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Igor Pereira

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Tudo que Igor Pereira postou

  1. 📊 Relatório Diário da China SGE/SFE (11 de junho de 2025): Aumenta a demanda institucional por prata, ouro recua O relatório da Shanghai Gold Exchange (SGE) e da Shanghai Futures Exchange (SFE) de 11 de junho de 2025 revela movimentos relevantes nos estoques e nos preços de ouro e prata, refletindo a atividade institucional e o sentimento de curto prazo no mercado chinês de metais preciosos. 🔹 Resumo dos contratos (cotados em RMB/kg): Metal Fechamento (RMB) Variação (%) Fechamento (USD/oz) Prata (T+D) 8.882 -0,15% 38,45 Ouro (T+D) 774,60 -0,66% 3.353,19 Prata (SFE) 8.902 -0,28% 38,54 Ouro (SFE) 777,54 +0,56% 3.365,92 Obs: T+D refere-se a contratos de entrega diferida da SGE. Os valores em USD/oz são conversões estimadas com base no câmbio atual. 🏦 Movimentação dos cofres da SFE e SGE: 📈 SFE Silver Vaults (diário): Dia anterior: 1.193.716 kg Hoje: 1.229.816 kg Variação: +36.100 kg → Forte entrada de prata nos cofres da SFE, sinalizando reposição institucional ou antecipação de demanda futura. 📉 SGE Silver Vaults (semanal): Semana anterior: 1.347.540 kg Semana atual: 1.319.325 kg Variação: -28.215 kg → Retirada semanal líquida de prata da SGE, o que pode indicar entrega física para uso industrial ou exportação. 📌 O que esperar e impactos no mercado: Ouro: A queda de 0,66% no ouro à vista (T+D) indica pressão de realização de lucros, apesar da leve alta no contrato futuro da SFE (+0,56%). O diferencial entre as bolsas (SGE e SFE) sugere uma divergência entre operadores à vista e especuladores futuros. Suporte técnico próximo de 3.340 USD/oz deve ser monitorado nos próximos dias, com resistência nos 3.400. Prata: Apesar da leve queda no preço da prata (-0,15% a -0,28%), o aumento diário nos estoques da SFE (+36 toneladas) sugere posicionamento institucional estratégico. A retirada líquida semanal da SGE (-28 toneladas) pode indicar demanda física robusta na China, o que oferece suporte fundamental ao metal. 💬 Conclusão do analista Igor Pereira – ExpertFX School, Membro Wall Street NYSE: “O movimento de reposição de estoques de prata na SFE combinado com a retirada líquida semanal na SGE revela um cenário técnico construtivo para a prata, especialmente frente à pressão inflacionária e ao enfraquecimento do dólar. Já o ouro mostra sinais de consolidação, e o comportamento dos contratos futuros sinaliza potencial de retomada acima dos 3.400 USD/oz, especialmente se os dados macroeconômicos dos EUA continuarem a enfraquecer.”
  2. 📉 Goldman Sachs eleva projeções para o EUR/USD: Dólar deve continuar perdendo força em 2025 O banco de investimento Goldman Sachs revisou para cima suas projeções para o par EUR/USD, refletindo um cenário de desaceleração econômica nos EUA, crescente aversão global ao dólar e atratividade relativa dos ativos europeus. A instituição destaca uma mudança estrutural no comportamento dos investidores internacionais, com impactos diretos no câmbio e nas alocações globais. 🔍 Principais pontos da análise do Goldman Sachs: Desempenho relativo das ações: Embora os índices acionários dos EUA pareçam estáveis em dólares, para investidores da Zona do Euro, os ativos americanos registram uma queda de cerca de 8% no acumulado de 2025. Esse desempenho desfavorável impulsiona a busca por ativos denominados em euro, tornando as ações europeias mais competitivas. Clima de investimento nos EUA: O ambiente macroeconômico menos favorável nos EUA, com sinais claros de desaceleração, está levando investidores globais a diversificar para fora dos ativos em dólar, buscando proteção e novas oportunidades em moedas alternativas como o euro. Dados macroeconômicos recentes: Os últimos indicadores econômicos apontam para um enfraquecimento da atividade econômica americana, o que amplia a expectativa de cortes adicionais na taxa de juros pelo Federal Reserve e adiciona pressão sobre o dólar. 📊 Novas projeções do Goldman Sachs para o EUR/USD: Prazo Projeção Anterior Nova Projeção 3 meses — 1.17 6 meses — 1.20 12 meses — 1.25 Essas projeções representam uma valorização significativa do euro frente ao dólar nos próximos trimestres, sinalizando uma tendência estrutural de enfraquecimento da moeda americana no médio prazo. 📈 O que esperar e qual o impacto no mercado? Impactos no curto e médio prazo: Forex: Tendência altista para EUR/USD, com suporte técnico reforçado pela visão institucional. Mercado europeu: Ganhos relativos de ativos da Zona do Euro, com fluxo de capitais migrando dos EUA para Europa. Commodities: Um dólar mais fraco tende a suportar os preços de ouro, prata e petróleo, já que reduz o custo desses ativos para compradores internacionais. Riscos associados: Mudanças inesperadas na política monetária do BCE ou do Fed. Surpresas inflacionárias nos EUA que possam inverter a expectativa de corte de juros. 📌 Conclusão do analista Igor Pereira – ExpertFX School, Membro Wall Street NYSE: A visão do Goldman Sachs reforça o cenário de médio prazo de reversão estrutural da dominância do dólar, impulsionada pela desaceleração dos EUA, diversificação institucional global e recuperação relativa da economia europeia. O par EUR/USD pode se tornar um dos principais vetores de movimento cambial em 2025, com impacto direto sobre as estratégias de hedge, carry trade e posicionamento macro global.
  3. ✴️ Bitcoin: “Cripto-inverno acabou”, afirma Michael Saylor — avanço regulatório e adoção institucional transformam o jogo Washington, 11 de junho de 2025 — O fundador da MicroStrategy, Michael Saylor, afirmou hoje que o mercado de criptomoedas está passando por uma transformação estrutural irreversível, e que "os ciclos de cripto-inverno no Bitcoin (BTC) pertencem ao passado". Segundo o executivo, a nova era é sustentada por três pilares fundamentais: 🧩 Fatores que sustentam a nova fase do BTC Mudança regulatória global acelerada Países do G7 e da OCDE avançam em legislações que formalizam o uso e custódia institucional de criptoativos, com especial ênfase em stablecoins e ETFs de Bitcoin. Apoio explícito do governo dos EUA Com a administração Trump reforçando a visão de que o Bitcoin é um ativo estratégico, parte da política de liberdade econômica e contenção da influência monetária da China. Adoção massiva por parte de instituições e corporações Segundo dados da Fidelity e BlackRock, mais de 65% das instituições globais já possuem exposição direta ou indireta ao BTC em seus portfólios em 2025. 📊 Impacto esperado no mercado de criptomoedas Volatilidade estrutural do BTC tende a cair com a entrada de liquidez institucional permanente; Patamar mínimo de suporte se eleva progressivamente — atualmente em torno de US$ 101.900, com potencial de consolidação acima de US$ 105.736; Narrativa de “ouro digital” se solidifica, especialmente em ambiente de juros reais baixos e possível desvalorização do dólar. 🔍 O que esperar nos próximos meses? Lançamento de novos produtos derivativos regulados sobre BTC nos EUA e Europa; Crescimento do número de ETFs de Bitcoin físicos (spot) aprovados e listados nas bolsas americanas; Maior integração do BTC ao sistema bancário tradicional, inclusive como colateral em empréstimos e ativos de balanço patrimonial corporativo. Conclusão A era das incertezas regulatórias parece estar ficando para trás. O Bitcoin, agora, entra numa fase de institucionalização e maturidade, que pode colocá-lo ao lado do ouro e dos Treasuries como ativo de proteção macroeconômica. A “cripto-zima” ficou no passado — e o inverno está dando lugar a uma primavera regulatória. ✍️ Análise por Igor Pereira, Analista de Mercado e membro Wall Street NYSE – ExpertFX School
  4. 📢 EUA e China fecham acordo preliminar para aliviar tensões comerciais: foco em terras raras reacende alerta estratégico Londres – Após dois dias intensos de negociações em uma mansão georgiana próxima ao Palácio de Buckingham, Estados Unidos e China anunciaram um acordo preliminar com o objetivo de implementar o consenso firmado anteriormente em Genebra, visando aliviar as tensões comerciais bilaterais. O pacto agora será levado aos respectivos presidentes — Donald Trump e Xi Jinping — para aprovação final, antes da fase de execução. 🎯 Pontos-chave do acordo: O foco está na retomada dos fluxos de exportação de minerais de terras raras e ímãs críticos para a indústria de alta tecnologia. EUA devem suspender restrições impostas anteriormente a exportações de semicondutores, softwares de design, motores a jato e materiais nucleares. China, por sua vez, se compromete a destravar as licenças de exportação de materiais estratégicos como neodímio e disprósio. Tema do fentanil também entrou na pauta, com expectativa de avanço por parte de Pequim. 🧭 Impacto no mercado financeiro: o que esperar 🪙 Ouro (XAU/USD): Apesar da reação inicial moderada, o acordo representa uma pressão altista para o ouro no médio prazo. Motivos: A distensão comercial enfraquece o dólar e amplia a demanda por proteção estrutural em metais. Caso o CPI nos EUA venha com leitura de 2,0% nesta semana, o ambiente se torna ainda mais favorável ao ouro com expectativa de corte de juros pelo Fed. 📌 Níveis técnicos a observar: Suporte: $3.300 Alvo altista imediato: $3.360 Alvo macro: $3.430+ (combinando CPI + acordo com a China) 💵 Dólar (USD): Tendência de enfraquecimento do dólar frente aos pares, especialmente yuan offshore e euro. O alívio comercial reduz a aversão a risco, incentivando realocação de capitais para emergentes e metais. 📉 Mercado de ações: Índice MSCI global atingiu nova máxima com a notícia. Setores ligados a tecnologia, energia renovável e defesa tendem a se beneficiar fortemente, dada a dependência de terras raras e ímãs magnéticos para fabricação de veículos elétricos, baterias, chips e lasers. 🧨 Geopolítica e risco sistêmico: ainda no radar Embora a medida seja bem recebida pelos mercados, especialistas alertam que o acordo não representa uma resolução completa: A ausência de novos encontros agendados sinaliza que o risco geopolítico permanece — e que a execução dependerá exclusivamente da vontade política dos dois presidentes. 📌 Resumo para investidores Fator Expectativa Ouro (XAU/USD) Alta com CPI + acordo Dólar (USD) Tendência de queda Ações globais Tendência altista Sentimento institucional Moderadamente positivo Risco principal Falha na execução do pacto Conclusão: O acordo preliminar entre EUA e China é um marco importante na diplomacia comercial de 2025, mas ainda depende de aprovação política para gerar efeitos tangíveis. O mercado de ouro (XAU/USD) se torna protagonista nos próximos dias, impulsionado por um potencial “duplo catalisador”: inflação moderada e distensão geopolítica.
