Igor Pereira Postado 7 horas atrás Denunciar Share Postado 7 horas atrás 📉 Payroll de Junho Ilude com 147 Mil Empregos, Mas Revela Fragilidade Estrutural no Mercado de Trabalho dos EUA Criação de vagas se concentra em setores de baixa produtividade enquanto indicadores ocultos revelam deterioração da força de trabalho Análise Premium Por Igor Pereira – Analista de Mercado, Membro Junior Wall Street NYSE ExpertFX School – Inteligência Macroeconômica e Análise Profunda dos Mercados 📊 Dados Oficiais – Junho/2025 (Bureau of Labor Statistics) Indicador Resultado Expectativa Anterior (Maio) Empregos Criados (NFP) +147.000 +110.000 +139.000 Desemprego (Taxa U-3) 4,1% 4,3% 4,2% Salário médio por hora (MoM) +0,2% +0,3% +0,4% Salário médio (YoY) 3,7% 3,9% 3,9% Participação da Força de Trabalho 62,3% — 62,4% Desemprego de Longo Prazo 23,3% dos desempregados — 21,1% 🔍 Setores Geradores de Emprego: Serviço, Sim. Produtividade, Não. Apesar do número agregado indicar expansão, o núcleo da criação de vagas se concentrou em setores de baixa produtividade e salários modestos, como: Setor público (governo) Saúde e assistência social Lazer e hospitalidade (bares, restaurantes, turismo) Por outro lado, setores essenciais para a produtividade e crescimento sustentado apresentaram estagnação ou retração, como: Serviços empresariais e profissionais (consultorias, suporte técnico, engenharia) Indústria manufatureira Tecnologia da informação 👉 Isso aponta para uma mudança de composição, e não para um fortalecimento real da economia. A geração de empregos está migrando para áreas com menor contribuição ao PIB per capita e à eficiência econômica. 🧱 Desemprego de Longo Prazo: Sinal de Danos Profundos Outro sinal preocupante: 23,3% dos desempregados estão há mais de 27 semanas sem recolocação, o maior patamar em mais de um ano. Essa taxa representa quase 1 em cada 4 desempregados nos EUA e revela: Dificuldades estruturais de reintegração no mercado; Cicatrizes econômicas deixadas por choques anteriores (COVID, tarifas, austeridade); Desalinhamento entre as habilidades da população e as vagas disponíveis. 🧨 6,5 Milhões de Norte-Americanos Querem Trabalhar, Mas Estão Fora da Força de Trabalho O dado do BLS também mostra que mais de 6,5 milhões de pessoas estão fora da força de trabalho, mas ainda desejam um emprego. Esses trabalhadores não aparecem na taxa de desemprego oficial (U-3), sendo considerados "desalentados". Este é um indicador de "slack oculto" no mercado de trabalho: pessoas sem perspectiva de recolocação, que deixaram de procurar emprego por desilusão ou falta de oportunidades reais. ⚠️ Participação da Força de Trabalho em Queda: Apenas 62,3% O percentual de americanos em idade ativa e participando do mercado caiu novamente para 62,3%, bem abaixo do nível pré-pandemia (63,4%). Esse declínio pode refletir: Desengajamento estrutural da população; Baixa qualidade das vagas ofertadas; Efeitos de longo prazo de saúde, aposentadoria precoce ou desincentivos fiscais. Esse cenário pressiona a produtividade e restringe o crescimento sustentável de médio prazo. 🏦 Impacto no Fed: Cortes de Juros Ainda no Radar para Setembro Apesar da “surpresa positiva” do número principal, os dados secundários expõem fraquezas significativas que reforçam o argumento por afrouxamento monetário: A inflação salarial perdeu força; A composição dos empregos é frágil e inflacionária em termos de produtividade; O Fed já precifica dois cortes de 25 bps até o final do ano, e agora a probabilidade de um corte em setembro supera 70%. Além disso, a ausência de inflação tarifária nos salários reforça os argumentos da ala dovish do Fed, como Waller e Bowman, para agir antes que o mercado de trabalho se deteriore ainda mais. 📌 Conclusão ExpertFX School: "O payroll parece forte, mas está doente por dentro" O relatório de empregos de junho ilustra bem o dilema macroeconômico dos EUA: números que impressionam à primeira vista, mas que escondem uma erosão estrutural do mercado de trabalho. A deterioração da força de trabalho ativa, a precarização das vagas criadas e a persistência do desemprego de longo prazo revelam um cenário de crescimento frágil com potencial de estagflação. O Federal Reserve ainda espera sinais claros de impacto inflacionário das tarifas, mas caso os próximos dados (CPI de julho, PMIs e earnings corporativos) não confirmem esse risco, o corte de juros em setembro se tornará o cenário base. 📈 Reação de Mercado Esperada Ativo Expectativa Pós-Payroll Ouro (XAU/USD) Volátil com leve queda, mas sustentado por liquidez futura Dólar (DXY) Pressão de curto prazo, possível reversão em agosto S&P 500 Tendência de alta, com rotação para small caps e setores cíclicos Bitcoin Impulso renovado com fluxos institucionais e clima de corte de juros 🔔 Continue acompanhando a ExpertFX para atualizações em tempo real, mapas institucionais de fluxo e análises detalhadas de ouro, dólar, índice e criptomoedas. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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