ANALISTA Igor Pereira Postado Dezembro 7 ANALISTA Denunciar Share Postado Dezembro 7 O mercado global de prata está passando por uma transformação tectônica, evoluindo de um sistema dominado pela engenharia financeira para um cenário de aperto físico real e estrutural. Por três décadas, o modelo de negócios dos bullion banks foi previsível e lucrativo: manter posições compradas (long) em prata física em Londres e vender futuros (short) na COMEX. Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro, Membro Junior WallStreet NYSE Essa arbitragem permitia coletar o carry (custos de armazenamento e juros) com risco mínimo, pois Londres funcionava como um "pulmão" flexível de liquidez para cobrir qualquer necessidade de entrega nos EUA. Hoje, esse mecanismo quebrou. A razão é brutalmente simples: o comprador mudou. Antes, o mercado aceitava exposição em papel; agora, compradores exigem metal físico imediato. O resultado é o fim da rentabilidade desse trade e o início de um short squeeze em câmera lenta. Londres: O "Copo Meio Vazio" do Sistema O coração do problema reside em Londres. Historicamente, os estoques da LBMA eram a garantia final do sistema. Agora, o free float (metal disponível para negociação) aproxima-se de zero. Quase cada onça nos cofres de Londres já está "comprometida", seja para lastrear ETFs em crescimento ou alocada para grandes clientes industriais e soberanos. Londres, que antes era o estoque de emergência para a COMEX, foi drenada por "dois canudos" gigantes sugando o mesmo milkshake: a demanda acelerada dos EUA e a voracidade do bloco BRICS. A Pinça de Demanda: EUA vs. BRICS Do lado americano, vemos uma tempestade perfeita. A demanda industrial está acelerando, exacerbada pelo "tariff pull-forward" — empresas como a General Electric estão antecipando compras de anos para evitar futuras tarifas, estocando metal agora. Adicione a isso o fluxo para ETFs e a potencial acumulação soberana estratégica. Do lado oposto, China e Índia (BRICS) estão removendo metal diretamente de Londres, sem passar pelos futuros da COMEX. Eles estão comprando para entrega física definitiva, drenando o estoque sem devolver liquidez ao sistema. O Xeque-Mate na Mina: A Estratégia de Interceptação da China Talvez o ponto mais alarmante para os bancos seja a ruptura na cadeia de suprimentos upstream. A China não está apenas comprando barras prontas; ela passou a última década interceptando a oferta na fonte. Ao comprar concentrado de prata e barras doré (não refinadas) diretamente das minas, a China retira o metal do mercado antes mesmo que ele possa ser refinado e enviado para Londres ou Nova York. Quando os bancos ligam para as mineradoras buscando reposição, a resposta é constante: "já está vendido". O concentrado está pré-vendido, o doré está alocado. Não há metal "extra" para salvar as posições vendidas a descoberto. Diante dessa escassez, os bancos estão tentando "financeirizar" um problema físico, rolando suas posições vendidas (short) para meses futuros na esperança de que nova oferta apareça. Isso apenas adia o problema e aumenta o risco no balanço. Seja através de um squeeze físico imediato ou de um colapso financeiro causado pela impossibilidade de rolagem, a escassez física eventualmente ditará o preço. O sistema de papel está ficando sem tempo e sem metal. Quer Levar Sua Análise ao Nível Institucional? Esta análise é apenas a ponta do iceberg. Membros Premium da ExpertFX School recebem insights diários, análises premium aprofundadas e acesso direto ao nosso grupo fechado no Telegram, onde discutimos o mercado em tempo real. Não opere com base em ruído. Opere com base em inteligência. Acesse seu dashboard e torne-se Premium agora: https://expertfxschool.com/dashboard Perfeito! Obrigado! Amei! Haha Confuso :/ Vixi! Wow! Gostei! × 💬 Gostou do conteúdo? Sua avaliação é muito importante! Gostei! Perfeito! Obrigado! Amei! Haha Confuso :/ Vixi! Wow! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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