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🇺🇸 Trump fala sobre Irã, China e Orçamento dos EUA; FDA aprova nova vacina da Merck Análise de Impacto Econômico e Geopolítico – Igor Pereira | ExpertFX School Nesta segunda-feira, 9 de junho, o presidente dos EUA, Donald Trump, fez diversas declarações estratégicas sobre negociações com o Irã, a China e o orçamento federal, além de abordar temas de segurança interna e relações com Elon Musk. A FDA também anunciou a aprovação de uma nova vacina da Merck, acirrando a competição no setor farmacêutico. Veja os principais pontos e impactos no mercado: ☢️ Irã e Tensão Nuclear Trump reconheceu que o Irã é um dos negociadores mais duros do mundo, e afirmou que haverá uma reunião nesta quinta-feira. Segundo ele, os iranianos estão "pedindo coisas que não podem ser concedidas", especialmente em relação ao enriquecimento nuclear: 📌 Impacto esperado: A retomada das negociações reduz o risco imediato de escalada militar. Contudo, a rigidez iraniana e o tom de Trump indicam que o risco geopolítico no Oriente Médio permanece elevado, sustentando prêmios de risco no petróleo e no ouro. As declarações também reforçam o papel do dólar como ativo de proteção no curto prazo. 🇨🇳 EUA-China: Otimismo Cauteloso nas Negociações As falas de Trump e de membros do gabinete mostram avanços nas negociações comerciais com a China: O Secretário do Tesouro Bessent classificou a reunião como “boa”. O Secretário de Comércio Lutnick disse que as conversas foram “frutíferas”. Trump complementou: “Estamos indo bem com a China, mas não é fácil. Estão me ligando em breve.” 📌 Impacto esperado: O tom diplomático sugere uma possível suspensão parcial de controles de exportação, com efeito positivo para ações de tecnologia e comércio internacional. Empresas como Tesla ($TSLA) podem se beneficiar diretamente caso haja flexibilizações. 🇺🇸 Política Interna e Orçamento Sobre o orçamento federal, Trump sinalizou tranquilidade: 📌 Impacto esperado: O mercado interpreta essa fala como um indicativo de que não haverá paralisação do governo (shutdown). Isso reduz o risco fiscal de curto prazo, mas não afasta preocupações com o colapso estrutural do mercado de Treasuries, como analisamos em relatório anterior. 🛰️ Elon Musk, Tesla e Starlink Trump comentou que não pretende cortar relações com a Tesla e a Starlink na Casa Branca: 📌 Impacto esperado: As menções positivas a Musk e Tesla ($TSLA) geram otimismo entre investidores da empresa, apesar das incertezas regulatórias. Indica uma postura amigável do governo em relação à tecnologia privada e defesa espacial. 🧪 FDA aprova vacina da Merck contra RSV A FDA aprovou o imunizante da Merck contra o vírus sincicial respiratório (RSV) para recém-nascidos, com comercialização prevista já para antes da temporada de outono e inverno. O medicamento, chamado Enflonsia, competirá diretamente com vacinas da Sanofi e AstraZeneca. 📌 Impacto esperado: A aprovação aumenta a competição no setor de biotecnologia e farmacêuticas pediátricas. Pode pressionar margens da Sanofi e AstraZeneca, enquanto impulsiona as ações da Merck (MRK) no curto prazo. 🏛️ Mudança no Federal Reserve A governadora Michelle Bowman tomou posse como Vice-Presidente de Supervisão do Federal Reserve, com mandato até 2029. Sua posição tende a ser mais conservadora e pró-regulação bancária. 📌 Impacto esperado: A nomeação fortalece a ala reguladora do Fed, podendo gerar impactos sobre grandes bancos e fintechs. Bowman tende a manter uma postura de política monetária neutra a levemente hawkish. 📊 Conclusão: Visão Institucional As declarações desta segunda-feira mostram avanços diplomáticos com China e Irã, alívio nas tensões sobre o orçamento, e dinamismo no setor de saúde. Entretanto, os riscos estruturais permanecem elevados, especialmente no que diz respeito à dívida pública e à política externa dos EUA no Oriente Médio. Acompanhar de perto a reunião com o Irã e os desdobramentos dos acordos com a China será fundamental para calibrar posições em ouro, petróleo e ações de tecnologia nos próximos dias. Análise por Igor Pereira Analista de Mercado | Membro WallStreet NYSE ExpertFX School – Conteúdo Premium para Traders Institucionais e Varejo
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📉 Colapso do Mercado de Dívida dos EUA: Rachadura Estrutural com Implicações Globais Relatório Premium Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE O mercado de títulos do governo dos Estados Unidos (Treasuries) está entrando em colapso técnico, com repercussões profundas para o sistema financeiro global. Após mais de 40 anos de valorização constante, o mercado rompeu sua principal tendência de alta, sinalizando um possível fim do “superciclo” dos títulos americanos e abrindo espaço para uma nova era de instabilidade fiscal. 🔻 Quebra da Tendência de Alta dos Treasuries A tendência de alta secular dos títulos de 10 e 30 anos — iniciada no início dos anos 1980 — foi rompida. Esta quebra estrutural ocorre após um dos mercados mais dolorosos para os Treasuries nas últimas décadas. Tradicionalmente considerados porto seguro e representando em média 40% de um portfólio diversificado, os títulos passaram a gerar perdas históricas desde 2022. Desde março de 2020, os títulos de 10 anos registram queda acentuada. No mesmo período, o ouro (XAU/USD) superou os Treasuries em mais de +100%, refletindo uma mudança clara no comportamento institucional frente ao risco fiscal e monetário dos EUA. 📈 Gastos Públicos Explodiram Outro fator central nessa deterioração é o crescimento contínuo dos gastos do governo americano, que passaram de US$ 3,4 trilhões para quase US$ 4 trilhões em apenas dois anos. Para financiar esses déficits crescentes, o Tesouro dos EUA intensificou a emissão de títulos, pressionando ainda mais os preços (elevando os yields). Essa oferta descontrolada está colapsando o equilíbrio entre compradores e vendedores institucionais. 🔍 Participação da Força de Trabalho em Queda Um dos principais motores do colapso estrutural do mercado de dívida americana é o declínio da taxa de participação da força de trabalho nos EUA. Desde 1999, observa-se correlação negativa direta entre o aumento da dívida pública e a queda da participação da força de trabalho. Essa dinâmica ocorre principalmente por causa do envelhecimento populacional: mais aposentados, menos trabalhadores ativos, menos arrecadação e maior necessidade de transferências sociais. Com uma população envelhecendo e saindo do mercado de trabalho, o Tesouro precisa expandir gastos em saúde, previdência e programas assistenciais — o que eleva ainda mais a dívida. 📉 Pressão Fiscal Sistêmica A combinação de: queda da força de trabalho ativa explosão dos gastos públicos financiamento via emissão de títulos tem provocado forte pressão nos preços dos Treasuries, afastando compradores institucionais e aumentando a percepção de risco fiscal dos EUA — cenário antes impensável para a economia considerada mais segura do mundo. 🧭 Perspectiva do Mercado Curto prazo: Após quedas violentas, os Treasuries podem experimentar um alívio técnico (bounce), diante de fluxos táticos de hedge e reequilíbrio de portfólios. Longo prazo: A tendência segue claramente baixista, com risco sistêmico crescente. O ouro permanece como ativo de preferência frente à deterioração do mercado de dívida. 🟡 Ouro x Títulos: Reconfiguração de Portfólios O ouro se fortalece como alternativa aos Treasuries em um cenário onde: A credibilidade fiscal dos EUA começa a ser questionada; A demanda internacional por Treasuries se reduz (China, Japão e outros bancos centrais reduziram suas posições); E a inflação estrutural continua ameaçando o poder de compra das moedas fiduciárias. 💬 Análise Final – Igor Pereira Relatório elaborado por Igor Pereira Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE ExpertFX School – Insights institucionais para traders profissionais
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Banco Central da China Compra Ouro Pelo Sétimo Mês Consecutivo e Eleva Reservas a 73,83 Milhões de Onças Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE O Banco Popular da China (PBoC) voltou a expandir suas reservas de ouro pelo sétimo mês consecutivo, comprando 60.000 onças troy em maio de 2025, de acordo com dados oficiais divulgados neste sábado. Com isso, o total acumulado atinge impressionantes 73,83 milhões de onças, equivalente a cerca de 2.296 toneladas. Essa movimentação reforça a estratégia de diversificação de reservas internacionais da China, que vem reduzindo sua exposição a ativos denominados em dólares, como os Treasuries, diante do crescente risco geopolítico, volatilidade cambial e a erosão da confiança no sistema financeiro ocidental. O Que Esperar e Impacto no Mercado A sequência de compras do PBoC fortalece a tendência global de desdolarização, especialmente entre os países do BRICS+ e outras economias emergentes, que buscam blindagem contra sanções econômicas e instabilidade nos mercados globais. Essa tendência: Sustenta o preço do ouro, que recentemente atingiu máximas históricas de US$ 3.500 por onça. Indica pressão de demanda física contínua, especialmente vinda do Oriente, enquanto o Ocidente segue exposto a ETFs e instrumentos derivados. Reforça a visão de que o ouro está sendo reposicionado como ativo estratégico, tanto monetário quanto de reserva. Além disso, a manutenção dessa trajetória sinaliza uma possível reconfiguração do sistema monetário internacional, com o ouro ganhando protagonismo como base de confiança institucional, em um cenário onde os EUA enfrentam questionamentos sobre suas próprias reservas em Fort Knox. Visão Estratégica Essa política chinesa não é isolada. Em 2025, diversos bancos centrais, como Turquia, Índia, Rússia e Arábia Saudita, intensificaram suas compras, consolidando um ambiente de reprecificação estrutural do ouro, como destacou recentemente o Goldman Sachs. Com os Estados Unidos discutindo a reavaliação do valor contábil de suas reservas de ouro, atualmente fixado em apenas US$ 42/oz, os investidores institucionais estão atentos à possibilidade de um novo padrão monetário híbrido envolvendo o ouro. Conclusão A sétima compra consecutiva do Banco Central da China não é apenas um dado de fluxo: é um sinal claro de realinhamento monetário global. Os investidores devem acompanhar de perto o comportamento dos bancos centrais, pois esses movimentos antecipam mudanças profundas na estrutura de reservas internacionais, afetando diretamente moedas, títulos soberanos e, sobretudo, a correlação entre ouro e dólar. Análise por Igor Pereira Membro WallStreet NYSE • Analista-Chefe da ExpertFX School
