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📊 Comex Junho: Forte Recuo na Demanda por Ouro Físico e Nova Fase no Fluxo Institucional O contrato de junho de ouro na Comex apresentou um dado crítico: apenas 20.105 contratos (preliminar) ficaram para entrega no primeiro aviso, uma queda substancial em relação aos dois contratos ativos anteriores, sinalizando que a intensa corrida por ouro físico iniciada em 2025 pode estar encerrando — ou entrando em pausa. 🔍 Destaques da Entrega: Apenas 15.273 contratos foram notificados para entrega no primeiro dia, ou seja, 76% dos que permaneceram em aberto. Os bancos não-bullion, tradicionalmente mais propensos a manter posições físicas, foram vendedores líquidos neste contrato — o oposto do padrão recente em que acumularam 3,2 milhões de onças nos últimos três contratos. O JP Morgan, principal player institucional da Comex, seguiu comprador líquido, mas com volume bem menor: 280 mil onças, frente aos volumes muito maiores em fevereiro e abril. 📉 Indicadores de Demanda Física: A queda de participação dos não-bullion banks sugere redução no apetite de players institucionais por metal físico no curto prazo. A Deutsche Bank aparece como segundo maior comprador, mas seu histórico sugere operações de curto prazo, não demanda estrutural. A redução na “amplitude de mercado” (breadth) entre compradores e vendedores reflete uma menor dispersão e menor agressividade institucional. 🥈 Prata: HSBC Reduz Vendas em Contrato Inativo de Junho Junho é mês inativo para prata, com 1.980 contratos em aberto para entrega, abaixo da média de 2.383 em 2025. O destaque foi a queda expressiva na atividade vendedora da conta “cliente” do HSBC: apenas 94 avisos de entrega (470 mil onças), a menor atuação desde o início de seu movimento agressivo de venda iniciado em dezembro de 2023. O Wells Fargo foi o principal comprador (4,9M oz), enquanto JP Morgan vendeu 6,9M oz. 📌 Destaque: A Teoria da Defasagem Diferencial (Differential Lag Theory) Há indícios de que o HSBC pode estar deliberadamente pressionando os preços na Comex ao despejar prata física, enquanto acumula silenciosamente metais preciosos fora das praças que influenciam os preços — possivelmente via o novo cofre operado pela Asahi. 🔮 O Que Esperar: A forte retração nas entregas e nas compras institucionais pode indicar: Uma pausa estratégica na acumulação física, possivelmente à espera de quedas nos preços ou realinhamento regulatório (ex. tarifas ou política monetária). Possível interrupção no mecanismo de repressão de preços, caso o HSBC tenha realmente encerrado sua ofensiva vendedora. 📈 Impacto no Mercado: Diminuição da pressão compradora institucional no curto prazo pode limitar altas abruptas do ouro e prata, mas não reverte a tendência de longo prazo, especialmente se o Fed iniciar cortes ou se novas tarifas aumentarem o risco inflacionário. O eventual fim da campanha de vendas do HSBC pode liberar os preços da prata, com potencial de reprecificação rápida se houver novo fluxo comprador global. 🧠 Opinião do Analista Igor Pereira – ExpertFX School *“A retração das entregas físicas nos contratos ativos de ouro na Comex, observada neste ciclo de junho, representa um marco importante no comportamento institucional em 2025. A redução drástica nas posições assumidas por bancos não-bullion, somada à atuação mais comedida de players como JP Morgan, sinaliza uma reavaliação tática por parte dos grandes compradores — não necessariamente um abandono da tese de acumulação física, mas sim uma pausa estratégica diante de incertezas monetárias e geopolíticas. No caso da prata, o recuo súbito do HSBC — após meses de atuação agressiva como vendedor líquido — reforça minha teoria da 'Defasagem Diferencial': a possibilidade de que certos agentes estivessem deliberadamente pressionando preços na Comex enquanto acumulavam fora das praças de precificação. A desaceleração dessa dinâmica pode estar indicando que o ciclo de repressão de preço está se esgotando ou sendo substituído por uma nova estratégia de reposicionamento físico. Esses dados, somados à aceleração do GDPNow de Atlanta (3,8%) e à resistência do núcleo do PCE em ceder abaixo de 2,5%, colocam o Federal Reserve em um impasse entre dados que exigem contenção monetária e pressões políticas que pedem afrouxamento. A pausa nas compras físicas pode ser o reflexo direto dessa incerteza. Contudo, caso o Fed volte a cortar juros ou a inflação reacelere com o impacto das tarifas de Trump, o apetite institucional por metais pode retornar com força, e de forma mais concentrada. Em outras palavras: o silêncio atual pode ser apenas a calmaria antes da tempestade nos preços do ouro e da prata.”* — Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro – Membro WallStreet NYSE
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🟢 Projeção do PIB dos EUA dispara: Atlanta Fed eleva estimativa do 2º trimestre para 3,8% Forte revisão reflete resiliência da atividade econômica mesmo com juros elevados 📌 Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE O modelo GDPNow do Federal Reserve de Atlanta surpreendeu o mercado ao elevar significativamente sua projeção de crescimento para o PIB dos EUA no 2º trimestre de 2025, de 2,2% para 3,8%, conforme atualização de 27 de maio. Essa revisão expressiva reforça a tese de que a economia americana segue muito mais resiliente do que se esperava, mesmo após um ciclo prolongado de juros elevados por parte do Federal Reserve. 📊 Detalhes do modelo GDPNow – 27 de maio Projeção anterior (23/05): 2,2% Nova projeção (27/05): 3,8% Componentes com maior revisão: Consumo pessoal (PCE) real Gastos governamentais Investimento privado fixo não residencial Segundo o Fed de Atlanta, os últimos dados econômicos — incluindo pedidos de bens duráveis, balança comercial preliminar e estoques no varejo — contribuíram para a elevação da expectativa de crescimento, com destaque para o consumo e os investimentos. 🧭 Implicações para o mercado financeiro Ativo/Indicador Impacto Esperado Dólar (USD) Suporte técnico adicional, com perspectiva pró-crescimento Ouro (XAU/USD) Pressão de curto prazo via Treasuries e DXY Treasuries (10Y) Risco de elevação nos yields por expectativas de “higher for longer” S&P 500 / Nasdaq Misto: crescimento positivo vs. Fed mais paciente 🔍 Análise do cenário atual O crescimento revisado para 3,8% contrasta com os dados mais fracos do 1º trimestre, quando o PIB real encolheu -0,2% (QoQ), surpreendendo negativamente o mercado. A nova leitura do modelo GDPNow sugere que a desaceleração foi apenas temporária e que os fundamentos econômicos continuam sólidos, especialmente no setor de consumo e serviços. No entanto, esse crescimento robusto coloca o Fed em posição delicada: com o núcleo da inflação (PCE) ainda distante da meta de 2%, a resiliência econômica reduz o espaço para cortes de juros em 2025, aumentando o risco de uma política mais prolongadamente contracionista. 💬 Opinião do analista – Igor Pereira 🧠 O que esperar? Próximos dados de Payroll e ISM serão decisivos para validar ou não essa projeção. Se confirmado, o crescimento forte adiará qualquer corte de juros para o fim de 2025 ou até 2026. Investidores devem monitorar o núcleo do PCE e a reação dos mercados de crédito para traçar o real impacto. 📌 Acompanhe a ExpertFX School para análises técnicas, dados atualizados do Fed, impacto nos metais preciosos e insights para o trader institucional.
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🟩 Inflação PCE núcleo desacelera em abril, mas tarifas de Trump devem pressionar preços a partir de maio Núcleo do PCE registra menor taxa anual desde 2021, porém riscos inflacionários ressurgem com tarifas comerciais 📌 Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE O índice de preços de gastos com consumo (PCE), principal métrica de inflação monitorada pelo Federal Reserve, apresentou em abril mais uma leitura moderada, reforçando sinais de desaceleração da inflação subjacente nos Estados Unidos. O núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia, subiu apenas 0,12% no mês, após alta de 0,27% em março. Em termos anuais, o núcleo caiu para 2,5%, o nível mais baixo desde fevereiro de 2021, marcando dois meses consecutivos de arrefecimento nos preços. Já o índice cheio (headline), subiu 0,10%, reduzindo a taxa anual para 2,1%, próxima do menor patamar registrado desde a reabertura econômica pós-COVID, em setembro do ano passado. 📊 Dados em foco Indicador Resultado (Abril) Anterior (Março) Anual (YoY) PCE Cheio +0,10% +0,30% 2,1% Núcleo do PCE +0,12% +0,27% 2,5% Meta do Fed (Core PCE) – – 2,0% (meta oficial) 📌 Contexto macro: dois alertas para os próximos meses Apesar de a leitura de abril ser tecnicamente positiva, analistas estão cautelosos com o que vem adiante. Duas observações importantes colocam a tendência de desinflação em xeque: Tarifas do "Dia da Libertação": As tarifas adicionais implementadas pela administração Trump em maio, especialmente sobre bens chineses e tecnologia, devem começar a impactar os preços de bens duráveis a partir de maio e com maior intensidade em junho. Economistas já revisam projeções de reaceleração nos bens transacionáveis, pressionando o núcleo. Efeito base se tornando menos favorável: A inflação havia desacelerado fortemente até a metade de 2024. Isso implica que, a partir de agora, as comparações anuais passam a ser feitas contra bases mais baixas, o que tende a dificultar a manutenção da queda no núcleo ano contra ano. 💬 Opinião do analista – Igor Pereira 🧭 Impacto nos mercados financeiros Ativo Reação Esperada Dólar (USD) Misto. Alívio técnico, mas atenção ao forward guidance do Fed Ouro (XAU/USD) Suporte por perspectiva de política monetária estável e inflação futura Treasuries (10Y/2Y) Volatilidade. Alívio no curto prazo, mas alta implícita nos breakevens S&P 500 / Nasdaq Otimismo imediato, mas sensíveis a revisões nas expectativas do Fed 🔎 O que esperar a seguir? Próximos dados de maio e junho serão decisivos para definir a trajetória do núcleo do PCE; Tarifas comerciais devem começar a impactar os preços de bens; O Fed pode adiar qualquer discussão sobre cortes de juros, aguardando clareza sobre o impacto das tarifas; A comunicação de Powell nas próximas semanas será crucial para ancorar expectativas do mercado. 📌 Continue acompanhando a ExpertFX School para análises técnicas e fundamentais em tempo real, com foco em ouro, dólar, e política monetária global.
