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Ouro sobe para recordes, mas Goldman Sachs alerta: “Proteção de baixa está barata e tecnicamente justificável” Análise Premium Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro Membro Junior WallStreet NYSE Ao longo do último mês, os preços do ouro (XAU/USD) realizaram um movimento de ida e volta (roundtrip), renovando máximas históricas antes de devolver ganhos em meio a uma série de fatores técnicos e macroeconômicos. Grandes bancos, como UBS, JPMorgan e Goldman Sachs, elevaram suas projeções para o metal precioso, com algumas estimativas apontando para alvos de US$ 4.000 a US$ 4.500 até o fim de 2025. Entretanto, no curto prazo, o desk de metais preciosos do Goldman Sachs adota uma visão tática mais defensiva, recomendando compra de opções de venda (puts) como forma de proteção diante de sinais técnicos de fraqueza e falta de catalisadores claros de alta no curto prazo. Destaques das revisões otimistas dos bancos UBS, Goldman Sachs e JPMorgan revisaram suas perspectivas para o ouro, com alvos que vão de US$ 4.000 a US$ 4.500; Goldman declarou: "Com a morte do portfólio 60/40, o ouro é preferível aos Treasuries como proteção"); Traders institucionais do Goldman apontam 10 motivos pelos quais estão comprando ouro de forma estratégica; A acumulação de ouro pela China acima dos níveis oficialmente reportados também foi destacada como fator estrutural de suporte. Pressão técnica e oportunidade tática: downside barato Apesar do otimismo estrutural, Robbie Dwyer, trader sênior do Goldman Sachs, afirma que a proteção contra quedas no curto prazo está excepcionalmente barata no mercado de opções. O ouro rompeu sua média móvel de 50 dias e agora encontra suporte técnico mais relevante próximo de US$ 3.200, com dificuldade de se sustentar acima de US$ 3.400 mesmo durante episódios de escalada no Oriente Médio. Outros fatores destacados: A volatilidade implícita de 1 mês está abaixo de 15%, inferior à volatilidade realizada de 17% (últimos 20 dias) e muito abaixo dos 25% dos últimos 3 meses; Opções de venda com delta 25 (25d puts) estão negociando com desconto em relação às opções at-the-money, tornando-as atrativas para proteção tática; A sugestão do Goldman: comprar puts de 1 mês com strike US$ 3.200 (25d puts) a um custo de 22 dólares por onça com ouro spot a US$ 3.280 — uma aposta com perda máxima limitada ao prêmio pago. Fundamentos e comportamento dos players institucionais O modelo de fluxo sistemático do Goldman mostra venda líquida por parte de algoritmos e fundos sistemáticos; O posicionamento de "managed money" (fundos especulativos) continua elevado em termos nominais, deixando espaço para liquidações; Investidores chineses permanecem com posições extremamente longas, o que pode aumentar a pressão de venda em correções; A ausência de um novo catalisador claro após trégua no Oriente Médio, avanços na relação comercial EUA-China e recuo do projeto de lei S.899 contribui para a fragilidade do preço no curto prazo. O que esperar No curto prazo, o ouro pode continuar enfrentando pressão técnica até a faixa de US$ 3.200, especialmente se não houver novos catalisadores macro ou geopolíticos. A fraqueza na reação a eventos de alta intensidade (como conflitos ou decisões políticas) indica exaustão de momentum. No entanto, a perspectiva de longo prazo continua construtiva, dada a continuidade da acumulação por bancos centrais, os desequilíbrios fiscais dos EUA e o movimento contínuo de desdolarização por parte de economias emergentes. Opinião do analista Igor Pereira A movimentação recente do ouro reflete um mercado dividido entre fundamentos estruturalmente altistas e uma tática de curto prazo de realização e proteção. O fato de grandes bancos como Goldman Sachs recomendarem proteção por meio de opções de venda reforça o cenário de cautela técnica até que o preço supere com consistência resistências como US$ 3.400 ou US$ 3.450. Oportunidades de entrada devem ser observadas em zonas de suporte técnico relevantes, como US$ 3.200, desde que acompanhadas por fluxos institucionais positivos e retomada de momentum. Para o investidor de longo prazo, correções como essa representam pontos de acumulação. Para o trader tático, o uso de opções pode ser a ferramenta mais eficiente neste momento de assimetria entre fundamentos e preço.