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A PROPOSTA DE $1 TRILHÃO: China Tenta "Comprar a Paz" com Trump, Oferecendo Investimento Massivo em Troca do Fim das Restrições PREMIUM


Igor Pereira

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  • ANALISTA

Traders.

Iniciamos a semana com uma notícia bombástica que pode representar uma reviravolta fundamental nas relações entre os EUA e a China. Segundo reportagens da Bloomberg, Pequim fez uma proposta audaciosa à administração Trump: um potencial pacote de investimento de $1 trilhão de dólares na economia americana.

Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro, ExpertFX School, membro Junior WallStreet NYSE

 

Em troca, a China exige uma mudança radical na política de Washington: o fim das restrições de segurança nacional a investimentos chineses e a redução de tarifas. Esta é uma mudança de paradigma, saindo de uma guerra comercial focada em exportações para uma negociação centrada em fluxos de capital.


 

1. A "Oferta Irrecusável" da China: O Que Pequim Quer?

Na minha análise, esta proposta é um movimento estratégico da China, motivado por suas próprias dificuldades econômicas internas. Com a demanda doméstica fraca, as empresas chinesas estão desesperadas para acessar o maior mercado consumidor do mundo.

O preço que Pequim pede em troca é alto e controverso:

  • Fim das Restrições: Que o Comitê de Investimento Estrangeiro nos EUA (CFIUS) relaxe sua supervisão e permita que empresas chinesas invistam e adquiram ativos em setores estratégicos da economia americana.

  • Redução de Tarifas: Que insumos importados usados por futuras fábricas chinesas construídas nos EUA recebam tratamento tarifário preferencial.

Essas propostas foram levantadas em negociações recentes em Madrid, onde um acordo para a operação do TikTok nos EUA também foi discutido, sugerindo um novo clima de "negociação" entre as duas potências.


 

2. A Perspectiva da Casa Branca: Um "Grande Acordo" ou uma Armadilha?

Para a administração Trump, a oferta é tentadora. Um fluxo de investimento de $1 trilhão anularia as promessas de outros aliados (UE, Japão, Coreia do Sul) e seria uma vitória política monumental, alinhada com a meta de atrair capital para os EUA. Seria o "grande acordo" que o presidente tem buscado.

No entanto, a oposição dentro dos EUA é feroz. Políticos e ex-conselheiros alertam que isso seria uma concessão perigosa. Matt Pottinger, ex-conselheiro de segurança nacional, afirmou que aceitar o acordo seria "equivalente aos EUA se tornarem o destino final da Rota da Seda da China", uma referência ao programa de infraestrutura global de Pequim para expandir sua influência. O temor é que a China use o investimento para ganhar acesso a tecnologias de ponta e propriedade intelectual americanas.


 

3. Análise de Igor Pereira: O Impacto nos Mercados

O resultado dessa negociação, que deve ser um tema central no encontro entre Trump e Xi na Coreia do Sul neste mês, é incerto. No entanto, a própria existência da proposta já tem implicações para os mercados.

  • Sentimento de Mercado: A simples discussão de um acordo desta magnitude atua como um fator "risk-on", diminuindo o temor de uma escalada descontrolada da guerra comercial. Isso é, a princípio, positivo para os mercados de ações.

  • Dólar (USD): Um influxo de investimento estrangeiro na casa de $1 trilhão é, teoricamente, muito positivo para o dólar, pois cria uma demanda massiva pela moeda para realizar esses investimentos. Isso representa um contraponto à recente narrativa de fraqueza do dólar.

  • Ouro (XAU/USD): O impacto no ouro é mais complexo.

    • Pressão Negativa: Um ambiente "risk-on" e um dólar potencialmente mais forte são ventos contrários de curto prazo para o ouro. A percepção de uma "paz" geopolítica pode reduzir a demanda por portos-seguros.

    • Suporte de Fundo: No entanto, os problemas fundamentais que impulsionam o ouro – déficits fiscais massivos no Ocidente, desvalorização da moeda e a necessidade de diversificação dos bancos centrais – não desaparecem.

Minha Visão: Os traders devem ver esta notícia com um otimismo cauteloso. A curto prazo, ela pode pesar sobre o ouro. Contudo, o caminho para um acordo é longo e cheio de obstáculos políticos. A tendência de alta do ouro, baseada nos problemas estruturais do Ocidente, permanece, na minha opinião, a força dominante.

Conclusão: Uma proposta ousada está na mesa. A resposta de Trump a esta oferta pode definir a direção das relações EUA-China – e dos mercados globais – para o resto do ano. Fiquem atentos.

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