Dívida das Famílias Americanas Sobe US$ 185 Bilhões no 2º Trimestre de 2025, Atingindo Recorde de US$ 18,39 Trilhões

[Igor Pereira]

A dívida das famílias nos Estados Unidos alcançou um novo recorde no segundo trimestre de 2025, totalizando US$ 18,39 trilhões, segundo dados oficiais. Isso representa um aumento de US$ 185 bilhões no trimestre e US$ 592 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior.

O avanço foi impulsionado principalmente pelo endividamento imobiliário, que cresceu US$ 131 bilhões e atingiu o recorde de US$ 12,94 trilhões. Outras categorias também apresentaram aumentos significativos:

• Cartões de crédito: +US$ 27 bilhões, chegando a US$ 1,21 trilhão, próximo do recorde histórico.

• Empréstimos estudantis: +US$ 7 bilhões, para US$ 1,64 trilhão (recorde).

• Financiamentos de veículos: +US$ 13 bilhões, para US$ 1,66 trilhão (recorde).

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O que isso significa para o mercado

O aumento da dívida é um indicador misto para a economia e para os mercados financeiros:

• Lado positivo: Pode sinalizar confiança do consumidor e manutenção do nível de consumo, importante para o PIB.

• Lado negativo: O acúmulo de dívidas em níveis recordes, combinado com juros ainda elevados, eleva o risco de inadimplência, principalmente em cartões de crédito e financiamentos de veículos.

Para os mercados:

• Bolsa de Valores: Consumo sustentado pode beneficiar setores de varejo e serviços, mas aumento da inadimplência pode pressionar ações de bancos e financeiras.

• Ouro: Qualquer sinal de desaceleração econômica ou aumento do risco de crédito pode elevar a busca por ativos de proteção.

• Câmbio: Caso haja deterioração da confiança do consumidor, o dólar pode perder força frente a moedas de refúgio como o franco suíço e o iene.

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Opinião de Igor Pereira

“Os dados de hoje mostram que o consumidor americano continua gastando, mas à custa de um endividamento histórico. Isso cria uma base frágil para o crescimento, pois basta um choque econômico ou uma alta no desemprego para que a inadimplência se acelere. O investidor precisa monitorar de perto esses números, pois o impacto pode se espalhar rapidamente para o mercado de crédito, ações e até mesmo para commodities como o ouro.”

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Análise por: Igor Pereira — Analista de Mercado Financeiro, fundador da ExpertFX School e membro do Junior Board da WallStreet NYSE.