Igor Pereira Postado Maio 30 Denunciar Share Postado Maio 30 🟩 Inflação PCE núcleo desacelera em abril, mas tarifas de Trump devem pressionar preços a partir de maio Núcleo do PCE registra menor taxa anual desde 2021, porém riscos inflacionários ressurgem com tarifas comerciais 📌 Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE O índice de preços de gastos com consumo (PCE), principal métrica de inflação monitorada pelo Federal Reserve, apresentou em abril mais uma leitura moderada, reforçando sinais de desaceleração da inflação subjacente nos Estados Unidos. O núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia, subiu apenas 0,12% no mês, após alta de 0,27% em março. Em termos anuais, o núcleo caiu para 2,5%, o nível mais baixo desde fevereiro de 2021, marcando dois meses consecutivos de arrefecimento nos preços. Já o índice cheio (headline), subiu 0,10%, reduzindo a taxa anual para 2,1%, próxima do menor patamar registrado desde a reabertura econômica pós-COVID, em setembro do ano passado. 📊 Dados em foco Indicador Resultado (Abril) Anterior (Março) Anual (YoY) PCE Cheio +0,10% +0,30% 2,1% Núcleo do PCE +0,12% +0,27% 2,5% Meta do Fed (Core PCE) – – 2,0% (meta oficial) 📌 Contexto macro: dois alertas para os próximos meses Apesar de a leitura de abril ser tecnicamente positiva, analistas estão cautelosos com o que vem adiante. Duas observações importantes colocam a tendência de desinflação em xeque: Tarifas do "Dia da Libertação": As tarifas adicionais implementadas pela administração Trump em maio, especialmente sobre bens chineses e tecnologia, devem começar a impactar os preços de bens duráveis a partir de maio e com maior intensidade em junho. Economistas já revisam projeções de reaceleração nos bens transacionáveis, pressionando o núcleo. Efeito base se tornando menos favorável: A inflação havia desacelerado fortemente até a metade de 2024. Isso implica que, a partir de agora, as comparações anuais passam a ser feitas contra bases mais baixas, o que tende a dificultar a manutenção da queda no núcleo ano contra ano. 💬 Opinião do analista – Igor Pereira “O dado de hoje é um alívio técnico para o Fed e para os mercados, mas não é sustentável no médio prazo. Com as novas tarifas e o efeito base jogando contra, o PCE pode retomar alta já a partir de maio. O núcleo anual pode voltar a subir para 2,7%–2,8% até julho, caso os preços de bens avancem como esperado. O ouro deve ganhar suporte, enquanto os yields de Treasuries tendem a permanecer pressionados. O Fed pode manter a pausa, mas o espaço para cortes se estreita rapidamente.” 🧭 Impacto nos mercados financeiros Ativo Reação Esperada Dólar (USD) Misto. Alívio técnico, mas atenção ao forward guidance do Fed Ouro (XAU/USD) Suporte por perspectiva de política monetária estável e inflação futura Treasuries (10Y/2Y) Volatilidade. Alívio no curto prazo, mas alta implícita nos breakevens S&P 500 / Nasdaq Otimismo imediato, mas sensíveis a revisões nas expectativas do Fed 🔎 O que esperar a seguir? Próximos dados de maio e junho serão decisivos para definir a trajetória do núcleo do PCE; Tarifas comerciais devem começar a impactar os preços de bens; O Fed pode adiar qualquer discussão sobre cortes de juros, aguardando clareza sobre o impacto das tarifas; A comunicação de Powell nas próximas semanas será crucial para ancorar expectativas do mercado. 📌 Continue acompanhando a ExpertFX School para análises técnicas e fundamentais em tempo real, com foco em ouro, dólar, e política monetária global. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Posts Recomendados
Participe da Conversa
Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Cadastre-se Agora para publicar com Sua Conta.
Observação: sua postagem exigirá aprovação do moderador antes de ficar visível.