  5. 📉 CPI Quarta-feira expectativa sobre XAU/USD ouro e BoE sob Pressão para Cortar Juros | Alerta Macro de Igor Pereira Resumo do Alerta: O colapso nos dados de empregos no Reino Unido indica uma deterioração grave no mercado de trabalho britânico. O Banco da Inglaterra (BoE) está agora sob pressão direta para cortar juros. Simultaneamente, o Federal Reserve segue em negação, “assobiando no cemitério” enquanto o mundo começa a girar rumo à desinflação. 🔥 Impacto Imediato nos Mercados: GBP/USD: Rumo a mínimas de 2024 com expectativas de corte no Reino Unido. Gilts: Rali nos títulos curtos ante política monetária afrouxada. Dólar (DXY): Força temporária, mas vulnerável se o CPI decepcionar. XAU/USD: Em foco — e pronto para romper resistências se dados vierem fracos. 🇺🇸 CPI: A Inflação Pode Surpreender para Baixo O dado de inflação ao consumidor dos EUA (CPI) será divulgado nesta quarta-feira, 11 de junho, antes da abertura de Nova York. Caso venha abaixo das expectativas, os impactos sobre o ouro (XAU/USD) tendem a ser altamente altistas: 🟡 Impacto no Ouro (XAU/USD) — Se CPI Vier Fraco: Dólar cairá: Dados fracos reduzem expectativas de juros mais altos, enfraquecendo o USD. Juros Reais caem: Com a inflação moderando e o Fed pressionado, os yields reais despencam — cenário ideal para o ouro. Fluxo para ativos defensivos: O mercado antecipa afrouxamento monetário e busca proteção em metais. Técnico favorece compra: XAU/USD pode romper $3.360 com alvo em $3.400 caso o CPI venha abaixo do núcleo esperado de 0,3%. 📌 Resumo Técnico do XAU/USD: Suporte chave: $3.315 Resistência a romper com CPI fraco: $3.360 Alvo de curto prazo: $3.400 Viés: Altista enquanto acima de $3.300 Acompanhe a ExpertFX School para cobertura completa do CPI, movimentos do ouro e projeções macro de bancos centrais.
  6. 📊O S&P500 voltou a registrar nova máxima diária - IPC 11/06 – S&P 500 (US500) Resumo Técnico: O S&P500 voltou a registrar nova máxima diária, sustentando o impulso em conjunto com o Nasdaq (NQ), que também cravou novos topos. O setor de semicondutores liderou a força compradora, com dois recuos intradiários entre 6007 e 6015 sendo rapidamente absorvidos por compradores, levando o índice a renovar máximas em 6041 e 6049. O nível dos 6000 pontos permanece como springboard (ponto de impulso), enquanto não for perdido. Sentimento de Mercado: 📈 +1 (Otimista) CNN Fear & Greed Index: Acompanhar variação com a abertura. Contexto de Fechamento: Fechamos o dia perto das máximas, sem sinais de fraqueza, sugerindo que investidores estão posicionados com otimismo antes do dado de inflação CPI (a ser divulgado amanhã antes da abertura). A alta da semana ocorreu em volume relativamente baixo, mas espera-se aumento de volume e amplitude de variação amanhã com o dado. Pontos Técnicos Importantes (ES - S&P500): Suporte-chave: 5992 (mínima de segunda-feira) Resistência técnica anterior: 6080 (pivot) Níveis de suporte secundário: 5973 / 5930 Inflection Point (nível decisivo): ⚖️ 6007 – Divisor de tendência Acima de 6007: Viés altista permanece com alvo em 6080 Abaixo de 5973: Viés muda para baixista com risco de aceleração até 5930 Perspectiva Macro para 11/06 – CPI (Inflação ao Consumidor – EUA): O dado de inflação será determinante para os próximos movimentos. Um CPI mais alto que o esperado pode reverter o viés otimista, pressionando os suportes citados. Por outro lado, um dado benigno pode validar a continuidade da alta até 6080 e além, especialmente considerando o contexto de breakout falhado acima de 6007 no gráfico semanal. 📌 Conclusão por Igor Pereira – Analista Membro WallStreet NYSE: Seguimos em tendência de alta enquanto 6007 for mantido. O CPI desta quarta será o game changer para definir se esse rompimento terá continuidade ou será novamente revertido. Mantenha atenção redobrada ao nível de 6007 e prepare-se para aumento de volatilidade no pré-mercado.
  7. Igor Pereira

    GBPCHF 1H

    Perspectiva de análise POI (Point of Interest) após orderBlock gerada, possível retest e continuação para área de breakOut e continuação ao POOL DE LIQUIDEZ UTAD/UT.
  8. Igor Pereira

    USDJPY 3H

    Perspectiva de análise Buying Climax (BC) após UT para nova distribuição com potencial breakOut e continuação para HH.
  9. China deixa de ser credora generosa e assume o papel de cobradora global – Ásia Central sob pressão silenciosa Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE Resumo Profissional e Impacto no Mercado Financeiro A China concluiu uma transição estrutural: deixou de ser a maior credora dos países em desenvolvimento e assumiu o papel de maior cobradora de dívidas do planeta. Segundo relatório do Lowy Institute, em 2024 o fluxo líquido de capitais chineses para países emergentes foi negativo em US$ 34 bilhões. Essa nova fase, de forte pressão por pagamentos, ameaça dificultar o crescimento, o combate à pobreza e as metas ambientais de dezenas de economias frágeis — em especial da Ásia Central, que deve coletivamente mais de US$ 20 bilhões à China. O que esperar do mercado? A mudança na política chinesa deve intensificar o risco soberano de países de baixo rendimento e impactar negativamente os mercados emergentes, em especial os de commodities e moedas locais. O impacto pode ser sentido na redução do apetite por risco, fortalecimento do dólar e possível valorização do ouro (XAU/USD), em reflexo à aversão global crescente. O Fim da Era Dourada do Financiamento Chinês De 2013 a 2018, sob a Belt and Road Initiative (BRI), a China inundou dezenas de países com linhas de crédito bilionárias. Mas os termos desses contratos — com períodos de carência curtos e prazos de pagamento comprimidos — agora estão vencendo, gerando ondas de inadimplência e restrição fiscal. Ásia Central: Debilitada, mas Protegida Apesar da pressão, Pequim tem adotado postura diplomática com os países da Ásia Central, considerados estratégicos. A distribuição da dívida: Cazaquistão: US$ 9,2 bilhões Uzbequistão: US$ 4 bilhões Quirguistão: US$ 4 bilhões Tajiquistão: US$ 3 bilhões Turcomenistão: valor incerto, mas com superávit comercial via exportação de gás Cazaquistão e Uzbequistão têm dívida proporcionalmente controlável. Já Quirguistão e Tajiquistão caminham para a armadilha da dívida chinesa (debt-trap diplomacy), dado o frágil desempenho fiscal e a dependência externa. O Dilema Chinês: Cobrar ou Preservar Influência? Com a desaceleração doméstica, a China precisa recuperar parte dos recursos emprestados. Mas pressionar com firmeza pode minar sua influência estratégica na Ásia Central, África e Sudeste Asiático. Dilema geopolítico: Essa balança está sendo cuidadosamente administrada. Países considerados “parceiros críticos” — como Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão — continuam recebendo novos empréstimos, ainda que com menor intensidade. O Impacto Global: Crescimento em Risco, Mercado em Alerta O cenário global para países em desenvolvimento se agrava: A ajuda dos EUA e da Europa está em retração, com políticas cada vez mais isolacionistas. O comércio global sofre com novas guerras tarifárias e incertezas regulatórias. Países endividados perdem capacidade de investir em infraestrutura, saúde, educação e clima. Reflexo nos mercados financeiros: Moedas emergentes tendem à desvalorização com aumento do risco soberano. Ações de países endividados podem sofrer com revisões negativas de agências de rating. Ouro (XAU/USD) pode ganhar impulso como proteção contra crises de confiança. Dólar se fortalece com fuga para ativos seguros. Caso Uzbequistão: Do crédito à dominação econômica Um efeito colateral do domínio chinês é visível na indústria de cimento do Uzbequistão. Segundo reportagem investigativa da Anhor.uz, empresas chinesas estão dominando o setor, derrubando os preços e forçando o fechamento de fabricantes locais. Essa dinâmica levanta suspeitas de práticas predatórias e reflete uma nova fase do poder econômico chinês: o domínio direto sobre setores estratégicos dos países devedores. Conclusão e Perspectivas A transição da China de financiadora benevolente a cobradora rigorosa marca uma mudança profunda na geoeconomia global. A Belt and Road Initiative, antes celebrada como motor de desenvolvimento, agora é um fator de risco fiscal. Com a escalada da cobrança e o encolhimento do crédito, a estabilidade econômica de dezenas de países está em jogo — e, com ela, o equilíbrio nos mercados globais. Expectativas de curto prazo: Crescimento do risco sistêmico em países de baixa renda Reprecificação de ativos emergentes Aumento da procura por segurança (ouro, dólar, Treasuries) Fragilidade cambial e comercial em países dependentes da China Análise por Igor Pereira Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE Especialista em Geopolítica Econômica, Ouro (XAU/USD) e Mercados Emergentes
