reservas por economias asiáticas representa um fluxo de saída potencialmente duradouro do dólar. Perda de confiança internacional: O movimento reforça a deterioração da percepção de segurança dos Treasuries como ativos “livres de risco”. 📉 Treasuries dos EUA Desmonetização acelerada: A saída da China e de outros grandes detentores poderá exigir juros mais altos nos leilões de dívida americana para manter a atratividade dos papéis. 🛡️ Geopolítica Monetária Fragmentação da ordem monetária global: A iniciativa chinesa reforça a tendência de multipolaridade financeira e a erosão da hegemonia unipolar do dólar como moeda-reserva mundial. 📌 Opinião do Analista Igor Pereira 📍Conclusão A decisão da China representa um novo capítulo na reorganização monetária global. O ouro ganha força como instrumento de proteção e influência geopolítica, enquanto o dólar enfrenta um desafio estrutural diante da crescente busca por ativos reais. Este movimento deve ser monitorado de perto por investidores, gestores e traders que atuam em ouro, câmbio e ativos ligados à macroeconomia global.
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S&P 500 depende da China: risco de desacoplamento ameaça lucros e estabilidade dos mercados Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro — Membro WallStreet NYSE O risco de desacoplamento entre Estados Unidos e China representa uma ameaça concreta aos lucros das empresas norte-americanas — e, por consequência, ao desempenho dos principais índices acionários, como o S&P 500. De acordo com dados da Apollo Global Management, as empresas do S&P 500 geraram cerca de US$ 1,2 trilhão em receitas oriundas de vendas para consumidores chineses nos últimos 12 meses. Este valor é quatro vezes maior do que o atual déficit comercial entre EUA e China. Dependência estratégica: 7% das receitas vêm da China Atualmente, aproximadamente 7% de todas as vendas anuais das empresas do S&P 500 são realizadas na China, o que representa um nível significativo de exposição à segunda maior economia do mundo. Este número reforça o grau de integração econômica entre as duas potências — e mostra como qualquer interrupção neste canal pode ter efeitos imediatos e de grande escala sobre os lucros corporativos e os múltiplos de avaliação das ações. Cenário de desacoplamento: impactos no mercado Caso ocorra um desacoplamento repentino ou prolongado entre EUA e China — por questões políticas, tarifárias ou estratégicas — os impactos esperados incluem: Queda abrupta nos lucros por ação (EPS) de empresas com forte presença na Ásia, como Apple, Tesla, Nike e outras big caps; Desvalorização dos ativos de risco, especialmente os mais expostos a receitas internacionais; Reprecificação de expectativas de crescimento nos setores de tecnologia, consumo e industrial; Redirecionamento de cadeias produtivas globais, elevando custos operacionais e pressionando margens. Necessidade de um acordo comercial urgente Diante da magnitude dessa interdependência, torna-se urgente a celebração de um novo acordo comercial entre Estados Unidos e China. Uma escalada de tensões ou aumento de tarifas pode acelerar uma ruptura que impactaria negativamente os mercados globais, especialmente o norte-americano. Opinião do analista Igor Pereira O mercado ainda precifica uma continuidade do fluxo comercial entre EUA e China. Porém, isso representa um ponto cego perigoso. O grau de exposição do S&P 500 à China é alto demais para ser ignorado, e qualquer ruptura pode desencadear uma correção estrutural nos valuations de empresas líderes do índice. Além disso, o momento atual exige dos formuladores de políticas uma abordagem mais pragmática: um acordo comercial não é apenas desejável — é necessário para preservar a estabilidade macroeconômica e o ciclo de crescimento corporativo global. A eventual desaceleração da economia chinesa, combinada com uma guerra comercial duradoura, pode minar as projeções otimistas dos investidores para 2025, e gerar ondas de aversão a risco nos mercados globais.
