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Citi Bank Reforça Tese Fundamental e Vê Margens Históricas com Ouro a $3.900 nos Futuros


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  • ANALISTA

🟡 Citi Bank Reforça Tese Fundamental e Vê Margens Históricas com Ouro a $3.900 nos Futuros

Por Igor Pereira | ExpertFX School — 6 de Agosto de 2025 - membro Junior WallStreet NYSE

Em março deste ano, o Citi publicou um dos relatórios mais robustos da temporada sobre o setor de mineração de ouro. Desde então, o ETF dos principais mineradores globais, o GDX, já subiu 23%. No início deste mês, o banco reafirmou sua visão altista, atualizando sua tese com dados atualizados e uma análise que destaca uma janela histórica de oportunidade para mineradoras que atuam com hedge.


💡 A Tese Central: Mineração de Ouro e Valorização Estrutural

Segundo o Citi, os produtores de ouro vivem hoje uma interseção única entre:

  • Reavaliação macroeconômica global (inflação persistente, pressão por ativos reais);

  • Disciplina operacional sem precedentes;

  • E uma estrutura de mercado que permite hedge com margens extraordinárias.

Com o preço spot do ouro superando US$ 3.300/oz e os contratos futuros de 5 anos sendo negociados próximos de US$ 3.900/oz, o banco aponta para uma premiação histórica de mais de US$ 1.900/oz em relação ao custo marginal de produção (ainda na faixa de US$ 2.000/oz). Essa discrepância sugere margens recordes de meio século para mineradoras — especialmente as que travarem esses preços futuros via hedge.


📊 Uma Janela de Hedge Rara: Ouro Fora da Regra dos Commodities

Ao contrário de commodities como petróleo ou cobre, cujos futuros de longo prazo tendem a se alinhar ao custo marginal de produção, o ouro apresenta um comportamento estruturalmente diferente. Isso ocorre porque:

  • Não é consumido, mas acumulado, reciclado e emprestado;

  • Seu estoque acima do solo é abundante, com papel central dos bancos centrais;

  • A curva de futuros é determinada por juros e demanda financeira, e não por escassez física.

Esse cenário permite ao ouro manter uma curva de futuros elevada, sem necessariamente acionar uma resposta de aumento de oferta por parte das mineradoras — especialmente se estas forem disciplinadas.

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“O ouro se descola da lógica dos incentivos físicos de produção. Isso transforma o mercado futuro em uma espécie de seguro para mineradoras disciplinadas.” — Citi, agosto de 2025


🏗️ Disciplina Capitalista: Mineradoras Freiam Capex Mesmo com Preços Recordes

Outro ponto-chave da análise do Citi é o comportamento conservador das mineradoras. Ao contrário do boom de 2011-2012, que foi marcado por:

  • Expansão agressiva;

  • Inflação de custos;

  • E destruição de valor acionário,

O atual ciclo é caracterizado por:

  • Baixo investimento em expansão (Capex contido);

  • Foco em fluxo de caixa livre e retorno ao acionista (dividendos e recompras);

  • Poucas descobertas de depósitos classe Tier 1;

  • Atrasos regulatórios em países-chave para novos projetos.

Essa postura conservadora cria um ciclo positivo: menos oferta futura pressionando preços, e maior retorno para acionistas no curto e médio prazo.


📈 Impacto para Investidores

Para os investidores institucionais, o Citi enfatiza que a oportunidade não está apenas no ouro físico, mas nas ações das mineradoras disciplinadas e bem capitalizadas.

A condição ideal é:

  • Mineradoras com hedge eficiente (travando margens nos futuros de US$ 3.900);

  • Baixo endividamento;

  • Alta geração de caixa livre;

  • E resiliência ao risco geopolítico e cambial.


🧭 O que esperar?

Fator-Chave                                                 Impacto Esperado
Curva futura do ouro Continuidade de preços longos acima de US$ 3.400/oz
Valorização das mineradoras Alta potencial no GDX e ações como $NEM, $AEM, $GOLD
Fluxo institucional Rebalanceamento de carteiras da “MAG 7” para ativos reais
Dólar fraco e juros reais baixos Suporte contínuo à tese de ouro como reserva de valor
Oferta restrita Sem pressão de oferta relevante até 2026/2027

🧮 Exemplo Prático: Newmont (NEM)

Segundo dados compilados pela própria Wall Street, o preço realizado médio para a Newmont no 2T25 foi de US$ 3.286/oz, mas muitos analistas ainda modelavam US$ 3.094/oz. Isso revela um viés estrutural de subestimação do potencial do setor — e reforça o argumento de que há espaço para reprecificação nos múltiplos acionários das mineradoras.


🧠 Conclusão do Analista Igor Pereira:

“Estamos diante de um dos momentos mais assimétricos para o setor de mineração de ouro em décadas. Margens recordes, curva futura esticada e disciplina operacional criam um tripé de oportunidade para investidores atentos. Ao contrário de ciclos anteriores, a história agora é de hedge, não de hype.”

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