  10. Bitcoin 2025: A Nova Arquitetura Monetária Global Está em Curso Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro | Membro Wall Street NYSE O dinheiro sempre foi estratégico. Ele sustenta impérios, molda civilizações e decide o futuro das nações. Controlar seu fluxo nunca foi apenas uma questão de sobrevivência, mas sim de construir legados duradouros. Se 2024 marcou o reconhecimento político e institucional do Bitcoin, 2025 consolidou sua confirmação como ativo estratégico de primeira linha no mundo financeiro. A era da formação de capital do século XXI agora incorpora não apenas moedas fiduciárias e ativos tradicionais, mas também Bitcoin e stablecoins, que passam a ocupar lugar de destaque em balanços corporativos, reservas nacionais e novos instrumentos financeiros. Bitcoin: Da Emergência ao Centro do Poder Econômico A principal conclusão do Bitcoin Conference 2025 é clara: o que começou como um comportamento emergente se tornou um componente essencial da nova ordem monetária global. O Bitcoin, aliado a stablecoins, agora estrutura o futuro do capital, do poder de compra e da vantagem geopolítica. O Caminho Histórico até o Bitcoin Desde os tempos de reis e ferreiros até a era dos bancos centrais e derivativos, o dinheiro evoluiu acompanhando as mudanças nos vetores de poder: inteligência, logística, redes de informação e agora tecnologia descentralizada. O dólar dominou graças a uma complexa rede de inteligência financeira global. Mas hoje, quem domina são os desenvolvedores, engenheiros e arquitetos de sistemas descentralizados. As redes sociais superaram diplomatas. Plataformas tecnológicas superaram bancos. E agora, o Bitcoin não substitui o dólar – ele o estende, fortalece e moderniza. BTC será a base da nova formação de capital e as empresas de tesouraria Bitcoin serão o próximo estágio evolutivo da gestão de ativos corporativos. Stablecoins: A Nova Infraestrutura Monetária Digital Se houve um tema unânime no evento, foi a presença dominante das stablecoins, principalmente o USDT da Tether. Essas moedas digitais estão reformulando o mercado monetário e a rede de pagamentos do dólar, conectando infraestrutura financeira à velocidade da era digital. O USDT é lastreado por uma estrutura diversificada de ativos sólidos: ouro, Bitcoin, títulos do Tesouro, lucros privados, mineração, IA e ferramentas de mídia independente. Isso representa um novo modelo de stack financeiro, onde soberania monetária se constrói com transparência, sustentabilidade e tecnologia. Da Diplomacia à Tecnologia: A Nova Porta Giratória do Poder Assim como líderes de Wall Street historicamente transitaram entre bancos, governo e Federal Reserve, hoje, observamos esse mesmo fenômeno acontecer com executivos de tecnologia e criptoativos. Com a integração do Bitcoin à política e o crescimento da IA, o próximo vetor de influência global parece estar nas mãos de empresas que controlam infraestruturas monetárias digitais. A corrida geopolítica agora acontece na largura de banda, nos dados e na capacidade de monetizar redes, não mais nos campos de batalha. Isso redefine completamente os fundamentos do poder estatal e financeiro. A Fragilidade Sistêmica e o Dilema da Escala A analogia remete ao conceito de crescimento superexponencial, como abordado por Geoffrey West no livro Scale. Sistemas financeiros baseados em dívida enfrentam limites físicos e estruturais. A única forma de evitar o colapso é por meio da inovação disruptiva – exatamente o que Bitcoin representa. A tensão atual não é apenas conjuntural. Ela é estrutural, causada por um sistema dependente de crescimento infinito, inflação controlada e impressão monetária. A resposta, cada vez mais clara, vem da descentralização, da escassez programada e da transparência algorítmica. Bitcoin e Stablecoins como Ferramentas de Estado Para o senador JD Vance, Bitcoin e Inteligência Artificial são os dois ativos estratégicos mais relevantes para o futuro dos Estados Unidos. O debate deixou claro que a moeda digital não é apenas uma tecnologia – é uma peça central na política externa, segurança nacional e projeção de poder. Aqueles que dominam redes de dados e valor serão os novos imperadores. O que antes era "quem tem ouro faz as regras", agora é "quem tem dados e controle de redes captura o valor". Conclusão: O Futuro do Dinheiro Está em Reconfiguração Bitcoin 2025 mostrou que estamos diante de uma transição de paradigmas históricos. O campo de batalha moderno são as redes financeiras, a monetização de dados e a integração entre capital, inteligência e tecnologia. Ouro, dólar, petróleo e agora Bitcoin. Esse é o novo conjunto de vetores estratégicos de poder. A arquitetura monetária do futuro será digital, descentralizada e integrada à infraestrutura tecnológica global. O que esperar e impactos no mercado financeiro Alta institucionalização do Bitcoin e stablecoins: Espera-se crescimento contínuo das Bitcoin Treasury Companies e de reservas nacionais em criptoativos. Expansão do uso geopolítico do Bitcoin: Moeda descentralizada será usada como instrumento de soberania, sanções e alianças. Stablecoins como nova base do sistema bancário paralelo digital: Acelerando o declínio da intermediação tradicional. Nova fase para o dólar: Com Bitcoin e stablecoins como “camadas complementares” de alcance global.
  11. EUA propõem auditoria histórica em Fort Knox: debate sobre transparência e status do ouro como ativo monetário ganha força Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | Membro Wall Street NYSE Em meio ao crescente interesse global pelo ouro como ativo estratégico, os Estados Unidos reacendem o debate sobre a real situação de suas reservas oficiais do metal. A recente proposta legislativa Gold Reserve Transparency Act of 2025, apresentada pelo deputado Thomas Massie e coassinada por congressistas republicanos, visa autorizar uma auditoria completa e independente das reservas de ouro dos EUA — incluindo a emblemática instalação de Fort Knox, que armazena cerca de 147 milhões das 261 milhões de onças-troy pertencentes ao Tesouro. O projeto prevê uma investigação detalhada conduzida pelo Government Accountability Office (GAO), com auxílio de auditores externos, abrangendo não apenas os volumes em estoque, mas também todas as transações realizadas com o ouro nos últimos 50 anos, como vendas, empréstimos, leasing e swaps. Se aprovado, o processo duraria até um ano e se repetiria quinquenalmente. Trump e Elon Musk reacendem debate sobre Fort Knox O presidente Donald Trump e o empresário Elon Musk, em declarações públicas no início deste ano, sugeriram a necessidade de verificação física do ouro mantido nos cofres do governo. “Vamos entrar em Fort Knox para garantir que o ouro está lá”, afirmou Trump a bordo do Air Force One em fevereiro. Desde então, apesar do forte apelo público, a Casa Branca ainda não oficializou qualquer investigação por parte do Executivo. Ouro como ativo Tier 1, mas não como reserva líquida Paralelamente à proposta legislativa, cresce o questionamento sobre a categorização do ouro nos padrões internacionais. Embora o metal amarelo tenha sido classificado como ativo Tier 1 sob as regras de Basileia III, ele ainda não é reconhecido como reserva de liquidez dentro do Liquidity Coverage Ratio (LCR) da União Europeia — o que levanta contradições estruturais. Durante os últimos episódios de estresse de mercado, o ouro demonstrou maior liquidez, menor volatilidade e spreads mais estreitos do que os Treasuries de 10 anos dos EUA — tradicionalmente vistos como os ativos mais líquidos do mundo. Esse descompasso prejudica a confiança no papel do ouro como instrumento monetário global e levanta questionamentos sobre os fundamentos regulatórios da Basel III. A exclusão do ouro do LCR europeu limita sua utilidade para bancos como ativo líquido de alta qualidade (HQLA), apesar de seu histórico centenário como reserva de valor soberana. Última auditoria completa: 1974 O último esforço de transparência pública em Fort Knox ocorreu há mais de 50 anos, em 1974, quando o então secretário do Tesouro William Simon conduziu uma visita ao local com membros do Congresso e da imprensa. No entanto, organizações independentes apontam que a auditoria da época não verificou pureza, serialização nem realizou uma contagem integral dos lingotes — prática que hoje não seria aceita sequer em depósitos privados. Stefan Gleason, CEO da Money Metals Depository, afirma que "o Departamento do Tesouro perdeu registros e falhou em justificar aberturas de compartimentos selados sem nova auditoria". Segundo ele, a proposta de Massie representa uma oportunidade histórica de restaurar a confiança pública. Oficiais do Tesouro dizem haver auditorias anuais Em resposta às críticas, o atual secretário do Tesouro, Scott Bessent, defendeu que o governo já realiza auditorias anuais. “Há um relatório em 30 de setembro de 2024 que mostra que todo o ouro está lá”, declarou à Bloomberg. O Office of Inspector General publicou um parecer afirmando que os saldos refletem de forma adequada os padrões contábeis norte-americanos. No entanto, analistas do setor contestam a profundidade dessas auditorias. “Verificar lacres de compartimentos não equivale a auditar seu conteúdo”, disse Jp Cortez, da Sound Money Defense League. “É preciso uma abordagem física, transparente e independente”. Iniciativas estaduais reforçam status monetário do ouro Enquanto o debate federal se intensifica, governos estaduais como o da Flórida avançam na revalorização do ouro como instrumento monetário. O governador Ron DeSantis sancionou a Bill 999, que reconhece moedas de ouro e prata como moeda legal no estado. A lei também isenta esses ativos de impostos sobre vendas e exige identificação clara de peso, pureza e origem. Impacto no mercado financeiro: o que esperar A crescente pressão por uma auditoria integral dos estoques nacionais de ouro — especialmente em Fort Knox — pode: Aumentar a confiança internacional no ouro como ativo soberano, se a auditoria confirmar integridade e volume das reservas; Desencadear desconfiança sistêmica e realocação de reservas por parte de países e fundos soberanos caso sejam identificadas falhas, perdas ou inconsistências nos registros; Aumentar a demanda por ouro físico, em especial se o debate reforçar seu papel como proteção contra falhas institucionais e inflação; Impulsionar iniciativas pró-ouro em estados norte-americanos e fora dos EUA, com outros países podendo seguir o exemplo de transparência e reavaliação monetária. Conclusão Em um momento em que o ouro atinge máximas históricas — tendo superado US$ 3.500 a onça em maio — o movimento político em direção à transparência das reservas americanas representa um divisor de águas no debate sobre sua real função monetária. Com a volatilidade geopolítica e monetária em ascensão, investidores institucionais e de varejo devem observar com atenção os desdobramentos dessa proposta legislativa, que pode redefinir a credibilidade das reservas de ouro dos EUA e reforçar seu papel como alternativa aos títulos soberanos.
