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Apple e a ameaça tarifária de Trump: Morgan Stanley diz que imposto de 25% não mudará produção Por Igor Pereira – Membro WallStreet NYSE Analistas do Morgan Stanley afirmaram nesta terça-feira (27) que a possível tarifa de 25% sobre iPhones importados para os Estados Unidos, proposta pelo presidente Donald Trump, dificilmente levará a Apple a transferir sua produção para o território americano. Em relatório técnico, os analistas enfatizam que, apesar dos custos adicionais causados por tarifas, o fator mais crítico ainda é a logística e a velocidade de comercialização ("speed to market"), que tornam a realocação da montagem de iPhones para os EUA uma decisão pouco viável no curto prazo. Contexto: Trump reacende guerra comercial contra a Apple A declaração de Morgan Stanley ocorre após o presidente Donald Trump reacender temores sobre tarifas comerciais, ao ameaçar publicamente impor um imposto de 25% sobre iPhones importados, medida interpretada como retaliação à crescente realocação da produção da Apple da China para a Índia. Trump já havia sinalizado, em ocasiões anteriores, que empresas americanas deveriam produzir em solo americano, principalmente aquelas com forte presença em Wall Street e impacto na balança comercial, como a Apple. Impacto no mercado financeiro: o que esperar 1. Apple (AAPL) sob pressão de margem A ameaça de tarifa eleva o risco de compressão de margens para a Apple, que já enfrenta pressões inflacionárias e desaceleração da demanda global. Se aplicada, a taxa de 25% poderia aumentar o preço final dos iPhones nos EUA ou reduzir a lucratividade da empresa, afetando diretamente a cotação das ações da AAPL. 2. Setor de tecnologia em alerta Outras empresas com forte dependência de manufatura asiática, como Tesla, Dell e HP, também podem ser arrastadas para o centro do debate tarifário, o que gera aversão a risco nos setores de tecnologia e semicondutores. 3. Dólar, ouro e Treasuries A escalada da tensão comercial pode impulsionar fluxo para ativos de proteção. O ouro (XAU/USD) tende a se valorizar com incertezas geopolíticas, enquanto os Treasuries podem se beneficiar da busca por segurança. O dólar pode apresentar movimentos mistos: alta frente a emergentes e queda contra o iene e o ouro, conforme o risco aumenta. 4. Índia como nova potência industrial O debate também reforça a leitura de que a Índia vem se consolidando como destino estratégico para empresas que buscam reduzir dependência da China, em linha com a agenda de realinhamento geoeconômico global liderada por Trump. Conclusão A ameaça de tarifas sobre iPhones marca um novo capítulo na guerra comercial americana, agora com foco direto sobre uma das maiores empresas do país. Embora a realocação da Apple para os EUA seja improvável no curto prazo, o movimento de Trump aumenta a pressão sobre grandes multinacionais para “repatriar” sua produção — um tema que deverá influenciar não apenas o setor tecnológico, mas também a estrutura global de supply chains nos próximos anos. O mercado agora aguarda novas declarações da Casa Branca ou da própria Apple para medir os próximos impactos sobre ações, moedas e metais. A expectativa é de maior volatilidade nos próximos dias.
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EUA AMPLIAM FRENTE COMERCIAL: TARIFAS, CEO MEETING E PRESSÃO SOBRE A CHINA
um tópico no fórum postou Igor Pereira Análises Fundamental
🚨 EUA AMPLIAM FRENTE COMERCIAL: TARIFAS, CEO MEETING E PRESSÃO SOBRE A CHINA Nesta terça-feira (29), o porta-voz da Casa Branca, Leavitt, e o secretário do Tesouro, Bessent, marcaram os 100 dias da presidência de Donald Trump com declarações relevantes sobre comércio, tarifas e negociações internacionais. Trump, segundo Leavitt, "já colhe resultados de seus esforços" e deve assinar hoje um novo decreto sobre tarifas automotivas. Além disso, foi confirmada uma reunião com CEOs de grandes empresas americanas no dia 30 de abril, com foco em competitividade e retorno industrial. Declarações-chave de Bessent: Tarifas são vistas como uma estratégia de lucros de longo prazo. Receitas tarifárias podem ser usadas para cortar impostos, sinalizando um plano de redistribuição fiscal. China será forçada a ceder às tarifas — embora Pequim afirme que não há negociações em andamento. Negociações comerciais seguem com 17 países, com avanços na Ásia e possíveis anúncios sobre Índia, Japão e Coreia do Sul. Espera nenhuma interrupção nas cadeias de suprimento, apesar do ambiente protecionista. Anúncios futuros devem trazer “certeza para os mercados”. O que esperar: Maior volatilidade nos mercados globais, especialmente em setores expostos à Ásia e indústria automotiva. Ouro (XAU/USD) e ativos defensivos podem ganhar força com aumento da aversão ao risco. Moedas emergentes e commodities industriais devem sentir pressão, diante de tensões com a China. Setor automotivo global pode sofrer com distorções nas cadeias logísticas e aumento de custos. Análise do analista Igor Pereira: "Trump está adotando uma estratégia clara de guerra comercial estruturada, reforçando tarifas como mecanismo de barganha e política industrial. O mercado deve precificar aumento da incerteza geopolítica e mais risco de fragmentação do comércio global. O ouro e o dólar podem se beneficiar no curto prazo, enquanto o setor industrial global deve se preparar para choques adicionais."