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Judy Shelton defende “dólar confiável” sob Trump e propõe título público conversível em ouro para restaurar estabilidade fiscal

Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro — Membro WallStreet NYSE


A economista Judy Shelton, ex-assessora do Tesouro durante a primeira transição da administração Trump e defensora do padrão-ouro, voltou ao debate público com declarações firmes sobre o futuro do dólar americano, a estabilidade fiscal dos EUA e o papel do ouro como âncora monetária.

Shelton afirma que a incerteza não está no dólar, mas sim na atuação do Federal Reserve, e defende que os EUA devem se alinhar aos princípios fundadores de finanças sólidas, sugerindo uma medida ousada: a emissão de um título público de 50 anos, conversível em ouro, com vencimento simbólico em 4 de julho de 2026 — data do 250º aniversário da independência dos EUA.


Proposta Técnica: Título de 50 anos lastreado em ouro

A proposta de Judy Shelton consiste em o Tesouro emitir um título de dívida pública com prazo de 50 anos que possa ser resgatado, no vencimento, por uma quantidade fixa de ouro. Isso estabeleceria uma referência objetiva e de longo prazo para a disciplina fiscal do governo americano.

“Seria uma maneira inteligente de garantir que futuras administrações não vendam as reservas de ouro. Esses títulos funcionariam como um barômetro da credibilidade fiscal e monetária dos EUA”, afirmou Shelton.

Com 261 milhões de onças de ouro em reserva, o Tesouro americano é o maior detentor mundial do metal. Mesmo contabilizado oficialmente a US$ 42 por onça, o valor de mercado atual do ouro ultrapassa os US$ 3.300, o que reforça a importância estratégica dessas reservas.


Impacto no mercado financeiro

A fala de Shelton vem em um momento em que o ouro bate recordes históricos e o dólar mantém força frente a moedas como o iene e o franco suíço. Essa estabilidade do dólar, segundo ela, decorre da política monetária ainda restritiva do Fed — mas com alto custo para o crescimento.

O que esperar:

  • Caso a ideia do título conversível ganhe tração, poderá reforçar a demanda por ouro físico como ativo soberano, servindo de escudo contra déficits fiscais futuros.

  • O dólar poderá ganhar credibilidade institucional no longo prazo, com impacto positivo sobre Treasuries e taxa de risco.

  • Um possível movimento nessa direção deve impactar negativamente os ativos sensíveis à inflação (como commodities de energia e alimentos), devido à percepção de maior disciplina monetária.


Críticas ao Fed e apoio à visão de Trump

Shelton é crítica contundente do Federal Reserve, que segundo ela, atua como uma autoridade excessivamente centralizadora no estilo soviético:

“O Fed estipula a taxa de juros como se fosse o antigo Gosbank. Precisamos trazer as forças de mercado de volta ao preço do capital.”

Ela também rejeita o argumento de que o dólar estaria em declínio como moeda de reserva global. Para Shelton, não há substituto viável ao dólar, e sua valorização deve continuar.


Reação da administração Trump e visão para o futuro

Shelton relatou ter recebido feedback positivo da equipe econômica de Donald Trump, incluindo nomes como Larry Kudlow e Steve Forbes. A proposta alinha-se à política de Trump de fortalecer a economia por meio da iniciativa privada e do crescimento do lado da oferta.

Impacto esperado com Trump:

  • Combinado a cortes de impostos e desregulamentação, o cenário vislumbrado por Shelton antecipa uma revalorização do dólar, queda da inflação e valorização do ouro no médio prazo como ativo de proteção.

  • A menor dependência do Fed e maior ancoragem em ativos reais pode alterar o perfil de risco dos EUA perante agências de rating e grandes fundos institucionais.


Opinião do analista Igor Pereira

A proposta de Judy Shelton deve ser observada com seriedade por investidores institucionais e gestores de patrimônio global. A ideia de um título soberano lastreado em ouro representa um retorno estratégico à confiança em ativos reais, num cenário em que as economias desenvolvidas enfrentam déficits crônicos, distorções de mercado geradas por bancos centrais e um crescente questionamento da política monetária tradicional.

Do ponto de vista macroeconômico, essa proposta reforça o papel do ouro como reserva de valor institucional, ao mesmo tempo que fortalece o dólar como moeda dominante — não apenas por força econômica, mas por disciplina fiscal.

Se implementado, um "gold bond" de 50 anos poderia:

  • Servir como âncora de expectativas de inflação;

  • Atrair capital de longo prazo com perfil conservador;

  • Reduzir a pressão por intervenções do Fed;

  • E reposicionar os EUA como referência de estabilidade monetária.

Para os traders, o ouro pode entrar em uma nova fase estrutural de valorização, com menor volatilidade e maior correlação com fundamentos fiscais — e não apenas com riscos geopolíticos ou inflação.

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