  12. 🔴 Urgente: EUA sinalizam otimismo em negociações com China e retomam tom diplomático sobre Irã Análise geopolítica e impacto nos mercados — Igor Pereira | ExpertFX School Nesta terça-feira (10), declarações do Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, renovaram o otimismo dos mercados globais. Lutnick afirmou que as negociações comerciais com a China estão indo “muito bem” e expressou esperança de que um acordo possa ser concluído ainda nesta noite, embora tenha admitido que as conversas podem se estender até amanhã, se necessário. Paralelamente, o presidente Donald Trump reiterou, em conversa com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que sua prioridade no caso do Irã continua sendo a via diplomática, e não militar, segundo fontes da Axios. 🧭 Interpretação Estratégica: o que essas falas revelam? Essas duas sinalizações — avanço nas negociações comerciais com Pequim e disposição para evitar conflito com Teerã — revelam um reposicionamento tático da administração Trump: China: busca reduzir tensões comerciais no curto prazo, provavelmente em resposta à pressão dos mercados e dados econômicos frágeis; Irã: evita escalada militar no Oriente Médio que poderia inflamar os preços do petróleo e gerar instabilidade nos mercados globais às vésperas de eventos sensíveis, como CPI e decisão do Fed. 📊 Impacto esperado nos mercados financeiros Caso se concretize um acordo com a China ainda hoje ou até amanhã: 📈 Mercado acionário: potencial impulso de alta nos índices globais, especialmente nos mercados asiáticos e futuros de Wall Street; 💵 Dólar: tende a se fortalecer moderadamente, com menor demanda por ativos defensivos; 🪙 XAU/USD (ouro): pode sofrer correção negativa pontual, com alívio do risco sistêmico e menor demanda por proteção; 🛢️ Petróleo: estabilidade maior, se confirmada redução das tensões com Irã. Caso as conversas fracassem ou haja adiamento indefinido: ⚠️ Volatilidade aumenta, dólar se valoriza mais agressivamente e o ouro pode retomar a tendência altista, diante da retomada da aversão ao risco. 📌 Conclusão para Traders e Investidores As declarações do Secretário Lutnick e de Donald Trump representam um momento crucial para o sentimento de mercado nesta semana. Com o CPI de maio prestes a ser divulgado, qualquer avanço ou impasse nas negociações sino-americanas terá impacto direto nas decisões dos investidores sobre ativos de risco e proteção. Traders devem acompanhar atentamente o desfecho das conversas com a China nas próximas 24 horas, pois este será um gatilho primário para o comportamento do XAU/USD e do dólar no curto prazo. Análise assinada por Igor Pereira Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE ExpertFX School – Estratégia, macroeconomia e gestão de risco para traders profissionais
  13. 📊 Expectativa para o CPI de Maio nos EUA: inflação tarifária ainda não aparece nos números oficiais Análise macroeconômica e impacto para traders — Igor Pereira | ExpertFX School O índice de preços ao consumidor (CPI) de maio será divulgado nesta quarta-feira, 11 de junho, às 8h30 ET (equivalente a 9h30 no horário de Brasília, GMT-3). Esse indicador é crucial para monitorar a inflação americana, especialmente no contexto atual de pressões tarifárias que vinham sendo anunciadas, mas ainda não refletidas plenamente nos dados. 📉 Histórico recente: CPI mais ameno do que esperado Nos primeiros três meses de 2025, o CPI geral cresceu em média +0,2% ao mês, apresentando uma desaceleração de -0,1 ponto percentual (pp) em relação ao 4º trimestre de 2024. Em abril, o índice subiu +0,2% MoM, que foi 0,1 pp abaixo da expectativa do mercado — o abril mais “frio” desde a recessão de 2020 e o segundo abril mais baixo desde 2017. No mesmo período, o CPI núcleo, que exclui alimentos e energia, também manteve essa dinâmica mais baixa, com +0,2% MoM em Q1 2025, ficando -0,1 pp abaixo do quarto trimestre anterior. Essa sequência de leituras ligeiramente menores que o esperado (em torno de -0,1 pp abaixo do consenso) nos últimos três meses indica um ambiente de inflação mais controlada, surpreendendo o mercado. ⚖️ A questão central: tarifação impactará a inflação em maio? Apesar do Federal Reserve e de muitos analistas esperarem que os aumentos tarifários se reflitam em pressões inflacionárias maiores, os dados até agora não mostraram esse efeito no CPI. O principal ponto de atenção para esta divulgação será confirmar se: Maio continuará apresentando leituras “frescas” e abaixo das expectativas, reforçando a narrativa de inflação controlada; Ou se os aumentos tarifários finalmente pressionarão o CPI para cima, indicando aceleração inflacionária. 📈 Precisão das estimativas e relevância para mercado As estimativas de CPI feitas têm se mostrado muito próximas da realidade, com erros médios de apenas -0,7 pontos base (-0,007 pp) tanto para o CPI geral quanto para o núcleo, superando em precisão as estimativas médias da Wall Street em 70% das ocasiões nos últimos 23 meses. Isso aumenta a confiabilidade das projeções para o CPI de maio, ampliando a relevância das expectativas para a reação dos mercados financeiros. 🔍 Impacto esperado no mercado financeiro Inflação controlada (CPI menor que esperado) pode favorecer a manutenção da política monetária atual do Fed, reduzindo o risco de aperto adicional dos juros, impulsionando ações e aliviando pressões sobre o dólar e os rendimentos dos títulos públicos. Surpresa altista no CPI pode gerar preocupações com inflação persistente, levando o Fed a manter ou até acelerar a alta dos juros, pressionando mercados acionários, fortalecendo o dólar e impulsionando a volatilidade nos mercados de ouro e títulos públicos. Precisão das Projeções e Relevância para o Mercado A análise de Igor Pereira destaca que as projeções para o CPI têm apresentado alta precisão, com erros médios inferiores a 0,01 ponto percentual, superando estimativas médias da Wall Street em 70% das divulgações nos últimos 23 meses. Essa confiabilidade reforça a importância da leitura correta deste indicador para decisões de trading e investimento. Impactos no Mercado Financeiro e no Ouro (XAU/USD) Inflação Controlada: Expectativa de manutenção do atual ciclo de juros, alívio para mercados acionários e enfraquecimento do dólar, o que tende a beneficiar o ouro, ativo tradicionalmente utilizado como proteção contra a inflação e a desvalorização cambial. Inflação em Alta: Possibilidade de aceleração da política monetária com elevação dos juros, fortalecimento do dólar e aumento da volatilidade nos preços do ouro. Nesse cenário, o ouro pode sofrer pressão negativa no curto prazo, apesar de sua função de hedge em horizontes mais longos. Conclusão para Traders e Investidores O CPI de maio será crucial para a definição do cenário macroeconômico dos próximos meses. A leitura dos dados influenciará diretamente o comportamento do Fed, o movimento do dólar e o desempenho do ouro. Traders devem acompanhar atentamente este indicador, utilizando-o para ajustar posições e estratégias, principalmente em XAU/USD, onde o impacto das decisões monetárias e da inflação são imediatamente refletidos. Análise assinada por Igor Pereira Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE ExpertFX School – Conteúdo técnico e estratégico para traders de alta performance
  14. 📈 Goldman Sachs reforça otimismo com ações dos EUA, mesmo com deterioração de dados “duros” Sentimento positivo sustenta Wall Street às vésperas do CPI – Análise por Igor Pereira | ExpertFX School O banco de investimentos Goldman Sachs reiterou sua posição otimista sobre o mercado acionário dos EUA, mesmo diante da fragilidade dos chamados “dados duros” da economia. De acordo com relatório publicado nesta terça-feira (10), o desempenho dos índices de ações continua apoiado pela melhora nos “dados suaves” – indicadores baseados em expectativas e confiança – além de notícias políticas favoráveis vindas de Washington. 📊 “Soft data” vs. “Hard data”: a batalha dos indicadores O Goldman Sachs destacou a divergência crescente entre os dados suaves (soft data) e os dados duros (hard data) da economia americana: Soft data: inclui pesquisas de confiança do consumidor, sentimento empresarial e expectativas futuras. Esses dados têm surpreendido positivamente, indicando resiliência emocional e otimismo dos agentes econômicos. Hard data: corresponde aos indicadores econômicos efetivos, como produção industrial, vendas no varejo e PIB. Estes têm mostrado desaceleração e fragilidade, refletindo os efeitos cumulativos da política monetária restritiva. 📌 Conclusão do banco: se o otimismo persistir nos dados suaves, isso pode continuar sustentando o rali de ações, mesmo com enfraquecimento do quadro estatístico real. 🧭 Expectativas para o CPI de amanhã O dado mais aguardado do mês, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), será divulgado nesta quarta-feira (11), às 9h30 (horário de Brasília). 📌 Expectativa anual (YoY): +2,5% Se confirmado, o número sinalizaria alívio inflacionário, mantendo a inflação próxima da meta do Federal Reserve (2%). No entanto, surpresas de alta poderiam provocar realinhamentos agressivos nas curvas de juros e gerar volatilidade nos ativos de risco, incluindo ouro, dólar e ações. 🧠 Interpretação e impacto no mercado O mercado parece estar precificando um cenário benigno, onde os indicadores de confiança sustentam o apetite por risco, apesar dos sinais negativos da economia real. Essa situação, no entanto, pode não ser sustentável no médio prazo, caso o hard data continue a se deteriorar. ⚠️ Riscos à frente: Reversão do otimismo nos dados suaves, caso a confiança seja abalada por eventos geopolíticos ou deterioração do emprego. Surpresa altista no CPI pode gerar pressão sobre o Fed para manter os juros elevados por mais tempo, desafiando os valuations das ações. Deterioração contínua dos dados duros pode ressuscitar temores de recessão técnica no segundo semestre. 📌 Conclusão O momento atual de Wall Street é sustentado mais por sentimento do que fundamentos. A estratégia dos investidores institucionais, segundo o Goldman Sachs, permanece comprada em ações americanas, apostando na resiliência psicológica dos agentes econômicos. Porém, a divulgação do CPI será decisiva para o curto prazo. Surpresas no índice podem invalidar a narrativa otimista ou, ao contrário, reforçá-la e impulsionar novos máximos. Análise técnica e macroeconômica por Igor Pereira Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE ExpertFX School – Insights para traders de alta performance
