ANALISTA Igor Pereira Postado Dezembro 7 ANALISTA Denunciar Share Postado Dezembro 7 O consenso de mercado é quase unânime: o Fed vai cortar os juros na quarta-feira. Mas, como analistas de risco, devemos perguntar: e se eles não cortarem? A realidade fiscal que descrevemos anteriormente – $620 bilhões de nova dívida em apenas 43 dias durante o shutdown – criou um cenário inflacionário latente que pode fazer o Fed pisar no freio. Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro, Membro Junior WallStreet NYSE 1. O Argumento para a Pausa (O Cenário Hawkish) Por que Powell consideraria não cortar, ou sinalizar uma pausa longa após dezembro? O "Boom" da Dívida é Inflacionário: Adicionar $14,4 bilhões de dívida por dia é, na prática, uma injeção massiva de estímulo fiscal na economia. O Tesouro está gastando como se não houvesse amanhã. Se o Fed cortar juros agressivamente em cima desse estímulo fiscal, o risco de uma "super-inflação" em 2026 dispara. O Retorno da Inflação de Moradia: Como vimos no relatório anterior, a inflação de aluguéis reacendeu. Cortar juros agora poderia ser visto como um erro de política que valida uma inflação estruturalmente mais alta. A Curva de Juros: Os rendimentos de longo prazo (10 e 30 anos) já estão subindo devido ao medo da oferta de dívida. Um corte de juros de curto prazo poderia, paradoxalmente, fazer os juros longos subirem mais (bear steepening), apertando as condições financeiras reais. Minha Análise (Igor Pereira): Se Powell focar na estabilidade de longo prazo do dólar e na inflação de serviços, ele pode optar por uma "pausa hawkish" ou um corte "one-and-done" (corta agora e para), frustrando as expectativas de um ciclo longo de cortes. 2. O Impacto de um "Não-Corte" (ou Corte com Pausa) Se o Fed surpreender com uma postura mais dura: Ouro (XAU/USD): Poderia sofrer uma liquidação inicial violenta ("knee-jerk reaction") à medida que o dólar se fortalece e os rendimentos reais sobem. No entanto, a tese de longo prazo (insolvência fiscal) permaneceria intacta, tornando essa queda uma oportunidade de compra geracional. Ações (S&P 500/Nasdaq): Seria um banho de sangue. A bolha de ativos, sustentada pela liquidez, desinflaria rapidamente se a "put do Fed" fosse retirada. Dólar (USD): Dispararia, esmagando moedas emergentes e commodities no curto prazo. Conclusão de Igor Pereira: A Dívida é o Destino No final das contas, a matemática da dívida ($38 trilhões e subindo verticalmente) vencerá. O Fed pode tentar ser "durão" na quarta-feira, mas a insolvência fiscal eventualmente forçará a monetização (impressão de dinheiro). Se Powell não cortar (ou sinalizar pausa), será apenas um adiamento do inevitável. A máquina de dívida não parou, e ela exigirá liquidez. Estratégia: Estejam preparados para a volatilidade bidirecional na quarta-feira. Uma decepção "hawkish" seria o teste final para as mãos fracas no ouro. Quer Levar Sua Análise ao Nível Institucional? Esta análise é apenas a ponta do iceberg. Membros Premium da ExpertFX School recebem insights diários, análises premium aprofundadas e acesso direto ao nosso grupo fechado no Telegram, onde discutimos o mercado em tempo real. Não opere com base em ruído. Opere com base em inteligência. Acesse seu dashboard e torne-se Premium agora: https://expertfxschool.com/dashboard Evandro reagiu a isto 1 1 Perfeito! Obrigado! Amei! Haha Confuso :/ Vixi! Wow! Gostei! × 💬 Gostou do conteúdo? Sua avaliação é muito importante! Gostei! Perfeito! Obrigado! Amei! Haha Confuso :/ Vixi! Wow! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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