XAU/USD Ouro recua para US$ 3.339 em meio à queda histórica na liquidez do sistema financeiro dos EUA

[Igor Pereira]

O ouro (XAU/USD) recuou para US$ 3.339 nesta quinta-feira (14), em um movimento de ajuste técnico após recentes máximas históricas. A pressão veio acompanhada por sinais crescentes de escassez de liquidez no sistema financeiro norte-americano e pela expectativa de cortes agressivos de juros por parte do Federal Reserve.

O dado mais preocupante do dia veio da facilidade de reverse repo do Fed, que despencou para US$ 28,8 bilhões, o menor nível desde abril de 2021. Apenas 14 participantes utilizaram o mecanismo, evidenciando uma redução drástica do excesso de caixa nos bancos e sinalizando aperto de liquidez com potencial impacto no crédito e nos mercados de risco.

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Perspectivas para o Ouro

• Expectativa de Corte de Juros: O mercado precifica alta probabilidade de corte de 50 pontos-base já na reunião de setembro, conforme indicou a Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Bessent.

• Enfraquecimento do Dólar: Projeções do Bank of America sugerem um ciclo de desvalorização do dólar (DXY abaixo de 90), o que tende a fortalecer ativos reais como ouro e criptomoedas.

• Busca por Proteção: O aperto de liquidez e incertezas sobre a independência do Fed estão impulsionando a demanda institucional por ouro como hedge contra a desvalorização monetária (debasement).

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Impactos para Traders

• Curto Prazo: A volatilidade tende a permanecer elevada, com possibilidade de correções técnicas após o forte rali recente.

• Médio Prazo: O cenário macroeconômico favorece novas máximas históricas caso o Fed confirme cortes e o dólar mantenha tendência de baixa.

📊 Níveis Técnicos – XAU/USD

• Suporte: US$ 3.330 e US$ 3.298

• Resistência: US$ 3.370 e US$ 3.400 (rompimento no gráfico H4 pode abrir caminho para US$ 3.500).

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💬 Análise de Igor Pereira

“A mínima histórica no reverse repo é um alerta claro de que a liquidez está evaporando. Esse cenário cria uma tempestade perfeita para o ouro, que se beneficia não apenas da perspectiva de um dólar mais fraco, mas também do aumento da demanda por segurança diante das incertezas fiscais e monetárias nos EUA. No nível atual, qualquer recuo pode ser encarado por institucionais como oportunidade estratégica de reposicionamento.”