  15. 🏦 Michelle Bowman toma posse como Vice-Presidente de Supervisão do Federal Reserve Análise Institucional e de Impacto Regulatório – Igor Pereira | ExpertFX School Nesta segunda-feira (9), Michelle W. Bowman tomou oficialmente posse como Vice Chair for Supervision do Federal Reserve Board, em cerimônia conduzida pelo presidente Jerome Powell na sede da instituição, em Washington. Bowman foi nomeada por Donald Trump em 24 de março de 2025 e teve sua confirmação ratificada pelo Senado norte-americano em 4 de junho. Seu mandato como vice de supervisão segue até 9 de junho de 2029, enquanto sua posição como membro da diretoria se estende até 31 de janeiro de 2034. 👩‍⚖️ Quem é Michelle Bowman? Bowman já era membro do Federal Reserve desde 2018, sendo a primeira mulher a ocupar a vaga reservada para representantes do sistema bancário comunitário. Com sólida experiência regulatória e posições anteriores no setor privado e público, ela é conhecida por sua postura conservadora em relação à estabilidade bancária, defendendo políticas prudenciais e supervisão mais rígida sobre instituições financeiras. 🧭 Atribuições da Vice-Presidência de Supervisão O cargo de Vice Chair for Supervision é um dos mais estratégicos dentro do Fed. Entre suas responsabilidades: Definir normas prudenciais para bancos de grande porte; Supervisionar riscos sistêmicos e requisitos de capital; Avaliar fusões e aquisições bancárias; Formular diretrizes para fintechs e stablecoins, em crescente expansão. 📉 Impacto no mercado financeiro A nomeação de Bowman representa continuidade na linha regulatória mais rígida dentro do Federal Reserve. Seu perfil é geralmente associado a votos mais hawkish, especialmente no que se refere à exposição bancária a ativos de risco, crédito corporativo e inovações como criptoativos. 📌 Impactos esperados: Grandes bancos podem enfrentar maior exigência de capital e auditorias regulatórias mais intensas. Fintechs e empresas de stablecoins devem encontrar um ambiente mais regulado, com foco em riscos sistêmicos. No contexto macro, Bowman tende a defender manutenção de juros elevados por mais tempo, se necessário para garantir a estabilidade financeira. 🧠 Visão institucional e simbólica A posse de Michelle Bowman reforça o comprometimento do Fed com a solidez do sistema financeiro, em meio a um cenário de alta volatilidade nos mercados de crédito e preocupações crescentes com a solvência do mercado de Treasuries. Com a dívida pública dos EUA rompendo marcos históricos e o setor bancário pressionado por juros altos, a liderança regulatória de Bowman será central para evitar eventos de estresse financeiro sistêmico, como os vividos em 2023 com bancos regionais. 📊 Conclusão A nomeação de Michelle Bowman para a Vice-Presidência de Supervisão do Fed representa um reforço técnico e conservador no núcleo regulatório da instituição. Sua atuação terá efeitos diretos sobre o setor bancário, fintechs, stablecoins e na política monetária de médio prazo. Investidores institucionais devem acompanhar de perto suas declarações públicas, votos nas reuniões do FOMC e novas diretrizes de supervisão que possam impactar setores sensíveis à regulação, como tecnologia financeira e crédito corporativo. Análise por Igor Pereira Analista de Mercado | Membro WallStreet NYSE ExpertFX School – Conteúdo Premium para Traders Institucionais e Varejo
  16. 🇺🇸 Trump fala sobre Irã, China e Orçamento dos EUA; FDA aprova nova vacina da Merck Análise de Impacto Econômico e Geopolítico – Igor Pereira | ExpertFX School Nesta segunda-feira, 9 de junho, o presidente dos EUA, Donald Trump, fez diversas declarações estratégicas sobre negociações com o Irã, a China e o orçamento federal, além de abordar temas de segurança interna e relações com Elon Musk. A FDA também anunciou a aprovação de uma nova vacina da Merck, acirrando a competição no setor farmacêutico. Veja os principais pontos e impactos no mercado: ☢️ Irã e Tensão Nuclear Trump reconheceu que o Irã é um dos negociadores mais duros do mundo, e afirmou que haverá uma reunião nesta quinta-feira. Segundo ele, os iranianos estão "pedindo coisas que não podem ser concedidas", especialmente em relação ao enriquecimento nuclear: 📌 Impacto esperado: A retomada das negociações reduz o risco imediato de escalada militar. Contudo, a rigidez iraniana e o tom de Trump indicam que o risco geopolítico no Oriente Médio permanece elevado, sustentando prêmios de risco no petróleo e no ouro. As declarações também reforçam o papel do dólar como ativo de proteção no curto prazo. 🇨🇳 EUA-China: Otimismo Cauteloso nas Negociações As falas de Trump e de membros do gabinete mostram avanços nas negociações comerciais com a China: O Secretário do Tesouro Bessent classificou a reunião como “boa”. O Secretário de Comércio Lutnick disse que as conversas foram “frutíferas”. Trump complementou: “Estamos indo bem com a China, mas não é fácil. Estão me ligando em breve.” 📌 Impacto esperado: O tom diplomático sugere uma possível suspensão parcial de controles de exportação, com efeito positivo para ações de tecnologia e comércio internacional. Empresas como Tesla ($TSLA) podem se beneficiar diretamente caso haja flexibilizações. 🇺🇸 Política Interna e Orçamento Sobre o orçamento federal, Trump sinalizou tranquilidade: 📌 Impacto esperado: O mercado interpreta essa fala como um indicativo de que não haverá paralisação do governo (shutdown). Isso reduz o risco fiscal de curto prazo, mas não afasta preocupações com o colapso estrutural do mercado de Treasuries, como analisamos em relatório anterior. 🛰️ Elon Musk, Tesla e Starlink Trump comentou que não pretende cortar relações com a Tesla e a Starlink na Casa Branca: 📌 Impacto esperado: As menções positivas a Musk e Tesla ($TSLA) geram otimismo entre investidores da empresa, apesar das incertezas regulatórias. Indica uma postura amigável do governo em relação à tecnologia privada e defesa espacial. 🧪 FDA aprova vacina da Merck contra RSV A FDA aprovou o imunizante da Merck contra o vírus sincicial respiratório (RSV) para recém-nascidos, com comercialização prevista já para antes da temporada de outono e inverno. O medicamento, chamado Enflonsia, competirá diretamente com vacinas da Sanofi e AstraZeneca. 📌 Impacto esperado: A aprovação aumenta a competição no setor de biotecnologia e farmacêuticas pediátricas. Pode pressionar margens da Sanofi e AstraZeneca, enquanto impulsiona as ações da Merck (MRK) no curto prazo. 🏛️ Mudança no Federal Reserve A governadora Michelle Bowman tomou posse como Vice-Presidente de Supervisão do Federal Reserve, com mandato até 2029. Sua posição tende a ser mais conservadora e pró-regulação bancária. 📌 Impacto esperado: A nomeação fortalece a ala reguladora do Fed, podendo gerar impactos sobre grandes bancos e fintechs. Bowman tende a manter uma postura de política monetária neutra a levemente hawkish. 📊 Conclusão: Visão Institucional As declarações desta segunda-feira mostram avanços diplomáticos com China e Irã, alívio nas tensões sobre o orçamento, e dinamismo no setor de saúde. Entretanto, os riscos estruturais permanecem elevados, especialmente no que diz respeito à dívida pública e à política externa dos EUA no Oriente Médio. Acompanhar de perto a reunião com o Irã e os desdobramentos dos acordos com a China será fundamental para calibrar posições em ouro, petróleo e ações de tecnologia nos próximos dias. Análise por Igor Pereira Analista de Mercado | Membro WallStreet NYSE ExpertFX School – Conteúdo Premium para Traders Institucionais e Varejo
  17. 📉 Colapso do Mercado de Dívida dos EUA: Rachadura Estrutural com Implicações Globais Relatório Premium Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE O mercado de títulos do governo dos Estados Unidos (Treasuries) está entrando em colapso técnico, com repercussões profundas para o sistema financeiro global. Após mais de 40 anos de valorização constante, o mercado rompeu sua principal tendência de alta, sinalizando um possível fim do “superciclo” dos títulos americanos e abrindo espaço para uma nova era de instabilidade fiscal. 🔻 Quebra da Tendência de Alta dos Treasuries A tendência de alta secular dos títulos de 10 e 30 anos — iniciada no início dos anos 1980 — foi rompida. Esta quebra estrutural ocorre após um dos mercados mais dolorosos para os Treasuries nas últimas décadas. Tradicionalmente considerados porto seguro e representando em média 40% de um portfólio diversificado, os títulos passaram a gerar perdas históricas desde 2022. Desde março de 2020, os títulos de 10 anos registram queda acentuada. No mesmo período, o ouro (XAU/USD) superou os Treasuries em mais de +100%, refletindo uma mudança clara no comportamento institucional frente ao risco fiscal e monetário dos EUA. 📈 Gastos Públicos Explodiram Outro fator central nessa deterioração é o crescimento contínuo dos gastos do governo americano, que passaram de US$ 3,4 trilhões para quase US$ 4 trilhões em apenas dois anos. Para financiar esses déficits crescentes, o Tesouro dos EUA intensificou a emissão de títulos, pressionando ainda mais os preços (elevando os yields). Essa oferta descontrolada está colapsando o equilíbrio entre compradores e vendedores institucionais. 🔍 Participação da Força de Trabalho em Queda Um dos principais motores do colapso estrutural do mercado de dívida americana é o declínio da taxa de participação da força de trabalho nos EUA. Desde 1999, observa-se correlação negativa direta entre o aumento da dívida pública e a queda da participação da força de trabalho. Essa dinâmica ocorre principalmente por causa do envelhecimento populacional: mais aposentados, menos trabalhadores ativos, menos arrecadação e maior necessidade de transferências sociais. Com uma população envelhecendo e saindo do mercado de trabalho, o Tesouro precisa expandir gastos em saúde, previdência e programas assistenciais — o que eleva ainda mais a dívida. 📉 Pressão Fiscal Sistêmica A combinação de: queda da força de trabalho ativa explosão dos gastos públicos financiamento via emissão de títulos tem provocado forte pressão nos preços dos Treasuries, afastando compradores institucionais e aumentando a percepção de risco fiscal dos EUA — cenário antes impensável para a economia considerada mais segura do mundo. 🧭 Perspectiva do Mercado Curto prazo: Após quedas violentas, os Treasuries podem experimentar um alívio técnico (bounce), diante de fluxos táticos de hedge e reequilíbrio de portfólios. Longo prazo: A tendência segue claramente baixista, com risco sistêmico crescente. O ouro permanece como ativo de preferência frente à deterioração do mercado de dívida. 🟡 Ouro x Títulos: Reconfiguração de Portfólios O ouro se fortalece como alternativa aos Treasuries em um cenário onde: A credibilidade fiscal dos EUA começa a ser questionada; A demanda internacional por Treasuries se reduz (China, Japão e outros bancos centrais reduziram suas posições); E a inflação estrutural continua ameaçando o poder de compra das moedas fiduciárias. 💬 Análise Final – Igor Pereira Relatório elaborado por Igor Pereira Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE ExpertFX School – Insights institucionais para traders profissionais