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🟥 Powell resiste a pressões de Trump por cortes de juros e reforça independência do Fed Reunião entre o presidente dos EUA e o presidente do Fed ocorre em meio a tensões sobre juros e política comercial inflacionária 📌 Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu nesta quinta-feira (29) com o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em meio à crescente pressão da Casa Branca por cortes nas taxas de juros. A reunião, realizada na Casa Branca, ocorre num momento delicado da política monetária e fiscal norte-americana — com o presidente implementando políticas tarifárias agressivas, enquanto o banco central tenta manter sua missão legal de controle da inflação e pleno emprego. Segundo comunicado oficial do Fed, o encontro foi realizado a convite do próprio presidente Trump, mas nenhuma decisão ou projeção de política monetária foi discutida. Powell teria reiterado que o rumo dos juros dependerá exclusivamente dos dados econômicos futuros e suas implicações para o cenário macroeconômico. O comunicado reforçou que Powell e seus colegas no Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) continuam comprometidos em definir a política monetária com base em análise cuidadosa, objetiva e isenta de influência política — em clara resposta às reiteradas tentativas do presidente de pressionar o banco central via redes sociais. 📉 Tensão institucional em ano eleitoral A reunião ocorre enquanto Trump volta a exigir cortes de juros publicamente, inclusive em sua própria rede social Truth Social. Desde que assumiu seu segundo mandato não consecutivo em janeiro de 2025, Trump tem pressionado abertamente o Fed por uma política monetária mais acomodatícia, com o argumento de estimular o crescimento. Contudo, desde o último corte em dezembro de 2024, o FOMC não promoveu mais nenhuma flexibilização, mesmo diante de dados econômicos mistos, como: PIB revisado de -0,3% para -0,2% no 1º tri de 2025; Pedidos de auxílio-desemprego em alta para 240 mil; Sinais de desaceleração no consumo e investimento privado; Condições financeiras mais apertadas (medidas por índices como GS FC Index). Apesar disso, Powell indicou que a atual política monetária seguirá estável até que evidências mais robustas justifiquem ajustes, frustrando expectativas de um corte antecipado — especialmente às vésperas das eleições legislativas de novembro. 🧭 Análise institucional e impacto de mercado Ativo Impacto da Reunião Dólar (USD) Leve estabilidade com ausência de corte XAU/USD (Ouro) Ganha suporte com manutenção da incerteza S&P 500 / Nasdaq Reação mista; mercado esperava sinal mais dovish Treasuries 2Y/10Y Alta nos yields de curto prazo A mensagem do Fed de neutralidade técnica reforça a independência da instituição, mas pode aumentar a tensão política com a Casa Branca, especialmente se indicadores continuarem enfraquecendo e o Fed mantiver sua postura de pausa. 🔍 Opinião do analista – Igor Pereira 📌 Conclusão: o que esperar? Alta tensão entre a política fiscal inflacionária de Trump e a neutralidade monetária de Powell; Proximidade da reunião de junho do FOMC aumenta peso dos próximos dados: PCE, payroll e CPI; Cresce a importância dos próximos pronunciamentos de Powell para orientar expectativas; Mercados estarão sensíveis a sinais de interferência política no Fed, o que poderia ampliar risco institucional. 📌 Para análises mais detalhadas, estratégias de trading e insights macroeconômicos em tempo real, continue acompanhando a ExpertFX School.
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📈 Interesse Aberto em Futuros de Bitcoin atinge recorde histórico de US$ 46,2 bilhões Dados da Glassnode mostram crescente alavancagem no mercado cripto 📌 Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE A Glassnode informou nesta quinta-feira que o interesse aberto (Open Interest) em contratos futuros de Bitcoin atingiu um novo recorde histórico de US$ 46,2 bilhões somando todas as principais corretoras globais. Esse número representa uma forte concentração de posições alavancadas e sinaliza uma dinâmica de risco e potencial volatilidade crescente nos mercados de criptoativos. 💡 O que é Open Interest? O Open Interest (OI) representa o número total de contratos futuros que ainda estão abertos — ou seja, que ainda não foram liquidados ou exercidos. Um aumento no OI sem redução no volume costuma indicar: Entrada de novos investidores ou posições; Aumento da alavancagem no mercado; Potencial para movimentos bruscos em caso de liquidações forçadas. 📊 O que esperar para o Bitcoin? O nível recorde de OI evidencia um ambiente onde o sentimento de alta predomina, mas também aumenta significativamente o risco de correções abruptas. Esse tipo de desequilíbrio técnico pode gerar movimentos de curto prazo alimentados por liquidações automáticas (short/long squeeze). 📌 Impactos para o mercado financeiro Ativo Impacto potencial BTC/USD Alta sustentada, mas com forte risco técnico Altcoins Acompanhamento com beta mais elevado Mercado Tradicional Aumento da correlação com ativos de risco Esse cenário de alta alavancagem tende a elevar a correlação com ativos de risco tradicionais, como ações de tecnologia (Nasdaq) e ETFs de inovação. Em momentos de stress global, isso pode gerar ondas de liquidação cruzada. 🧠 Opinião do analista – Igor Pereira 🔎 Conclusão O Bitcoin vive um momento de euforia técnica com bases de alavancagem elevadas. Para o investidor profissional, o foco deve estar em: Monitoramento de níveis de suporte chave; Observação do funding rate e liquidez de derivativos; Gestão de risco diante da possibilidade de movimentos extremos. 📌 Continue acompanhando as análises institucionais da ExpertFX School para mais insights sobre criptomoedas, dólar e ouro.
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🇺🇸 PIB e Pedidos de Seguro-Desemprego dos EUA mostram sinais mistos: o que esperar do dólar? Crescimento levemente melhor, mas mercado de trabalho decepciona 📌 Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE Nesta quinta-feira, 29 de maio, foram divulgados dois indicadores econômicos importantes nos Estados Unidos que reforçam a narrativa de incerteza macroeconômica e podem influenciar diretamente a trajetória do dólar, juros e ativos de risco nas próximas semanas. 📊 Resultado 1: Produto Interno Bruto (PIB) – 1º Trimestre (QoQ) Resultado atual: -0,2% Previsão: -0,3% Anterior: -0,3% Impacto no USD: Levemente positivo Embora o dado continue negativo, o recuo foi menor que o previsto, o que sugere um ritmo de desaceleração menos severo que o inicialmente estimado. 📉 Resultado 2: Pedidos Iniciais de Seguro-Desemprego (Initial Jobless Claims) Resultado atual: 240 mil Previsão: 229 mil Anterior: 227 mil Impacto no USD: Negativo O número de pedidos subiu consideravelmente, acima das expectativas do mercado, reforçando a percepção de fragilidade no mercado de trabalho, algo que pode impactar o consumo e, por consequência, o PIB nos trimestres seguintes. 🧮 Impactos nos mercados financeiros Ativo Reação Esperada Dólar (DXY) Volatilidade, com leve viés altista pelo PIB Ouro (XAU/USD) Sustentação da alta com dados mistos S&P 500 Alívio temporário, mas atenção à política do Fed Treasuries Queda nos yields curtos, estabilidade nos longos A combinação de crescimento levemente melhor e mercado de trabalho mais fraco reforça o cenário de espera por parte do Fed, como já indicado nas minutas da última reunião. Isso adia qualquer expectativa de corte de juros antes de setembro. 🔎 Conclusão e próximos passos O mercado deve continuar reagindo de forma cautelosa. Apesar do PIB levemente melhor, o mercado de trabalho fragilizado limita qualquer euforia. O Fed continua preso a trade-offs complexos entre inflação e desemprego, o que mantém o ambiente de volatilidade estrutural para os ativos americanos. 💬 Opinião do analista – Igor Pereira 📌 Continue acompanhando a cobertura diária dos indicadores econômicos e decisões do Fed na ExpertFX School – com análise institucional de Igor Pereira
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Decisão judicial contra tarifas de Trump é revés temporário, diz Goldman Sachs
um tópico no fórum postou Igor Pereira Sentimento de Mercado
🇺🇸 Decisão judicial contra tarifas de Trump é revés temporário, diz Goldman Sachs Medida barra 6,7 pontos percentuais, mas Casa Branca pode retaliar com novas tarifas 📌 Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE Uma decisão do Tribunal de Comércio Internacional dos EUA suspendeu parte significativa das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump no chamado “Dia da Liberação”, barrando 6,7 pontos percentuais das medidas anunciadas em 2025. Contudo, segundo o Goldman Sachs, a medida representa apenas um revés temporário, com várias alternativas jurídicas ainda disponíveis à Casa Branca. 📌 Goldman Sachs: impacto limitado e compensável Segundo nota do economista-chefe político dos EUA no banco, Alec Phillips, o bloqueio atual não altera substancialmente o desfecho esperado da política comercial de Trump para seus principais parceiros comerciais. Entre os mecanismos alternativos avaliados pelo banco, destacam-se: Seção 232: permite tarifas por motivos de segurança nacional (aço, alumínio e veículos). Se plenamente ativada, pode representar +7,6 pontos percentuais de tarifa média. Seção 122: autoriza a imposição de tarifas de até 15% por 150 dias, sem aprovação do Congresso. Seção 301: utilizada para retaliações contra práticas comerciais injustas. Requer mais tempo, mas é abrangente. 📉 Impactos no mercado financeiro A decisão judicial trouxe alívio temporário aos mercados, com futuros do S&P 500 disparando após a divulgação da sentença, devido à expectativa de menor pressão inflacionária e menor risco de recessão no curto prazo. 