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Por que a prata ainda não acompanhou o ouro? E o que esperar daqui para frente

Muitos investidores da prata — conhecidos como silver bugs — estão frustrados. O ouro segue liderando a corrida dos metais preciosos, renovando máximas históricas, enquanto a prata permanece estagnada. A expectativa histórica é que a prata supere o ouro em ciclos de alta, mas isso ainda não aconteceu no atual bull market, iniciado em 2015.

Enquanto o ouro ultrapassou suas máximas de 2011 já em 2020, a prata segue distante desses níveis. Recentemente, a relação ouro/prata voltou a superar a marca de 100 — um patamar historicamente extremo e raramente sustentável.

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Por que o ouro teve desempenho superior?

A resposta passa por diversos fatores — alguns objetivos, outros especulativos. Um dos elementos recorrentes citados por analistas é a manipulação de preços por grandes bancos (via COMEX) e algoritmos automatizados, especialmente no mercado de prata. Embora difícil de quantificar, há fortes indícios de distorções nos preços reais do metal.

No entanto, fatores estruturais ajudam a entender esse descompasso:

  • Demanda concentrada no ouro: boa parte da demanda por ouro vem de investidores institucionais e bancos centrais — especialmente China, Rússia e países emergentes, que veem o metal como reserva estratégica. A prata, por outro lado, não é estocada por bancos centrais.

  • Forte componente industrial da prata: ao contrário do ouro, que é majoritariamente demandado como ativo financeiro ou joia, a prata é amplamente usada na indústria (eletrônicos, painéis solares, baterias, medicina). Isso faz com que o metal seja mais sensível a ciclos econômicos. Em momentos de desaceleração, como nas tensões tarifárias e durante o COVID, a demanda industrial cai e pressiona os preços.

  • Reaproveitamento limitado: o ouro é quase sempre reciclado. A prata, em contrapartida, muitas vezes é "consumida" — vai parar em produtos que são descartados, sem qualquer processo de recuperação. Isso limita a oferta acima do solo (above-ground stock) e torna o mercado estruturalmente mais apertado a longo prazo.

Oportunidade estrutural à frente?

Mesmo com a fraca performance relativa, há sinais que sugerem que a prata pode estar próxima de um ponto de inflexão:

  • Déficits contínuos na oferta física: nos últimos anos, a produção global de prata tem sido insuficiente para suprir a demanda total — criando déficits sustentáveis no balanço de mercado. Isso pressiona estoques e cria uma base de suporte técnico nos preços.

  • Estoque de superfície em queda: os estoques disponíveis nos grandes centros de custódia (como Londres e Nova York) estão diminuindo, com saídas constantes para suprir a demanda física.

  • Setup explosivo no mercado futuro: a estrutura dos contratos futuros de prata na COMEX sugere acúmulo agressivo por grandes participantes — potencialmente indicando uma "pressão de entrega física" à frente.

  • Desalinhamento com fundamentos: considerando os custos de extração, as dificuldades de aumento na produção e a crescente demanda industrial (especialmente em tecnologias verdes), o preço atual da prata está descolado de seus fundamentos de longo prazo.

O que esperar?

O ambiente ideal para a prata seria uma combinação de forte demanda industrial e retomada do interesse de investidores. O segundo fator já começou a se reacender em 2025, com fluxos moderados de compra física por investidores de varejo.

Contudo, a grande reprecificação dependerá da entrada de capital institucional — algo que hoje é limitado pela menor liquidez do mercado de prata. Investimentos de grandes fundos, como ocorre no ouro, ainda são raros na prata, dado que movimentações acima de US$ 100 milhões podem gerar grandes distorções no preço.

Mesmo assim, o cenário estrutural segue favorável:

  • A oferta está restrita.

  • A demanda tende a crescer com a transição energética.

  • Os estoques estão baixos.

  • O preço segue subvalorizado em relação ao ouro.

Se o mercado entrar em modo de "pânico por ativos reais" — cenário comum em fases de desvalorização do dólar e tensões geopolíticas — a prata pode ter um desempenho superior, replicando movimentos explosivos vistos em ciclos anteriores.

Conclusão do analista Igor Pereira:

A prata não precisa que todas as condições estejam perfeitas para subir fortemente — basta que a pressão dos fundamentos encontre um catalisador financeiro. O ciclo ainda não terminou, e a prata pode surpreender os mais pacientes.

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