ECONOMIA DOS EUA: Crédito ao Consumidor Supera $5 Trilhões em Alta Vertical – O "Consumidor Forte" é uma Mentira Alavancada PREMIUM

[Igor Pereira]

Há algo aterrorizante acontecendo no coração da economia dos Estados Unidos, escondido sob a superfície da euforia do mercado de ações. O gráfico mais perigoso hoje não é o da dívida nacional ou dos gastos do governo, mas o do crédito ao consumidor.

Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro, Membro Junior WallStreet NYSE

 

Dados recentes mostram que o dinheiro emprestado por cidadãos comuns para sobreviver atingiu uma trajetória vertical sem precedentes. Após décadas de crescimento lento e natural, a curva inclinou-se perigosamente após 2008 e transformou-se em uma linha reta após 2020. Agora, estamos sentados sobre uma pilha de mais de $5 trilhões em dívida de consumo, o nível mais alto da história americana.

 

Sobrevivência, Não Luxo: A Verdade Sobre o "Swipe"

A narrativa predominante na mídia financeira de que o consumidor americano é "forte" e resiliente é uma falácia perigosa. A realidade revelada por este gráfico é que os americanos não estão se endividando para comprar luxos ou impulsionar o estilo de vida; eles estão tomando empréstimos para sobreviver à inflação. Cartões de crédito estão sendo usados para pagar aluguel, mantimentos, contas médicas e reparos de carros porque os salários reais não acompanharam o custo de vida. O aumento explosivo no uso de serviços "Buy Now, Pay Later" (Compre Agora, Pague Depois) para despesas básicas e o salto nas taxas de inadimplência (o mais rápido desde a Crise Financeira de 2008) são provas irrefutáveis de que o consumidor não está gastando por escolha, mas por falta de opção.

 

A Alavancagem Máxima e o Colapso da Demanda

O perigo sistêmico reside no fato de que o consumo representa 70% do PIB dos EUA. Quando o crédito ao consumidor se torna parabólico, o fim nunca é suave. As pessoas pegam emprestado até atingirem o limite matemático de sua capacidade de pagamento. Quando esse teto é atingido — e estamos perigosamente próximos —, o resultado é um colapso imediato da demanda, seguido por ondas de calotes, demissões e recessão. Este gráfico não mostra crescimento econômico; ele mostra pressão acumulada. Estamos assistindo ao empilhamento de desespero financeiro, não de prosperidade.

 

Este gráfico pode ser o sinal de alerta mais importante de 2025. O motor de gastos que sustentou a economia americana por 30 anos está prestes a travar. Quando os consumidores "max out" (atingem o limite), a liquidez seca e a economia real para. Para nós, investidores, isso sinaliza que a próxima fase não será de "pouso suave", mas de uma crise de crédito que forçará o Fed a intervir com medidas de emergência. Preparem-se, pois quando a alavancagem quebrar, a volatilidade será extrema.