🔍 Impactos esperados: Ativo Expectativa de curto prazo Expectativa de médio prazo S&P 500 Alívio momentâneo, possível rally Volatilidade com novas tarifas Dólar (DXY) Leve enfraquecimento pós-decisão Retomada da força com novas tarifas Ouro (XAU/USD) Alta com incerteza política e fiscal Tendência de valorização contínua Treasuries Queda nos yields com alívio de inflação Alta futura com nova pressão tarifária 🧭 O que esperar a seguir? Apesar da vitória judicial temporária de empresas importadoras e grupos contrários às tarifas, a Administração Trump possui margem legal significativa para retomar e até intensificar sua política protecionista. Isso aumenta a incerteza fiscal e inflacionária para os próximos trimestres. As medidas possíveis da Seção 232, por exemplo, são de execução rápida e de forte impacto sobre commodities industriais, o que pode gerar novos choques de preços e prejudicar cadeias produtivas globais. Já a aplicação da Seção 122 pode ser feita de forma imediata e sem necessidade de aprovação legislativa, servindo como instrumento de pressão diplomática. 💬 Opinião do analista – Igor Pereira 🔎 Conclusão O bloqueio judicial das tarifas de Trump representa um respiro temporário, mas não uma reversão de tendência. O governo dos EUA segue determinado em sua agenda comercial agressiva, e os mercados devem se preparar para ciclos alternados de alívio e choque, com forte impacto nos preços de ativos globais, no dólar, e na inflação americana. 📌 Acompanhe a cobertura completa sobre política fiscal, tarifas, inflação e ouro em ExpertFX School – com análise institucional de Igor Pereira -
Fed mantém tom cauteloso: incertezas fiscais e tarifas travam cortes de juros
um tópico no fórum postou Igor Pereira Análises Fundamental
🏦 Fed mantém tom cauteloso: incertezas fiscais e tarifas travam cortes de juros 📌 Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE O Federal Reserve (Fed) divulgou nesta quarta-feira (28) a ata da reunião de política monetária dos dias 6 e 7 de maio, revelando um cenário de crescentes incertezas econômicas, com destaque para os efeitos das tarifas comerciais impostas pelo governo Trump. A autoridade monetária manteve o tom cauteloso, optando por aguardar mais clareza antes de alterar os juros. 📌 Principais destaques da ata O cenário de inflação persistente se agravou, segundo “quase todos” os membros do Comitê. Há riscos crescentes de desemprego e enfraquecimento do crescimento econômico. As políticas tarifárias foram destacadas como fator de pressão inflacionária e de desaceleração da atividade. O Fed renovou os swaps de liquidez com outras moedas, antecipando volatilidade no câmbio. A projeção do staff para 2025 e 2026 foi revisada para baixo em relação à reunião de março. 🎯 Expectativas e implicações para os mercados 🏛 Política monetária: O Fed reconhece que pode enfrentar “dilemas difíceis” caso a inflação se mantenha elevada ao mesmo tempo que o mercado de trabalho e o crescimento enfraquecem. Isso trava novos cortes de juros no curto prazo. 📈 Mercados: Dólar (DXY) tende a se manter resiliente diante da manutenção dos juros e da aversão ao risco. Mercado de Treasuries aponta para compressão da curva intermediária, com possível steepening se houver choque de inflação. Ações podem perder tração diante do adiamento de cortes e da incerteza regulatória. Ouro (XAU/USD) ganha tração como ativo defensivo, dado o ambiente de política fiscal e monetária descoordenadas. 📊 Projeções de juros: Os futuros de Fed Funds praticamente eliminaram a possibilidade de corte em junho, com o mercado agora precificando alta probabilidade de manutenção até setembro, ou até mais. 📌 O que esperar daqui para frente? Com o Fed admitindo “incertezas elevadas” e “descorrelações incomuns entre ativos”, o cenário aponta para: Alta volatilidade nos mercados de câmbio e metais preciosos Correção de expectativas no mercado de renda variável Maior atratividade para posições defensivas e estratégias de hedge 💬 Análise do especialista – Igor Pereira 🧭 Conclusão A ata do FOMC de maio confirma que o Federal Reserve está em modo de espera estratégica, diante de um cenário que combina inflação persistente, desaceleração econômica e riscos geopolíticos crescentes. Para o trader e o investidor institucional, o foco agora deve ser a gestão de risco, proteção de portfólio e leitura tática de política fiscal, que hoje exerce mais influência sobre os mercados do que o próprio Fed. 📌 Análise técnica e institucional por Igor Pereira – ExpertFX School -
🇺🇸 Justiça bloqueia tarifas de Trump: alívio temporário ou prenúncio de nova crise? 📌 Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE Nesta quarta-feira (28), no final do dia, o mercado financeiro global foi surpreendido com a decisão da Corte de Comércio Internacional dos EUA (CIT) de bloquear temporariamente a imposição das tarifas de 50% sobre produtos da União Europeia, anunciadas pelo presidente Donald Trump no início de maio. A informação foi divulgada inicialmente pela agência Axios e rapidamente impulsionou os contratos futuros do S&P 500, que dispararam com a expectativa de alívio no curto prazo para empresas exportadoras e setores sensíveis ao comércio exterior. 📌 Principais pontos da decisão A Corte considerou que a tarifa de 50% sobre os bens da UE não passou pelo devido processo legal. O bloqueio é provisório, mas impede a entrada em vigor das tarifas previstas para 1º de junho. O governo Trump informou que recorrerá e prepara novas justificativas jurídicas para tentar manter a medida. 💥 Impactos imediatos no mercado S&P 500 Futuros: Alta de mais de 1,4% após o anúncio. Setor industrial e exportador dos EUA: Alívio nas ações de empresas com exposição à Europa. Mercado cambial: Pressão de baixa sobre o dólar frente ao euro (EUR/USD com viés altista). Ouro (XAU/USD): Realizou lucros após alta recente, com redução temporária do risco geopolítico. 🔍 O que esperar nas próximas semanas? Apesar da euforia inicial, a medida não resolve o impasse comercial. O processo agora deve se arrastar por pelo menos mais seis meses nos tribunais, criando um ambiente de incerteza jurídica e regulatória que tende a: Aumentar a volatilidade nos mercados de ações e câmbio Gerar impactos inflacionários localizados, devido à insegurança nas cadeias produtivas Elevar o risco de demissões e retração do crédito ao consumidor, com impacto negativo no consumo interno 🎯 Análise do especialista – Igor Pereira 🧭 Conclusão A suspensão judicial das tarifas é uma vitória técnica de curto prazo para os mercados, mas não encerra o conflito comercial entre os EUA e a UE. Pelo contrário: inaugura uma nova fase, agora nos tribunais, com potencial para elevar riscos macroeconômicos e institucionais. A estratégia do trader deve ser orientada à proteção e gestão de risco, com foco em ativos menos sensíveis a decisões políticas imprevisíveis. 📌 Análise profissional exclusiva – Igor Pereira, ExpertFX School
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🇺🇸 Bitcoin 2025: EUA se posicionam como superpotência cripto, diz elite financeira em Las Vegas 📌 Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro – Membro WallStreet NYSE Durante a conferência Bitcoin 2025, realizada nesta semana em Las Vegas, diversos nomes influentes do setor financeiro e tecnológico afirmaram que os Estados Unidos estão trilhando um caminho decidido para se tornarem uma superpotência cripto global. O evento, marcado por discursos entusiásticos sobre o futuro dos ativos digitais, consolidou a narrativa de que o Bitcoin (BTC) e a infraestrutura blockchain não são mais marginais, mas sim pilares da nova arquitetura monetária mundial. Principais declarações e destaques do evento “O BTC é dinheiro. Todo o resto é crédito.” – Michael Saylor, fundador da MicroStrategy. Donald Trump Jr., representando a administração Trump na conferência, declarou que o rali do Bitcoin ainda está em fase inicial, e que o crescimento estrutural de longo prazo permanece sólido, embora correções pontuais façam parte do ciclo. Diversos palestrantes afirmaram que: Os EUA abraçam cada vez mais a criptoeconomia. O Bitcoin representa o futuro das finanças descentralizadas. A adoção institucional está apenas começando. O BTC pode atingir níveis nunca antes vistos, tornando os primeiros investidores “imensamente ricos”. Contexto macro e posicionamento dos EUA Sob a atual administração, os EUA vêm retirando barreiras regulatórias à inovação cripto, ao mesmo tempo em que promovem uma narrativa de soberania monetária digital. O discurso oficial tem se afastado da ideia de “banir” o setor, adotando uma política de integração estratégica, especialmente em áreas como: Tokenização de ativos Pagamentos internacionais com stablecoins Blockchain em defesa e segurança nacional Integração com o sistema bancário tradicional Impactos no mercado financeiro global A fala de Trump Jr. reforça a confiança política por trás do movimento cripto, o que tende a sustentar o apetite institucional por Bitcoin. A valorização recente do BTC está ancorada em macrotemas estruturais, como: Desdolarização global Inflação persistente Riscos geopolíticos crescentes Busca por ativos escassos e descentralizados O que esperar para os próximos meses 📈 Bitcoin (BTC/USD): O ativo deve manter viés altista, com suporte técnico em US$ 102.900 e resistência projetada em US$ 111.769 no curto/médio prazo. Correções são esperadas, mas o fluxo estrutural permanece positivo. 🏦 ETFs e fundos institucionais: Espera-se aumento dos aportes em ETFs de BTC spot e futuros nos EUA, favorecidos pela clareza regulatória e apoio político. ⚖️ Regulação: A tendência é de marco regulatório claro, com foco em estabilidade, transparência e integração bancária, o que reduz riscos sistêmicos. 🪙 Altcoins e DeFi: Devem ser beneficiados no médio prazo, mas o foco permanece no BTC como ativo base e reserva institucional. Análise do especialista – Igor Pereira Conclusão A conferência Bitcoin 2025 marca um divisor de águas para a criptoeconomia. O respaldo político, a legitimidade institucional e o alinhamento com a nova política industrial americana transformam o Bitcoin em um ativo central do portfólio macro. O mercado está apenas começando a precificar a mudança de paradigma. 📌 Análise técnica e fundamental assinada por Igor Pereira, Analista de Mercado – Membro WallStreet NYSE
