Igor Pereira Postado Março 22, 2021 Denunciar Share Postado Março 22, 2021 A Teoria de Dow foi criada por Charles Dow e Edward Jones em artigos escritos para o jornal que eles criaram, o Wall Street Journal, entre o final do século XIX e início do século XX. Dow começou a notar que o mercado não era aleatório, mas que se movimentava em tendências identificáveis através dos gráficos de preços de ações. Após a morte de Charles Dow em 1902, seu sucessor no jornal, William P. Hamilton, ordenou e formulou os princípios e definições básicas da teoria de Dow. Esta é uma das teorias mais antigas a respeito da análise gráfica e para muitos é considerada a base da análise técnica moderna. Pressupostos da Teoria de Dow Manipulação: não há como fazer quaisquer manipulações entre as tendências de prazos mais longos, também chamadas de tendências primárias. Portanto, os movimentos que possuem de poucas horas a algumas semanas, estão mais passíveis de sofrerem manipulações feitas por especuladores e grandes empresas. Média Descontada: no mercado reflete-se quaisquer notícias disponíveis, já que tudo o que é conhecido se traduz em preços. Logo, o mercado é a junção de todos os tipos de expectativas de seus participantes. As projeções de receita, eleições presidenciais, mudanças da taxa de juros, medidas governamentais para um setor econômico etc. faz com que o mercado coloque um preço nelas. Coisas inesperadas podem vir a acontecer, mas no geral influenciarão apenas as tendências em um curto período de tempo. Teoria Imperfeita: ao fazer alguma análise a respeito de como está mercado, o investidor deve se certificar que tem um objetivo, que não está vendo o que ele gostaria de ver, mas sim o que realmente está ocorrendo. Se, por algum motivo, o investidor quiser manter os seus papéis, ele pode querer ver apenas os sinais de alta e ignorar quaisquer sinais de baixa. Já se um investidor estiver fora do mercado ou se for um vendedor, ele pode focar nos aspectos negativos do preço da ação e ignorar quaisquer tendências de alta. Princípios da Teoria de Dow Princípio 1: os gráficos descontam tudo. Só não descontam catástrofes naturais ou incidentes gerados pelo homem, como guerras e atentados. O mercado é o resultado da atividade de milhares de investidores, sejam eles bancos, investidores institucionais, pequenos ou grandes especuladores, enfim, todos os componentes do mercado. Qualquer informação, conhecida ou restrita a poucos, afeta os sentimentos dos envolvidos no processo e, assim, a procura e oferta dos ativos. Princípio 2: o mercado se movimenta em tendências: primária, secundária e terciária. A tendência primária é a tendência principal de um mercado. É um movimento longo, podendo ser de alta ou de baixa e que leva a uma grande valorização ou desvalorização dos ativos. Tem duração de um ou mais anos. Podemos visualizá-la melhor num gráfico mensal. A tendência secundária representa importantes reações e interrompe, temporariamente, a tendência primária dos preços, mas não altera a sua trajetória principal. Geralmente dura entre três semanas e três meses, e corrige entre 1/3 e 2/3 do movimento de preços da tendência primária. Visualizamos melhor em gráficos semanais. A tendência terciária é composta de pequenas oscilações de preços que reforçam ou contrariam o movimento principal. Essa tendência tem duração curta, normalmente menor de que três semanas. Mais bem identificada nos gráficos diários. Uma analogia muito usada é a dos movimentos do mar: as marés são as tendências primárias, as ondas são as tendências secundárias e as marolas são as tendências terciárias. Princípio 3: as tendências primárias são divididas em três fases, que irão formar os mercados de alta e de baixa. Nas tendências de alta, a primeira fase é a da acumulação, com os investidores sentindo que o mercado pode virar, mas as notícias ainda são ruins. A segunda fase é a de alta; verifica-se um avanço firme e uma crescente atividade, com notícias e lucros melhorando. E a terceira fase é a da euforia, com investidores bastante seguros, seguidos pela grande massa. As notícias são favoráveis, o mercado está fervilhando, volume crescendo etc. No fim dessa fase, as ações de menor liquidez têm grandes saltos nas suas cotações, porém não são acompanhadas pelas ações de primeira linha, que já estão sem fôlego para continuar subindo. Abre-se então a possibilidade para que ocorra a fase 1 do mercado de baixa. Nas tendências de baixa, a primeira fase é a da distribuição: os investidores mais preparados continuam a se desfazer de suas posições. A segunda fase é a do pânico: os compradores começam a escassear e os vendedores tornam-se mais urgentes. E a terceira fase se caracteriza por vendas desencorajadas. O movimento para baixo torna-se mais lento, mas é mantido por vendedores que precisam fazer caixa para outras necessidades. O mercado de baixa termina quando tudo de ruim já foi descontado, mas as notícias ruins ainda existem. Princípio 4: uma mudança de tendência deve ser confirmada por pelo menos dois índices. Assim, demonstra-se que não se trata de uma oscilação temporária do movimento. Exemplo: FGV 100 e Ibovespa. Princípio 5: o volume acompanha a tendência. Em um mercado de alta, o volume cresce quando os preços sobem e recua quando os preços caem. Em um mercado de baixa ocorre o contrário: o volume cresce quando os preços caem e recua quando os preços sobem. Princípio 6: tendências secundárias podem ser substituídas por linhas ou movimentos laterais (congestões). A formação dessas congestões significa que há equilíbrio entre compradores e vendedores. O rompimento dessas congestões para cima é um sinal altista, e o rompimento para baixo é um sinal baixista. Quanto maior (em tempo) essa congestão e quanto mais estreita ou compacta, maior o significado de sua perfuração. Princípio 7: são usados apenas preços de fechamentos. Desconsidera-se qualquer máxima ou mínima que tenha sido registrada durante o dia e antes de o mercado fechar. Princípio 8: uma tendência só deixa de ser uma tendência se houver reversão da mesma. A reversão acontecerá quando houver uma falha na tentativa de furar o topo, seguida de uma penetração do fundo (em caso de tendência de alta); ou falha na tentativa de furar o fundo, seguida de uma penetração do topo maior (em caso de tendência de baixa). Keyla Cabral, Daniel Carvalho e Joel Filipe Pereira reagiu a isto 3 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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