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Congresso dos EUA exige auditoria total dos estoques de ouro norte-americanos
um tópico no fórum postou Igor Pereira Análises Fundamental
Congresso dos EUA exige auditoria total dos estoques de ouro norte-americanos 📌 Contexto técnico e implicações para o mercado financeiro — por Igor Pereira, Analista de Mercado, Membro WallStreet NYSE Um novo projeto de lei foi apresentado no Congresso, exigindo a primeira auditoria completa dos estoques de ouro dos Estados Unidos em décadas. Com o preço do ouro próximo às máximas históricas e a confiança nas finanças públicas americanas sendo desafiada, a medida levanta questões críticas sobre transparência, confiança monetária e riscos sistêmicos. 🔍 O que está acontecendo? O deputado Thomas Massie introduziu o Gold Reserve Transparency Act of 2025, projeto que obriga o Comptroller General, via Government Accountability Office (GAO), a conduzir uma auditoria completa dos estoques de ouro dos EUA, incluindo inventário, ensaios, verificação de segurança física e análise de encobrimentos financeiros como empréstimos, swaps ou leasing. Segundo o Tesouro norte-americano, o país possui atualmente 8.133 toneladas de ouro, sendo 147,3 milhões de onças armazenadas somente em Fort Knox. Contudo, especialistas alertam que há lacunas sérias nos registros oficiais, além de episódios não auditados de reabertura de compartimentos selados — conforme denunciado por Stefan Gleason, CEO da Money Metals Depository. 📈 Impacto no mercado financeiro 1. Confiança institucional e o valor do dólar O projeto reflete uma crescente desconfiança sobre a integridade das reservas americanas, o que pode pressionar ainda mais o dólar em um ambiente onde bancos centrais vêm trocando Treasuries por ouro. A auditoria poderá: Reforçar a confiança nos ativos americanos, caso confirme a integridade dos estoques. Gerar pânico institucional, caso revele fraudes, leasing oculto ou reservas abaixo do declarado. 2. Preço do ouro O ouro já acumula uma valorização de: 125% em 2 anos e 8 meses 50% apenas nos últimos 12 meses 180% na última década Com o ouro sendo negociado acima de US$ 3.460, e máximas recentes em US$ 3.500, a pressão por transparência e possível revalorização contábil das reservas — ainda fixadas em US$ 42 por onça desde 1973 — pode impulsionar ainda mais os preços no curto e médio prazo. 3. Fluxo institucional e bancos centrais A movimentação legislativa coincide com uma tendência global de diversificação das reservas por parte dos bancos centrais, que estão comprando ouro em volumes recordes como proteção contra instabilidade cambial, inflação persistente e riscos geopolíticos. 📊 O que esperar? Volatilidade nos mercados de metais preciosos: Caso o projeto ganhe tração e haja expectativa de revelações impactantes, o ouro pode romper novas máximas históricas. Aumento da demanda por ouro físico e ETFs lastreados: Investidores institucionais e varejo podem se antecipar a uma eventual revalorização das reservas americanas. Pressão sobre o dólar e Treasuries: A legitimidade dos ativos americanos, já afetada pelo déficit fiscal e dívida pública recorde, pode ser novamente questionada. 🧭 Conclusão do analista O Gold Reserve Transparency Act of 2025 representa mais do que uma questão contábil: é um reflexo direto da erosão da confiança no sistema fiduciário americano. Em meio a um cenário global de enfraquecimento do dólar, inflação resiliente e desaceleração econômica, a transparência sobre os estoques de ouro pode se tornar um divisor de águas — reafirmando ou destruindo a narrativa de solidez do dólar como reserva global. Para os traders e investidores, este é um momento crucial para rever alocações em ouro e ativos correlacionados. 📌 Análise assinada por Igor Pereira Analista de Mercado Financeiro – Membro WallStreet NYSE ExpertFX School – Desde 2017 educando traders com informação técnica e estratégica -
Trump sob pressão: tarifas, estagnação comercial e escalada geopolítica impactam inflação global e mercados Autor: Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE 📌 Resumo Executivo As últimas movimentações do governo Trump, somadas a tensões globais e dados inflacionários, revelam uma conjuntura altamente volátil e incerta para o cenário macroeconômico global. Com pouco progresso em acordos comerciais, pressões inflacionárias nos EUA e conflitos geopolíticos em ascensão, os mercados enfrentam mais um ponto de inflexão crítico. 🔍 1. Política Comercial de Trump: impasse generalizado Apesar de contatos com líderes como Xi Jinping e Lee Jae-myung (Coreia do Sul), o presidente Donald Trump ainda não conseguiu avanços significativos em acordos comerciais: A trégua tarifária com a União Europeia expira em 9 de julho e com a China em agosto, o que pode reativar tarifas mais altas em plena recuperação frágil da demanda global. Tarifas de 25% contra a Coreia do Sul seguem em vigor, com promessas vagas de revisões futuras. A Vietnã busca escapar de novas tarifas via acordos agrícolas bilaterais de US$ 3 bi, mas os EUA ainda mantêm postura rígida. A revogação da isenção "de minimis" para pacotes de até US$ 800 da China afeta varejistas online chineses e ameaça pequenas empresas americanas, com impacto direto no consumo e emprego. 🔻 Impacto nos mercados: A falta de clareza nos acordos amplia incertezas nos fluxos de comércio, pressiona cadeias produtivas e mantém o viés inflacionário ativo. A ausência de consensos pode alimentar mais volatilidade no câmbio e nos índices globais. 📈 2. Inflação nos EUA e reflexos globais O CPI (Índice de Preços ao Consumidor) núcleo de maio nos EUA deve acelerar 0,3% no mês e 2,9% no ano, refletindo a transferência dos custos tarifários aos consumidores. Inflação também preocupa em China, Reino Unido, zona do euro e Brasil, com destaque para salários e repasses de custo em alta. 🔻 Impacto nos mercados: Inflação persistente pode limitar espaço para cortes de juros pelo Fed, mantendo o dólar firme e pressionando Treasuries. Já metais como ouro e prata tendem a se beneficiar como hedge inflacionário. ⚠️ 3. Geopolítica: guerra, sanções e incerteza Rússia e Ucrânia tentam negociar a maior troca de prisioneiros desde o início do conflito, mas o processo travou. Novos ataques russos aéreos com mísseis e drones geram escalada e fragilizam negociações. Trump freia sanções duras do Senado contra Moscou, afirmando que pode “deixar os dois países continuarem lutando”, o que minou apoio bipartidário ao projeto. Europa avança com sanções autônomas a bancos e petróleo russos, mirando corte de US$ 60 bilhões/ano nas receitas russas. 🔻 Impacto nos mercados: A hesitação americana em sancionar Moscou fortalece o rublo e retarda a normalização das cadeias energéticas. Os preços do petróleo podem subir com o risco geopolítico. Investidores buscam proteção em ouro, franco suíço e yen. 🧠 Comentário do Analista Igor Pereira 📅 O que Observar na Próxima Semana Discurso de Powell (Fed) sobre política monetária e inflação. Reações da União Europeia e China sobre o fim das tréguas tarifárias. Dados de inflação e PIB no Reino Unido, Brasil e eurozona. Decisão final da Justiça sobre a isenção "de minimis" para importações da China. Evolução das negociações entre Rússia e Ucrânia, com impacto direto nos preços de energia e metais. 📊 Conclusão Técnica O cenário global entrou em modo de alta tensão estrutural. A inflação segue alimentada por tarifas e choques externos, enquanto a diplomacia comercial dos EUA perde tração. Trump arrisca ver sua estratégia econômica colapsar sob o peso de tarifas ineficazes, aliados irritados e mercados exigindo previsibilidade. Ouro, prata, Treasuries longos, franco suíço e ações defensivas tendem a ser os principais beneficiários neste ambiente de incerteza política e macroeconômica.
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Empregos superestimados nos EUA em 2024: BLS pode ter inflado dados em mais de 900 mil vagas, revela Censo Autor: Igor Pereira, Membro WallStreet NYSE | ExpertFX School 🧾 O Bureau of Labor Statistics (BLS) pode ter superestimado significativamente o número de empregos criados no setor privado em 2024. Segundo os dados revisados do Censo Trimestral de Emprego e Salários (QCEW), os relatórios mensais de Non-Farm Payrolls (NFP) podem ter inflado os dados em aproximadamente 907.000 vagas — uma diferença média de 75.583 empregos por mês. 📉 O que foi divulgado e o que mudou O QCEW, que cobre 97% dos empregadores formais nos EUA, apontou um crescimento de apenas 0,6% nas folhas de pagamento privadas em dezembro de 2024. Em contrapartida, os dados mensais de NFP, amplamente utilizados pelo mercado, haviam reportado crescimento de 1,2% no mesmo período. Isso representa uma revisão para baixo de 50% na taxa de criação de empregos. A diferença de 907 mil empregos coloca em xeque a narrativa de “força contínua no mercado de trabalho” usada como justificativa para políticas monetárias mais restritivas pelo Federal Reserve ao longo de 2024. 📊 Impacto nos Mercados Financeiros 1. Reprecificação da política do Fed: Se a economia não estava tão forte quanto sugerido, o Federal Reserve pode ter mantido os juros elevados por mais tempo do que o necessário, gerando um aperto monetário excessivo. 2. Expectativa de cortes mais agressivos: Com essa revisão, cresce a pressão para cortes antecipados ou mais profundos na taxa de juros a partir do segundo semestre de 2025. 3. Dólar e Treasuries: A revisão negativa pode enfraquecer o dólar frente aos pares principais e estimular compras em Treasuries longos, com expectativa de afrouxamento monetário mais cedo. 4. Ativos de risco (ações e ouro): A correção no cenário de emprego pode alimentar rally nos índices acionários e metais preciosos, como o ouro (XAU/USD), à medida que o mercado precifica um Fed mais dovish. 🧠 Análise do analista Igor Pereira 📌 O que esperar a seguir O mercado deve reagir a essa revisão com volatilidade elevada nos Treasuries curtos e médios. Próximos discursos do Fed serão observados com lupa, principalmente se houver menções a essa discrepância nos dados. Investidores institucionais devem reavaliar modelos de risco baseados em dados de emprego para o segundo semestre de 2025. Conclusão: A revelação de que os dados de emprego de 2024 foram superestimados em quase 1 milhão de vagas coloca em xeque a eficácia da política monetária recente e reforça a possibilidade de mudanças de postura do Federal Reserve. A confiança nos dados oficiais de emprego, base para decisões cruciais de política monetária, agora está abalada — e o mercado reagirá.