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🇺🇸 Trump adia tarifa de 50% sobre bens da União Europeia para 9 de julho - Impactos no mercado 📌 Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro – Membro WallStreet NYSE O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (28) que a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos da União Europeia será adiada de 1º de junho para 9 de julho, após uma “boa ligação” com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O gesto é interpretado como um sinal de abertura para negociação, mas mantém a pressão geopolítica e comercial sobre a Europa em um momento de desaceleração econômica global. Pontos-chave da decisão A tarifa de 50% sobre US$ 321 bilhões em bens europeus continua vigente como ameaça, mas foi adiada por 39 dias. Até lá, o regime de tarifa recíproca foi reduzido para 10%. A UE prometeu acelerar as negociações, mas alertou que “um bom acordo leva tempo”. A proposta europeia inclui tarifa zero, cooperação estratégica em compras públicas e desenvolvimento conjunto de IA. O déficit comercial dos EUA com a UE dobrou em 2025, impulsionado por um aumento expressivo das importações. A ameaça tarifária pode reduzir o PIB dos EUA em 0,6% e elevar os preços domésticos em 0,3%, segundo a Bloomberg Economics. Contexto e implicações macroeconômicas A guerra tarifária iniciada em 2025 tem como foco reindustrializar setores estratégicos dos EUA, especialmente semicondutores, tecnologia e defesa. Trump foi enfático ao afirmar: Esse novo modelo de política industrial americana visa autonomia tecnológica, mas coloca em xeque os fundamentos da globalização comercial. O que esperar no curto e médio prazo Mercados devem ganhar tempo até 9 de julho, mas seguem sob risco de escalada comercial. Euro (EUR/USD) tende a se manter sob pressão, com risco assimétrico negativo se as tarifas forem implementadas. Dólar pode se valorizar temporariamente, atraindo fluxo em meio à aversão ao risco. Ações europeias, especialmente de exportadoras, devem apresentar volatilidade elevada. Ouro (XAU/USD) pode encontrar suporte adicional como proteção contra choques políticos e inflação comercial. Impacto nos ativos globais 💱 EUR/USD: Tende à fraqueza com risco político/comercial. Suporte em 1.1265; perda desse nível abre espaço para 1.1152. 📈 Ouro (XAU/USD): Consolida acima de US$ 3.290. Perspectiva altista sustentada por juros reais baixos e risco sistêmico, mas atento a este nível. 📉 Ações europeias: Setores industriais e automotivos estão entre os mais vulneráveis a um corte de margens. 📊 Renda fixa (Treasuries): Possível aumento da demanda por segurança, com flattening da curva se risco macro se intensificar. Análise do especialista – Igor Pereira Conclusão A postergação da tarifa de 50% representa uma pausa estratégica nas tensões comerciais EUA-UE, mas não elimina o risco de ruptura. O mercado ganha tempo, mas a volatilidade permanece elevada. A leitura fundamentalista aponta para manutenção de posições defensivas, especialmente em ouro e dólar, até que haja clareza sobre os rumos das negociações em julho. 📌 Análise técnica e fundamental assinada por Igor Pereira, Analista de Mercado – Membro WallStreet NYSE
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Goldman Sachs descarta inflação tarifária prolongada: o que isso significa para os mercados 📌 Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro – Membro WallStreet NYSE Resumo O Goldman Sachs revisou sua projeção e agora não espera mais uma inflação tarifária sustentada nos Estados Unidos. Essa mudança ocorre em meio às recentes políticas comerciais do governo Trump, que introduziram tarifas focadas, mas com menor impacto agregado sobre os preços ao consumidor. A decisão do Goldman “mata a cauda-direita” inflacionária das tarifas, reduzindo as preocupações com uma espiral de preços alimentada por protecionismo comercial. Contexto e fundamentos Desde o retorno de Donald Trump à presidência em 2025, o mercado vem monitorando de perto a retórica protecionista da Casa Branca. As novas tarifas aplicadas sobre produtos chineses e outros parceiros estratégicos geraram inicialmente receios de que os EUA pudessem mergulhar novamente em uma inflação de custos puxada por importações, como visto em 2018-2019. Contudo, o relatório do Goldman Sachs publicado esta semana indica que o impacto inflacionário dessas tarifas será limitado e de curta duração, com efeito concentrado em categorias específicas e sem contaminação generalizada ao CPI (Índice de Preços ao Consumidor). O que esperar a partir de agora Fed menos pressionado a reagir a uma inflação tarifária. Isso reforça o cenário base de cortes graduais na taxa de juros em 2025. Dólar pode perder momentum de alta, já que a pressão inflacionária doméstica se dissipa. Ouro (XAU/USD) pode encontrar novo suporte, diante da manutenção do juro real controlado e da busca por proteção contra riscos geopolíticos. Mercado acionário reage positivamente, especialmente setores sensíveis ao consumo e às importações (varejo, tecnologia). China pode recalibrar sua resposta, priorizando medidas diplomáticas e fiscais em vez de contraofensivas comerciais. Impacto no mercado financeiro Dólar (DXY): Sem inflação tarifária persistente, o diferencial de juros pode perder força. Isso pode abrir espaço para correções no DXY, especialmente se o Fed sinalizar cortes. Ouro (XAU/USD): Com a redução das expectativas inflacionárias via tarifas, o ouro se fortalece como hedge contra incerteza geopolítica e fiscal. O suporte técnico segue em US$ 3.290, com resistência em US$ 3.350. Ações (S&P 500): Retirada do risco inflacionário por tarifas melhora a margem das empresas importadoras. O índice pode estender sua tendência de alta se o Fed mantiver o tom dovish. Treasuries: Menor risco inflacionário fortalece a demanda por títulos longos, reduzindo os yields e alimentando o rally nos ativos de risco. Opinião do analista Igor Pereira, membro WallStreet NYSE Conclusão A retirada da cauda inflacionária das tarifas, conforme avaliado pelo Goldman Sachs, traz alívio aos mercados globais e fortalece ativos sensíveis à política monetária. O momento é de ajuste de portfólio, com rotação para ativos de risco, proteção em metais e revisão das apostas no dólar.
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🚨 Fundos de Curto Prazo Batem Recorde Histórico: US$ 7,24 Trilhões Estacionados à Espera de Direção 🚨 Por Igor Pereira — Analista de Mercado Financeiro, Membro Wall Street NYSE Os Money Market Funds (MMFs) — fundos de investimento de curto prazo e altíssima liquidez — atingiram um novo recorde histórico de US$ 7,24 trilhões em ativos sob gestão, de acordo com os dados mais recentes da Investment Company Institute (ICI). Este nível sem precedentes representa um marco crítico no comportamento dos investidores globais: aversão ao risco, busca por segurança e expectativa de realocação futura. 📊 Por Que Esse Crescimento? O crescimento dos MMFs tem sido impulsionado por quatro fatores-chave: Altas taxas de juros: Com o Fed mantendo os juros elevados, esses fundos oferecem rentabilidade próxima de 5%, sem o risco de volatilidade dos mercados acionários. Incerteza econômica e geopolítica: O cenário global incerto — guerras, inflação persistente, riscos fiscais nos EUA — favorece o posicionamento defensivo. Espera estratégica: Investidores institucionais estão aguardando sinais mais claros do Fed sobre cortes de juros antes de se comprometerem com ativos de maior duration ou risco. Reversão dos ciclos de risco: O aumento dos MMFs é um claro reflexo da reprecificação dos ativos de risco e da fuga de capital especulativo para posições de curto prazo. 📉 Impactos nos Mercados O volume recorde nos MMFs gera consequências importantes: Mercado de Ações: esse capital está, por ora, fora do mercado de risco. Um eventual fluxo de retorno pode gerar forte impulso nos principais índices, como S&P 500 e Nasdaq. Mercado de Bonds: a permanência desse capital em curto prazo indica que investidores ainda não confiam em uma reversão imediata dos juros de longo prazo. Dólar e Ouro: MMFs refletem preferência por liquidez em dólar, o que sustenta a força do USD. Contudo, parte desse capital pode migrar para ouro em cenários de risco sistêmico ou cortes agressivos de juros. 📌 O Que Esperar? O movimento atual reforça o "modo espera" do mercado financeiro. Há um volume colossal à margem, pronto para agir conforme: Decisões futuras do Fed: se o banco central iniciar cortes, espera-se uma migração de capital para equities, bonds e commodities. Mudanças geopolíticas: qualquer escalada em conflitos (como no Oriente Médio ou Taiwan) pode manter ou até elevar ainda mais os volumes em MMFs. Dados econômicos fracos: aumentariam as apostas de corte de juros, favorecendo ativos de maior duration e levando à saída gradual dos MMFs. 🧠 Opinião do Analista — Igor Pereira ✅ Conclusão O recorde de US$ 7,24 trilhões em Money Market Funds é mais que um dado estatístico: é um indicador psicológico e estratégico da atual fase do mercado. Com grande parte do capital global à espera, os próximos movimentos do Federal Reserve poderão liberar uma onda de liquidez com impactos profundos nos ativos globais.
