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Powell adota postura de espera, mas admite que Fed teria cortado juros se não fossem as tarifas


Igor Pereira

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📉 Powell adota postura de espera, mas admite que Fed teria cortado juros se não fossem as tarifas

Por Igor Pereira – Analista de Mercado | Membro Junior Wall Street NYSE

Em meio à crescente incerteza gerada pelas tarifas comerciais impostas pelo presidente Trump, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reafirmou sua postura de cautela, destacando que a economia americana continua "sólida", mas que os efeitos inflacionários das tarifas ainda estão sendo monitorados antes que novos cortes de juros sejam implementados.

“Estamos apenas tomando um tempo”, afirmou Powell, acrescentando que se não fossem as tarifas, os cortes já teriam continuado.


🧩 Contexto: Pressão política, tarifas e juros

Nos bastidores do Fórum de Bancos Centrais em Sintra (organizado pelo BCE), Powell:

  • Sinalizou que a trajetória de cortes foi interrompida exclusivamente por causa das tarifas de Trump

  • Reiterou que o Fed mantém todas as reuniões em aberto, sem compromisso prévio com qualquer decisão

  • Reforçou que o mercado de trabalho segue sólido, mas com sinais graduais de enfraquecimento

  • Alertou para a possibilidade de inflação temporariamente mais alta no verão, mas que o impacto pode ser pontual

Apesar disso, um “forte consenso” entre os membros do FOMC ainda vê cortes de juros em 2025 como o cenário-base.


🔥 Impacto no Mercado: Pressão institucional por liquidez já se antecipa

As declarações de Powell são compatíveis com os dados recentes:

Indicador                                                                Últimos dados (jun/25)                                                     Sinal para o mercado
Overnight Repo Saltou para US$ 11 bilhões Estresse de liquidez bancária
Discount Window Maior uso desde a crise do SVB Busca por crédito emergencial
M2 Money Supply (M2SL) Retomou crescimento – US$ 21,94 tri Retorno de liquidez monetária
Inflação Core PCE (maio/25) 2,7% Acima da meta, mas desacelerando
Projeções de cortes (grandes bancos) Barclays, JPM, Deutsche: cortes em dezembro Mercado aposta em 50–75 bps até o fim do ano

Ou seja, o Fed já está “afrouxando” silenciosamente, mesmo que não reconheça isso publicamente.


📊 O que esperar agora?

Com base nas declarações de Powell e nas condições atuais:

Variável                                              Expectativa                                                             Impacto esperado
Taxa de Juros (Fed Funds) Corte entre setembro e dezembro Positivo para ouro e ações
Inflação Alta pontual no verão, depois desacelera Pode abrir espaço para cortes
Emprego Dados mais fracos no verão Pressão para política mais dovish
Dólar (DXY) Enfraquecimento gradual Favorável a commodities
Ouro (XAU/USD) Continuidade de tendência de alta Novas máximas prováveis em 2025

🛡️ O Fed está encurralado

A mensagem implícita do Fed é clara:

Estamos prontos para cortar, mas as tarifas nos forçam a adiar.”

Com isso, a independência do Fed entra em xeque:

  • Trump pressiona abertamente Powell por cortes agressivos de até 300 bps

  • O Congresso estuda indicar um novo presidente do Fed antes do fim do mandato (maio de 2026)

  • A Casa Branca já insinua que indicará substituto em outubro de 2025


💬 Frase-chave para os mercados

“O Fed teria cortado se não fossem as tarifas.” — Jerome Powell

Essa afirmação altera completamente a leitura de risco para o mercado:

O corte virá — a dúvida é o timing
A postura “hawkish” está condicionada, não estrutural
⚠️ As tarifas podem mascarar uma economia mais frágil do que os dados sugerem


🥇 Implicações para o Ouro (XAU/USD)

O cenário atual é claramente bullish para o ouro, devido à:

  • Retomada da liquidez (via M2 e facilities do Fed)

  • Enfraquecimento progressivo do dólar

  • Risco fiscal crescente com novos cortes de impostos

  • Demanda institucional por ativos reais (ver compras de bancos centrais)

O XAU/USD pode buscar novas máximas até US$ 3.600 no segundo semestre, caso os cortes se confirmem e o dólar continue pressionado.


📌 Conclusão: Powell confirma que o Fed está em pausa forçada

Mesmo com inflação recuando e sinais de fraqueza no consumo, o Fed evita agir por medo do impacto inflacionário das tarifas.

Contudo, os mercados já estão antecipando a reversão. Com a liquidez aumentando silenciosamente, o ouro permanece o ativo institucional mais sólido no radar global.

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