  18. Banco Central da China Compra Ouro Pelo Sétimo Mês Consecutivo e Eleva Reservas a 73,83 Milhões de Onças Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE O Banco Popular da China (PBoC) voltou a expandir suas reservas de ouro pelo sétimo mês consecutivo, comprando 60.000 onças troy em maio de 2025, de acordo com dados oficiais divulgados neste sábado. Com isso, o total acumulado atinge impressionantes 73,83 milhões de onças, equivalente a cerca de 2.296 toneladas. Essa movimentação reforça a estratégia de diversificação de reservas internacionais da China, que vem reduzindo sua exposição a ativos denominados em dólares, como os Treasuries, diante do crescente risco geopolítico, volatilidade cambial e a erosão da confiança no sistema financeiro ocidental. O Que Esperar e Impacto no Mercado A sequência de compras do PBoC fortalece a tendência global de desdolarização, especialmente entre os países do BRICS+ e outras economias emergentes, que buscam blindagem contra sanções econômicas e instabilidade nos mercados globais. Essa tendência: Sustenta o preço do ouro, que recentemente atingiu máximas históricas de US$ 3.500 por onça. Indica pressão de demanda física contínua, especialmente vinda do Oriente, enquanto o Ocidente segue exposto a ETFs e instrumentos derivados. Reforça a visão de que o ouro está sendo reposicionado como ativo estratégico, tanto monetário quanto de reserva. Além disso, a manutenção dessa trajetória sinaliza uma possível reconfiguração do sistema monetário internacional, com o ouro ganhando protagonismo como base de confiança institucional, em um cenário onde os EUA enfrentam questionamentos sobre suas próprias reservas em Fort Knox. Visão Estratégica Essa política chinesa não é isolada. Em 2025, diversos bancos centrais, como Turquia, Índia, Rússia e Arábia Saudita, intensificaram suas compras, consolidando um ambiente de reprecificação estrutural do ouro, como destacou recentemente o Goldman Sachs. Com os Estados Unidos discutindo a reavaliação do valor contábil de suas reservas de ouro, atualmente fixado em apenas US$ 42/oz, os investidores institucionais estão atentos à possibilidade de um novo padrão monetário híbrido envolvendo o ouro. Conclusão A sétima compra consecutiva do Banco Central da China não é apenas um dado de fluxo: é um sinal claro de realinhamento monetário global. Os investidores devem acompanhar de perto o comportamento dos bancos centrais, pois esses movimentos antecipam mudanças profundas na estrutura de reservas internacionais, afetando diretamente moedas, títulos soberanos e, sobretudo, a correlação entre ouro e dólar. Análise por Igor Pereira Membro WallStreet NYSE • Analista-Chefe da ExpertFX School
  19. Congresso dos EUA exige auditoria total dos estoques de ouro norte-americanos 📌 Contexto técnico e implicações para o mercado financeiro — por Igor Pereira, Analista de Mercado, Membro WallStreet NYSE Um novo projeto de lei foi apresentado no Congresso, exigindo a primeira auditoria completa dos estoques de ouro dos Estados Unidos em décadas. Com o preço do ouro próximo às máximas históricas e a confiança nas finanças públicas americanas sendo desafiada, a medida levanta questões críticas sobre transparência, confiança monetária e riscos sistêmicos. 🔍 O que está acontecendo? O deputado Thomas Massie introduziu o Gold Reserve Transparency Act of 2025, projeto que obriga o Comptroller General, via Government Accountability Office (GAO), a conduzir uma auditoria completa dos estoques de ouro dos EUA, incluindo inventário, ensaios, verificação de segurança física e análise de encobrimentos financeiros como empréstimos, swaps ou leasing. Segundo o Tesouro norte-americano, o país possui atualmente 8.133 toneladas de ouro, sendo 147,3 milhões de onças armazenadas somente em Fort Knox. Contudo, especialistas alertam que há lacunas sérias nos registros oficiais, além de episódios não auditados de reabertura de compartimentos selados — conforme denunciado por Stefan Gleason, CEO da Money Metals Depository. 📈 Impacto no mercado financeiro 1. Confiança institucional e o valor do dólar O projeto reflete uma crescente desconfiança sobre a integridade das reservas americanas, o que pode pressionar ainda mais o dólar em um ambiente onde bancos centrais vêm trocando Treasuries por ouro. A auditoria poderá: Reforçar a confiança nos ativos americanos, caso confirme a integridade dos estoques. Gerar pânico institucional, caso revele fraudes, leasing oculto ou reservas abaixo do declarado. 2. Preço do ouro O ouro já acumula uma valorização de: 125% em 2 anos e 8 meses 50% apenas nos últimos 12 meses 180% na última década Com o ouro sendo negociado acima de US$ 3.460, e máximas recentes em US$ 3.500, a pressão por transparência e possível revalorização contábil das reservas — ainda fixadas em US$ 42 por onça desde 1973 — pode impulsionar ainda mais os preços no curto e médio prazo. 3. Fluxo institucional e bancos centrais A movimentação legislativa coincide com uma tendência global de diversificação das reservas por parte dos bancos centrais, que estão comprando ouro em volumes recordes como proteção contra instabilidade cambial, inflação persistente e riscos geopolíticos. 📊 O que esperar? Volatilidade nos mercados de metais preciosos: Caso o projeto ganhe tração e haja expectativa de revelações impactantes, o ouro pode romper novas máximas históricas. Aumento da demanda por ouro físico e ETFs lastreados: Investidores institucionais e varejo podem se antecipar a uma eventual revalorização das reservas americanas. Pressão sobre o dólar e Treasuries: A legitimidade dos ativos americanos, já afetada pelo déficit fiscal e dívida pública recorde, pode ser novamente questionada. 🧭 Conclusão do analista O Gold Reserve Transparency Act of 2025 representa mais do que uma questão contábil: é um reflexo direto da erosão da confiança no sistema fiduciário americano. Em meio a um cenário global de enfraquecimento do dólar, inflação resiliente e desaceleração econômica, a transparência sobre os estoques de ouro pode se tornar um divisor de águas — reafirmando ou destruindo a narrativa de solidez do dólar como reserva global. Para os traders e investidores, este é um momento crucial para rever alocações em ouro e ativos correlacionados. 📌 Análise assinada por Igor Pereira Analista de Mercado Financeiro – Membro WallStreet NYSE ExpertFX School – Desde 2017 educando traders com informação técnica e estratégica
  20. Trump sob pressão: tarifas, estagnação comercial e escalada geopolítica impactam inflação global e mercados Autor: Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE 📌 Resumo Executivo As últimas movimentações do governo Trump, somadas a tensões globais e dados inflacionários, revelam uma conjuntura altamente volátil e incerta para o cenário macroeconômico global. Com pouco progresso em acordos comerciais, pressões inflacionárias nos EUA e conflitos geopolíticos em ascensão, os mercados enfrentam mais um ponto de inflexão crítico. 🔍 1. Política Comercial de Trump: impasse generalizado Apesar de contatos com líderes como Xi Jinping e Lee Jae-myung (Coreia do Sul), o presidente Donald Trump ainda não conseguiu avanços significativos em acordos comerciais: A trégua tarifária com a União Europeia expira em 9 de julho e com a China em agosto, o que pode reativar tarifas mais altas em plena recuperação frágil da demanda global. Tarifas de 25% contra a Coreia do Sul seguem em vigor, com promessas vagas de revisões futuras. A Vietnã busca escapar de novas tarifas via acordos agrícolas bilaterais de US$ 3 bi, mas os EUA ainda mantêm postura rígida. A revogação da isenção "de minimis" para pacotes de até US$ 800 da China afeta varejistas online chineses e ameaça pequenas empresas americanas, com impacto direto no consumo e emprego. 🔻 Impacto nos mercados: A falta de clareza nos acordos amplia incertezas nos fluxos de comércio, pressiona cadeias produtivas e mantém o viés inflacionário ativo. A ausência de consensos pode alimentar mais volatilidade no câmbio e nos índices globais. 📈 2. Inflação nos EUA e reflexos globais O CPI (Índice de Preços ao Consumidor) núcleo de maio nos EUA deve acelerar 0,3% no mês e 2,9% no ano, refletindo a transferência dos custos tarifários aos consumidores. Inflação também preocupa em China, Reino Unido, zona do euro e Brasil, com destaque para salários e repasses de custo em alta. 🔻 Impacto nos mercados: Inflação persistente pode limitar espaço para cortes de juros pelo Fed, mantendo o dólar firme e pressionando Treasuries. Já metais como ouro e prata tendem a se beneficiar como hedge inflacionário. ⚠️ 3. Geopolítica: guerra, sanções e incerteza Rússia e Ucrânia tentam negociar a maior troca de prisioneiros desde o início do conflito, mas o processo travou. Novos ataques russos aéreos com mísseis e drones geram escalada e fragilizam negociações. Trump freia sanções duras do Senado contra Moscou, afirmando que pode “deixar os dois países continuarem lutando”, o que minou apoio bipartidário ao projeto. Europa avança com sanções autônomas a bancos e petróleo russos, mirando corte de US$ 60 bilhões/ano nas receitas russas. 🔻 Impacto nos mercados: A hesitação americana em sancionar Moscou fortalece o rublo e retarda a normalização das cadeias energéticas. Os preços do petróleo podem subir com o risco geopolítico. Investidores buscam proteção em ouro, franco suíço e yen. 🧠 Comentário do Analista Igor Pereira 📅 O que Observar na Próxima Semana Discurso de Powell (Fed) sobre política monetária e inflação. Reações da União Europeia e China sobre o fim das tréguas tarifárias. Dados de inflação e PIB no Reino Unido, Brasil e eurozona. Decisão final da Justiça sobre a isenção "de minimis" para importações da China. Evolução das negociações entre Rússia e Ucrânia, com impacto direto nos preços de energia e metais. 📊 Conclusão Técnica O cenário global entrou em modo de alta tensão estrutural. A inflação segue alimentada por tarifas e choques externos, enquanto a diplomacia comercial dos EUA perde tração. Trump arrisca ver sua estratégia econômica colapsar sob o peso de tarifas ineficazes, aliados irritados e mercados exigindo previsibilidade. Ouro, prata, Treasuries longos, franco suíço e ações defensivas tendem a ser os principais beneficiários neste ambiente de incerteza política e macroeconômica.