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Ouro não está em topo: fluxo para GLD e desempenho das mineradoras sinalizam continuidade da tendência Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro — Membro WallStreet NYSE O mercado de ouro segue surpreendendo até os mais céticos. Apesar dos recordes recentes, a estrutura de fluxo sugere que a fase de euforia ainda não começou. Um dos principais termômetros disso é o fundo GLD (SPDR Gold Trust), principal ETF de ouro do mundo. Atualmente, o número de ações em circulação do GLD está em apenas 333 milhões. Historicamente, grandes topos no ouro ocorreram quando esse número ultrapassava 450 milhões, indicando uma forte entrada de investidores de varejo. Ainda não é o caso. Ouro ainda longe do topo: dados de fluxo confirmam O nível atual de participação sugere que a fase institucional do rali do ouro está em curso, mas o varejo ainda não entrou em peso — o que abre espaço para mais altas. A ausência de “exuberância irracional” é um sinal técnico relevante de que ainda há potencial de valorização antes de uma eventual correção estrutural. Mineradoras de ouro superam todos os setores do mercado Se as mineradoras de ouro fossem classificadas como um setor autônomo na bolsa, teriam superado todos os demais nos últimos 12 meses. A performance, historicamente ignorada por gestores, agora volta ao centro do radar. Até pouco tempo atrás, muitas casas classificavam mineradoras como ativos "não investíveis", seja pela volatilidade, seja pela falta de retorno consistente. No entanto, com a valorização do ouro, o redesenho das margens operacionais e a disciplina de capital adotada pelas principais empresas, o setor se tornou não apenas estratégico, mas altamente lucrativo. Contexto histórico: a relevância dos ativos reais retorna A história tende a se repetir — e, nesse caso, com razão. Em períodos de incerteza monetária, ativos tangíveis voltam a ter papel central na alocação de capital institucional. A demanda por ouro e empresas produtoras cresce à medida que investidores buscam proteção contra: Inflação persistente ou estrutural; Riscos de crédito soberano (inclusive nos EUA); Política monetária frouxa ou imprevisível; Desglobalização e tensões geopolíticas. O que esperar para o mercado de ouro Curto prazo: Expectativa de valorização sustentada do ouro enquanto o fluxo de capital institucional se mantiver firme; Possível aumento no número de ações do GLD conforme o varejo for entrando. Médio e longo prazo: Mineradoras podem se tornar ativos preferenciais de fundos macro e value, atraídos pela geração de caixa e exposição à inflação; Setor pode consolidar-se como alternativa defensiva com alto retorno ajustado ao risco. Opinião do analista Igor Pereira O mercado está apenas no início de uma reprecificação estrutural do ouro. O fato de o GLD ainda não ter atingido níveis de participação típicos de topo é um forte indicativo de que o ciclo atual ainda tem fôlego. A performance das mineradoras não deve ser vista como um pico isolado, mas sim como reflexo de uma reavaliação macroeconômica sobre o papel do ouro em portfólios globais. Aqueles que ignoraram o ouro, estão sendo forçados agora a rever suas posições — seja por razões de proteção, seja por simples busca de retorno consistente. Estamos diante de uma transição silenciosa na preferência por ativos, onde mineradoras e ouro físico tendem a ser protagonistas.
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Judy Shelton defende “dólar confiável” sob Trump e propõe título público conversível em ouro para restaurar estabilidade fiscal Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro — Membro WallStreet NYSE A economista Judy Shelton, ex-assessora do Tesouro durante a primeira transição da administração Trump e defensora do padrão-ouro, voltou ao debate público com declarações firmes sobre o futuro do dólar americano, a estabilidade fiscal dos EUA e o papel do ouro como âncora monetária. Shelton afirma que a incerteza não está no dólar, mas sim na atuação do Federal Reserve, e defende que os EUA devem se alinhar aos princípios fundadores de finanças sólidas, sugerindo uma medida ousada: a emissão de um título público de 50 anos, conversível em ouro, com vencimento simbólico em 4 de julho de 2026 — data do 250º aniversário da independência dos EUA. Proposta Técnica: Título de 50 anos lastreado em ouro A proposta de Judy Shelton consiste em o Tesouro emitir um título de dívida pública com prazo de 50 anos que possa ser resgatado, no vencimento, por uma quantidade fixa de ouro. Isso estabeleceria uma referência objetiva e de longo prazo para a disciplina fiscal do governo americano. Com 261 milhões de onças de ouro em reserva, o Tesouro americano é o maior detentor mundial do metal. Mesmo contabilizado oficialmente a US$ 42 por onça, o valor de mercado atual do ouro ultrapassa os US$ 3.300, o que reforça a importância estratégica dessas reservas. Impacto no mercado financeiro A fala de Shelton vem em um momento em que o ouro bate recordes históricos e o dólar mantém força frente a moedas como o iene e o franco suíço. Essa estabilidade do dólar, segundo ela, decorre da política monetária ainda restritiva do Fed — mas com alto custo para o crescimento. O que esperar: Caso a ideia do título