Igor Pereira Postado 5 horas atrás Denunciar Share Postado 5 horas atrás 🇩🇪🇮🇹 Europa debate repatriação de ouro armazenado em Nova York diante de riscos geopolíticos sob Trump 📌 Em meio ao agravamento da crise no Oriente Médio e ataques liderados por Trump ao Irã, a preocupação com o risco sistêmico global levou líderes políticos e analistas econômicos na Europa a exigirem a repatriação imediata de reservas nacionais de ouro atualmente armazenadas no Federal Reserve Bank de Nova York. Segundo dados do World Gold Council, Alemanha e Itália detêm as segundas e terceiras maiores reservas oficiais de ouro do mundo, com 3.352 toneladas e 2.452 toneladas, respectivamente. No entanto, mais de um terço desses volumes está armazenado fora da Europa, principalmente nos cofres da Fed em Manhattan — totalizando mais de US$ 245 bilhões em reservas sob custódia estrangeira. O que era historicamente considerado seguro agora passou a ser alvo de questionamentos intensos diante: da escalada bélica entre EUA, Israel e Irã; da ameaça de Trump à independência do Federal Reserve; e de mudanças nas prioridades de segurança nacional americana. 🛑 Críticas à dependência europeia da custódia norte-americana O ex-eurodeputado alemão Fabio De Masi afirmou ao Financial Times que existem “argumentos fortes” para repatriar o ouro europeu em tempos de turbulência geopolítica, alegando que os riscos de um possível confisco, bloqueio ou uso político dessas reservas aumentaram. A Associação dos Contribuintes da Europa (TAE) também emitiu um alerta formal aos bancos centrais da Alemanha e da Itália: “Estamos profundamente preocupados com a possibilidade de Trump manipular a autonomia do Federal Reserve... nossa recomendação é trazer o ouro de volta para garantir controle total e soberania.” Já o economista Enrico Grazzini publicou um editorial contundente antes da visita de Meloni à Casa Branca: “Deixar 43% das reservas de ouro da Itália nos EUA, sob uma administração instável como a de Trump, é extremamente perigoso para o interesse nacional.” ⚠️ Implicações financeiras e estratégicas A possível quebra de confiança no sistema de custódia monetária internacional, especialmente no dólar, pode acelerar: 💰 O movimento global de desdolarização, com China, Rússia, BRICS e agora Europa questionando a hegemonia do USD; 🪙 A demanda por ouro físico em custódia própria, como forma de proteção contra sanções, expropriação ou falhas institucionais; 📉 O esvaziamento gradual da função do Federal Reserve como “guarda universal de reservas estrangeiras”, abrindo espaço para novas estruturas multipolares. 🧭 O que esperar no mercado financeiro? Valorização do XAU/USD: Repatriações em larga escala fortalecem o ouro como ativo estratégico e soberano, impulsionando a demanda física e retirando liquidez do sistema derivativo (COMEX). Pressão sobre o dólar: O aumento da percepção de risco institucional e o enfraquecimento da confiança no Fed como custodiante pode ampliar a correção estrutural do USD. Aumento do fluxo de fundos e ETFs para ouro: A projeção de longo prazo do BofA de US$ 4.000/onça se torna cada vez mais embasada diante do cenário global. 🔒 Considerações finais A pressão política para a repatriação de ouro europeu armazenado nos EUA simboliza o fim de uma era de confiança inabalável no sistema monetário americano. Trump, ao colocar a independência do Fed em xeque e ao conduzir ações militares unilaterais, acelera a reestruturação do sistema financeiro global. 💡 O ouro volta a ocupar o papel central como ativo final de soberania e proteção nacional — não apenas para países emergentes, mas também para potências ocidentais. Por Igor Pereira — Analista de Mercado Financeiro, Membro Wall Street NYSE ExpertFX School – Estratégia, Soberania e Inteligência Geopolítica para o Trader Consciente Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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