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Análise Profunda do Analista Igor Pereira: Trump recua, mercados respiram, mas o alívio é temporário Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro Resumo da Situação: Trump recua estrategicamente A declaração de Donald Trump, indicando que não pretende demitir Jerome Powell e que pode suavizar as tarifas impostas à China, trouxe alívio imediato aos mercados. A reação foi previsível: bolsas em alta, dólar se fortalecendo e o ouro corrigindo após forte valorização. Contudo, a análise técnica e os fundamentos macroeconômicos sugerem que essa calmaria será passageira. Impactos Imediatos no Mercado Ouro (XAU/USD): Após atingir US$ 3.509, o metal precioso iniciou uma correção técnica, sinalizando um possível topo de mercado. Essa reação é típica após movimentos parabólicos e excesso de otimismo. Índice Dólar (DXY): O DXY recuperou força ao invalidar os rompimentos abaixo das retrações de 61,8%, um indicativo claro de fundo de mercado. O fortalecimento do dólar tende a pressionar o ouro e outras commodities. Ações e cobre: Subiram com o alívio emocional dos investidores, mas esse otimismo não deve se sustentar diante da realidade dos fundamentos. O que esperar a seguir? A retórica de Trump reflete uma tática de negociação já conhecida: elevar a tensão ao máximo para, em seguida, recuar estrategicamente, ganhando tempo e margem de manobra. Contudo, as tarifas seguem intactas e a política comercial dos EUA continua sendo um freio estrutural ao crescimento global. A resposta de Pequim ao restringir discretamente as exportações de rare earths foi um movimento estratégico silencioso, mas poderoso. Essas matérias-primas são essenciais para a indústria de alta tecnologia dos EUA, e sua ausência pode paralisar cadeias produtivas inteiras. O mercado percebeu o recado. Ouro e Commodities: O Fim de um Rally? Conforme escrevi anteriormente, o ouro já havia precificado: A alta inflação vinda das tarifas; A possibilidade de Powell ser destituído; A recessão global em desenvolvimento. Com o alívio atual, investidores realizam lucros e se reposicionam. A performance fraca da prata e das mineradoras frente ao ouro reforça essa visão: o "smart money" está saindo do setor. Correções de 5% a 10% são normais e saudáveis, mas um novo mergulho no estilo 2008 permanece no radar – e nesse caso, até ouro e prata sofreriam duramente. Análise Técnica: Alerta Máximo O rompimento abaixo de US$ 3.400 e depois US$ 3.300 confirma o início de uma correção maior no ouro. O cobre subiu levemente acima da retração de 61,8% – exatamente como fez antes de despencar em 2008. Ações e FCX (Freeport-McMoRan) seguem o mesmo padrão. Estamos diante de um possível "beijo de despedida" dos mercados antes de uma nova queda acentuada. Minha Opinião como Analista: O movimento atual dos mercados é uma reação emocional, não uma reversão estrutural. A tendência principal segue sendo de risco crescente para ações e commodities. O mercado celebrou um gesto simbólico de Trump, mas os fundamentos continuam a apontar para estagnação do comércio global, inflação persistente e potencial recessão. O investidor atento deve: Evitar euforia com o rali atual. Considerar encerrar posições compradas em metais e ações. Reavaliar stops e estratégias de hedge. Observar de perto a força do dólar – ativo que pode se tornar o principal refúgio no curto prazo. Conclusão: O mercado pode estar diante de um novo ciclo de baixa. A correção no ouro é o prenúncio de um cenário mais amplo de aversão a risco. Não se deixe enganar pela calmaria: ela é só o prelúdio da tempestade. "Quando todos estão otimistas, o risco aumenta. E é exatamente agora que o investidor racional deve ser mais cauteloso." – Igor Pereira