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Análise Técnica e Macroeconômica – 06 de Junho de 2025
um tópico no fórum postou Igor Pereira Sentimento de Mercado
Análise Técnica e Macroeconômica – 06 de Junho de 2025 Trump e Xi retomam diálogo; Payroll surpreende; BCE sinaliza fim dos cortes; mercados reagem com volatilidade Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE 📊 Dados Fortes de Emprego nos EUA (Maio): Sinalização Hawkish para o Dólar Nonfarm Payrolls: 139 mil (vs. 127 mil esperados) Salário médio por hora (MoM): 0,4% (vs. 0,3% esperados) Taxa de desemprego: 4,2% (conforme esperado) Impacto: Os dados sinalizam resiliência do mercado de trabalho, apesar dos temores recentes de desaceleração econômica. A alta inesperada nos salários pode reacender preocupações inflacionárias e pressionar o Fed a manter taxas elevadas por mais tempo, sustentando o dólar no curto prazo. 🌍 Trump e Xi Jinping reabrem diálogo: alívio nos mercados, mas tensões continuam Após dias de tensão com tarifas de 50% sobre aço e alumínio dos EUA, Donald Trump anunciou um telefonema “muito bom” com Xi Jinping, sinalizando reabertura do diálogo e possível flexibilização das restrições chinesas a terras raras. A leitura oficial chinesa, no entanto, foi mais contida, com Xi pedindo a remoção de “medidas negativas” dos EUA. O mercado interpretou o contato como positivo, mas membros do governo, como o Secretário de Comércio Lutnick, reforçaram o endurecimento no controle de exportações tecnológicas, especialmente contra empresas chinesas. Impacto esperado nos mercados: Curtíssimo prazo: alívio parcial e recuperação do sentimento de risco, sustentando ativos de risco e o apetite por ações. Médio prazo: riscos de reversão ou escalada permanecem altos, especialmente com as eleições em Taiwan e a questão dos semicondutores. 📈 Rally do S&P500 e Redução Histórica no Déficit Comercial dos EUA S&P500 acumula alta de +20% desde 08/abril Déficit comercial em abril: queda recorde de US$ 138,3 bi → US$ 61,6 bi Queda nas importações (especialmente de farmacêuticos da Irlanda) puxou o resultado Interpretação: Houve antecipação massiva de importações antes da entrada em vigor das tarifas (frontloading), seguida de colapso nos volumes. Esse recuo contribuirá positivamente para o PIB do 2º tri de 2025. Impacto estatístico inverso será visto no PIB europeu, principalmente na Irlanda (cujo PIB do 1º tri foi revisado fortemente para cima). 🇪🇺 BCE e Lagarde: “Bem posicionado” = Fim dos Cortes? O BCE sinalizou mudança de narrativa: Em março: “política significativamente menos restritiva” Agora: “estamos bem posicionados” Interpretação técnica: Isso marca uma provável pausa no ciclo de cortes, mesmo com euro mais forte e petróleo mais barato. A nova projeção de inflação núcleo para 2027 é de 1,8%, mesmo com retaliação tarifária considerada. 📉 Simulações do BCE: Escalada tarifária EUA-UE → queda acumulada de 1% no PIB da zona do euro até 2027 Impacto desinflacionário estimado (por reroteamento de exportações com excesso de capacidade) ⚠️ Nossa análise difere: Acreditamos que o BCE subestima a inflação via cadeia de suprimentos. Exemplo: fretes marítimos globais subiram +175% em maio (WCI Benchmark). ⚙️ UE alerta para efeitos de dumping: LEDs, robôs e aço da China chegam em massa e barateiam Relatório da Comissão Europeia (via ferramenta de monitoramento lançada em abril) mostra forte desvio de comércio para a Europa, com queda acentuada de preços: LEDs: +156% em volume, -65% no preço Robôs industriais: +315% em volume, -35% no preço Aço especial: +1.000% em volume, -86% no preço Alerta vermelho para siderúrgicas e indústrias europeias. Já são mais de 10 investigações antidumping abertas contra a China neste ano. 📌 Resumo do que esperar a seguir: Tema Expectativa Impacto no Mercado Emprego nos EUA Pressão para Fed manter juros altos Alta do dólar, queda em ouro e prata Trump vs. China Alívio no curto prazo, tensão estrutural mantida Volatilidade em commodities e câmbio Déficit comercial dos EUA Efeito positivo no PIB do 2º tri Otimismo com crescimento, suporte a ações Política do BCE Fim dos cortes, mas com flexibilidade Euro firme, pressão sobre Treasuries Trade Diversion para a UE Queda de preços no curto prazo, risco para indústria Reação da UE esperada: novos processos e possíveis tarifas 📉 Impacto no Ouro (XAU/USD): O fortalecimento do dólar, os dados sólidos de emprego e a pausa nos cortes do BCE geram pressão negativa no ouro. A reabertura do diálogo EUA-China traz algum alívio geopolítico, reduzindo a demanda por hedge. Contudo, a alta dos fretes e as tensões comerciais latentes mantêm o suporte estrutural no médio prazo, especialmente se houver nova escalada. Suporte técnico: $3.308 Resistência técnica: $3.342 / $3.370 Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE -
Payroll supera expectativas e fortalece dólar: aumento nos salários reforça pressão sobre o Fed Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE Os dados do mercado de trabalho dos EUA divulgados nesta sexta-feira (06/06) vieram acima das expectativas, fortalecendo o dólar americano (USD) e reduzindo a probabilidade de cortes de juros no curto prazo. O relatório de Non-Farm Payrolls (NFP) de maio mostrou uma criação de 139 mil vagas, contra uma previsão de apenas 127 mil. Embora inferior aos 177 mil do mês anterior, o número surpreendeu positivamente o mercado. Mais relevante, no entanto, foi o dado de salários médios por hora (Average Hourly Earnings), que subiu 0,4% no mês, superando a projeção de 0,3% e a leitura anterior de 0,2%. Esse aumento salarial reforça a pressão inflacionária, o que pode atrasar cortes na taxa de juros por parte do Federal Reserve. A taxa de desemprego se manteve estável em 4,2%, conforme esperado. Resumo dos dados – Payroll EUA (Maio/2025) Indicador Resultado Atual Projeção Anterior Impacto Folhas de pagamento não agrícolas 139 mil 127 mil 177 mil Positivo para o USD Salários Médios por Hora (MoM) +0,4% +0,3% +0,2% Positivo para o USD Taxa de Desemprego 4,2% 4,2% 4,2% Neutro Interpretação do mercado O resultado consolida o cenário de um mercado de trabalho resiliente, ainda que em desaceleração moderada. A surpresa positiva nos salários reforça o risco de pressão inflacionária persistente, o que deve manter o Federal Reserve em modo cauteloso, afastando por ora os cortes na taxa básica de juros. A resposta imediata nos mercados foi a valorização do dólar americano (DXY) e uma correção técnica no ouro (XAU/USD), diante da leitura mais hawkish do cenário monetário. O mercado de Treasuries precifica agora menos cortes para 2025, com os rendimentos de 2 e 10 anos reagindo com leve alta após os dados. Impactos no mercado financeiro 💵 Dólar (USD) Reação positiva e generalizada. Fortalecimento frente a moedas G10 e emergentes. DXY testando resistência em 99,20. 🟡 Ouro (XAU/USD) Pressionado por expectativa de juros altos por mais tempo. Queda para zona de suporte em US$ 3.342, com alvos técnicos em US$ 3.308. Mercado monitora risco geopolítico para segurar perdas. 📈 Renda variável Abre em leve queda, com setores sensíveis a juros (tech e growth) realizando lucros. Perspectiva de rotação para setores defensivos e dólar forte. 📉 Tesouros Rendimentos em alta leve, com reprecificação de cortes futuros. Probabilidade de corte em setembro reduzida. O que esperar a seguir? O foco agora se volta para os próximos discursos de membros do Fed e os dados de inflação, especialmente o CPI de maio, que será divulgado na próxima semana. O mercado buscará entender se a combinação de emprego sólido e salários em alta pode prolongar o ciclo de aperto monetário passivo (juros altos por mais tempo). Além disso, as tensões comerciais com a China e as medidas tarifárias de Trump também devem influenciar a direção do dólar e do ouro nos próximos pregões. Conclusão – Visão ExpertFX School O Payroll de maio mostrou um mercado de trabalho mais forte do que o esperado, com salários em aceleração e desemprego estável. Esse quadro é positivo para o dólar e negativo para ativos sensíveis a juros, como o ouro e ações de crescimento. Para o trader, o momento exige atenção redobrada com volatilidade de curto prazo e ajustes nas expectativas de juros, que continuarão a ser o principal motor de precificação no mercado de câmbio e metais preciosos. 📊 Matéria produzida por: Igor Pereira Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE Fundador da ExpertFX School – Desde 2017
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Investidores buscam segurança: Fundos do mercado monetário dos EUA registram maiores entradas desde dezembro em meio a tensões comerciais e payroll Por Igor Pereira — Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE Na semana encerrada em 4 de junho de 2025, os fundos do mercado monetário dos EUA registraram uma impressionante entrada líquida de US$ 66,24 bilhões, segundo dados da LSEG Lipper — a maior captação semanal desde 4 de dezembro de 2024. Este movimento reforça o cenário de aversão ao risco global diante da crescente tensão comercial entre Estados Unidos e China, somada à expectativa sobre os dados de emprego dos EUA (payroll), que serão divulgados nesta sexta-feira. Motivações do fluxo: Medo de tarifas e payroll crítico A decisão do presidente Donald Trump de elevar tarifas sobre o aço importado, além da possibilidade de novas medidas protecionistas contra a China, reacendeu temores de uma guerra comercial mais ampla. Ao mesmo tempo, a incerteza sobre o relatório de emprego não-agrícola (Non-Farm Payroll) levou investidores institucionais a se posicionarem em ativos líquidos e de baixo risco. Essa combinação de risco geopolítico + sensibilidade macroeconômica estimulou a migração para fundos do mercado monetário como forma de proteção e liquidez rápida. Desempenho por classe de ativos – Semana encerrada em 4 de junho 🏦 Fundos de mercado monetário (Money Market Funds) Entradas líquidas: US$ 66,24 bilhões Maior volume semanal desde dezembro de 2024 📉 Fundos de ações (Equities) Saídas líquidas: US$ 7,42 bilhões Small caps: -US$ 2,99 bilhões (pior semana desde 30/04) Multi-cap: -US$ 2,13 bilhões Mid-cap: -US$ 1,05 bilhão Large-cap: -US$ 962 milhões 🔍 Fundos setoriais Tecnologia (Tech): +US$ 1,15 bilhão Consumo essencial: +US$ 309 milhões Financeiro: -US$ 1,16 bilhão 💵 Fundos de renda fixa (Bond Funds) Entradas líquidas totais: US$ 4,8 bilhões (menor valor em 4 semanas) Destaques positivos: Curto e médio prazo grau de investimento: +US$ 3,98 bilhões (maior