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Trimestre de Euforia: Ações, Cripto, Ouro e Títulos disparam enquanto o dólar vive seu pior início de ano desde 1973


Igor Pereira

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🌐 Trimestre de Euforia: Ações, Cripto, Ouro e Títulos disparam enquanto o dólar vive seu pior início de ano desde 1973

Análise PREMIUM
Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro – Membro Junior WallStreet NYSE

O segundo trimestre de 2025 encerrou com um forte rali coordenado nos mercados globais, marcado por valorização expressiva em ações, ouro, Bitcoin, petróleo e títulos públicos dos EUA, enquanto o dólar sofreu uma das maiores desvalorizações trimestrais das últimas décadas.

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Esse cenário, aparentemente desconectado da realidade macroeconômica frágil dos Estados Unidos, tem uma explicação técnica: “bad news is good news” voltou ao centro da tese de risco, com mercados interpretando dados ruins como garantia de cortes de juros iminentes pelo Federal Reserve.

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📈 Desempenho dos ativos no 2º trimestre de 2025

Ativo/Indicador                       Desempenho no trimestre                Destaques
Nasdaq 100 +11,6% Melhor trimestre desde Q1 2023
S&P 500 +8,9% Fechamento em máximas históricas
Bitcoin (BTC) +32,4% Máxima mensal recorde
Ouro (XAU/USD) Lateralizado (~US$ 3.320) Pressionado apesar do dólar fraco
Petróleo (WTI) +10,2% em junho Melhor mês desde set/2023
Dólar (DXY) -7,8% no trimestre Pior trimestre desde 2022
Treasuries (curva 10Y) -17 bps Demanda forte por proteção

🔍 O que explica esse comportamento sincronizado?

  1. Queda da incerteza política e comercial global
    A trégua nas tensões entre Israel e Irã, o adiamento de tarifas americanas (data crítica: 9 de julho) e o arquivamento de projetos como o S899 reduziram a percepção de risco geopolítico.

  2. Fraqueza nos dados macro dos EUA
    Indicadores de atividade (ISM, payroll, vendas no varejo) decepcionaram, tanto no campo hard data quanto soft data, reforçando a expectativa de que o Fed será forçado a cortar juros.

  3. Alta expectativa de cortes em 2026, com 2025 se tornando “vivo”
    Embora a projeção do Fed continue em 2–3 cortes em 2025, os mercados começaram a antecipar o primeiro corte para setembro, e agora quase 20% já apostam em corte em julho, dependendo do Payroll desta semana.

  4. Fluxo técnico em ações: recomposição via Mag7 e inteligência artificial
    Embora as “Magnificent 7” tenham liderado o trimestre, ainda estão atrás do S&P 493 no acumulado do ano. Ainda assim, a expectativa é que os relatórios de GOOGL, MSFT e AMZN no fim de julho tragam novo fôlego ao tema de infraestrutura de IA.


🪙 Impacto direto sobre o ouro (XAU/USD)

Apesar do dólar fraco, o ouro não conseguiu romper novas máximas nos últimos dois meses, sendo pressionado por:

  • Realização técnica após o rali de março e abril;

  • Entrada de capital mais forte em ativos de risco (ações e cripto);

  • Falhas de rompimento acima de US$ 3.400;

  • Rompimento da média de 50 dias, com suporte sendo testado na zona de US$ 3.200.

Contudo, a estrutura de alta permanece intacta, com base no canal de alta de médio prazo.


📌 Próximos catalisadores para julho

  1. 📉 ISM Manufacturing – terça-feira (2/jul)
    Deve sinalizar desaceleração adicional na indústria americana.

  2. 👷‍♂️ Payroll de junho – quinta-feira (4/jul)
    Projeção de 113 mil novos empregos. Um número fraco pode antecipar corte em julho.

  3. 🧾 Decisão sobre tarifas (9/jul)
    Fim da pausa tarifária decretada por Trump pode reacender risco de guerra comercial.

  4. 📊 Temporada de lucros Q2 (meados de julho)
    Consenso projeta crescimento modesto de 4% no lucro por ação. Expectativas estão baixas.

  5. 💬 Reunião do FOMC – 29 e 30 de julho
    Embora sem corte esperado, Powell pode preparar o mercado para ação em setembro.


🧠 Opinião do analista Igor Pereira

O mercado vive um clássico movimento de "rally no muro de preocupações" — os riscos permanecem, mas são sistematicamente ignorados enquanto a liquidez global e a expectativa de cortes de juros sustentam os ativos de risco.

O investidor precisa entender que o atual ambiente não é de euforia irracional, mas sim de rotina pragmática do mercado: enquanto o Fed hesita, o mercado antecipa. Isso pode continuar, mas a partir de agosto o cenário tende a se complicar, com:

  • Blackout de recompra de ações;

  • Risco político elevado (eleições de meio termo, reformas fiscais);

  • Volatilidade sazonal mais elevada.

Sugiro cautela tática e diversificação:

  • Aumentar exposição a ouro em suporte;

  • Rebalancear portfólio com proteção (opções, ouro, Treasuries curtos);

  • Observar com atenção tarifas, dados de emprego e lucros corporativos.

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