ANALISTA Igor Pereira Postado Agosto 29 ANALISTA Denunciar Share Postado Agosto 29 O Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) dos Estados Unidos, divulgado nesta sexta-feira (29), veio em linha com as projeções, mas reforçou a visão de inflação persistente que deve complicar os planos de cortes de juros do Federal Reserve. Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro e Membro Junior WallStreet NYSE, para ExpertFX School 📊 Resultados de julho: Núcleo do PCE (Anual): 2,9% (Previsão: 2,9% | Anterior: 2,8%) Núcleo do PCE (Mensal): 0,3% (Previsão: 0,3% | Anterior: 0,3%) PCE Cheio (Anual): 2,6% (Anterior: 2,6%) A ausência de desaceleração no índice cheio e a aceleração no núcleo chamam atenção, pois reforçam a pressão inflacionária subjacente, justamente a métrica mais observada pelo Fed. O Que Mostram os Números Aceleração do Núcleo Anual (2,9%): O avanço do núcleo de 2,8% para 2,9% indica que a inflação subjacente voltou a ganhar fôlego, afastando-se ainda mais da meta de 2%. Persistência Mensal (0,3%): O dado mensal, estável em 0,3%, anualizado, equivale a uma inflação próxima de 3,6% — bem acima do objetivo do banco central. PCE Cheio (2,6%): Apesar de estável, não mostra alívio significativo nos preços gerais. A Dor de Cabeça do Federal Reserve O relatório fortalece a posição técnica do Fed, que ganha respaldo para resistir à pressão política por cortes de juros. Com o núcleo em aceleração, um corte agora poderia transmitir a mensagem de que a instituição está cedendo a influências externas, comprometendo ainda mais sua credibilidade em meio à crise institucional. Impactos não relacionados ao mercado Dólar (DXY): A leitura reforça a tese de juros “mais altos por mais tempo” (higher for longer), sustentando o fortalecimento do dólar. Ouro (XAU/USD): O metal enfrenta forças opostas: Pressão negativa: juros elevados e dólar forte pesam sobre sua cotação. Suporte positivo: a instabilidade política entre a Casa Branca e o Fed mantém o ouro como ativo de proteção institucional. Conclusão O PCE de julho confirmou a persistência inflacionária nos EUA, reduzindo ainda mais as chances de cortes de juros no curto prazo. Para o ouro, o mercado terá de escolher qual narrativa predominará: a força do dólar e das taxas de juros, que pressionam o metal, ou a crise política que sustenta seu papel como porto seguro. 💬 “O relatório reforça a dificuldade do Fed em cortar juros no curto prazo. Esse cenário pode manter o dólar fortalecido, mas também sustenta o ouro como proteção diante do risco institucional crescente nos EUA”, avalia Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro e Membro Junior WallStreet NYSE, em análise exclusiva para a ExpertFX School. 📢 Acompanhe diariamente nossas análises sobre o ouro (XAU/USD), dólar e política monetária internacional na ExpertFX School e prepare-se para os próximos movimentos do mercado. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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