desde nov/2024) TIPS (protegidos contra inflação): +US$ 634 milhões Títulos domésticos tributáveis: +US$ 505 milhões Leitura técnica e implicações para o mercado O forte desvio de capital para o mercado monetário demonstra claramente que grandes players estão preservando caixa e aguardando clareza em relação ao ambiente macroeconômico. Esse comportamento é típico em momentos de transição, onde há mais perguntas do que respostas — especialmente diante de riscos tarifários e sinais mistos da economia americana. A busca por fundos de curto prazo e títulos protegidos contra inflação evidencia que os investidores temem volatilidade prolongada, possíveis choques inflacionários ou até mesmo uma recessão técnica caso o payroll decepcione ou a guerra comercial se intensifique. Impacto no ouro (XAU/USD) e ativos correlacionados A movimentação do capital em direção à segurança reforça o cenário de suporte ao ouro, que segue como proteção contra: Volatilidade dos mercados acionários Inflação persistente nos EUA Desconfiança sobre a estabilidade da política fiscal americana Com isso, o XAU/USD tende a encontrar suporte acima da faixa dos US$ 3.308, podendo mirar resistências na casa dos US$ 3.380 e US$ 3.400, caso os dados de emprego venham abaixo das expectativas. A confirmação de uma deterioração do mercado de trabalho ampliaria a demanda por ouro, impulsionada por hedge funds e bancos centrais — com destaque para a China, que segue comprando agressivamente. O que acompanhar nos próximos dias Payroll – Sexta-feira (06/06): dado central para definir o posicionamento de curto prazo do dólar, dos Treasuries e do ouro. Agenda tarifária da Casa Branca: qualquer escalada nas tarifas contra China, União Europeia ou México pode acentuar a fuga de risco. Fluxo institucional para fundos de proteção (money market e TIPS): permanece como sinal-chave para a confiança do investidor global. Conclusão – Visão ExpertFX School A atual reprecificação dos riscos comerciais e macroeconômicos vem alimentando um cenário de desalavancagem estratégica e rotação defensiva, com grande impacto sobre o comportamento dos fundos globais. O investidor deve observar atentamente o comportamento dos fluxos institucionais como termômetro antecipado de crises ou rotações de ciclo. Neste contexto, o ouro reafirma seu papel como proteção de portfólio em 2025, especialmente quando combinado com incertezas fiscais, tarifárias e eleitorais nos EUA. 📊 Matéria produzida por: Igor Pereira Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE Fundador da ExpertFX School – Desde 2017
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Expectativa Payroll: Sexta-feira, 06 de junho de 2025 – 09h30 (Brasília)
um tópico no fórum postou Igor Pereira Análises Fundamental
📅 Expectativa Payroll: Sexta-feira, 06 de junho de 2025 – 09h30 (Brasília) 📉 Expectativa: 126 mil empregos criados | Taxa de desemprego: 4,2% | Crescimento salarial: +0,3% M/M, 3,7% Y/Y 🗣 Whisper number: 110 mil (com rumores apontando para apenas 80 mil) 🧠 Resumo Executivo O mercado aguarda com cautela a divulgação do Payroll de maio nos EUA, em meio à crescente percepção de desaceleração do mercado de trabalho. Após o ADP e outros dados antecedentes apontarem para fraqueza, investidores temem que uma leitura abaixo de 100 mil empregos possa reacender temores de recessão, pressionar o dólar e derrubar bolsas. 📌 Cenário Atual: ADP fraco: Apenas 37 mil vagas criadas (vs. 110k esperados), menor nível desde março de 2023. Reivindicações de seguro-desemprego subiram levemente, sinalizando aumento de demissões. ISM Manufatura ainda em contração no emprego (46,8), enquanto ISM Serviços voltou à expansão (50,7). JOLTS (abril): Abertura de vagas surpreendeu positivamente, mas quedas nos pedidos de demissão e aumento nos layoffs indicam enfraquecimento estrutural. 📊 Expectativas do Mercado Criação de empregos (NFP): 126 mil (vs. 177 mil em abril) 3 meses: 155k | 6 meses: 193k | 12 meses: 157k Intervalo de projeções: 75k a 190k Taxa de desemprego: 4,2% (sem variação esperada) Salários: +0,3% M/M | +3,7% Y/Y (ligeira desaceleração) 🔍 Fatores em Destaque ➕ Argumentos para um relatório forte: Indicadores alternativos (“big data”) sugerem crescimento robusto, com média de 121k (excluindo ADP). Demissões ainda em níveis historicamente baixos (229k). Queda nos layoffs anunciados: -12k em maio. ➖ Argumentos para um relatório fraco: Fracasso do ADP sugere colapso no setor privado. Corte de empregos federais pode impactar o setor público, com fim de períodos de aviso prévio. Incerteza política e regulatória pesa sobre novas contratações. Sinais mistos de encurtamento de contratações e foco em eficiência. 📈 Reação Esperada do Mercado Matriz de Impacto segundo o Goldman Sachs: Payroll Reação esperada do mercado >180k S&P 500 sobe +1% 120k–180k Reação neutra/modesta alta <100k S&P 500 pode cair -1,5% <80k + desemprego ↑ Aversão total a risco (recessão no radar) Bolsas: Sensíveis a surpresa negativa. Uma forte queda nas contratações pode encerrar a tendência de alta. Ouro (XAU/USD): Forte candidato a alta com payroll abaixo de 100k e inflação persistente. Dólar (DXY): Pode sofrer pressão se o relatório decepcionar fortemente, com investidores antecipando cortes do Fed. Treasuries: Rally nos yields longos em caso de payroll fraco, com precificação de afrouxamento monetário. 📉 Riscos Técnicos e Políticos Fed segue atento ao equilíbrio entre inflação acima da meta e enfraquecimento do emprego. Dois cortes já precificados para 2025, mas uma leitura ruim poderia intensificar apostas em três cortes. A tensão institucional com cortes no setor público e a lentidão em novas contratações refletem incertezas maiores, inclusive sobre o orçamento federal. 🧠 Conclusão e Posição Técnica Se o relatório vier abaixo de 100 mil, especialmente com elevação na taxa de desemprego, podemos ver: Encerramento da atual bull run nos índices de ações. Aumento imediato na demanda por ativos defensivos (ouro, iene, franco suíço). Deterioração das expectativas econômicas e aceleração nas apostas de cortes do Fed já em julho. Se vier acima de 150k, a reação será limitada, reforçando a narrativa de “soft landing”, mas sem impulso adicional, a menos que os salários surpreendam para cima. 📌 Recomendações de curto prazo (Trading View): XAU/USD: Suporte técnico em $3.310 e resistência em $3.365. Quebra acima após payroll fraco pode abrir caminho para $3.400. S&P 500: Alvo técnico de curto prazo em 5.980. Ruído abaixo de 100k no payroll pode gerar correção para 5.750. DXY: Perda do nível de 98,50 após payroll fraco deve abrir espaço para queda até 97,70. 📢 Comentário do Analista – Igor Pereira “Com a desaceleração gradual do emprego, o Payroll de maio se torna o divisor de águas para o segundo semestre. Um número fraco, abaixo de 100 mil, não será mais ignorado pelo mercado – ele reativa os temores de recessão e acelera a reprecificação de cortes no Fed. O ouro pode emergir como o maior beneficiado neste cenário, enquanto o dólar e os índices acionários perdem tração.” -
Estudo Técnico: Por que os Bancos Centrais Compram Ouro e Não Bitcoin?
um tópico no fórum postou Igor Pereira Dinheiro, bancos e finanças
📘 Estudo Técnico: Por que os Bancos Centrais Compram Ouro e Não Bitcoin? Autor: Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE Introdução No universo da política monetária e da estabilidade financeira internacional, as decisões dos bancos centrais seguem princípios altamente técnicos e regulamentados. Diferentemente do investidor de varejo, que muitas vezes se orienta por expectativas de valorização ou tendências de mercado, os bancos centrais pautam suas reservas com base em segurança, liquidez, reconhecimento regulatório e impacto contábil. Neste estudo, vamos entender por que o ouro continua sendo o principal ativo de reserva entre os bancos centrais — e por que o Bitcoin ainda está longe de ocupar esse papel. 1. O Papel da Regulação: Basileia III como Norte O Comitê de Basileia, órgão ligado ao Banco de Compensações Internacionais (BIS), estabelece os padrões regulatórios internacionais para instituições financeiras, incluindo os critérios para definição de ativos de reserva. Com a implementação das normas de Basileia III, os bancos centrais e comerciais passaram a operar sob regras mais rígidas de capital mínimo, ponderação de risco e liquidez. Ouro sob Basileia III: Classificação: Ativo de Nível 1 (Tier 1 Asset) Ponderação de risco: 0% Liquidez: Altamente líquida e aceita globalmente Reconhecimento institucional: Totalmente contabilizável no capital regulatório Em outras palavras, o ouro físico alocado é considerado tão seguro quanto títulos soberanos AAA. Isso permite aos bancos centrais manterem ouro em seus balanços sem impacto negativo nas métricas regulatórias, como o Índice de Capital Principal (CET1). 2. Bitcoin: O Descompasso Regulatória e Contábil Apesar do crescente interesse em criptoativos no mercado financeiro, o Bitcoin ainda enfrenta limitações estruturais que impedem seu uso como ativo de reserva pelos bancos centrais. Bitcoin atualmente: Classificação em Basileia: Nenhuma Ponderação de risco: Extremamente alta Volatilidade: Altíssima Liquidez: Limitada, com alta segmentação Reconhecimento legal: Ausente nas principais jurisdições monetárias Como não há um marco contábil ou regulatório internacional que reconheça o Bitcoin como ativo de capital de qualidade, os bancos centrais não podem contabilizá-lo como reserva sólida. Isso cria uma barreira prática para sua adoção institucional no nível soberano. 3. Comparativo Técnico: Ouro vs. Bitcoin Critério Ouro Bitcoin Classificação em Basileia III Ativo Tier 1 Não classificado Ponderação de Risco 0% Altíssima Volatilidade Baixa Extremamente alta Liquidez Global e institucional Limitada e segmentada Reconhecimento legal Sim Não Função como reserva de valor Histórica e comprovada Em debate Aceitação como colateral Sim Inexistente Impacto regulatório no balanço Positivo / neutro Negativo / incerto 4. O Que Esperar do Futuro? Ainda que o setor cripto avance em direção à institucionalização — com ETFs aprovados, infraestrutura bancária sendo construída e maior adesão de fundos — os bancos centrais seguem cautelosos. Mudanças regulatórias profundas seriam necessárias para que o Bitcoin alcance o status de ativo Tier 1. Além disso, questões como governança, volatilidade, respaldo soberano e garantias de liquidez ainda são obstáculos substanciais. Já o ouro, com milênios de histórico monetário e aceitação global, permanece como a âncora de confiança nas reservas internacionais. 🧠 Conclusão do Analista Igor Pereira 📌 Considerações Finais A escolha entre ouro e Bitcoin não é uma questão de preferência ideológica ou de visão futurista, mas sim uma decisão baseada em normas, segurança institucional e impacto sistêmico. Para o investidor profissional e para o trader institucional, entender essa dinâmica é crucial para interpretar fluxos de capital, políticas monetárias e a real natureza das reservas internacionais. Publicado por: 📊 Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro Membro WallStreet NYSE | Fundador da ExpertFX School -