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📉 Preços das Casas Caem pela Primeira Vez em Mais de 2 Anos nos EUA: O Que Esperar e Impactos no Mercado Por Igor Pereira — Analista de Mercado Financeiro, Membro Wall Street NYSE Em março, pela primeira vez em mais de dois anos, o mercado imobiliário norte-americano registrou uma queda mensal nos preços das casas, sinalizando um ponto de inflexão importante após um longo ciclo de alta impulsionado por liquidez abundante e taxas de juros historicamente baixas. Segundo os dados divulgados pelo índice S&P CoreLogic Case-Shiller, os preços das residências nas principais cidades dos EUA sofreram retração, ainda que moderada, refletindo o peso dos altos juros hipotecários, menor poder de compra e o fim dos programas de estímulo pós-pandemia. 📊 O Que Está Por Trás da Queda? A queda ocorre em um contexto onde o Federal Reserve mantém juros elevados para conter a inflação persistente. Com as taxas hipotecárias próximas de 7%, muitos compradores estão adiando suas decisões ou enfrentando dificuldades para financiar imóveis, o que tem levado a um desaquecimento gradual da demanda. Além disso, os estoques de casas à venda vêm crescendo em várias regiões, o que aumenta a competição entre vendedores e pressiona os preços para baixo. A correção nos preços pode ser apenas o início de uma tendência mais ampla, caso os juros continuem altos por mais tempo. 🔎 Impactos no Mercado Financeiro A retração dos preços residenciais tem efeitos diretos e indiretos relevantes nos mercados: Setor de Construção: ações de construtoras, fornecedores de materiais e imobiliárias tendem a sofrer pressão com menor volume de vendas e margens reduzidas. Mercado de Títulos MBS (Mortgage-Backed Securities😞 ativos lastreados em hipotecas podem enfrentar maior volatilidade e reprecificação, especialmente se o calote das dívidas começar a subir. Indicadores de Confiança: uma queda no valor percebido dos imóveis pode afetar a confiança do consumidor e reduzir o consumo agregado, impactando o crescimento do PIB. Política Monetária: o Federal Reserve pode interpretar esse dado como sinal de que o aperto monetário está funcionando, o que pode influenciar futuras decisões do FOMC. 📌 O Que Esperar? É possível que esta correção de preços se intensifique nos próximos meses, especialmente se os indicadores de inflação permanecerem elevados e for necessário manter a taxa básica alta por mais tempo. Com a valorização imobiliária desacelerando, pode haver uma migração de capital de ativos tangíveis para o mercado de renda fixa de curto prazo, beneficiando instrumentos como T-Bills e ETFs de bonds, além de aumentar o apetite institucional por proteção via ouro (XAU/USD), diante do risco sistêmico. 🧠 Opinião do Analista — Igor Pereira ✅ Conclusão Este novo dado pode sinalizar o início de uma inflação de ativos reversa no setor imobiliário — um risco silencioso, mas poderoso, especialmente em ciclos de aperto monetário prolongado. Traders e investidores devem monitorar de perto os próximos dados de vendas de casas, novas construções e os pronunciamentos do Fed, pois qualquer mudança de tom pode significar inflexões importantes nos mercados de ações, commodities e câmbio.
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Japão tenta conter colapso dos JGBs com mudança na emissão de dívida — entenda os impactos nos mercados globais Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE 📌 Resumo da Situação: Diante de um colapso nos rendimentos dos títulos super longos (JGBs) e perdas históricas para seguradoras japonesas, o governo do Japão está cogitando reduzir a emissão desses títulos de longo prazo. A medida é vista como um reflexo do pânico das autoridades – algo que, como disse Michael Hartnett do Bank of America, “os mercados param de entrar em pânico quando os formuladores de políticas começam a entrar em pânico”. 📉 Contexto: Rendimento em disparada, demanda congelada Os rendimentos dos JGBs de 30 anos chegaram a 2,85% antes de recuar fortemente com o rumor da mudança. A ausência de compradores tradicionais como seguradoras de vida e o crescente medo com a sustentabilidade da dívida pública japonesa estão alimentando a turbulência. ⚙️ Medida considerada: Redução da emissão de títulos de 20, 30 e 40 anos O Ministério das Finanças (MOF) pode ajustar a composição da dívida, reduzindo a duração média dos papéis emitidos. Isso ecoa a estratégia de Janet Yellen nos EUA, quando transferiu emissões de Treasuries longos para Bills de curto prazo, aproveitando a liquidez do mercado de recompra reversa (RRP), que hoje está praticamente esgotada. 💴 Impactos nos Mercados 1. Alívio temporário nos JGBs: O rendimento dos super longos caiu, mas não resolve a deterioração fiscal do Japão. 2. Yen sob pressão: A moeda japonesa caiu, com destaque para: Redução do diferencial de juros entre Japão e EUA. Aumento da participação do banco central nos JGBs. Perda de confiança externa na dívida japonesa. 3. Efeito dominó nos Treasuries: Os rendimentos dos Treasuries de 30 anos nos EUA também recuaram, refletindo expectativa de maior procura por duration fora do Japão, especialmente após o “acordo orçamentário explosivo” de Trump, que garante forte oferta de dívida longa nos EUA nos próximos anos. ⚠️ Riscos estruturais Dívida japonesa já supera 260% do PIB. O próprio primeiro-ministro reconheceu que a situação fiscal do Japão está pior que a da Grécia. O Conselho Fiscal do Japão alertou para possível rebaixamento de rating soberano, caso não haja disciplina fiscal. A BOJ não deve intervir com nova QE no curto prazo, o que limita ainda mais a margem de manobra. 🧐 O que esperar? 1. Alívio de curto prazo nos mercados de renda fixa. Mas a realocação da dívida não muda a magnitude do problema fiscal. 2. Forte pressão sobre o yen. A moeda japonesa pode continuar se desvalorizando, especialmente se esse movimento se tornar tendência global. 3. Aumento do apetite por Treasuries longos dos EUA. Investidores japoneses e globais buscarão alternativas seguras com duration. 📈 Impacto nos Ativos: Ouro (XAU/USD): Beneficiado indiretamente pela desvalorização do yen e enfraquecimento da confiança em dívida soberana desenvolvida. Pode ganhar força como porto seguro alternativo. Dólar americano (DXY): Tendência de valorização contra o yen (USD/JPY), mas risco de pressão caso a política fiscal dos EUA siga se deteriorando. Mercado de renda fixa global: Curvas podem continuar empinando nas pontas longas com realocação global de duration. Ações japonesas: Alívio nos rendimentos pode sustentar o mercado no curto prazo, mas o risco fiscal limita o upside. 💬 Opinião do Analista: A decisão do Japão mostra que até mesmo países desenvolvidos e monetariamente soberanos não estão imunes à crise de confiança. O “fim do dinheiro fácil” expõe vulnerabilidades acumuladas por décadas de política fiscal frouxa e QE desenfreado. Se a tendência se espalhar – com outros países reduzindo emissão longa para conter a pressão nos juros – o mercado pode entrar numa nova era de volatilidade sistêmica, onde até os “portos seguros” tradicionais passam a ser questionados. Se você é trader de ouro, Forex ou renda fixa, atenção à dinâmica da dívida japonesa, pois ela se entrelaça com a reprecificação global do risco soberano. 📩 Para receber mais análises técnicas e fundamentais como essa, crie sua conta no site ExpertFX School e siga o analista Igor Pereira no Instagram @SmatchBR.
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Florida reconhece oficialmente ouro e prata como moeda legal: implicações para o sistema monetário dos EUA Por Igor Pereira – Membro WallStreet NYSE Em um movimento de alta relevância monetária e simbólica, o governador da Flórida, Ron DeSantis, sancionou uma nova lei que reconhece oficialmente o ouro e a prata como moedas de curso legal no estado. A decisão marca um passo ousado na direção de um paralelismo monetário dentro dos Estados Unidos, com potencial para gerar profundas implicações políticas, fiscais e financeiras. Conteúdo da nova legislação A nova lei determina que: Ouro físico (lingotes e moedas) e prata física passam a ter status de meio de pagamento legal no estado da Flórida; Os cidadãos poderão usar esses metais preciosos em transações comerciais e pagamento de dívidas, desde que aceitos pelas partes envolvidas; Transações em ouro e prata estarão isentas de certos impostos estaduais, incluindo o imposto sobre ganhos de capital; O governo estadual passa a reconhecer a função monetária histórica dos metais preciosos. Essa medida recoloca a Flórida na vanguarda do movimento por alternativas ao dólar fiduciário, que vem ganhando força entre estados norte-americanos diante de preocupações com inflação, endividamento federal e erosão do poder de compra do dólar. Contexto geopolítico e macroeconômico A decisão de DeSantis ocorre em meio a crescentes tensões fiscais nos EUA, incluindo: Dívida pública superior a US$ 34 trilhões; Inflação estrutural persistente; Crescente desconfiança global no sistema do dólar como reserva de valor. Simultaneamente, diversos estados como Texas, Utah, Missouri e Louisiana já haviam apresentado propostas semelhantes, mas a Flórida agora se torna um case concreto de implementação prática do ouro e da prata como moeda paralela ao dólar. Impacto nos mercados: o que esperar? 🟡 Ouro (XAU/USD): A medida fortalece a narrativa do ouro como reserva monetária legítima, podendo aumentar a demanda física em solo americano. Estados com leis semelhantes tendem a atrair investidores e empresas com perfil conservador e patrimonialista. A tendência de valorização estrutural do ouro pode ser reforçada, especialmente se mais estados seguirem o exemplo. ⚪ Prata (XAG/USD): O reconhecimento legal da prata eleva seu status de “commodity industrial” para ativo monetário alternativo, o que pode provocar reprecificação e aumento do interesse institucional, principalmente como hedge alternativo ao ouro. 🇺🇸 Dólar (USD): Ainda que o impacto sobre o dólar no curto prazo seja limitado, o simbolismo do ato reforça o debate sobre a fragilidade do sistema fiduciário, podendo pressionar a narrativa contra o dólar como única moeda de referência dentro dos EUA. Posicionamento institucional e reação de mercado Importantes analistas e fundos de proteção patrimonial já comentam o movimento como um primeiro passo concreto rumo à desdolarização interna, especialmente em cenários de: Crescimento do movimento “Sound Money” (dinheiro sólido); Deterioração fiscal federal; Desconfiança nos bancos centrais. Além disso, o mercado de metais preciosos físicos nos EUA pode se aquecer fortemente, com aumento de demanda, estoques locais, e até mesmo a criação de infraestruturas próprias de custódia e liquidação nos estados que adotarem tais leis. Conclusão: estamos vendo o renascimento do padrão-ouro nos EUA? Ainda que seja cedo para afirmar que o padrão-ouro retornará institucionalmente, a decisão da Flórida representa uma ruptura com o monopólio absoluto do dólar fiduciário nos Estados Unidos. Para traders e investidores atentos, é essencial acompanhar: A reação de outros estados; A resposta do governo federal e do Federal Reserve; A movimentação dos preços spot e dos ETFs lastreados em ouro e prata.
