ANALISTA Igor Pereira Postado Agosto 18 ANALISTA Denunciar Share Postado Agosto 18 O Goldman Sachs, um dos bancos de investimento mais influentes de Wall Street, emitiu uma nova nota para seus clientes com uma mensagem clara: a era de força do dólar americano pode estar chegando ao fim. Os estrategistas do banco esperam que a moeda retome sua trajetória de queda, argumentando que sua avaliação, considerada "supervalorizada", não é mais sustentada pelos fundamentos econômicos. Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro e Membro Junior WallStreet NYSE. Esta previsão pessimista (bearish) para o dólar se baseia em dois fatores cruciais que estão convergindo: a deterioração dos indicadores econômicos dos EUA e a expectativa cada vez mais concreta de que o Federal Reserve (Fed) iniciará um ciclo de cortes nas taxas de juros. Análise: O Fim do "Excepcionalismo Americano" Por um longo período, o dólar se beneficiou de um fenômeno conhecido como "excepcionalismo americano". A economia dos EUA mostrava uma resiliência e um crescimento superiores aos de outras grandes economias, como a Zona do Euro e a China, enquanto o Fed mantinha as taxas de juros em níveis elevados. Isso atraía capital global, fortalecendo a moeda. Segundo a análise do Goldman Sachs, este cenário está mudando rapidamente: Enfraquecimento dos Dados: Indicadores econômicos recentes, como vendas no varejo, produção industrial e índices de confiança, começaram a mostrar sinais de desaceleração. A economia americana já não se destaca tanto, tornando a avaliação do dólar, que precificava essa superioridade, excessivamente otimista. A Virada do Fed: Com a economia dando sinais de fraqueza, o caminho está livre para que o Federal Reserve comece a cortar as taxas de juros para estimular a atividade. Juros mais baixos diminuem a atratividade de se manter capital em dólares, reduzindo a demanda pela moeda no mercado de câmbio. Impacto no Mercado e o que Esperar A previsão do Goldman Sachs tem implicações diretas para diversos ativos financeiros: Índice Dólar (DXY): A perspectiva é claramente de baixa para o DXY. Uma queda sustentada pode levar o índice a testar e romper importantes suportes técnicos, acelerando o movimento de desvalorização frente a uma cesta de moedas fortes. Euro (EUR/USD): Um dólar mais fraco implica, por definição, um euro mais forte. A análise do banco é, portanto, otimista (bullish) para o par EUR/USD, sugerindo que a tendência de alta tem base para continuar. Ouro (XAU/USD): Esta é uma das correlações mais importantes. O ouro é cotado em dólares. Um dólar em queda barateia o ouro para detentores de outras moedas, o que tende a aumentar a demanda e, consequentemente, o preço do metal. A visão do Goldman para o dólar complementa perfeitamente as previsões extremamente otimistas para o ouro emitidas por outras instituições, como o UBS. Mercados Emergentes: Um dólar mais fraco geralmente alivia a pressão sobre as economias emergentes, que muitas vezes possuem dívidas na moeda americana. Conclusão: A mensagem do Goldman Sachs é um sinal de alerta de que os pilares que sustentaram a força do dólar estão ruindo. Para os traders, a recomendação é ter cautela com posições compradas na moeda americana. A análise sugere que estratégias que apostam na queda do dólar, seja diretamente ou por meio de ativos correlacionados como ouro (XAU/USD) e euro (EUR/USD), agora estão alinhadas com a visão de um dos maiores players do mercado. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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