conversível ganhe tração, poderá reforçar a demanda por ouro físico como ativo soberano, servindo de escudo contra déficits fiscais futuros. O dólar poderá ganhar credibilidade institucional no longo prazo, com impacto positivo sobre Treasuries e taxa de risco. Um possível movimento nessa direção deve impactar negativamente os ativos sensíveis à inflação (como commodities de energia e alimentos), devido à percepção de maior disciplina monetária. Críticas ao Fed e apoio à visão de Trump Shelton é crítica contundente do Federal Reserve, que segundo ela, atua como uma autoridade excessivamente centralizadora no estilo soviético: Ela também rejeita o argumento de que o dólar estaria em declínio como moeda de reserva global. Para Shelton, não há substituto viável ao dólar, e sua valorização deve continuar. Reação da administração Trump e visão para o futuro Shelton relatou ter recebido feedback positivo da equipe econômica de Donald Trump, incluindo nomes como Larry Kudlow e Steve Forbes. A proposta alinha-se à política de Trump de fortalecer a economia por meio da iniciativa privada e do crescimento do lado da oferta. Impacto esperado com Trump: Combinado a cortes de impostos e desregulamentação, o cenário vislumbrado por Shelton antecipa uma revalorização do dólar, queda da inflação e valorização do ouro no médio prazo como ativo de proteção. A menor dependência do Fed e maior ancoragem em ativos reais pode alterar o perfil de risco dos EUA perante agências de rating e grandes fundos institucionais. Opinião do analista Igor Pereira A proposta de Judy Shelton deve ser observada com seriedade por investidores institucionais e gestores de patrimônio global. A ideia de um título soberano lastreado em ouro representa um retorno estratégico à confiança em ativos reais, num cenário em que as economias desenvolvidas enfrentam déficits crônicos, distorções de mercado geradas por bancos centrais e um crescente questionamento da política monetária tradicional. Do ponto de vista macroeconômico, essa proposta reforça o papel do ouro como reserva de valor institucional, ao mesmo tempo que fortalece o dólar como moeda dominante — não apenas por força econômica, mas por disciplina fiscal. Se implementado, um "gold bond" de 50 anos poderia: Servir como âncora de expectativas de inflação; Atrair capital de longo prazo com perfil conservador; Reduzir a pressão por intervenções do Fed; E reposicionar os EUA como referência de estabilidade monetária. Para os traders, o ouro pode entrar em uma nova fase estrutural de valorização, com menor volatilidade e maior correlação com fundamentos fiscais — e não apenas com riscos geopolíticos ou inflação.
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💥🇺🇸 Tensões tarifárias reacendem riscos de recessão nos EUA: alerta do Fed expõe dilema entre inflação e crescimento Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE 🧨 Resumo dos eventos: O presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin, lançou um sinal de alerta nesta sexta-feira (09/05), ao afirmar que as tarifas comerciais impostas pela administração Trump estão pressionando a economia dos EUA rumo à recessão, elevando custos e incertezas econômicas. Enquanto isso, o conselheiro Navarro, em tom agressivo, destacou avanços unilaterais dos EUA nas negociações comerciais com Reino Unido, Japão e União Europeia, sob a bandeira do novo "Acordo de Prosperidade Econômica". ⚠️ Principais pontos do discurso de Barkin: Tarifas de Trump não têm precedentes modernos e representam riscos reais para a inflação e o crescimento global. Fed alerta que a continuidade dessas tarifas pode resultar em: Aumento do desemprego Queda nos investimentos Interrupções nas cadeias de suprimentos Perda de confiança empresarial Embora a política monetária atual esteja “bem posicionada”, o Fed reconhece crescentes incertezas econômicas e monitora os impactos nas decisões de consumo e emprego. 🧭 Impacto esperado no mercado financeiro: Ativo Impacto Esperado Justificativa Técnica Dólar (USD) Pressão de alta no curto prazo Busca por proteção e fuga para segurança Ouro (XAU/USD) Tendência altista se consolida Refúgio contra inflação e risco sistêmico Ações EUA Volatilidade e correção técnica Incerteza sobre lucros e consumo interno Treasuries Compras defensivas em alta Aversão ao risco cresce, especialmente em 10Y Criptomoedas Potencial de valorização Liquidez global ainda moderada e risco fiscal crescente 📜 Movimentações comerciais e geopolíticas: Navarro destaca que EUA priorizam a UE nas negociações e acusam o IVA europeu como obstáculo injusto ao comércio americano. Exportações agrícolas (carne, aves, laticínios) ganham destaque em acordos bilaterais com o Reino Unido. O novo "Acordo de Prosperidade Econômica" estabelece uma agenda tarifária com o Reino Unido, que poderá incluir medidas futuras sob a Seção 232 (tarifas por motivos de segurança nacional). 🧠 Análise do analista Igor Pereira: 📌 Conclusão: O mercado deve se preparar para volatilidade persistente, em um ambiente onde a política fiscal e tarifária dos EUA colide com os limites da política monetária. A próxima reunião do Fed poderá trazer novas diretrizes sobre até onde o banco central está disposto a tolerar a pressão inflacionária antes de ceder ao risco de estagflação.
