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🟥 Powell resiste a pressões de Trump por cortes de juros e reforça independência do Fed

Reunião entre o presidente dos EUA e o presidente do Fed ocorre em meio a tensões sobre juros e política comercial inflacionária

📌 Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu nesta quinta-feira (29) com o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em meio à crescente pressão da Casa Branca por cortes nas taxas de juros. A reunião, realizada na Casa Branca, ocorre num momento delicado da política monetária e fiscal norte-americana — com o presidente implementando políticas tarifárias agressivas, enquanto o banco central tenta manter sua missão legal de controle da inflação e pleno emprego.

Segundo comunicado oficial do Fed, o encontro foi realizado a convite do próprio presidente Trump, mas nenhuma decisão ou projeção de política monetária foi discutida. Powell teria reiterado que o rumo dos juros dependerá exclusivamente dos dados econômicos futuros e suas implicações para o cenário macroeconômico.

“O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, encontrou-se hoje com o presidente na Casa Branca, a convite deste, para discutir o desempenho da economia, incluindo crescimento, emprego e inflação”, informou o Fed. “Powell não discutiu expectativas sobre política monetária, exceto para destacar que o caminho da política dependerá inteiramente das informações econômicas que vierem a público e o que elas significarem para as perspectivas.”

O comunicado reforçou que Powell e seus colegas no Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) continuam comprometidos em definir a política monetária com base em análise cuidadosa, objetiva e isenta de influência política — em clara resposta às reiteradas tentativas do presidente de pressionar o banco central via redes sociais.


📉 Tensão institucional em ano eleitoral

A reunião ocorre enquanto Trump volta a exigir cortes de juros publicamente, inclusive em sua própria rede social Truth Social. Desde que assumiu seu segundo mandato não consecutivo em janeiro de 2025, Trump tem pressionado abertamente o Fed por uma política monetária mais acomodatícia, com o argumento de estimular o crescimento.

Contudo, desde o último corte em dezembro de 2024, o FOMC não promoveu mais nenhuma flexibilização, mesmo diante de dados econômicos mistos, como:

  • PIB revisado de -0,3% para -0,2% no 1º tri de 2025;

  • Pedidos de auxílio-desemprego em alta para 240 mil;

  • Sinais de desaceleração no consumo e investimento privado;

  • Condições financeiras mais apertadas (medidas por índices como GS FC Index).

Apesar disso, Powell indicou que a atual política monetária seguirá estável até que evidências mais robustas justifiquem ajustes, frustrando expectativas de um corte antecipado — especialmente às vésperas das eleições legislativas de novembro.


🧭 Análise institucional e impacto de mercado

Ativo Impacto da Reunião
Dólar (USD) Leve estabilidade com ausência de corte
XAU/USD (Ouro) Ganha suporte com manutenção da incerteza
S&P 500 / Nasdaq Reação mista; mercado esperava sinal mais dovish
Treasuries 2Y/10Y            Alta nos yields de curto prazo

A mensagem do Fed de neutralidade técnica reforça a independência da instituição, mas pode aumentar a tensão política com a Casa Branca, especialmente se indicadores continuarem enfraquecendo e o Fed mantiver sua postura de pausa.


🔍 Opinião do analista – Igor Pereira

“O Fed está mandando um recado claro: mesmo com Trump no poder e sob pressão, a política monetária continuará sendo definida por dados e não por campanhas eleitorais ou redes sociais. O desafio será manter essa postura se os dados econômicos deteriorarem rapidamente ou se Trump intensificar as tarifas. O ouro permanece como proteção institucional e o dólar deve manter resistência técnica próximo dos 100, enquanto os índices de ações devem oscilar com a expectativa de inflexão de política monetária.”


📌 Conclusão: o que esperar?

  • Alta tensão entre a política fiscal inflacionária de Trump e a neutralidade monetária de Powell;

  • Proximidade da reunião de junho do FOMC aumenta peso dos próximos dados: PCE, payroll e CPI;

  • Cresce a importância dos próximos pronunciamentos de Powell para orientar expectativas;

  • Mercados estarão sensíveis a sinais de interferência política no Fed, o que poderia ampliar risco institucional.


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