ANALISTA Igor Pereira Postado Agosto 18 ANALISTA Denunciar Share Postado Agosto 18 O cenário macroeconômico dos Estados Unidos voltou a ganhar força nos mercados financeiros globais após dois movimentos relevantes em julho: o forte aumento da base monetária (M2) e a expectativa, segundo o Goldman Sachs, de que o Federal Reserve (Fed) deverá reduzir a taxa de juros três vezes ainda em 2025. Esses fatores têm potencial de redefinir não apenas a trajetória do dólar (USD), mas também o comportamento de ativos de risco como o S&P 500 e os metais preciosos, especialmente o ouro (XAU/USD). 🔹 O salto da liquidez (M2) Segundo dados recentes, o agregado monetário M2 registrou um aumento expressivo em julho, semelhante ao observado em março, quando o S&P 500 se corrigiu e, nas semanas seguintes, iniciou uma recuperação de 28%. O crescimento do M2 reflete injeção de liquidez na economia, seja por emissão de dívida pública, operações de recompra (repos) ou flexibilização nas condições de crédito. Esse movimento tende a: Reduzir o valor relativo do dólar frente a outros ativos. Favorecer ativos de risco (bolsa, imóveis, commodities). Ampliar a pressão inflacionária, caso a demanda real acompanhe a expansão monetária. 🔹 Perspectivas de política monetária (Fed) O Goldman Sachs projeta que o Fed cortará os juros três vezes até o final de 2025, diante de: Crescimento moderado do PIB, afetado pela incerteza fiscal e pelo custo do endividamento. Pressões sobre o Tesouro norte-americano, que elevou a dívida em US$ 800 bilhões apenas no último mês. Risco de recessão técnica caso o aperto monetário seja prolongado. Cortes sucessivos de juros tendem a enfraquecer o dólar, estimular o crédito e dar suporte aos ativos de risco. 🔹Impacto esperado nos mercados 📉 Dólar (USD) A combinação de maior liquidez e cortes de juros indica um enfraquecimento estrutural do dólar no curto e médio prazo, especialmente frente a moedas emergentes e metais. 📈 Bolsa americana (S&P 500) O histórico mostra que aumentos no M2 antecipa movimentos de recuperação no mercado acionário. Caso o padrão se repita, há espaço para uma valorização significativa do S&P 500 nos próximos meses. 🪙 Ouro (XAU/USD) O ouro deve ser o maior beneficiado: A liquidez mais abundante diminui a atratividade dos Treasuries. A expectativa de juros mais baixos aumenta a demanda por ativos de proteção. O dólar mais fraco tende a impulsionar o preço do ouro, podendo consolidar novas máximas históricas caso o fluxo de capitais institucionais se intensifique. 📌 Conclusão O aumento da liquidez (M2) e a sinalização de cortes de juros pelo Fed configuram um cenário pró-risco no curto prazo, mas que também acende alertas para a inflação e a sustentabilidade da dívida dos EUA. O investidor deve esperar: Dólar mais fraco, Bolsa americana com potencial de valorização, Ouro fortalecido como principal reserva de valor diante do risco fiscal e monetário. ✒️ Análise de Igor Pereira – Membro Junior WallStreet NYSE ExpertFX School Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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