💹 Índice do Dólar pode ter encontrado fundo – Comparações de Ciclos e Ouro XAU/USD Ciclo de 3 a 4 anos do USDX pode levar a novo rali ainda em 2025, com impacto direto no ouro e nas mineradoras 📌 Por Igor Pereira – Analista de Mercado, Membro WallStreet NYSE ✅ Resumo Técnico da Situação Atual do USDX O Índice do Dólar (DXY) parece ter alcançado uma zona técnica de fundo após recuar fortemente nos últimos meses. No entanto, dados históricos e análise cíclica sugerem que o mercado pode passar por uma fase de consolidação lateral antes de retomar a tendência de alta. Essa leitura se baseia em: Proximidade de suportes de longo prazo; Sinais semelhantes aos observados em 2018, após declarações de Mnuchin (e agora, de Trump); Estrutura histórica de fundações cíclicas a cada 3 ou 4 anos no índice DXY desde 2005. 🔁 Ciclos do USDX: padrões de fundo a cada 3-4 anos Desde 2005, os principais fundos do dólar ocorreram nos seguintes anos: 2005 2008 (3 anos depois) 2011 (3 anos) 2014 (3 anos) 2018 (4 anos) 2021 (3 anos) 2025? (possível fundo atual, 4 anos após o anterior) 🧩 Ponto-chave: após cada fundo, o índice geralmente leva de 50 a 137 dias úteis para estabilizar antes de iniciar uma alta sustentável. Ano Dias úteis entre fundos locais 2005 50 dias 2008 86 dias 2011 83 dias 2014 137 dias 2018 58 dias 2025 32 dias até agora ⏳ Isso indica que o fundo final ainda pode estar em construção, com potencial para mais 18 a 28 dias úteis de lateralização antes do início de um rali mais claro. 📊 USDX: tendência de alta intacta, apesar da pausa Apesar da fraqueza momentânea, o padrão técnico permanece altista no médio prazo. O movimento atual pode ser visto como uma fase de absorção, o que é típico antes de rompimentos mais fortes. A volatilidade intradiária está alta, mas o movimento semanal é limitado – sinal típico de fundo em formação. Suporte confirmado: O USDX rompeu abaixo da mínima de 2023, mas essa quebra já está sendo revertida (movimento de “bear trap”), sugerindo retomada do viés altista. 💰 Impactos nos Metais: Ouro em alta e mineradoras respondem positivamente Com a queda do dólar, o ouro rompeu e confirmou o nível de 61,8% de retração de Fibonacci, abrindo espaço para nova alta com alvos em US$ 3.450 a US$ 3.500. Destaques do setor: Ações de mineradoras de ouro estão se valorizando mais que o próprio ouro, indicando força relativa; Um ativo específico rompeu resistência-chave, confirmou o breakout e ainda tem potencial técnico para subir mais 25% (sem alavancagem); Outro papel está prestes a confirmar rompimento de longo prazo, o que pode gerar uma valorização acima da média do GDX/GDXJ. 🛎️ Sinais de enfraquecimento serão acompanhados de perto para realização parcial de lucros. 🔮 Expectativas para o USDX e ouro nas próximas semanas Fator Expectativa USDX (curto prazo) Lateralização de 2 a 4 semanas USDX (médio prazo) Alta potencial após consolidação Ouro (XAU/USD) Alvo de curto prazo: US$ 3.450–3.500 Mineração Continuidade do rali, com ações específicas liderando Volatilidade Alta intradiária; baixa estrutural (sinal de reversão) 📌 Conclusão do analista Igor Pereira
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PREOCUPAÇÃO GLOBAL: DÓLAR EM QUEDA ACELERADA E RBC PREVÊ FRAQUEZA PROLONGADA
um tópico no fórum postou Igor Pereira Sentimento de Mercado
💵 PREOCUPAÇÃO GLOBAL: DÓLAR EM QUEDA ACELERADA E RBC PREVÊ FRAQUEZA PROLONGADA Analistas alertam: desvalorização do dólar pode sinalizar mudança estrutural na preferência dos investidores globais 📌 Por Igor Pereira – Analista de Mercado, Membro WallStreet NYSE 📉 Dólar já caiu 10% em 2025: movimento preocupa o mercado institucional O dólar americano vem registrando uma queda expressiva desde o início do ano. Segundo a RBC Global Asset Management, o recuo de aproximadamente 10% no índice DXY desde janeiro não é apenas técnico ou temporário — trata-se de uma mudança estratégica mais ampla na confiança do mercado internacional em ativos denominados em dólar. Mesmo com a volatilidade persistente nos mercados globais — que historicamente impulsiona o dólar como porto seguro — a moeda americana não conseguiu sustentar sua força. 🧠 RBC: enfraquecimento do dólar sinaliza fim do “excepcionalismo americano” Em nota recente enviada a seus clientes, a RBC destacou que o declínio do dólar pode estar associado a questionamentos crescentes sobre o “excepcionalismo americano”, conceito que há décadas embasa a preferência do mundo pelo dólar como moeda de reserva e refúgio em tempos de crise. Segundo os analistas da gestora, esse novo cenário indica: Redução estrutural da demanda global por dólares; Busca por diversificação em moedas alternativas (euro, franco suíço, ouro e yuan); Perda de credibilidade da política fiscal e monetária dos EUA. 📊 Indicadores técnicos e institucionais confirmam tendência de baixa Indicador Situação Atual Índice DXY -10% YTD CDS soberano dos EUA Em alta desde abril Fluxo cambial de bancos centrais Saída líquida do dólar em favor do ouro e yuan Fundos institucionais (ETF/USD) Desalavancagem progressiva 📌 Mesmo com risco geopolítico elevado e incerteza monetária, o dólar não está reagindo como ativo de proteção — o que preocupa analistas e investidores institucionais. 🔮 Projeções da RBC e possíveis cenários A RBC projeta que a fraqueza cambial dos EUA pode persistir até 2026, caso o governo mantenha: A política de tarifas que restringe o comércio internacional; O discurso de enfraquecimento do dólar como incentivo à produção doméstica; O aumento descontrolado da dívida pública americana, hoje já acumulada em US$ 37,5 trilhões, com teto oficial de US$ 40 trilhões previsto para agosto/setembro. ⚠️ O que esperar e qual o impacto no mercado? Mercado Impacto Esperado Ouro (XAU/USD) Forte valorização (refúgio frente ao dólar) Moedas emergentes Potencial valorização contra USD Bolsas americanas Alta no curto prazo via exportadoras; risco estrutural no longo Renda fixa Perda de atratividade de Treasuries Dólar (FX global) Viés de queda contínua até mudança de política fiscal ou monetária 🧠 Conclusão do analista Igor Pereira 📍 Recomendações para investidores: ✅ Aumentar exposição tática em ouro, franco suíço e commodities; ✅ Reduzir concentração em Treasuries longos; ✅ Monitorar ações do Tesouro e do Fed quanto à política cambial; ✅ Observar decisões de bancos centrais asiáticos e fluxo cambial global. -
💥 COLAPSO DO DÓLAR: EUA ESTÃO ENFRAQUECENDO SUA MOEDA DE FORMA ESTRATÉGICA? Queda histórica do dólar pós-tarifas levanta suspeitas de manipulação cambial voluntária por parte da administração Trump 📌 Por Igor Pereira – Analista de Mercado, Membro WallStreet NYSE 📉 Dólar rompe suporte de 17 anos frente ao euro: início de um novo ciclo? O par EUR/USD rompeu em junho um suporte técnico de 17 anos, dando início a um movimento de forte valorização do euro. A ruptura coincide precisamente com o anúncio de novas tarifas comerciais por Donald Trump em 2 de abril de 2025 — reforçando suspeitas de que a atual administração possa estar, intencionalmente, promovendo a desvalorização do dólar como política econômica estratégica. 📊 Desempenho recente da moeda americana: sinais de enfraquecimento estrutural Desde o início de 2025, o dólar acumula quedas expressivas contra várias moedas: Moeda Variação contra o dólar em 2025 Euro (EUR) -9% Iene Japonês (JPY) -8% Coroa sueca (SEK) -13% Dólar Taiwanês (TWD) Queda abrupta em dias 📌 Trata-se da maior queda do dólar frente ao euro em uma janela de 10 semanas desde 2010. 🇺🇸 Mudança de visão em Washington: o dólar forte está sendo visto como um problema Fontes ligadas à equipe econômica de Trump já indicaram que a força do dólar está sendo considerada um entrave à competitividade americana. A administração passou a enxergar o dólar sobrevalorizado como culpado por: Déficits comerciais crônicos; Perda de empregos industriais; Desvantagens nas exportações americanas. Segundo essa visão, um dólar mais fraco estimularia a indústria doméstica, reduziria importações e reequilibraria a balança comercial — pilares da política America First. 🧨 Tarifas como instrumento de política cambial disfarçada? Oficialmente, as novas tarifas anunciadas em abril foram justificadas como ferramentas de renegociação comercial e arrecadação. Contudo, a sequência de eventos — tarifas seguidas de colapso do dólar — sugere um objetivo oculto: derrubar o valor da moeda americana. Essa hipótese ganha força ao considerar: Quedas sincronizadas do dólar em todos os principais pares cambiais; Declarações públicas da equipe Trump sobre os efeitos negativos do dólar forte; Desaceleração do comércio global, reduzindo a demanda internacional por dólares. 🌐 Impactos globais: risco à hegemonia do dólar como moeda de reserva A dominância do dólar no sistema global é sustentada por duas frentes: Mais de 54% do comércio global é cotado em dólares; Cerca de 90% de todas as transações no mercado FX envolvem USD. 📌 Uma queda na atividade comercial — provocada por tarifas — reduz a necessidade dos países manterem grandes reservas em dólar. Se essa tendência se intensificar, o status de moeda de reserva do dólar pode ser ameaçado. 📉 O que esperar e qual o impacto no mercado? Variável Impacto esperado Dólar Viés de baixa estrutural Ouro (XAU/USD) Forte valorização contínua Ações exportadoras americanas Benefício marginal no curto prazo Dólar como reserva global Pressão e substituição gradual por yuan, ouro e moedas digitais Commodities Alta expressiva por desvalorização do dólar de referência 🔎 Conclusão do analista Igor Pereira 📌 Nota para investidores: ✅ Mantenha hedge em metais preciosos (ouro, prata); ✅ Diversifique posições cambiais para moedas menos expostas ao dólar; ✅ Atenção a ETFs que se beneficiam da desdolarização; ✅ Monitore pronunciamentos do Tesouro e do Fed quanto à política cambial; ✅ Observe fluxos cambiais de bancos centrais como China, Índia e Brasil.
