Igor Pereira Postado 5 horas atrás Denunciar Share Postado 5 horas atrás 📉 Explosão de entregas físicas de ouro na COMEX em 2025 confirma corrida institucional por proteção sistêmica 📊 Dados atualizados até abril de 2025 mostram que os pedidos de entrega física de contratos futuros de ouro na COMEX atingiram níveis recordes. Em paralelo, os estoques certificados na bolsa continuam em queda e o índice EPU (Economic Policy Uncertainty) disparou, refletindo um ambiente de elevada aversão ao risco. 🟦 Gráfico A: Demanda física explode – entregas superam 60 mil contratos em abril de 2025 O volume de entregas físicas em contratos de ouro COMEX superou os 60 mil contratos, equivalente a 6 milhões de onças troy, o maior volume desde o início da série histórica. Os estoques certificados da COMEX continuam em declínio gradual, agora abaixo de 20 milhões de onças, o que representa risco sistêmico de entrega em caso de escalada prolongada na demanda por metal físico. O índice EPU (linha vermelha), que mede a incerteza econômica e política, correlaciona-se diretamente com o pico de entregas, reforçando o papel do ouro como porto seguro em ambientes de instabilidade global. 📘 Gráfico B: Quem está comprando ouro? Bancos dominam os derivativos – fundos dominam os ETFs A comparação entre exposição por setor em derivativos (março de 2025) e ETFs (Q4 2024) revela: Derivativos de ouro (COMEX e OTC) são dominados por bancos e fundos de investimento institucional, com mais de 90% da posição concentrada nesses players. ETFs de ouro são amplamente utilizados por fundos de investimento, fundos de pensão e famílias, indicando uma crescente monetização do ouro no varejo e no institucional conservador. 📌 Conexão macroeconômica: ouro físico versus ouro sintético Essa dinâmica expõe uma realidade crítica: Enquanto investidores de longo prazo estão acumulando ouro via ETFs (exposição passiva), grandes instituições financeiras estão buscando ouro real para entrega física, sinalizando desconfiança nos ativos sintéticos e no sistema fiduciário. Essa migração de contratos para entrega física e a queda nos estoques são indicativos técnicos de stress sistêmico, em que a credibilidade do sistema de papel (dólar, Treasuries, bancos centrais) está sendo desafiada. 🧭 O que esperar e impactos no mercado: Pressão contínua sobre os preços do ouro: O colapso da confiança em títulos públicos dos EUA (vide venda contínua da China) e o risco geopolítico (EUA vs Irã) sustentam a escalada do ouro. Risco de escassez física na COMEX: Se o número de contratos com pedido de entrega continuar superior à reposição de estoque, poderá haver ruptura estrutural no sistema de derivativos, provocando pânico e divergência de preço entre papel e físico. Ouro se consolida como ativo de soberania financeira: Bancos centrais, hedge funds e governos estão reposicionando reservas fora do sistema dolarizado tradicional, com ênfase em ouro físico custodiado fora dos EUA. 💡 Conclusão Estratégica: O ouro não está apenas se valorizando – ele está sendo remonetizado. A corrida por entregas físicas, a queda dos estoques e a dominância institucional nos contratos futuros são alertas claros de uma mudança estrutural na confiança global. 🔒 Em tempos de incerteza, o ouro físico volta a ser soberano. Por Igor Pereira – Analista de Mercado, Membro Wall Street NYSE ExpertFX School – Insights institucionais sobre o mercado de ouro e derivativos. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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