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Strive Asset Management capta US$ 750 milhões para estratégia institucional em Bitcoin com foco nos ativos do Mt. Gox Por Igor Pereira – Membro WallStreet NYSE A Strive Asset Management, liderada por Vivek Ramaswamy, parceiro de Elon Musk no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), anunciou a captação de US$ 750 milhões com opção de dobrar o valor, totalizando até US$ 1,5 bilhão, para implementar uma estratégia agressiva de aquisição de ativos ligados ao Bitcoin (BTC). Segundo fontes do setor, os recursos serão utilizados para comprar com desconto obrigações relacionadas ao BTC que ainda estão sob a massa falida da Mt. Gox, além de títulos de dívida e instrumentos de crédito com lastro em Bitcoin no mercado secundário. Objetivo: 75.000 BTC com desconto A meta da Strive é clara: adquirir os direitos de crédito sobre aproximadamente 75.000 BTC, originalmente pertencentes a credores da extinta exchange Mt. Gox, que entrou em colapso em 2014. Com as recentes movimentações judiciais visando o ressarcimento dos credores, muitos estão dispostos a vender suas obrigações com deságio — o que abre espaço para fundos especializados em arbitragem jurídica e crédito distressed, como a Strive. Impacto no mercado financeiro e institucional 1. Demanda institucional por BTC tende a crescer A entrada de US$ 750 milhões (e potencialmente US$ 1,5 bi) em um único veículo de aquisição indica um novo fluxo institucional em direção ao Bitcoin, especialmente por meio de estruturas alternativas, como compra de dívidas e créditos em litígios. 2. Pressão de compra e escassez estrutural A consolidação de posições como a da Strive pode reduzir o estoque circulante disponível de BTC, ao absorver grandes volumes via obrigações jurídicas. Isso reforça a narrativa de escassez do ativo e pode aumentar a pressão de compra sobre o mercado spot, influenciando diretamente o preço do BTC. 3. Reforço da “institucionalização” do cripto Esta operação marca mais um capítulo na transformação do Bitcoin em um ativo institucional legítimo, com fundos estruturados, compliance jurídico e operações complexas de reestruturação financeira – um perfil cada vez mais distante do ambiente informal e desregulado do passado. Cenário macroeconômico e geopolítico: por que agora? A operação da Strive ocorre em meio a tensões crescentes no sistema financeiro tradicional, desvalorização de moedas fiduciárias e busca por ativos resistentes à censura e inflação. Além disso, o retorno de Donald Trump à presidência intensificou o debate sobre liberdade financeira, desdolarização e descentralização, temas que reforçam o apelo estratégico do Bitcoin para gestores e fundos globais. Conclusão A entrada da Strive Asset Management na disputa por ativos vinculados ao colapso da Mt. Gox evidencia que o ciclo institucional do Bitcoin está longe de arrefecer. Pelo contrário, mostra que players sofisticados estão aproveitando distorções jurídicas e financeiras para acumular posições a preços estratégicos, antecipando um cenário de valorização a médio e longo prazo. Para o investidor atento, esse movimento é mais uma prova de que o Bitcoin deixou de ser apenas um experimento digital para se tornar um ativo estratégico no portfólio institucional global.
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Apple e a ameaça tarifária de Trump: Morgan Stanley diz que imposto de 25% não mudará produção Por Igor Pereira – Membro WallStreet NYSE Analistas do Morgan Stanley afirmaram nesta terça-feira (27) que a possível tarifa de 25% sobre iPhones importados para os Estados Unidos, proposta pelo presidente Donald Trump, dificilmente levará a Apple a transferir sua produção para o território americano. Em relatório técnico, os analistas enfatizam que, apesar dos custos adicionais causados por tarifas, o fator mais crítico ainda é a logística e a velocidade de comercialização ("speed to market"), que tornam a realocação da montagem de iPhones para os EUA uma decisão pouco viável no curto prazo. Contexto: Trump reacende guerra comercial contra a Apple A declaração de Morgan Stanley ocorre após o presidente Donald Trump reacender temores sobre tarifas comerciais, ao ameaçar publicamente impor um imposto de 25% sobre iPhones importados, medida interpretada como retaliação à crescente realocação da produção da Apple da China para a Índia. Trump já havia sinalizado, em ocasiões anteriores, que empresas americanas deveriam produzir em solo americano, principalmente aquelas com forte presença em Wall Street e impacto na balança comercial, como a Apple. Impacto no mercado financeiro: o que esperar 1. Apple (AAPL) sob pressão de margem A ameaça de tarifa eleva o risco de compressão de margens para a Apple, que já enfrenta pressões inflacionárias e desaceleração da demanda global. Se aplicada, a taxa de 25% poderia aumentar o preço final dos iPhones nos EUA ou reduzir a lucratividade da empresa, afetando diretamente a cotação das ações da AAPL. 2. Setor de tecnologia em alerta Outras empresas com forte dependência de manufatura asiática, como Tesla, Dell e HP, também podem ser arrastadas para o centro do debate tarifário, o que gera aversão a risco nos setores de tecnologia e semicondutores. 3. Dólar, ouro e Treasuries A escalada da tensão comercial pode impulsionar fluxo para ativos de proteção. O ouro (XAU/USD) tende a se valorizar com incertezas geopolíticas, enquanto os Treasuries podem se beneficiar da busca por segurança. O dólar pode apresentar movimentos mistos: alta frente a emergentes e queda contra o iene e o ouro, conforme o risco aumenta. 4. Índia como nova potência industrial O debate também reforça a leitura de que a Índia vem se consolidando como destino estratégico para empresas que buscam reduzir dependência da China, em linha com a agenda de realinhamento geoeconômico global liderada por Trump. Conclusão A ameaça de tarifas sobre iPhones marca um novo capítulo na guerra comercial americana, agora com foco direto sobre uma das maiores empresas do país. Embora a realocação da Apple para os EUA seja improvável no curto prazo, o movimento de Trump aumenta a pressão sobre grandes multinacionais para “repatriar” sua produção — um tema que deverá influenciar não apenas o setor tecnológico, mas também a estrutura global de supply chains nos próximos anos. O mercado agora aguarda novas declarações da Casa Branca ou da própria Apple para medir os próximos impactos sobre ações, moedas e metais. A expectativa é de maior volatilidade nos próximos dias.
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Jerome Powell aos formandos de Princeton: “O maior erro na carreira é evitar riscos” Por Igor Pereira – Membro WallStreet NYSE Em um discurso inspirador realizado no último domingo (25), o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, compartilhou com os formandos da Universidade de Princeton um dos maiores erros que jovens profissionais podem cometer: evitar riscos. Falando para a turma de 2025 na cerimônia de formatura, Powell destacou que o progresso na carreira está diretamente ligado à disposição de assumir responsabilidades, enfrentar desafios e cometer erros ao longo do caminho. Powell lembrou que ele próprio só chegou ao Federal Reserve por ter aceitado desafios, mesmo sem se sentir 100% preparado. “Ninguém está completamente pronto para assumir cargos de liderança. É preciso se jogar, acreditar em si mesmo e repetir o ciclo, mesmo após cair”, incentivou. Powell ingressou no Conselho de Governadores do Fed em 2012, foi nomeado presidente do Federal Reserve por Donald Trump em 2018 e reconduzido por Joe Biden em 2022. Discurso simbólico às vésperas do FOMC A fala motivacional de Powell ocorre em uma semana decisiva para o mercado financeiro, com a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) marcada para quarta-feira (28), às 15h (horário de Brasília). Embora o discurso tenha sido direcionado aos formandos e não tenha incluído diretrizes de política monetária, o tom corajoso e resiliente pode ser interpretado como um reflexo do momento delicado da economia americana, em que o Fed precisa equilibrar riscos de inflação persistente com sinais de desaceleração em setores sensíveis ao crédito. Impactos no mercado financeiro e o que esperar da reunião do FOMC 1. Política monetária e juros Apesar da aproximação da inflação à meta, como mencionado por Barkin (Fed), o Fed deve manter os juros inalterados nesta reunião, com foco em avaliar dados adicionais antes de qualquer decisão de corte. O discurso de Powell, ao valorizar coragem em momentos de incerteza, reforça uma postura de paciência estratégica. 2. Expectativas de mercado Investidores estarão atentos ao comunicado pós-reunião e à coletiva de imprensa, buscando pistas sobre quando o ciclo de cortes de juros pode realmente começar. Palavras como “resiliência”, “riscos simétricos” ou “dados inconsistentes” podem aumentar a volatilidade no dólar e nos Treasuries. 3. Ouro (XAU/USD) e dólar (USD) Caso o Fed mantenha o discurso firme (hawkish), o ouro pode recuar temporariamente diante da valorização do dólar. Contudo, qualquer menção a riscos econômicos ou desaceleração pode reacender a busca por proteção, favorecendo os metais preciosos. Conclusão A mensagem de Jerome Powell vai além do discurso motivacional: ela ecoa a filosofia atual do Federal Reserve, que precisa ser ousado o suficiente para agir com firmeza — mas também prudente para reconhecer os riscos de exageros. O mercado financeiro agora volta sua atenção para a reunião do FOMC nesta quarta-feira, que pode trazer pistas mais concretas sobre os próximos passos da política monetária norte-americana.