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EUA PRESTES A ELEVAR TETO DA DÍVIDA PARA US$ 40 TRILHÕES EM 2025 - SAIBA QUANDO
um tópico no fórum postou Igor Pereira Análises Fundamental
🇺🇸 EUA PRESTES A ELEVAR TETO DA DÍVIDA PARA US$ 40 TRILHÕES EM 2025 Mercado reage ao alerta fiscal enquanto ouro sobe e Treasuries sofrem pressão 📌 Análise técnica e fundamental de Igor Pereira, Membro WallStreet NYSE 📊 Panorama Atual: Dívida Pública dos EUA atinge novo patamar histórico A dívida total dos Estados Unidos alcançou US$ 37,5 trilhões acumulados em junho de 2025. No entanto, o valor oficialmente contabilizado pelo Tesouro — US$ 36,2 trilhões — é limitado pelo teto da dívida federal, que deverá ser revisado para US$ 40 trilhões entre agosto e setembro de 2025. O presidente Donald Trump declarou recentemente que o teto da dívida deveria ser eliminado permanentemente, afirmando que ele “apenas atrapalha o crescimento” e que a economia americana “nunca esteve tão forte”. 📉 Mercado Reage com Incerteza: Tesouro sob pressão, ouro dispara 💵 Impactos diretos: Rendimentos dos Treasuries (10 anos) sobem para 4,33%, refletindo o aumento do risco fiscal; O dólar americano perde tração internacional, com bancos centrais reduzindo exposição a Treasuries; Ouro atinge US$ 3.200/oz, novo recorde histórico, impulsionado por fuga de ativos dolarizados; Expectativa de downgrade nas notas de crédito dos EUA por agências como Fitch e Moody’s. 🧮 O que está por trás dos US$ 37,5 trilhões? A diferença entre o valor real da dívida acumulada (US$ 37,5 tri) e o valor contabilizado (US$ 36,2 tri) se deve ao mecanismo do teto da dívida, que impede a emissão formal de novos títulos enquanto o Congresso não autoriza sua ampliação. No entanto, o Tesouro continua usando “medidas extraordinárias” para cumprir obrigações, o que gera um passivo crescente oculto. 🔍 Cenário técnico e fundamental: Risco estrutural aumenta Indicador Situação Atual Impacto Esperado Teto da Dívida Revisão para US$ 40 tri Aumento do risco soberano Gastos Federais Crescendo acima do PIB Pressão sobre Treasuries Financiadores Externos Redução de compras (China, Japão) Dólar perde suporte Bancos Centrais Compras de ouro em alta Sustentação do XAU/USD Dívida/PIB Acima de 124% Insustentável a longo prazo 📌 O que esperar e qual o impacto no mercado? 📍 Cenário de curto prazo (junho a setembro): A volatilidade nos mercados de Treasuries deve aumentar; Ouro permanece com viés altista; Expectativas inflacionárias se deterioram; Aumento do prêmio de risco dos EUA e possível revisão de rating soberano. 📍 Cenário de médio/longo prazo (Q4 2025 em diante): Caso o teto seja removido ou flexibilizado, pode ocorrer um choque de confiança global no dólar e no mercado de dívida americana; Possibilidade de desdolarização acelerada por parte de países do BRICS+ e emergentes; Valorização estrutural de ativos tangíveis como ouro, prata, energia e terras raras. 🧠 Conclusão do analista Igor Pereira 📌 Nota final para investidores: Monitore atentamente: Projeções do Tesouro (CBO e Fed); Compras de ouro por bancos centrais; Volume de entregas físicas na COMEX; Declarações sobre teto da dívida e política fiscal nos EUA. 🔒 Proteja seu capital. Diversifique fora do risco soberano americano enquanto ainda há tempo. -
Trump Defende Fim do Teto da Dívida dos EUA — Impactos no Mercado e no Dólar
um tópico no fórum postou Igor Pereira Sentimento de Mercado
📰 Trump Defende Fim do Teto da Dívida dos EUA — Impactos no Mercado e no Dólar Em nova declaração polêmica, o presidente Donald Trump afirmou que o teto da dívida dos EUA deveria ser completamente removido. A proposta reacende o debate sobre a sustentabilidade fiscal norte-americana e pode ter impactos diretos no mercado financeiro global, especialmente sobre o dólar, os juros e o ouro. 📊 O Que Esperar Volatilidade no dólar (USD): Remover o teto pode gerar desconfiança nos mercados sobre a disciplina fiscal dos EUA. Alta no ouro (XAU/USD): O ouro tende a se beneficiar como ativo de proteção diante do risco fiscal e de impressão ilimitada de moeda. Mercado de títulos pressionado: A percepção de risco pode elevar os rendimentos dos Treasuries para compensar investidores. Risco soberano: Aumenta a possibilidade de rebaixamento da nota de crédito dos EUA pelas agências, como visto em crises anteriores. 🎯 Impacto Técnico e Fundamental Para o investidor: A fala de Trump pode fortalecer as apostas em ativos reais como ouro e prata. Para o trader de Forex: Expectativa de fraqueza no USD em médio prazo, caso o discurso ganhe força política. Análise ExpertFX School: Apesar de ser apenas uma proposta, o mercado pode reagir de forma antecipada a riscos fiscais. Fique atento a novos discursos políticos e às reações do mercado de Treasuries e metais preciosos. -
📈 O Surto de Compras de Ouro pelos Bancos Centrais Continuará a Impulsionar o Investidor Varejista dos EUA? Por Igor Pereira — Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE Vivemos um ciclo histórico de alta no ouro, impulsionado principalmente por uma onda de compras silenciosas e agressivas por parte dos bancos centrais globais. Estima-se que essas instituições estejam adquirindo aproximadamente 80 toneladas de ouro por mês, o que equivale a cerca de US$ 8,5 bilhões, segundo analistas do Goldman Sachs. Esse fluxo constante — e em grande parte confidencial — está se consolidando como um pilar estrutural da alta nos preços do ouro. Mas essa tendência institucional pode influenciar o investidor varejista norte-americano? 🏦 A Força Silenciosa dos Bancos Centrais De acordo com o Conselho Mundial do Ouro (World Gold Council), bancos centrais e fundos soberanos absorvem cerca de 1.000 toneladas de ouro por ano — o equivalente a 25% da produção global anual. E os dados não sugerem desaceleração: uma pesquisa do HSBC com 72 bancos centrais revelou que mais de um terço planeja comprar ainda mais ouro em 2025, e nenhum deles pretende vender. Casos emblemáticos como o do Banco Nacional do Cazaquistão, que passou de vendedor a comprador líquido neste ano, indicam uma mudança estrutural no comportamento das autoridades monetárias globais. 💬"Por que o preço do ouro está subindo?" A resposta está na convergência de três forças principais: Desdolarização: Crescentes preocupações com a hegemonia do dólar e sua utilização como arma geopolítica, especialmente após o congelamento das reservas russas em 2022. Inflação e risco sistêmico: O ouro oferece proteção contra inflação persistente e instabilidade política. Diversificação forçada: A escassez de alternativas reais fora do dólar obriga os bancos centrais a migrarem para ativos tangíveis como o ouro. 🧭 O Investidor Varejista Norte-Americano Está Acompanhando? Sim — e com força crescente. O investidor de varejo, particularmente nos EUA, tende a seguir os fluxos institucionais, principalmente quando esses estão alinhados a narrativas de proteção patrimonial e desconfiança institucional. A escalada do ouro, que em abril atingiu o recorde de US$ 3.500 por onça, está sendo percebida por traders e investidores como um reflexo de risco sistêmico em curso — inflação persistente, déficits fiscais americanos recordes e dúvidas sobre a política monetária futura sob a nova administração Trump. 🔎 O Que Esperar? Goldman Sachs mantém projeção de US$ 3.700/onça para o fim de 2025, com base no fluxo contínuo de compras por bancos centrais. JPMorgan projeta ouro a US$ 6.000 até 2029, com base num redirecionamento mínimo (0,5%) dos ativos externos em dólar para ouro. A tendência é irreversível, segundo especialistas do UBS e BlackRock. A desdolarização estrutural já começou. 📌 Impacto no Mercado Para o varejo: ETFs de ouro (como GLD) estão registrando fluxos positivos após anos de saída. A procura por metais físicos aumentou fortemente nos EUA, com prêmios sobre moedas como a American Eagle atingindo máximas de 12 meses. Empresas de mineração estão se valorizando à medida que o mercado precifica um ciclo de alta de longo prazo. 📣 Análise Final – Igor Pereira 📍Conclusão A febre do ouro entre bancos centrais não é temporária — e seu impacto no comportamento do investidor varejista está só começando. Com a confiança global no dólar sendo desafiada e o ouro se firmando como ativo estratégico de longo prazo, o varejo americano tende a seguir o mesmo caminho: comprar, acumular e proteger.