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Bitcoin segue a liquidez global M2 com defasagem de 3 meses
um tópico no fórum postou Igor Pereira Sentimento de Mercado
💥✴️ Bitcoin segue a liquidez global M2 com defasagem de 3 meses Atualização confirma que a correlação positiva entre a liquidez global (agregado M2) e o preço do Bitcoin permanece intacta. A análise revela que o BTC reage com um atraso médio de 3 meses às mudanças na liquidez global. 📊 Contexto técnico: Liquidez global M2 representa o total de dinheiro disponível nas principais economias (EUA, UE, China, Japão). Quando bancos centrais expansivos injetam liquidez, o BTC tende a subir meses depois. Atualmente, os dados indicam aumento marginal na liquidez global, sustentando a recente alta do BTC. 📈 O que esperar? Se o ritmo de expansão monetária continuar, o BTC pode renovar máximas no segundo semestre de 2025, conforme os efeitos da liquidez atual forem absorvidos. Um aperto monetário sincronizado pelas grandes economias (ex: Fed, BCE, PBoC) seria risco relevante para o criptoativo. 🧭 Impacto nos mercados financeiros: BTC/USD: projeção altista de médio prazo enquanto liquidez se mantiver em expansão; Altcoins: geralmente reagem com maior intensidade, tanto na alta quanto na queda; Ouro e ações tech: ativos correlacionados também se beneficiam de maior liquidez. 🔍 Análise do analista Igor Pereira: A consistência da correlação BTC–M2 reforça a tese de que o Bitcoin, apesar da volatilidade, age como ativo macro sensível à política monetária global. Em um mundo altamente endividado, liquidez é o verdadeiro driver dos preços. Acompanhar os próximos movimentos do Fed e do PBoC será essencial para prever a direção do BTC nos próximos meses. -
💥🇨🇳 Ações chinesas se recuperam após choque tarifário dos EUA; mercados aguardam negociações em 10 de maio na Suíça As ações da China apagaram as perdas acumuladas desde 2 de abril, quando os EUA anunciaram novas tarifas recíprocas, reacendendo temores de uma guerra comercial. A recuperação sugere expectativas positivas com a retomada das negociações entre Pequim e Washington, agendadas para o dia 10 de maio na Suíça. 📈 O que impulsionou a reação positiva? Intervenção do governo chinês no mercado acionário com estímulos pontuais. Especulação de flexibilização nas tarifas diante do encontro diplomático iminente. Reversão técnica após sobrevenda acentuada nos índices de Xangai e Shenzhen. 🧭 O que esperar? As negociações de 10 de maio podem trazer: Redução de tarifas em setores-chave como semicondutores, tecnologia e automóveis; Alívio temporário no câmbio USD/CNH e fortalecimento de commodities industriais; Risco binário: se o encontro fracassar, pode haver nova rodada de tarifas, fuga de capital e aversão a risco nos emergentes. 📉 Impacto nos mercados financeiros Ouro (XAU/USD): tende a reagir conforme a incerteza geopolítica se intensifica ou alivia. Índices globais: especialmente Nasdaq e S&P 500, que têm exposição indireta à China, serão influenciados pela leitura do mercado sobre o sucesso das negociações. Yuan chinês (CNH): fortalecimento moderado antes do encontro, mas vulnerável caso não haja progresso diplomático. 🔍 Análise do analista Igor Pereira: A recuperação das ações chinesas é mais um movimento técnico e especulativo do que uma melhora estrutural. A economia da China ainda sofre com alavancagem elevada e desaceleração da demanda externa. As tarifas seguem sendo uma ferramenta política e, sob o governo Trump, devem continuar sendo usadas como moeda de troca eleitoral. A cautela ainda é recomendada.
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