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Radar Global de Riscos: Trégua Temporária na Guerra Comercial — Impactos e Perspectivas para o Mercado
Por Igor Pereira, Membro Wall Street NYSE – ExpertFX School | 13 de maio de 2025


Resumo Executivo

A guerra comercial entre EUA e China sofreu uma desaceleração significativa. A suspensão temporária das tarifas recíprocas impulsionou os mercados globais, com o S&P 500 e o Nasdaq registrando fortes altas. No entanto, a tarifa base de 10% dos EUA sobre a maioria dos países permanece em vigor, sinalizando que essa pausa é mais estratégica do que definitiva. O cenário ainda é de incerteza, mas com viés de alívio tático.


O que aconteceu?

  • Tarifas Temporariamente Reduzidas: EUA e China acordaram suspender as tarifas recíprocas por 90 dias. Produtos chineses entrarão nos EUA com tarifa reduzida de 145% para 30%, enquanto a China cortou tarifas de 125% para 10%.

  • Tarifa Efetiva dos EUA: Caiu de cerca de 25% para 15%, nível mais viável para geração de receita tarifária sem comprometer tanto as importações.

  • Impacto nos Mercados:

    • Ações: S&P 500 subiu 3,3%, Nasdaq 4,4%, Euro Stoxx 50 1,6%, Hang Seng 3%, CSI 300 da China 1,2%.

    • Ouro (XAU/USD): Caiu 3,1% para US$ 3.190/onça.

    • Dólar: Índice DXY subiu 1,4%.

    • Treasuries: Juros dos Títulos de 10 anos subiram 9bps, refletindo maior apetite por risco.


Cenário Base e Projeções

  • Tarifa Efetiva dos EUA: Espera-se que permaneça entre 15% e 20% até o final de 2025.

  • China: Tarifa específica entre 30% e 40%.

  • Resto do Mundo: Tarifa média de 10% a 15%.

A redução parcial das tarifas se assemelha ao efeito de um aumento de 2% no imposto sobre valor agregado, com impacto negativo moderado no crescimento econômico e elevação nos preços — sem gerar recessão imediata.


Fatores de Risco e Acompanhamento

  • Tribunais nos EUA: Ações judiciais contra as tarifas da administração Trump podem acelerar reduções adicionais. Um caso importante será julgado em 13 de maio, envolvendo o uso do International Emergency Economic Powers Act.

  • Pressão Política Interna: A queda de aprovação presidencial e resistência do setor privado aumentam a probabilidade de reversão tarifária.

  • Geopolítica: Negociações diretas entre Ucrânia e Rússia na Turquia podem gerar uma trégua, impulsionando o apetite por risco.


Setores em Foco

  • Farmacêuticas: Trump anunciou precificação “Nação Mais Favorecida” para remédios, com corte de até 59%. Apesar do impacto potencial, desafios legais e legislativos devem mitigar riscos de curto prazo.

  • Tecnologia e Comunicação: Continuam atrativos. O alívio tarifário favorece os gigantes tech e o setor de semicondutores.

  • Biotecnologia: ETF iShares Biotech subiu 4,7%. O setor pode se beneficiar de menor pressão tarifária e avanços em inovação.


Estratégias Recomendadas

  1. Neutralidade para Ações dos EUA: Após alta de 11% desde abril, o risco-retorno atual está mais equilibrado. Não é recomendação de venda, mas sim cautela tática.

  2. Aumentar exposição à China: Tarifa mais baixa e possível estímulo fiscal chinês beneficiam ações de tecnologia e crescimento.

  3. Venda de Ralis do Dólar: Recomendamos usar valorização pontual do USD para realocar para euro, iene, libra e dólar australiano — dado o provável enfraquecimento do dólar à medida que o déficit dos EUA se torna foco.

  4. Temas de Inovação Transformacional (TRIO):

    • Inteligência Artificial

    • Energia e Recursos

    • Longevidade (especial atenção à farmacêutica chinesa)


Impacto no Ouro (XAU/USD)

A queda de 3,1% reflete a menor aversão ao risco após a trégua comercial. No entanto, o suporte estrutural ao ouro permanece, diante:

  • Do risco de reversão da trégua;

  • Da fragilidade fiscal dos EUA;

  • De fluxos dos bancos centrais (especialmente China).

O que esperar: Caso a tarifa de 30-40% sobre a China persista, o ouro pode retomar força como hedge contra guerra comercial, inflação e enfraquecimento do dólar.


Conclusão

A trégua tarifária é um desenvolvimento positivo, mas frágil. O alívio nos mercados reflete uma aposta em continuidade das negociações, mas os fundamentos estruturais (déficit dos EUA, geopolítica, e excesso de endividamento) continuam dando suporte a ativos defensivos, como ouro e utilities.

Atenção nos próximos dias:

  • Política monetária Jerome Powell na quinta-feira (15);

  • Reunião Rússia-Ucrânia na Turquia;

  • Declarações futuras sobre política fiscal e tarifária de Trump.


Igor Pereira
Analista de Mercado Financeiro – Membro Wall Street NYSE
ExpertFX School – Desde 2017 trazendo análise técnica e fundamental para traders profissionais.

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