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⚠️ Bitcoin e Riscos Corporativos: 61 Empresas Detêm 673.800 BTC — Standard Chartered Alerta para Possível Onda de Vendas Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro, Membro WallStreet NYSE Atualmente, 61 empresas de capital aberto detêm coletivamente cerca de 673.800 BTC, o que representa aproximadamente 3,2% da oferta total de Bitcoin em circulação. Este dado, revelado por analistas da Standard Chartered, levanta preocupações sobre riscos de liquidez e possíveis ondas de venda. 📉 Risco Técnico: Preço Médio de Compra Ameaçado Segundo o relatório, uma queda de mais de 20% no preço do BTC abaixo do preço médio de aquisição corporativa poderia desencadear vendas generalizadas por parte das companhias listadas, especialmente aquelas com políticas rígidas de gestão de risco ou exigências de marcação a mercado. 🧮 Implicações Técnicas e de Mercado Ponto Crítico: Abaixo da linha de custo médio corporativo, as empresas podem ser forçadas a liquidar parte de suas posições para preservar caixa ou atender a requisitos contábeis. Pressão de Venda: Caso o preço do BTC sofra correções adicionais, o risco de efeito dominó aumenta, amplificando a volatilidade no mercado cripto. Sentimento de Risco: A aversão ao risco pode crescer, especialmente se grandes holdings institucionais decidirem reduzir exposição para mitigar perdas contábeis. 🔎 Contexto Atual O BTC encontra-se pressionado por um cenário macroeconômico incerto, com: Aumento da aversão ao risco global. Volatilidade nos rendimentos dos Treasuries. Fluxo para ativos defensivos, como ouro. Regulação sobre stablecoins e exchanges nos EUA e Europa. 🧭 O que Observar? Níveis técnicos de suporte: Caso o BTC rompa abaixo dos US$ 59.000, pode atingir gatilhos institucionais de venda. Movimentações de carteiras corporativas: Monitorar empresas como MicroStrategy, Tesla e Coinbase. Sentimento macro: Expectativas de corte de juros pelo Fed podem impactar positivamente o apetite ao risco — ou não, se o cenário macro se deteriorar. 📌 Impacto para Traders Para traders institucionais e de varejo, é crucial: Monitorar os níveis de suporte psicológico e técnico. Observar movimentações de grandes carteiras (whales e corporativas). Ajustar stops e tamanho de posição em cenários de alta volatilidade. 💬 Análise de Igor Pereira – ExpertFX School
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📊 Relatório Econômico EUA e Canadá: Dados de Emprego, PMI e Decisão de Juros BoC Por Igor Pereira – Analista de Mercado Financeiro | Membro WallStreet NYSE O mercado financeiro global foi impactado nesta quarta-feira (05/06) por uma série de divulgações macroeconômicas relevantes nos Estados Unidos e Canadá. Os dados divulgados apresentaram sinais mistos, alimentando volatilidade nos ativos ligados ao dólar (USD), ao ouro (XAU/USD) e ao dólar canadense (CAD). 📉 Dados de Emprego ADP (EUA – Maio) Anterior: 62 mil Projeção: 111 mil Atual: 37 mil Impacto no Mercado: Altamente negativo para o dólar. A forte decepção no relatório de empregos privados da ADP reforça os sinais de desaceleração no mercado de trabalho dos EUA. O resultado aumenta as apostas de que o relatório oficial de emprego (payroll), que será divulgado na sexta-feira (07/06), também possa surpreender negativamente. Esse cenário fortalece a especulação em torno de cortes de juros pelo Federal Reserve nos próximos meses. 📈 S&P Global Services PMI (EUA – Maio) Anterior: 50,8 Projeção: 52,3 Atual: 53,7 Impacto no Mercado: Positivo para o dólar. O índice de atividade no setor de serviços veio acima do esperado, mostrando resiliência da economia real norte-americana, especialmente no segmento terciário. Esse dado contrabalança a fraqueza do ADP e limita perdas do dólar no curto prazo. 🇨🇦 Decisão de Juros do BoC (Canadá – Junho) Taxa anterior: 2,75% Projeção: 2,75% Atual: 2,75% Impacto no Mercado: Neutro. O Banco Central do Canadá optou por manter a taxa básica de juros inalterada, conforme o consenso de mercado. A decisão foi considerada prudente, refletindo uma postura de espera diante de um cenário ainda indefinido para inflação e crescimento. 🧭 Interpretação Estratégica 💵 Dólar Americano (USD) Apesar da queda inicial após o ADP, o USD encontrou suporte técnico e fundamental com o PMI de serviços acima do esperado. O mercado, no entanto, segue cauteloso com o payroll de sexta-feira, que pode definir a direção futura da política monetária americana. 🇨🇦 Dólar Canadense (CAD) Estável no curto prazo, o CAD mostrou leve viés de alta diante da decisão neutra do BoC e ausência de sinal claro para cortes iminentes. A taxa de juros mantida em 2,75% oferece suporte à moeda canadense, enquanto o mercado aguarda dados adicionais. 🟡 Ouro (XAU/USD) O ouro apresentou alta após o ADP decepcionante, com investidores buscando proteção contra um possível cenário de enfraquecimento econômico nos EUA. No entanto, os ganhos foram limitados pela resiliência mostrada no setor de serviços. A expectativa agora recai sobre o payroll, que poderá impulsionar movimentos mais intensos. 📌 O que esperar nos próximos dias? A atenção dos investidores está voltada para indicadores cruciais que determinarão os próximos passos do Federal Reserve: Payroll (sexta-feira – 07/06): Dado determinante para as expectativas de corte de juros. Discurso de Jerome Powell (a confirmar): Pode oferecer pistas sobre o tom da próxima reunião do FOMC. CPI (Inflação ao Consumidor – EUA): Previsto ainda para este mês, será fundamental para confirmar se o Fed poderá aliviar a política monetária em setembro. 💬 Análise de Igor Pereira – ExpertFX School Relatório preparado por Igor Pereira Analista de Mercado Financeiro – Membro WallStreet NYSE ExpertFX School – Desde 2017 educando e informando traders em tempo real.
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Dados do ISM de Serviços Reforçam Pressão Negativa Sobre o Dólar
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📉 Dados do ISM de Serviços Reforçam Pressão Negativa Sobre o Dólar Por Igor Pereira – Analista de Mercado, Membro WallStreet NYSE O índice de preços do setor de serviços (ISM Non-Manufacturing Prices) dos Estados Unidos, referente ao mês de maio, apresentou um desempenho abaixo do esperado, aumentando as preocupações sobre a atividade econômica e as perspectivas de inflação. 📊 Dados Divulgados: Anterior: 51,6 Projeção: 52,1 Atual: 49,9 📌 Interpretação Técnica: Este resultado marca uma leitura abaixo da linha dos 50 pontos, o que indica contração dos preços pagos no setor de serviços, uma das engrenagens mais importantes da economia americana. 🧠 O que isso sinaliza? Desaceleração nos custos de insumos no setor de serviços, refletindo possível perda de tração da demanda interna; Reforço do viés desinflacionário, o que pode pressionar o Federal Reserve a considerar cortes de juros ainda em 2025; Pressão negativa sobre o dólar (USD) frente a ativos como ouro, euro, libra e moedas emergentes sensíveis à política monetária dos EUA. 📈 Impacto nos mercados: Dólar americano (DXY) reage com fraqueza, perdendo força frente a moedas com diferencial de juros estável; Ouro (XAU/USD) ganha suporte adicional, com os rendimentos reais em queda; Treasuries de médio e longo prazo voltam a atrair fluxo, com expectativa de cortes nos juros; Mercado acionário pode interpretar os dados como positivos, caso favoreçam alívio monetário. 💬 Comentário do analista Igor Pereira – ExpertFX School -
🏦 Compras de ouro por bancos centrais dobram — mas boa parte não está sendo declarada oficialmente Por Igor Pereira – Analista de Mercado, Membro WallStreet NYSE A declaração recente do perfil @BankerWeimar, que vem ganhando relevância entre analistas independentes, reacende uma discussão crítica para o mercado global de metais preciosos: a disparada nas compras de ouro por bancos centrais e fundos soberanos ao redor do mundo, com boa parte dessas movimentações ocorrendo de forma não oficial. Essa afirmação encontra suporte em diversos relatórios setoriais e dados indiretos analisados por entidades como o World Gold Council e consultorias privadas em fluxo de commodities. 🔍 Compras "não declaradas" — por que isso importa? Embora os bancos centrais normalmente reportem suas reservas ao FMI e ao público via balanços mensais, uma parte crescente das compras recentes tem sido feita por meio de canais alternativos, intermediários ou sem atualização nos registros oficiais. Essa tendência, já identificada em 2023 e 2024, cresceu ainda mais em 2025. Principais motivos: Evitar represálias geopolíticas (ex: sanções dos EUA e UE); Reduzir exposição ao dólar sem provocar movimentos abruptos no mercado; Proteção cambial e política monetária autônoma; Desdolarização das reservas internacionais. 🌍 Quem são os compradores ocultos? Embora China, Turquia e Cazaquistão tenham oficialmente aumentado suas reservas, muitos analistas apontam que bancos centrais como os da Arábia Saudita, Emirados Árabes, Irã e até Japão podem estar adquirindo ouro por meio de veículos financeiros fora do radar, como fundos soberanos ou operações privadas em bolsas de metais. 📈 Impacto no mercado de ouro (XAU/USD) A consequência direta é um suporte estrutural ao preço do ouro, mesmo diante de retrações técnicas ou realizações de lucro: Cria pressão constante sobre a oferta física (especialmente em Londres e na Comex); Eleva o prêmio sobre entregas físicas; Reduz a elasticidade da oferta, tornando quedas de preço cada vez mais limitadas e temporárias; Estabelece o ouro como ativo geopolítico, não apenas financeiro. 📊 O que esperar? Continuidade na acumulação silenciosa de ouro por bancos centrais, como instrumento estratégico e monetário; Crescente desalinhamento entre dados oficiais e realidade de mercado, especialmente nas reservas asiáticas e do Oriente Médio; Tendência de valorização estrutural do ouro no médio/longo prazo, sustentada por demanda institucional opaca e crescente. 💬 Comentário do analista Igor Pereira – ExpertFX School
