ANALISTA Igor Pereira Postado 2 horas atrás ANALISTA Denunciar Share Postado 2 horas atrás Crashes sistêmicos raramente começam porque as empresas param de lucrar; eles começam porque o mercado de títulos (Bonds) para de funcionar. Por Igor Pereira | Analista Financeiro & Membro Junior WallStreet NYSE A volatilidade no mercado de títulos, medida pelo índice MOVE, está acordando. Quando os títulos tremem, a fundação de todo o edifício financeiro racha. Vamos dissecar os três vetores de choque que você identificou, pois os dados confirmam a gravidade da situação: 1. A Parede de Dívida dos EUA (The US Debt Wall) Em 2026, o Tesouro dos EUA enfrentará um desafio matemático brutal. Cerca de um terço de toda a dívida pública (~$10 trilhões) vencerá e precisará ser rolada (refinanciada). O Perigo: Isso acontece em um momento de déficits contínuos e taxas de juros mais altas. A demanda por esses títulos está diminuindo ("buyers strike"), o que força os Yields (rendimentos) para cima para atrair compradores. O Sinal: Leilões de títulos longos (10 e 30 anos) com demanda fraca ( tailing auctions ) são o primeiro sinal de que o mercado não consegue absorver a oferta sem reprecificar o risco drasticamente. 2. O Japão e a "Morte" do Carry Trade O Banco do Japão (BoJ) é a peça chave. Com a expectativa de alta de juros agora em dezembro de 2025 ou início de 2026, o diferencial de juros que sustentava o Carry Trade global está encolhendo. A Mecânica: Se o Iene se valoriza e os juros no Japão sobem, grandes fundos globais são forçados a vender ativos estrangeiros (incluindo Títulos dos EUA) para repatriar capital e pagar dívidas em Ienes. O Impacto: Isso cria uma pressão vendedora massiva sobre os Treasuries exatamente quando os EUA mais precisam de compradores. 3. A Bomba de Dívida Oculta da China A China está lutando contra uma crise de dívida de governos locais que pode chegar a 60 trilhões de RMB. O Contágio: Se Pequim for forçada a desvalorizar o Yuan ou liquidar reservas para estancar essa sangria, isso fortalece o Dólar e exporta deflação para o mundo, apertando ainda mais as condições financeiras globais. O cenário que você descreve — um choque de liquidez seguido por uma intervenção massiva — é o endgame mais provável. Quando o mercado de Treasuries se tornar desordenado (como no Reino Unido em 2022), o Fed não terá escolha: Fase 1 (O Crash): Liquidez seca, Dólar dispara, ativos de risco (Ações/Cripto) caem forte. Fase 2 (A Resposta): O Fed liga a impressora (QE), abre linhas de Swap e controla a curva de juros. Fase 3 (A Alta Real): Com a moeda desvalorizada pela nova injeção, Ouro, Prata e Bitcoin iniciam a verdadeira corrida de alta. Não seja pego segurando "papel" quando a música parar em 2026. O dinheiro inteligente já está se movendo para ativos que não têm risco de contraparte. A volatilidade dos títulos é o aviso final. Eu avisei o topo em outubro. Estou avisando sobre o fundo do poço agora. Igor Pereira Seu Analista de Mercado Financeiro Evandro reagiu a isto 1 1 Perfeito! Obrigado! Amei! Haha Confuso :/ Vixi! Wow! Gostei! × 💬 Gostou do conteúdo? Sua avaliação é muito importante! Gostei! Perfeito! Obrigado! Amei! Haha Confuso :/ Vixi! Wow! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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