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Thomas Barkin (Fed) vê inflação próxima da meta, mas alerta para incertezas no mercado de trabalho e consumo Por Igor Pereira – Membro WallStreet NYSE O membro do Federal Reserve, Thomas Barkin, afirmou nesta terça-feira (27) à Bloomberg TV que a economia dos EUA permanece em trajetória semelhante à dos últimos dois anos, com inflação se aproximando da meta de 2% e queda nas taxas de desemprego. No entanto, Barkin destacou preocupações com o comportamento dos consumidores diante dos preços elevados, além de efeitos negativos dos cortes de gastos públicos no mercado de trabalho — principalmente na região da capital. Estabilidade nos indicadores, mas incerteza à frente Segundo Barkin, a estabilidade inflacionária e a recuperação do mercado de trabalho refletem um equilíbrio que ainda não foi comprometido. A relutância das empresas em realizar novas contratações é um sinal de cautela, mas não de retração. “As empresas ainda mostram disposição para manter seus planos de investimento. A confiança empresarial continua sendo um forte termômetro da economia”, disse. Por outro lado, Barkin reforçou que o momento exige monitoramento atento da reação dos consumidores aos preços. Embora os dados em tempo real não indiquem queda no consumo, ele reconhece que a expectativa persistente de inflação tem impactado diretamente a confiança do consumidor — fator que historicamente influencia os gastos, mas que tem mostrado comportamento atípico nos últimos dois anos. Cortes de gastos e efeitos assimétricos no emprego Um ponto de destaque na entrevista foi a menção aos efeitos negativos dos cortes de gastos governamentais, especialmente em regiões como Washington, D.C., onde o emprego público representa parcela significativa da atividade econômica. Barkin alertou que essas medidas já afetam o mercado de trabalho local, contribuindo para um desaquecimento específico. Impacto das políticas de Trump é misto Barkin também comentou os efeitos das políticas econômicas do presidente Donald Trump, com ênfase nas tarifas comerciais. Segundo ele, os impactos são mistos e ainda em avaliação. De um lado, empresas anteciparam estoques no início do ano prevendo aumentos de custos; de outro, observou-se redução no volume de importações. O dirigente do Fed sinalizou que o verdadeiro impacto das tarifas só será claro com o tempo, à medida que o comportamento de empresas e consumidores se ajustar às mudanças na estrutura comercial imposta pela nova política tarifária. O que esperar e impactos no mercado financeiro 1. Renda Fixa e Fed Funds Rate Com Barkin destacando estabilidade na inflação e ausência de sinais claros de queda no consumo, o discurso reforça a postura de cautela do Fed em reduzir juros no curto prazo. A curva de juros pode continuar precificando cortes moderados apenas no segundo semestre, desde que os dados continuem benignos. 2. Renda Variável (ações) O reconhecimento de uma economia "estável", com confiança empresarial resiliente e consumo ainda firme, favorece o sentimento de suporte ao mercado acionário. Porém, incertezas quanto ao impacto pleno das tarifas e cortes de gastos públicos podem gerar volatilidade setorial, especialmente em empresas expostas ao consumo interno e comércio internacional. 3. Ouro (XAU/USD) A percepção de inflação controlada, mas sem pressa para corte de juros, pode limitar os ganhos do ouro no curto prazo. Contudo, a incerteza fiscal e política, somada ao impacto das tarifas, mantém suporte estrutural ao ouro como hedge. 4. Dólar (USD) Com a expectativa de juros estáveis e economia ainda sólida, o dólar pode manter força relativa frente a moedas emergentes, sobretudo em um cenário de fragilidade fiscal e política em outras regiões. Conclusão A fala de Barkin reforça a imagem de uma economia norte-americana ainda estável, mas em transição delicada, onde os próximos passos dependerão fortemente da resiliência do consumo, confiança empresarial e desenvolvimento das políticas de Trump. O mercado deve seguir atento aos próximos dados de inflação, emprego e confiança, além de monitorar os desdobramentos fiscais e comerciais.
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📈 Reação Positiva: Índice de Confiança do Consumidor nos EUA sobe fortemente em maio e reduz temores de recessão Análise técnica por Igor Pereira – ExpertFX School | Membro WallStreet NYSE 🔍 Resumo dos Dados O Consumer Confidence Index® do Conference Board subiu 12,3 pontos em maio, alcançando 98,0 pontos, após cinco quedas consecutivas. A melhora foi impulsionada principalmente pelas expectativas futuras dos consumidores, especialmente após o anúncio de suspensão parcial de tarifas sobre produtos chineses em 12 de maio. Present Situation Index: +4,8 pontos → 135,9 Expectations Index: +17,4 pontos → 72,8 (ainda abaixo da linha de 80 que indica risco de recessão) Corte da coleta: 19 de maio, com metade das respostas após o anúncio da pausa tarifária 🧠 Interpretação e Comportamento do Consumidor ✅ Melhoras observadas: Avaliação atual da economia: mais consumidores acham que os negócios estão "bons" (21,9%, antes 19,2%) Expectativas para os próximos 6 meses: 19,7% esperam melhoria nas condições de negócios (antes 15,9%) 19,2% esperam aumento no número de empregos (antes 13,9%) 18% esperam aumento da renda familiar (antes 15,9%) ⚠️ Preocupações persistentes: Job Market: 18,6% dizem que empregos estão “difíceis de encontrar” (alta de 1,1 p.p.) Acessibilidade > Emprego: Quase metade teme não conseguir comprar o que precisa/deseja; apenas ¼ teme demissão. 💬 Perspectiva Econômica e Sentimento Embora o índice de expectativas tenha permanecido abaixo da linha de 80 (sinalizando ainda risco de recessão), o sentimento se recuperou fortemente, principalmente entre consumidores republicanos e famílias de renda mais alta. Menções espontâneas indicam alívio com as tarifas, mas ainda preocupação com inflação Inflação esperada caiu para 6,5% (vs. 7% em abril) Confiança no mercado de ações melhorou: 44% esperam alta dos preços (vs. 37,6% em abril) 🛍️ Intenções de Consumo em Alta O otimismo se traduziu em aumento nos planos de compra: Casas, carros e eletrodomésticos: alta nas intenções de compra Gastos com serviços cresceram, com destaque para restaurantes, streaming e entretenimento ao vivo 🔎 Comportamento financeiro: 36,7% disseram estar poupando para futuras despesas 26,6% recorreram às economias para manter consumo 26% postergaram grandes compras Renda determina padrão: famílias >$125K poupam mais; <125K recorrem a poupanças 📉 Implicações para o Mercado Apesar da alta confiança em maio, o índice ainda indica fragilidade estrutural no otimismo de longo prazo, especialmente com: Expectativas ainda abaixo de 80 Divergência entre presente e futuro, reforçando o cuidado com reprecificação de risco Impacto no mercado: Ações: Tendência positiva de curto prazo com base na melhora de confiança e na recuperação após acordo comercial Treasuries: Expectativas inflacionárias menores podem segurar yields no curto prazo Dólar (USD): A moderação inflacionária e alívio com tarifas podem limitar pressões de venda imediatas Ouro (XAU/USD): Pode sofrer leve correção com alívio do risco, mas fundamentos estruturais seguem de alta 📌 Conclusão Técnica A leitura de maio oferece um respiro temporário para os mercados, mas não uma reversão definitiva da tendência. O fato de o Expectations Index continuar abaixo de 80 sugere que o risco de recessão ainda está presente — apenas foi adiado. 👉 Para o trader institucional, é momento de reavaliar posições defensivas, mas manter proteções táticas ativas. 🖋️ Por Igor Pereira, Analista de Mercado – ExpertFX School WallStreet NYSE | Especialista em Ouro e Macroeconomia
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📉 O declínio do poder de compra do dólar: o que isso realmente significa para os mercados e a economia global Análise por Igor Pereira – ExpertFX School | Membro WallStreet NYSE 💵 O dólar perdeu valor de forma consistente nos últimos 25 anos Nas últimas duas décadas e meia, o dólar norte-americano vem se desvalorizando de forma contínua em termos de poder de compra real. Isso não significa apenas flutuações cambiais, mas sim que o mesmo dólar hoje compra menos bens e serviços do que no passado. 📊 Por que o dólar está perdendo poder? Inflação estrutural: Com o tempo, a inflação acumulada corrói o valor real da moeda. Política monetária expansionista: Desde 2008, o Fed adotou juros baixos e programas de estímulo (QE), o que expandiu agressivamente a base monetária. Déficit fiscal crônico: O governo dos EUA sustenta déficits trilionários, financiando gastos com emissão de dívida. Perda de confiança internacional: A crescente desdolarização global, impulsionada por países como China, Rússia e Irã, contribui para a perda de demanda externa por dólares. 👨👩👧 Impacto direto: perda de acessibilidade A deterioração do dólar significa que o custo de vida aumenta continuamente. Salários reais estagnados não acompanham a inflação de ativos e de consumo, o que se traduz em: Menor poder de compra para o cidadão médio; Aumento na desigualdade de riqueza; Dificuldade em manter o padrão de vida sem recorrer a dívidas. 🛑 Isso só termina de uma forma… Esse processo pode levar a: Ruptura monetária global: perda do status de moeda de reserva mundial; Fuga de capitais para ativos reais, como ouro, prata, commodities e imóveis; Crescimento de moedas alternativas (yuan, BRICS coin, ouro tokenizado); Redefinição da ordem financeira internacional, com novas âncoras monetárias. 🔮 O que esperar no mercado financeiro? Alta no ouro (XAU/USD): ativo clássico de proteção contra perda de poder de compra. Fortalecimento de moedas ligadas a commodities (AUD, CAD, BRL). Demanda crescente por ativos escassos com oferta limitada. Pressão nos Treasuries: investidores exigirão maior prêmio de risco. 📌 Conclusão técnica O enfraquecimento do dólar não é apenas uma consequência monetária: é o sintoma de um sistema baseado em dívida, estímulos e perda de disciplina fiscal. Para o trader institucional, o investidor de longo prazo e o gestor de risco, é essencial reposicionar portfólios em direção a ativos que preservem valor real. 🖋️ Por Igor Pereira, Analista de Mercado Financeiro – ExpertFX School
