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📊 Comex Junho: Forte Recuo na Demanda por Ouro Físico e Nova Fase no Fluxo Institucional

O contrato de junho de ouro na Comex apresentou um dado crítico: apenas 20.105 contratos (preliminar) ficaram para entrega no primeiro aviso, uma queda substancial em relação aos dois contratos ativos anteriores, sinalizando que a intensa corrida por ouro físico iniciada em 2025 pode estar encerrando — ou entrando em pausa.

🔍 Destaques da Entrega:

  • Apenas 15.273 contratos foram notificados para entrega no primeiro dia, ou seja, 76% dos que permaneceram em aberto.

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  • Os bancos não-bullion, tradicionalmente mais propensos a manter posições físicas, foram vendedores líquidos neste contrato — o oposto do padrão recente em que acumularam 3,2 milhões de onças nos últimos três contratos.

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  • O JP Morgan, principal player institucional da Comex, seguiu comprador líquido, mas com volume bem menor: 280 mil onças, frente aos volumes muito maiores em fevereiro e abril.

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📉 Indicadores de Demanda Física:

  • A queda de participação dos não-bullion banks sugere redução no apetite de players institucionais por metal físico no curto prazo.

  • A Deutsche Bank aparece como segundo maior comprador, mas seu histórico sugere operações de curto prazo, não demanda estrutural.

  • A redução na “amplitude de mercado” (breadth) entre compradores e vendedores reflete uma menor dispersão e menor agressividade institucional.


🥈 Prata: HSBC Reduz Vendas em Contrato Inativo de Junho

  • Junho é mês inativo para prata, com 1.980 contratos em aberto para entrega, abaixo da média de 2.383 em 2025.

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  • O destaque foi a queda expressiva na atividade vendedora da conta “cliente” do HSBC: apenas 94 avisos de entrega (470 mil onças), a menor atuação desde o início de seu movimento agressivo de venda iniciado em dezembro de 2023.

  • O Wells Fargo foi o principal comprador (4,9M oz), enquanto JP Morgan vendeu 6,9M oz.

📌 Destaque: A Teoria da Defasagem Diferencial (Differential Lag Theory)
Há indícios de que o HSBC pode estar deliberadamente pressionando os preços na Comex ao despejar prata física, enquanto acumula silenciosamente metais preciosos fora das praças que influenciam os preços — possivelmente via o novo cofre operado pela Asahi.


🔮 O Que Esperar:
A forte retração nas entregas e nas compras institucionais pode indicar:

  • Uma pausa estratégica na acumulação física, possivelmente à espera de quedas nos preços ou realinhamento regulatório (ex. tarifas ou política monetária).

  • Possível interrupção no mecanismo de repressão de preços, caso o HSBC tenha realmente encerrado sua ofensiva vendedora.

📈 Impacto no Mercado:

  • Diminuição da pressão compradora institucional no curto prazo pode limitar altas abruptas do ouro e prata, mas não reverte a tendência de longo prazo, especialmente se o Fed iniciar cortes ou se novas tarifas aumentarem o risco inflacionário.

  • O eventual fim da campanha de vendas do HSBC pode liberar os preços da prata, com potencial de reprecificação rápida se houver novo fluxo comprador global.

🧠 Opinião do Analista Igor Pereira – ExpertFX School
*“A retração das entregas físicas nos contratos ativos de ouro na Comex, observada neste ciclo de junho, representa um marco importante no comportamento institucional em 2025. A redução drástica nas posições assumidas por bancos não-bullion, somada à atuação mais comedida de players como JP Morgan, sinaliza uma reavaliação tática por parte dos grandes compradores — não necessariamente um abandono da tese de acumulação física, mas sim uma pausa estratégica diante de incertezas monetárias e geopolíticas.

No caso da prata, o recuo súbito do HSBC — após meses de atuação agressiva como vendedor líquido — reforça minha teoria da 'Defasagem Diferencial': a possibilidade de que certos agentes estivessem deliberadamente pressionando preços na Comex enquanto acumulavam fora das praças de precificação. A desaceleração dessa dinâmica pode estar indicando que o ciclo de repressão de preço está se esgotando ou sendo substituído por uma nova estratégia de reposicionamento físico.

Esses dados, somados à aceleração do GDPNow de Atlanta (3,8%) e à resistência do núcleo do PCE em ceder abaixo de 2,5%, colocam o Federal Reserve em um impasse entre dados que exigem contenção monetária e pressões políticas que pedem afrouxamento.

A pausa nas compras físicas pode ser o reflexo direto dessa incerteza. Contudo, caso o Fed volte a cortar juros ou a inflação reacelere com o impacto das tarifas de Trump, o apetite institucional por metais pode retornar com força, e de forma mais concentrada. Em outras palavras: o silêncio atual pode ser apenas a calmaria antes da tempestade nos preços do ouro e da prata.”*

Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro – Membro WallStreet NYSE

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