  21. Empregos superestimados nos EUA em 2024: BLS pode ter inflado dados em mais de 900 mil vagas, revela Censo Autor: Igor Pereira, Membro WallStreet NYSE | ExpertFX School 🧾 O Bureau of Labor Statistics (BLS) pode ter superestimado significativamente o número de empregos criados no setor privado em 2024. Segundo os dados revisados do Censo Trimestral de Emprego e Salários (QCEW), os relatórios mensais de Non-Farm Payrolls (NFP) podem ter inflado os dados em aproximadamente 907.000 vagas — uma diferença média de 75.583 empregos por mês. 📉 O que foi divulgado e o que mudou O QCEW, que cobre 97% dos empregadores formais nos EUA, apontou um crescimento de apenas 0,6% nas folhas de pagamento privadas em dezembro de 2024. Em contrapartida, os dados mensais de NFP, amplamente utilizados pelo mercado, haviam reportado crescimento de 1,2% no mesmo período. Isso representa uma revisão para baixo de 50% na taxa de criação de empregos. A diferença de 907 mil empregos coloca em xeque a narrativa de “força contínua no mercado de trabalho” usada como justificativa para políticas monetárias mais restritivas pelo Federal Reserve ao longo de 2024. 📊 Impacto nos Mercados Financeiros 1. Reprecificação da política do Fed: Se a economia não estava tão forte quanto sugerido, o Federal Reserve pode ter mantido os juros elevados por mais tempo do que o necessário, gerando um aperto monetário excessivo. 2. Expectativa de cortes mais agressivos: Com essa revisão, cresce a pressão para cortes antecipados ou mais profundos na taxa de juros a partir do segundo semestre de 2025. 3. Dólar e Treasuries: A revisão negativa pode enfraquecer o dólar frente aos pares principais e estimular compras em Treasuries longos, com expectativa de afrouxamento monetário mais cedo. 4. Ativos de risco (ações e ouro): A correção no cenário de emprego pode alimentar rally nos índices acionários e metais preciosos, como o ouro (XAU/USD), à medida que o mercado precifica um Fed mais dovish. 🧠 Análise do analista Igor Pereira 📌 O que esperar a seguir O mercado deve reagir a essa revisão com volatilidade elevada nos Treasuries curtos e médios. Próximos discursos do Fed serão observados com lupa, principalmente se houver menções a essa discrepância nos dados. Investidores institucionais devem reavaliar modelos de risco baseados em dados de emprego para o segundo semestre de 2025. Conclusão: A revelação de que os dados de emprego de 2024 foram superestimados em quase 1 milhão de vagas coloca em xeque a eficácia da política monetária recente e reforça a possibilidade de mudanças de postura do Federal Reserve. A confiança nos dados oficiais de emprego, base para decisões cruciais de política monetária, agora está abalada — e o mercado reagirá.
  22. Análise Técnica e Macroeconômica – 06 de Junho de 2025 Trump e Xi retomam diálogo; Payroll surpreende; BCE sinaliza fim dos cortes; mercados reagem com volatilidade Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE 📊 Dados Fortes de Emprego nos EUA (Maio): Sinalização Hawkish para o Dólar Nonfarm Payrolls: 139 mil (vs. 127 mil esperados) Salário médio por hora (MoM): 0,4% (vs. 0,3% esperados) Taxa de desemprego: 4,2% (conforme esperado) Impacto: Os dados sinalizam resiliência do mercado de trabalho, apesar dos temores recentes de desaceleração econômica. A alta inesperada nos salários pode reacender preocupações inflacionárias e pressionar o Fed a manter taxas elevadas por mais tempo, sustentando o dólar no curto prazo. 🌍 Trump e Xi Jinping reabrem diálogo: alívio nos mercados, mas tensões continuam Após dias de tensão com tarifas de 50% sobre aço e alumínio dos EUA, Donald Trump anunciou um telefonema “muito bom” com Xi Jinping, sinalizando reabertura do diálogo e possível flexibilização das restrições chinesas a terras raras. A leitura oficial chinesa, no entanto, foi mais contida, com Xi pedindo a remoção de “medidas negativas” dos EUA. O mercado interpretou o contato como positivo, mas membros do governo, como o Secretário de Comércio Lutnick, reforçaram o endurecimento no controle de exportações tecnológicas, especialmente contra empresas chinesas. Impacto esperado nos mercados: Curtíssimo prazo: alívio parcial e recuperação do sentimento de risco, sustentando ativos de risco e o apetite por ações. Médio prazo: riscos de reversão ou escalada permanecem altos, especialmente com as eleições em Taiwan e a questão dos semicondutores. 📈 Rally do S&P500 e Redução Histórica no Déficit Comercial dos EUA S&P500 acumula alta de +20% desde 08/abril Déficit comercial em abril: queda recorde de US$ 138,3 bi → US$ 61,6 bi Queda nas importações (especialmente de farmacêuticos da Irlanda) puxou o resultado Interpretação: Houve antecipação massiva de importações antes da entrada em vigor das tarifas (frontloading), seguida de colapso nos volumes. Esse recuo contribuirá positivamente para o PIB do 2º tri de 2025. Impacto estatístico inverso será visto no PIB europeu, principalmente na Irlanda (cujo PIB do 1º tri foi revisado fortemente para cima). 🇪🇺 BCE e Lagarde: “Bem posicionado” = Fim dos Cortes? O BCE sinalizou mudança de narrativa: Em março: “política significativamente menos restritiva” Agora: “estamos bem posicionados” Interpretação técnica: Isso marca uma provável pausa no ciclo de cortes, mesmo com euro mais forte e petróleo mais barato. A nova projeção de inflação núcleo para 2027 é de 1,8%, mesmo com retaliação tarifária considerada. 📉 Simulações do BCE: Escalada tarifária EUA-UE → queda acumulada de 1% no PIB da zona do euro até 2027 Impacto desinflacionário estimado (por reroteamento de exportações com excesso de capacidade) ⚠️ Nossa análise difere: Acreditamos que o BCE subestima a inflação via cadeia de suprimentos. Exemplo: fretes marítimos globais subiram +175% em maio (WCI Benchmark). ⚙️ UE alerta para efeitos de dumping: LEDs, robôs e aço da China chegam em massa e barateiam Relatório da Comissão Europeia (via ferramenta de monitoramento lançada em abril) mostra forte desvio de comércio para a Europa, com queda acentuada de preços: LEDs: +156% em volume, -65% no preço Robôs industriais: +315% em volume, -35% no preço Aço especial: +1.000% em volume, -86% no preço Alerta vermelho para siderúrgicas e indústrias europeias. Já são mais de 10 investigações antidumping abertas contra a China neste ano. 📌 Resumo do que esperar a seguir: Tema Expectativa Impacto no Mercado Emprego nos EUA Pressão para Fed manter juros altos Alta do dólar, queda em ouro e prata Trump vs. China Alívio no curto prazo, tensão estrutural mantida Volatilidade em commodities e câmbio Déficit comercial dos EUA Efeito positivo no PIB do 2º tri Otimismo com crescimento, suporte a ações Política do BCE Fim dos cortes, mas com flexibilidade Euro firme, pressão sobre Treasuries Trade Diversion para a UE Queda de preços no curto prazo, risco para indústria Reação da UE esperada: novos processos e possíveis tarifas 📉 Impacto no Ouro (XAU/USD): O fortalecimento do dólar, os dados sólidos de emprego e a pausa nos cortes do BCE geram pressão negativa no ouro. A reabertura do diálogo EUA-China traz algum alívio geopolítico, reduzindo a demanda por hedge. Contudo, a alta dos fretes e as tensões comerciais latentes mantêm o suporte estrutural no médio prazo, especialmente se houver nova escalada. Suporte técnico: $3.308 Resistência técnica: $3.342 / $3.370 Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE
  23. Payroll supera expectativas e fortalece dólar: aumento nos salários reforça pressão sobre o Fed Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE Os dados do mercado de trabalho dos EUA divulgados nesta sexta-feira (06/06) vieram acima das expectativas, fortalecendo o dólar americano (USD) e reduzindo a probabilidade de cortes de juros no curto prazo. O relatório de Non-Farm Payrolls (NFP) de maio mostrou uma criação de 139 mil vagas, contra uma previsão de apenas 127 mil. Embora inferior aos 177 mil do mês anterior, o número surpreendeu positivamente o mercado. Mais relevante, no entanto, foi o dado de salários médios por hora (Average Hourly Earnings), que subiu 0,4% no mês, superando a projeção de 0,3% e a leitura anterior de 0,2%. Esse aumento salarial reforça a pressão inflacionária, o que pode atrasar cortes na taxa de juros por parte do Federal Reserve. A taxa de desemprego se manteve estável em 4,2%, conforme esperado. Resumo dos dados – Payroll EUA (Maio/2025) Indicador Resultado Atual Projeção Anterior Impacto Folhas de pagamento não agrícolas 139 mil 127 mil 177 mil Positivo para o USD Salários Médios por Hora (MoM) +0,4% +0,3% +0,2% Positivo para o USD Taxa de Desemprego 4,2% 4,2% 4,2% Neutro Interpretação do mercado O resultado consolida o cenário de um mercado de trabalho resiliente, ainda que em desaceleração moderada. A surpresa positiva nos salários reforça o risco de pressão inflacionária persistente, o que deve manter o Federal Reserve em modo cauteloso, afastando por ora os cortes na taxa básica de juros. A resposta imediata nos mercados foi a valorização do dólar americano (DXY) e uma correção técnica no ouro (XAU/USD), diante da leitura mais hawkish do cenário monetário. O mercado de Treasuries precifica agora menos cortes para 2025, com os rendimentos de 2 e 10 anos reagindo com leve alta após os dados. Impactos no mercado financeiro 💵 Dólar (USD) Reação positiva e generalizada. Fortalecimento frente a moedas G10 e emergentes. DXY testando resistência em 99,20. 🟡 Ouro (XAU/USD) Pressionado por expectativa de juros altos por mais tempo. Queda para zona de suporte em US$ 3.342, com alvos técnicos em US$ 3.308. Mercado monitora risco geopolítico para segurar perdas. 📈 Renda variável Abre em leve queda, com setores sensíveis a juros (tech e growth) realizando lucros. Perspectiva de rotação para setores defensivos e dólar forte. 📉 Tesouros Rendimentos em alta leve, com reprecificação de cortes futuros. Probabilidade de corte em setembro reduzida. O que esperar a seguir? O foco agora se volta para os próximos discursos de membros do Fed e os dados de inflação, especialmente o CPI de maio, que será divulgado na próxima semana. O mercado buscará entender se a combinação de emprego sólido e salários em alta pode prolongar o ciclo de aperto monetário passivo (juros altos por mais tempo). Além disso, as tensões comerciais com a China e as medidas tarifárias de Trump também devem influenciar a direção do dólar e do ouro nos próximos pregões. Conclusão – Visão ExpertFX School O Payroll de maio mostrou um mercado de trabalho mais forte do que o esperado, com salários em aceleração e desemprego estável. Esse quadro é positivo para o dólar e negativo para ativos sensíveis a juros, como o ouro e ações de crescimento. Para o trader, o momento exige atenção redobrada com volatilidade de curto prazo e ajustes nas expectativas de juros, que continuarão a ser o principal motor de precificação no mercado de câmbio e metais preciosos. 📊 Matéria produzida por: Igor Pereira Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE Fundador da ExpertFX School – Desde 2017
