Igor Pereira Postado 5 horas atrás Denunciar Share Postado 5 horas atrás Ouro não está em topo: fluxo para GLD e desempenho das mineradoras sinalizam continuidade da tendência Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro — Membro WallStreet NYSE O mercado de ouro segue surpreendendo até os mais céticos. Apesar dos recordes recentes, a estrutura de fluxo sugere que a fase de euforia ainda não começou. Um dos principais termômetros disso é o fundo GLD (SPDR Gold Trust), principal ETF de ouro do mundo. Atualmente, o número de ações em circulação do GLD está em apenas 333 milhões. Historicamente, grandes topos no ouro ocorreram quando esse número ultrapassava 450 milhões, indicando uma forte entrada de investidores de varejo. Ainda não é o caso. Ouro ainda longe do topo: dados de fluxo confirmam O nível atual de participação sugere que a fase institucional do rali do ouro está em curso, mas o varejo ainda não entrou em peso — o que abre espaço para mais altas. A ausência de “exuberância irracional” é um sinal técnico relevante de que ainda há potencial de valorização antes de uma eventual correção estrutural. Mineradoras de ouro superam todos os setores do mercado Se as mineradoras de ouro fossem classificadas como um setor autônomo na bolsa, teriam superado todos os demais nos últimos 12 meses. A performance, historicamente ignorada por gestores, agora volta ao centro do radar. Até pouco tempo atrás, muitas casas classificavam mineradoras como ativos "não investíveis", seja pela volatilidade, seja pela falta de retorno consistente. No entanto, com a valorização do ouro, o redesenho das margens operacionais e a disciplina de capital adotada pelas principais empresas, o setor se tornou não apenas estratégico, mas altamente lucrativo. Contexto histórico: a relevância dos ativos reais retorna A história tende a se repetir — e, nesse caso, com razão. Em períodos de incerteza monetária, ativos tangíveis voltam a ter papel central na alocação de capital institucional. A demanda por ouro e empresas produtoras cresce à medida que investidores buscam proteção contra: Inflação persistente ou estrutural; Riscos de crédito soberano (inclusive nos EUA); Política monetária frouxa ou imprevisível; Desglobalização e tensões geopolíticas. O que esperar para o mercado de ouro Curto prazo: Expectativa de valorização sustentada do ouro enquanto o fluxo de capital institucional se mantiver firme; Possível aumento no número de ações do GLD conforme o varejo for entrando. Médio e longo prazo: Mineradoras podem se tornar ativos preferenciais de fundos macro e value, atraídos pela geração de caixa e exposição à inflação; Setor pode consolidar-se como alternativa defensiva com alto retorno ajustado ao risco. Opinião do analista Igor Pereira O mercado está apenas no início de uma reprecificação estrutural do ouro. O fato de o GLD ainda não ter atingido níveis de participação típicos de topo é um forte indicativo de que o ciclo atual ainda tem fôlego. A performance das mineradoras não deve ser vista como um pico isolado, mas sim como reflexo de uma reavaliação macroeconômica sobre o papel do ouro em portfólios globais. Aqueles que ignoraram o ouro, estão sendo forçados agora a rever suas posições — seja por razões de proteção, seja por simples busca de retorno consistente. Estamos diante de uma transição silenciosa na preferência por ativos, onde mineradoras e ouro físico tendem a ser protagonistas. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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