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📉 Probabilidade de recessão nos EUA desaba 70% para 30% — maior queda em 65 anos sem recessão ocorrer Por Igor Pereira – Analista de Mercado, Membro WallStreet NYSE Em um movimento surpreendente para os mercados e para os modelos de previsão econômica, a probabilidade de recessão nos Estados Unidos caiu de forma abrupta de 100% para 30%, marcando a maior queda já registrada em um período de 12 meses desde 1960, sem que uma recessão de fato tenha se materializado. Esse tipo de movimento estatístico costuma ser raro e normalmente ocorre após uma desaceleração econômica significativa, mas antes que um colapso total se confirme, como se o sistema estivesse oscilando entre resiliência e fragilidade estrutural. 🧮 O que está por trás da revisão abrupta? A reversão nas projeções de recessão foi impulsionada por uma combinação de fatores recentes: Melhora nos dados de emprego e consumo em abril e maio; Resiliência dos gastos pessoais reais, mesmo com taxas de juro elevadas; Inflação desacelerando gradualmente, sem afetar fortemente o crescimento; Expectativa de estabilização monetária com o Fed mantendo os juros em patamar restritivo, porém sem novos aumentos; Políticas fiscais e industriais agressivas do governo Trump, com foco em infraestrutura e tarifas protecionistas, que estão reorganizando o dinamismo interno da produção. 📊 Impactos nos mercados financeiros 🔹 Renda variável (S&P 500, Nasdaq) A forte queda na probabilidade de recessão tende a impulsionar os índices de ações, que agora reprecificam um cenário de soft landing da economia, com empresas mantendo margens e consumo resiliente. 🔹 Renda fixa (Treasuries) O recuo nas projeções de recessão reduz a expectativa de cortes agressivos de juros, elevando os rendimentos (yields) dos Treasuries de curto e médio prazo. Destaque para o aumento recente no rendimento do Treasury de 2 anos. 🔹 Dólar (USD) O impacto sobre o dólar é neutro a ligeiramente positivo. A retirada do risco de recessão sustenta o dólar via diferencial de juros, mas o enfraquecimento das expectativas de corte pode limitar ganhos frente a moedas emergentes. 🔹 Ouro (XAU/USD) A queda na probabilidade de recessão reduz a atratividade do ouro como hedge contra crise, mas os fundamentos fiscais e geopolíticos ainda sustentam a demanda de longo prazo, especialmente de bancos centrais. 🧠 Perspectiva histórica O último movimento similar ocorreu nos anos 1990, durante o ciclo de expansão liderado por tecnologia, onde as previsões de recessão foram revertidas sem a concretização de um colapso econômico. A diferença, hoje, está no nível elevado da dívida pública, juros altos e a pressão geopolítica internacional, que tornam esse "pouso suave" mais instável e sujeito a reversões. 📌 O que esperar nos próximos meses? Reprecificação dos ativos de risco com redução do prêmio de recessão; Reforço da narrativa de soft landing, ainda dependente de dados futuros (inflação, consumo e emprego); Crescente foco nas decisões do Tesouro e do Fed, especialmente quanto à recompra de Treasuries e à inércia nos juros; Possível realocação de portfólios institucionais de ouro e proteção para ativos de risco. 💬 Comentário do analista Igor Pereira – ExpertFX School
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📉 Tesouro dos EUA realiza maior recompra de títulos da história: Bessent assume protagonismo diante da inércia do Fed Por Igor Pereira – Analista de Mercado, Membro WallStreet NYSE Em um movimento histórico e amplamente interpretado como uma forma indireta de quantitative easing (QE lite), o Tesouro dos EUA, sob liderança do secretário Steve Bessent, executou nesta terça-feira a maior recompra de Treasuries já registrada, no valor de US$ 10 bilhões, em meio à escalada persistente dos rendimentos e à paralisia do Federal Reserve. 🧠 Contexto: pressão extrema no mercado de títulos Desde meados de abril, o mercado de Treasuries vem enfrentando uma pressão aguda, provocada por três vetores principais: Rumores de venda de Treasuries por China e Japão para estabilizar suas moedas, após a “Liberação Econômica” anunciada por Trump em abril. Desmonte da operação de base (basis trade) estimada em US$ 2 trilhões, expondo o mercado a liquidações forçadas. Inércia do Fed, que mesmo diante do colapso do núcleo do PCE para o menor nível desde o crash da Covid-19, se recusa a cortar juros ou retomar QE. Foi nesse cenário que Bessent indicou, em entrevista à Bloomberg, que "se o Fed não agir, o Tesouro o fará", sinalizando o uso do “grande kit de ferramentas” à disposição da autoridade fiscal americana. 🛠️ A recompra histórica de US$ 10 bilhões Embora o Tesouro já viesse realizando operações semanais de recompra desde abril de 2024, o volume desta terça-feira marca um novo patamar na intervenção do governo no mercado secundário de dívida soberana: Montante: US$ 10 bilhões (recorde histórico). Duração dos títulos resgatados: curto prazo (maturações entre julho de 2025 e maio de 2027). Justificativa: conter a escalada dos juros e restaurar liquidez no segmento de dívida de curto prazo. E não para por aí: amanhã (quarta-feira), está programada uma nova recompra, agora com foco em títulos de 10 a 20 anos (2036–2045), com valor dobrado para US$ 2 bilhões, comparado à última recompra similar de US$ 1 bilhão realizada em 6 de maio. 🧮 Estratégia Bessent vs. Estratégia Yellen O que se desenha no horizonte é uma mudança estrutural no modo como o Tesouro gere sua atuação no mercado: Yellen (2023–2024): foco em emissão ativa (Activist Issuance) para rolagem de dívida e financiamento de programas fiscais. Bessent (2025): foco em recompras ativas (Activist Buyback) para suporte direto ao mercado secundário, atuando como um "mini Fed". Essa transição marca um reposicionamento do Tesouro como agente direto de estabilização macrofinanceira, especialmente em um contexto em que o Fed tem evitado se comprometer com novos estímulos. 📊 Impacto nos mercados financeiros 🔹 Tesouro dos EUA (Yields) A recompra atua como força compradora nos Treasuries, artificialmente baixando os yields e estabilizando o segmento de longo prazo. 🔹 Dólar (USD) Intervenções desse tipo tendem a enfraquecer o dólar, especialmente se o mercado enxergar uma monetização implícita da dívida via Tesouro. 🔹 Ouro (XAU/USD) O ouro pode se beneficiar duplamente: Pela queda dos rendimentos reais dos Treasuries. Pelo enfraquecimento do dólar, além da percepção de risco fiscal sistêmico. 🔹 Ações (S&P 500) O mercado acionário tende a reagir positivamente no curto prazo, interpretando a recompra como um alívio financeiro indireto, especialmente para bancos e seguradoras com grande exposição a Treasuries. 🧭 O que esperar? Ampliação das recompras nas próximas semanas, com foco em títulos de longa duração. Crescimento da pressão política sobre o Fed para retomar estímulos monetários. Possível revisão da estratégia de endividamento do Tesouro — combinando emissão curta com recompras longas, para modular o risco de refinanciamento. Mais volatilidade nos mercados, à medida que investidores reavaliam o papel institucional do Tesouro como “quase-Fed”. 💬 Comentário do analista Igor Pereira – ExpertFX School
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📉 Estoque de imóveis à venda nos EUA atinge recorde histórico de US$ 698 bilhões — alta de 20,3% em 12 meses Por Igor Pereira – Analista de Mercado, Membro WallStreet NYSE Segundo dados recentes da Redfin, o valor total dos imóveis atualmente à venda nos Estados Unidos atingiu US$ 698 bilhões, marcando o maior volume em termos nominais da história do mercado imobiliário americano. Isso representa um salto de 20,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo uma combinação preocupante de queda na demanda, aumento da oferta e deterioração nas condições de crédito. 🏚️ O que está por trás desse aumento histórico? Taxas hipotecárias ainda elevadas: Apesar da desaceleração na inflação, os juros das hipotecas de 30 anos continuam acima de 7%, inibindo compradores e encarecendo o crédito. Compradores recuando: O aumento das taxas reduziu drasticamente o número de compradores qualificados, o que levou a um crescimento do estoque parado e imóveis permanecendo no mercado por mais tempo. Pressão financeira sobre proprietários: Muitos proprietários estão a listar suas propriedades por pressão de liquidez, inadimplência ou medo de novas quedas de preço, especialmente em estados como Califórnia, Texas e Flórida. Construções em excesso de ciclos anteriores: Projetos iniciados durante o pico de demanda (2020-2022) estão sendo concluídos agora, aumentando o inventário em um momento de demanda em retração. 📊 Impacto no mercado financeiro 🔹 Renda fixa e títulos lastreados em hipotecas (MBS) Aumento do risco de crédito e possíveis revisões negativas nos preços de MBS. Pressão sobre títulos de agências como Fannie Mae e Freddie Mac. 🔹 Ações do setor imobiliário (Homebuilders, REITs) Perspectiva de pressão sobre lucros e desaceleração nos lançamentos. REITs residenciais podem sofrer com vacância e aumento de custos operacionais. 🔹 Dólar (USD) Pode haver impactos indiretos negativos no dólar se o Fed for forçado a cortar juros para evitar colapso do setor imobiliário. 🔹 Política monetária O dado reforça a fragilidade do setor de habitação, e pode pesar nas decisões futuras do Federal Reserve, especialmente se o mercado de trabalho também começar a ceder. 🔍 O que esperar? Pressão baixista nos preços dos imóveis residenciais nos EUA ao longo do segundo semestre de 2025. Potencial aumento de inadimplência hipotecária, especialmente em compradores de 2021 e 2022 que adquiriram no topo do ciclo. Crescimento na especulação sobre cortes emergenciais de juros pelo Fed, caso o setor comece a contagiar outros segmentos da economia. 💬 Comentário do analista Igor Pereira – ExpertFX School
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🟡 Corrida pelo Ouro acelera: ETFs de ouro já anualizam entrada recorde de US$ 75 bilhões Por Igor Pereira – Analista de Mercado, Membro WallStreet NYSE A busca global por proteção financeira e diversificação patrimonial está a gerar um movimento histórico: os fundos de índice (ETFs) lastreados em ouro estão a registar um fluxo anualizado recorde de US$ 75 bilhões — a maior cifra desde a criação desses instrumentos. Essa marca histórica representa um sinal claro de mudança estrutural na forma como grandes investidores institucionais e bancos centrais estão a reavaliar suas reservas em meio a um cenário global cada vez mais incerto. 📈 O que está por trás dessa explosão de entradas? Desconfiança nos títulos do Tesouro dos EUA: Cresce a percepção de risco sistêmico associado à dívida pública americana, o que está a levar bancos centrais e fundos soberanos a diversificar suas reservas fora do dólar. Geopolítica e riscos de sanções: A nova ordem mundial multipolar, impulsionada por sanções unilaterais dos EUA e tensões com a China, Rússia e Irã, está a fomentar a demanda por ativos neutros e portáteis, como o ouro físico. Hedge contra inflação e juros reais negativos: Com os juros reais ainda pressionados, muitos investidores estão a buscar ouro como proteção contra perda de poder de compra e possível flexibilização monetária futura. Demanda asiática liderada pela China: O banco central chinês, juntamente com investidores privados na Ásia, tem acelerado compras físicas e via ETFs, impulsionando a demanda global por ouro de forma contínua e agressiva. 🧠 Análise Técnica e Fundamental A força da demanda por ouro via ETFs aponta para um ciclo de acumulação institucional que pode sustentar preços elevados no médio e longo prazo. Os fluxos recordes evidenciam um reposicionamento estratégico dos portfólios institucionais, afastando-se de ativos de crédito e migrando para ativos reais e reservas duras. 💵 Impacto no Mercado Financeiro 🔹 Ouro (XAU/USD) Tendência altista sustentada por fundamentos sólidos. Suporte técnico em US$ 3.300, com alvo especulativo em US$ 3.600 no segundo semestre. 🔹 Dólar (USD) Pressão de enfraquecimento estrutural, à medida que reservas cambiais globais migram para o ouro. 🔹 Ações de mineradoras de ouro Perspectiva de valorização acima da média, especialmente empresas com baixa alavancagem e boa margem operacional. 🔹 ETFs como GLD, IAU, PHYS Fortes volumes e entradas líquidas. Estão a funcionar como substituto de reservas soberanas. 💬 Comentário do analista Igor Pereira – ExpertFX School 📌 O que esperar Alta sustentada nos preços do ouro, com potencial para romper novos recordes históricos em 2025. Maior volatilidade nos mercados cambiais e de títulos, com o ouro funcionando como ativo de referência e proteção. Aumento da pressão sobre o dólar americano, principalmente se o Fed iniciar cortes de juros ou perder tração na rolagem da dívida pública.