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🇨🇳 China’s Golden Gateway: Como o Cofre da SGE em Hong Kong pode Redefinir o Mercado Global de Ouro 📊 Análise macroeconômica e impacto geopolítico – por Igor Pereira, ExpertFX School 🏦 SGE expande fronteiras com cofre em Hong Kong A Shanghai Gold Exchange (SGE) – bolsa estatal chinesa de ouro – anunciou a abertura de um cofre internacional em Hong Kong, movimento estratégico que marca: A internacionalização da negociação de ouro em yuans, Um desafio direto à dominância ocidental na precificação do ouro, e Um elo crítico entre o mercado interno chinês de ouro e os participantes globais, especialmente em mercados emergentes do BRICS e na Iniciativa Belt & Road. 📌 Por que Hong Kong? Hong Kong é um dos principais centros financeiros do mundo, com infraestrutura robusta, acesso irrestrito a capital internacional e proximidade regulatória com Pequim, o que a torna o hub ideal para a internacionalização do yuan no mercado de metais preciosos. 🌍 Objetivos estratégicos de longo prazo Desdolarização: O cofre é parte do esforço chinês de desacoplamento do sistema financeiro ocidental, criando uma referência de ouro em yuans capaz de rivalizar com o padrão COMEX-LBMA (Nova York-Londres). Integração com países BRICS: Facilita liquidação em moeda local com Rússia, Irã, África do Sul e outros parceiros, reduzindo exposição ao dólar e ao sistema SWIFT. Reforço da soberania monetária: Cria um ecossistema no qual o yuan pode ser visto como uma moeda-âncora de valor real, apoiada por reservas de ouro e infraestrutura de armazenagem internacional. 📈 Impacto no mercado de ouro 🔍 O que esperar e impactos nos mercados financeiros 1. Yuan (CNY) e Desdolarização Expansão da liquidez do yuan fora da China via contratos futuros de ouro pode aumentar o uso do yuan em comércio internacional, acelerando o movimento de desdolarização. 2. Mercado de Ouro Expectativa de aumento no volume físico negociado em Hong Kong, com players buscando alternativa à COMEX/LBMA para entrega real. Potencial para discrepância de preços entre XAU/USD (Londres/Nova York) e XAU/CNY (Hong Kong/Shanghai), com impactos na arbitragem global. 3. BRICS e infraestrutura paralela O cofre em Hong Kong reforça o posicionamento dos BRICS como bloco monetário alternativo, com base física e financeira para a criação de um sistema de pagamentos em ouro. 📌 Conclusão A abertura do cofre da SGE em Hong Kong é um passo estratégico rumo à nova ordem monetária multipolar. A China amplia sua influência no mercado global de ouro, desafia a hegemonia do dólar e cria pontes tangíveis para consolidar o yuan como moeda de referência no comércio internacional. Os próximos meses devem observar: Volatilidade no spread entre XAU/USD e XAU/CNY, Aumento de liquidez asiática no ouro físico, Redução da confiança no sistema ocidental de derivativos sem entrega. 🖋️ Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | ExpertFX School | Membro WallStreet NYSE
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🗞️ Japão pode cortar emissão de títulos superlongos diante da alta dos rendimentos e da menor demanda institucional 📊 Análise macroeconômica e implicações globais – por Igor Pereira, ExpertFX School 🇯🇵 Contexto: Ministério das Finanças do Japão avalia reduzir oferta de JGBs ultralongos O Ministério das Finanças do Japão (MoF) está considerando uma redução na emissão de títulos do governo japonês (JGBs) de vencimento superlongo (20, 30 e 40 anos) após o recente disparo nos rendimentos desses papéis. A medida, que pode ser anunciada após reuniões com participantes do mercado até o fim de junho, reflete: A queda na demanda de compradores tradicionais, como seguradoras de vida, que historicamente absorviam esses títulos por seu perfil de duration. A necessidade de ajustar a composição da dívida pública frente à fragilidade do ambiente de oferta e demanda. 🔍 Destaques técnicos Rendimentos recordes nos JGBs de 20 a 40 anos indicam pressão vendedora e um mercado que exige prêmios maiores para absorver risco de duration. O MoF consultou informalmente bancos e fundos por meio de um questionário enviado a grandes players, movimento raro que indica urgência no reposicionamento da estratégia de emissão. 📅 Próximos passos O governo japonês realizará uma reunião oficial com os 19 negociantes primários (PDs) no dia 20 de junho, com foco na discussão da alta dos rendimentos e no realinhamento da curva de juros. 💰 Medidas fiscais para mitigar impacto das tarifas dos EUA O Japão também aprovou o uso de ¥388,1 bilhões (US$ 2,7 bilhões) em fundos de reserva para subsidiar as contas de energia no verão, como parte de um pacote emergencial de até ¥2,8 trilhões, em resposta aos efeitos econômicos das tarifas de 25% sobre automóveis impostas por Trump. 🧠 Análise e impactos no mercado – Igor Pereira 🌍 Impactos macro e FX Iene (JPY): a mudança na estrutura da dívida pode gerar volatilidade cambial, especialmente se investidores interpretarem a decisão como um risco fiscal ou monetário. Curva de juros global: a redução na oferta de títulos longos japoneses pode elevar a demanda por Treasuries e Bunds, comprimindo yields fora do Japão temporariamente. Risco sistêmico: a reestruturação da emissão japonesa ocorre em paralelo ao aumento da desconfiança global sobre a dívida americana, indicando uma fragilidade estrutural nas principais economias desenvolvidas. 📌 Conclusão O Japão, pressionado por juros crescentes e perda de demanda institucional, se vê forçado a recalibrar sua política de emissão de dívida. Ao mesmo tempo, tenta conter os impactos inflacionários causados pela nova guerra comercial iniciada por Trump. A reunião de 20 de junho será crítica para o mercado de títulos global e pode definir o comportamento do iene e de ativos de risco no segundo semestre. 🖋️ Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | ExpertFX School | Membro WallStreet NYSE
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🟡 Citi Bank eleva previsão de curto prazo para o ouro: nova faixa de US$ 3.100 a US$ 3.500/oz em 3 meses 📊 Análise técnica e opinião do analista Igor Pereira – ExpertFX School 📈 Revisão de Projeção: Citi vê ouro a US$ 3.500/oz O Citi atualizou suas projeções de curto prazo para o preço do ouro (XAU/USD), elevando a faixa esperada de US$ 3.000–US$ 3.300 para US$ 3.100–US$ 3.500 por onça nos próximos 3 meses. O movimento reflete uma conjunção de fatores geopolíticos, tarifários e estruturais que pressionam os investidores globais a buscarem ativos de proteção. 🔍 Fatores que motivaram a revisão Aumento das tarifas sob governo Trump: A nova escalada de tarifas contra China, UE e México reacende o temor de uma guerra comercial duradoura, elevando os custos globais e reacendendo a inflação importada. Tensões geopolíticas crescentes: Conflitos latentes no Oriente Médio, deterioração das relações EUA-China e risco de sanções cruzadas entre blocos econômicos fortalecem a busca por segurança no ouro. Fragilidade dos Treasuries: A persistente venda de Treasuries por China e outros países, somada à alta artificial dos juros longos, coloca dúvidas sobre a sustentabilidade da dívida americana, favorecendo ativos reais como o ouro. 📊 Expectativas de Mercado Curto prazo (3 meses): Nova faixa esperada entre US$ 3.100 e US$ 3.500/oz, com suporte técnico em US$ 3.080 e resistência em US$ 3.480. Médio prazo (6 a 12 meses): Caso os riscos inflacionários persistam e as tensões comerciais se aprofundem, o ouro pode ultrapassar US$ 3.600/oz ainda em 2025. 🧠 Impactos no mercado financeiro Forex: fortalecimento de moedas ligadas ao ouro (como AUD), e pressão negativa sobre o USD em caso de pânico geopolítico. Ações: valorização de mineradoras de ouro, e correção técnica em setores sensíveis às tarifas (como industrial e transporte). ETFs e fundos: provável aumento dos fluxos em SPDR Gold Shares (GLD) e outros fundos lastreados em ouro físico. 💬 Opinião do analista Igor Pereira 📌 Conclusão A revisão do Citi reforça o cenário de bull market estrutural para o ouro, impulsionado por um ambiente de instabilidade geopolítica, desequilíbrio fiscal nos EUA e busca por proteção real contra inflação e risco sistêmico. Investidores devem considerar o ouro não apenas como hedge, mas como ativo central em portfólios defensivos. 📍 Análise técnica e macroeconômica por Igor Pereira, Membro da WallStreet NYSE.
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