  24. Investidores buscam segurança: Fundos do mercado monetário dos EUA registram maiores entradas desde dezembro em meio a tensões comerciais e payroll Por Igor Pereira — Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE Na semana encerrada em 4 de junho de 2025, os fundos do mercado monetário dos EUA registraram uma impressionante entrada líquida de US$ 66,24 bilhões, segundo dados da LSEG Lipper — a maior captação semanal desde 4 de dezembro de 2024. Este movimento reforça o cenário de aversão ao risco global diante da crescente tensão comercial entre Estados Unidos e China, somada à expectativa sobre os dados de emprego dos EUA (payroll), que serão divulgados nesta sexta-feira. Motivações do fluxo: Medo de tarifas e payroll crítico A decisão do presidente Donald Trump de elevar tarifas sobre o aço importado, além da possibilidade de novas medidas protecionistas contra a China, reacendeu temores de uma guerra comercial mais ampla. Ao mesmo tempo, a incerteza sobre o relatório de emprego não-agrícola (Non-Farm Payroll) levou investidores institucionais a se posicionarem em ativos líquidos e de baixo risco. Essa combinação de risco geopolítico + sensibilidade macroeconômica estimulou a migração para fundos do mercado monetário como forma de proteção e liquidez rápida. Desempenho por classe de ativos – Semana encerrada em 4 de junho 🏦 Fundos de mercado monetário (Money Market Funds) Entradas líquidas: US$ 66,24 bilhões Maior volume semanal desde dezembro de 2024 📉 Fundos de ações (Equities) Saídas líquidas: US$ 7,42 bilhões Small caps: -US$ 2,99 bilhões (pior semana desde 30/04) Multi-cap: -US$ 2,13 bilhões Mid-cap: -US$ 1,05 bilhão Large-cap: -US$ 962 milhões 🔍 Fundos setoriais Tecnologia (Tech): +US$ 1,15 bilhão Consumo essencial: +US$ 309 milhões Financeiro: -US$ 1,16 bilhão 💵 Fundos de renda fixa (Bond Funds) Entradas líquidas totais: US$ 4,8 bilhões (menor valor em 4 semanas) Destaques positivos: Curto e médio prazo grau de investimento: +US$ 3,98 bilhões (maior desde nov/2024) TIPS (protegidos contra inflação): +US$ 634 milhões Títulos domésticos tributáveis: +US$ 505 milhões Leitura técnica e implicações para o mercado O forte desvio de capital para o mercado monetário demonstra claramente que grandes players estão preservando caixa e aguardando clareza em relação ao ambiente macroeconômico. Esse comportamento é típico em momentos de transição, onde há mais perguntas do que respostas — especialmente diante de riscos tarifários e sinais mistos da economia americana. A busca por fundos de curto prazo e títulos protegidos contra inflação evidencia que os investidores temem volatilidade prolongada, possíveis choques inflacionários ou até mesmo uma recessão técnica caso o payroll decepcione ou a guerra comercial se intensifique. Impacto no ouro (XAU/USD) e ativos correlacionados A movimentação do capital em direção à segurança reforça o cenário de suporte ao ouro, que segue como proteção contra: Volatilidade dos mercados acionários Inflação persistente nos EUA Desconfiança sobre a estabilidade da política fiscal americana Com isso, o XAU/USD tende a encontrar suporte acima da faixa dos US$ 3.308, podendo mirar resistências na casa dos US$ 3.380 e US$ 3.400, caso os dados de emprego venham abaixo das expectativas. A confirmação de uma deterioração do mercado de trabalho ampliaria a demanda por ouro, impulsionada por hedge funds e bancos centrais — com destaque para a China, que segue comprando agressivamente. O que acompanhar nos próximos dias Payroll – Sexta-feira (06/06): dado central para definir o posicionamento de curto prazo do dólar, dos Treasuries e do ouro. Agenda tarifária da Casa Branca: qualquer escalada nas tarifas contra China, União Europeia ou México pode acentuar a fuga de risco. Fluxo institucional para fundos de proteção (money market e TIPS): permanece como sinal-chave para a confiança do investidor global. Conclusão – Visão ExpertFX School A atual reprecificação dos riscos comerciais e macroeconômicos vem alimentando um cenário de desalavancagem estratégica e rotação defensiva, com grande impacto sobre o comportamento dos fundos globais. O investidor deve observar atentamente o comportamento dos fluxos institucionais como termômetro antecipado de crises ou rotações de ciclo. Neste contexto, o ouro reafirma seu papel como proteção de portfólio em 2025, especialmente quando combinado com incertezas fiscais, tarifárias e eleitorais nos EUA. 📊 Matéria produzida por: Igor Pereira Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE Fundador da ExpertFX School – Desde 2017
  25. 📅 Expectativa Payroll: Sexta-feira, 06 de junho de 2025 – 09h30 (Brasília) 📉 Expectativa: 126 mil empregos criados | Taxa de desemprego: 4,2% | Crescimento salarial: +0,3% M/M, 3,7% Y/Y 🗣 Whisper number: 110 mil (com rumores apontando para apenas 80 mil) 🧠 Resumo Executivo O mercado aguarda com cautela a divulgação do Payroll de maio nos EUA, em meio à crescente percepção de desaceleração do mercado de trabalho. Após o ADP e outros dados antecedentes apontarem para fraqueza, investidores temem que uma leitura abaixo de 100 mil empregos possa reacender temores de recessão, pressionar o dólar e derrubar bolsas. 📌 Cenário Atual: ADP fraco: Apenas 37 mil vagas criadas (vs. 110k esperados), menor nível desde março de 2023. Reivindicações de seguro-desemprego subiram levemente, sinalizando aumento de demissões. ISM Manufatura ainda em contração no emprego (46,8), enquanto ISM Serviços voltou à expansão (50,7). JOLTS (abril): Abertura de vagas surpreendeu positivamente, mas quedas nos pedidos de demissão e aumento nos layoffs indicam enfraquecimento estrutural. 📊 Expectativas do Mercado Criação de empregos (NFP): 126 mil (vs. 177 mil em abril) 3 meses: 155k | 6 meses: 193k | 12 meses: 157k Intervalo de projeções: 75k a 190k Taxa de desemprego: 4,2% (sem variação esperada) Salários: +0,3% M/M | +3,7% Y/Y (ligeira desaceleração) 🔍 Fatores em Destaque ➕ Argumentos para um relatório forte: Indicadores alternativos (“big data”) sugerem crescimento robusto, com média de 121k (excluindo ADP). Demissões ainda em níveis historicamente baixos (229k). Queda nos layoffs anunciados: -12k em maio. ➖ Argumentos para um relatório fraco: Fracasso do ADP sugere colapso no setor privado. Corte de empregos federais pode impactar o setor público, com fim de períodos de aviso prévio. Incerteza política e regulatória pesa sobre novas contratações. Sinais mistos de encurtamento de contratações e foco em eficiência. 📈 Reação Esperada do Mercado Matriz de Impacto segundo o Goldman Sachs: Payroll Reação esperada do mercado >180k S&P 500 sobe +1% 120k–180k Reação neutra/modesta alta <100k S&P 500 pode cair -1,5% <80k + desemprego ↑ Aversão total a risco (recessão no radar) Bolsas: Sensíveis a surpresa negativa. Uma forte queda nas contratações pode encerrar a tendência de alta. Ouro (XAU/USD): Forte candidato a alta com payroll abaixo de 100k e inflação persistente. Dólar (DXY): Pode sofrer pressão se o relatório decepcionar fortemente, com investidores antecipando cortes do Fed. Treasuries: Rally nos yields longos em caso de payroll fraco, com precificação de afrouxamento monetário. 📉 Riscos Técnicos e Políticos Fed segue atento ao equilíbrio entre inflação acima da meta e enfraquecimento do emprego. Dois cortes já precificados para 2025, mas uma leitura ruim poderia intensificar apostas em três cortes. A tensão institucional com cortes no setor público e a lentidão em novas contratações refletem incertezas maiores, inclusive sobre o orçamento federal. 🧠 Conclusão e Posição Técnica Se o relatório vier abaixo de 100 mil, especialmente com elevação na taxa de desemprego, podemos ver: Encerramento da atual bull run nos índices de ações. Aumento imediato na demanda por ativos defensivos (ouro, iene, franco suíço). Deterioração das expectativas econômicas e aceleração nas apostas de cortes do Fed já em julho. Se vier acima de 150k, a reação será limitada, reforçando a narrativa de “soft landing”, mas sem impulso adicional, a menos que os salários surpreendam para cima. 📌 Recomendações de curto prazo (Trading View): XAU/USD: Suporte técnico em $3.310 e resistência em $3.365. Quebra acima após payroll fraco pode abrir caminho para $3.400. S&P 500: Alvo técnico de curto prazo em 5.980. Ruído abaixo de 100k no payroll pode gerar correção para 5.750. DXY: Perda do nível de 98,50 após payroll fraco deve abrir espaço para queda até 97,70. 📢 Comentário do Analista – Igor Pereira “Com a desaceleração gradual do emprego, o Payroll de maio se torna o divisor de águas para o segundo semestre. Um número fraco, abaixo de 100 mil, não será mais ignorado pelo mercado – ele reativa os temores de recessão e acelera a reprecificação de cortes no Fed. O ouro pode emergir como o maior beneficiado neste cenário, enquanto o dólar e os índices acionários perdem tração.”
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